"A garota andava às cegas pelas escuridão, sabia que não podia parar, por isso continuava. Ela fechou os olhos para não ver os monstros que a cercavam, seu coração pulsava forte de medo e ar era pesado. Contou até dez, apurou os ouvidos e destampou o nariz, continuou o percurso, porém não havia mais o medo de se perder. A garota era eu, e eu era A Luz e, daquele momento em diante, soube que as trevas não podia apagar-me, nem eu a elas."

Guiava-me pelos cincos sentidos, tentava captar a luz inexistente, mas não demorou muito e veio o alvorecer.

– Senti medo - disse eu.

– Eu sei, mas é porque foi necessário - respondeu ele.