Sayonaara Daarin escrita por Bishamon NekoPanda


Capítulo 5
Um primeiro toque




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Um primeiro toque

Quente…

Nunca sentira a minha cama assim tão quente. Não era incómodo, mas sim acolhedor, carinhoso e relaxante. Acordava aos poucos, lembrando-me do sonho daquela noite.

Mas espera… havia algo de estranho.

Demasiado macio. – murmurei apalpando a cama.

Tem cuidado com as mãos. – respondeu uma voz.

Levantei-me sobressaltada, deparando-me com Drako. Tinha os braços cruzados por trás da cabeça e seu tronco nu, sorrindo qual Deus grego. As minhas mãos haviam passado por ali, por todo o “ali”.

–Que raios fazes aqui? –

– Ouvi-te gritar no meio da noite e resolvi ficar aqui e afugentar os teus pesadelos. Já agora, linda camisa de noite. – disse num tom matreiro.

Hmmmm… obrigada. – respondi, afastando-me constrangida pela proximidade.

Logo que retrocedi, Drako sentou-se num piscar de olhos e puxou-me mais para trás.

– Vê onde te sentas! Não te esqueças que não somos primos de sangue. –

– Desculpa. – levantei-me o mais rápido possível e fui por algo menos transparente.

– Heim contou-me que hoje é teu dia de folga.

– Hmmm

Ouvi dizer que há umas quedas de água a norte. – continuou ele – importavas-te de me levar para lá?

Olhei por entre as cortinas que nos separavam.

Se não tiveres nada para fazer é claro. – acrescentou, mostrando aquele sorriso parvo.

Hmmm… tá, eu levo. – respondi - Não ia fazer nada mesmo.

………..

Montada sobre o dorso de Lucis, meu alazão, cavalgava em direção aos campos do Norte. Drako seguiu-me facilmente, era um exímio cavaleiro. Pouco depois chegamos ao nosso destino.

Drako desceu do seu cavalo e pôs-se a olhar a volta como se tivesse descoberto um ser inimaginável.

Aaah! Olha só. – disse, apontando para a queda de agua, que exibia as cores do arco-íris.

Amarrei os cavalos e fui colocando a comida num pano sobre o chão, enquanto Drako corria de um lado para o outro procurando não perder detalhe algum sobre aquele sítio. Desapareceu por momentos. Onde será que se havia metido?

És muito séria. – senti o ar quente da sua respiração na minha nuca.

Antes que pudesse virar-me, já corria ele em direção a água. Ora ai estava algo que me dava gosto, nadar.

Passamos o dia a nadar e a tarde a correr pelo campo nas milhares de brincadeiras que Drako propunha. Quando começou a escurecer, ele fez uma fogueira e pediu que ficássemos um pouco mais.

Os teus olhos, refletem lindamente as estrelas. – disse Drako.

Ouvir a sua voz de repente assustou-me e fez-me tropeçar caindo sobre ele. Fomos os dois ao chão.

– Desculpa. – disse ele ao meu ouvido. Aquilo deu-me arrepios.

Tentei levantar-me, mas seus braços fortes mantinham os nossos corpos colados. Rolou para o lado para que eu ficasse por baixo e deixou a sua cabeça cair na base do meu pescoço.

– Deixa-me ficar assim um pouco mais. – pediu baixinho.

Não resisti e acabei por afagar seu sedoso cabelo. Drako cheirava tão bem

Pingos de chuva começaram a cair e Drako levantou-me com a maior facilidade.

É melhor irmos. – disse ele, enquanto arrumava as coisas. Fui desamarrar os cavalos e voltamos para casa.

Ao chegarmos, Heim saiu a correr com toalhas.

Entres logo, já estão todos encharcados.

Jantamos pertos da chaminé, enquanto Drako contava o que haviam visto. Mais tarde fomos dormir.

…….

Sonhava.

Havia neve por todo o lado, mas não sentia frio. Ao longe um homem a olhar para a lua. Aproximei-me e ele virou-se para mim sorrindo serenamente. Tinha cabelos prateados que brilhavam a luz da lua, os olhos vermelhos como os meus, mas mais brilhantes; aquele olhar lembrava-me algo. Levantou-se e veio ter comigo.

Era um elfo.

Quem és tu? – perguntei.

Já me viste de duas formas, mas esta é a minha verdadeira. – respondeu – só tu a viste.

– Mas porque eu?

Porque tu fascinas-me Daarin. – disse ele abraçando-me – magoar-te –ei tanto, mas não tenho escolha meu bem. Juro-te.

– Não entendo. – aquilo era estranho, mas o seu abraço era tao acolhedor que quase parecia real.

Entenderas logo… só te peco que me perdoes – disse o elfo, largando-me e desaparecendo na noite

Aquele sujeito era tao misterioso, estiquei a mão tentando segurar-me ao que restava dele, mas foi em vão.

Tudo ficou nublado e escureceu.


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