It's About Us escrita por 12th Precinct


Capítulo 26
Mrs. Castle - Parte III -


Notas iniciais do capítulo

Booooa noite meus amores. Pré feriadão eu estou aqui com mais um capítulo para vocês haha. Pelo que pude perceber o último capítulo agradou a maioria dos leitores e tirou boas risadas de vocês não é? Também, reunindo todas aquelas miniaturas não tinha como dar errado...
Em contrapartida ao capítulo 25, este vai fazer vocês chorarem de tanta alegria, ou pelo menos, eu chorei escrevendo haha. Sei que vocês estão muito ansiosas para este capítulo por isto resolvi adianta-lo e posta-lo mais cedo, porém como o número de palavras ultrapassou os 4 mil eu resolvi fazer o seguinte:
Parte III: vocês irão ler e finalmente descobrir a surpresa de Castle.
Parte IV: irão descobrir o segredo/ presente de Kate e o mistério que a ruiva e a Mrs. Castle estão escondendo.

Estou esperando pelos comentários de vocês meus queridos, e eu espero que todos aproveitem o capítulo, porque eu com certeza AMEI escreve-lo e imaginar cada detalhe e cena. Mais uma vez, obrigada a todos que leram/estão lendo por me ajudarem a ultrapassar a marca de 14.200 visualizações nesta fanfic, um grande OBRIGADA a todos!!

Aproveitem o capítulo e não esqueçam de comentar!!



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Kate POV.

Assim que saio do cômodo acompanhada por Lanie já consigo ver o olhar de Castle em minha direção. Ele estava me esperando para nós irmos ter a nossa noite. Abraço os gêmeos e desejo aos dois uma boa noite. Sabia muito bem que as crianças iam enlouquecer a legista hoje de noite, no entanto, eu não conseguia me preocupar com isso sabendo que no final da noite eu poderia contar meu segredo para ele e finalmente ver a surpresa que Lanie preparou com ele.

– Parece que somos só nós dois. – ele fala sorrindo quando a porta do elevador se fecha.

– E onde nós estamos indo? – pergunto sorrindo.

– Espere e você verá. – ele sorri.

Entro no carro e espero para ele me contar onde nós estávamos indo, porém, ele se senta, afivela o cinto e fixa o olhar no movimento de Nova York.

– Cas...- digo intrigada enquanto ele brinca com os meus dedos. – Outra surpresa?

– Não teria graça se eu lhe contasse. – ele fala sorrindo.

Running through the heat, heartbeat

You shine like silver in the sunlight

You light up my cold heart

It feels right in the sun, the sun

We're running around, and round

Like nothing else could matter in our lives

As ruas de Nova York começam a ficar cada vez mais afastada até que nós estacionamos o carro, e eu não fazia ideia de onde nós estávamos.

– Nós chegamos? – pergunto.

– Longe disso. – ele agarra minha mão e atravessa a rua a passos largos.

– Castle, você vai simplesmente deixar seu carro aqui? – pergunto.

– Não se preocupe Kate. – ele ri.

– Você é louco! – digo quando nós paramos na frente de um prédio de aproximadamente uns 100 andares.

– Boa noite Mr. Castle. – o porteiro abre a porta para nós dois com um sorriso no rosto.

– Boa noite Diego. – ele olha para mim e depois sorri para o homem. – Tudo pronto?

– Só esperando por vocês dois. – Diego responde e Castle começa a rir baixinho.

– Alguém pode me explicar o que está acontecendo aqui? – pergunto enquanto nós entramos no elevador.

– Amor, você pode apertar no 96 por favor? – ele fala olhando para o enorme painel de botões que tinha na lateral do elevador.

–96? – solto um gritinho e ele balança a cabeça concordando. – O que nós vamos fazer tão alto?

– Aperta e você descobre depois. – ele sorri e eu pressiono o botão até ele ficar azul. Porque eu tinha quase certeza de que iria me arrepender disto? Assim que sinto a força da gravidade nós puxando para baixo um frio se passa na minha barriga. Não tinha medo de altura, pelo contrário, eu achava a adrenalina emocionante, porém subir 96 andares não era assim tão fácil.

– Está tudo bem amor? – ele me pergunta.

– Sim. – sorrio e me aproximo dele. – Quer dizer.... Meu marido não me conta para onde nós estamos indo e agora eu estou subindo 96 andares dentro de um elevador.

Ele começa a rir enquanto eu apoio minhas duas mãos no seu peito. – Você deve ter um marido e tanto.

– Nem me fala. – brinco enquanto mordo o lábio e o beijo. O beijo era algo tímido, breve, quase como um selinho, porém quando me afasto consigo ver ele me olhando com as pupilas azuis dilatas e aquele brilho nos olhos. Não consigo controlar e acabo puxando-o mais para perto e beijando ele novamente. Ao contrário da primeira vez, esta eu puxo os cabelos de Castle e ele pressiona suas mãos na minha cintura, quase como se ele estivesse moldando meu corpo com os seus dedos. Sinto ele morder meu lábio e solto um pequeno gemido enquanto nos beijamos. Aos poucos nós vamos diminuindo o ritmo e Castle deposita um beijo no canto da minha boca.

– Nós chegamos. – ele fala baixinho.

Olho para Castle e consigo ver que seu rosto está um pouco vermelho ao redor da boca. Meu batom. – penso de cara. Abro um sorriso e vejo ele começar a rir.

– Pronta Mrs. Castle? – ele pergunta e eu concordo com a cabeça enquanto ele agarra minha mão e nós pisamos para fora da caixa de metal.

EU NÃO ACREDITO! – entro em choque assim que vejo onde nós estávamos. Do andar era possível ver quase toda a cidade e suas luzes noturnas. Olho para baixo e tudo parece ser em miniatura. Os carros são menores que minha mão daqui de cima e as pessoas são meros pontinhos pretos caminhando nas ruas.

– Apreciando a vista? – ele chega por trás de mim e sussurra no meu ouvido.

– Se a surpresa era você matar sua esposa de um ataque cardíaco posso dizer que você está quase lá. – brinco e ele ri.

– Longe disso. – ele fala. – Mas agora podemos seguir adiante?

– Seguir adiante? – pergunto. – Eu achei que isto fosse a surp... – Paro de falar assim que vejo o objeto de metal preto parado a uns 20 passos de distância nós. Caminho sem poder acreditar e ao mesmo tempo querendo matar e beijar Castle.

– Mr e Mrs. Castle, prontos para voarmos? – o piloto do helicóptero pergunta e Castle olha para mim com aquele sorriso malandro no rosto.

– Prontíssimos. – ele responde por nós dois.

Rick POV.

Meus cabelos já estão bagunçados antes mesmo de nós entrarmos no helicóptero. Aquele beijo no elevador foi algo que literalmente me tirou do chão. Sentir o chão mexendo aos seus pés e você subindo 96 andares era uma sensação parecida com o beijo dela.

– Eu não acredito que nós estamos fazendo isto. – ela fecha os olhos e agarra minha mão.

– Com medo? – pergunto e ela me dá o “seu olhar”. – É... Acho que não.

– Posso saber onde nós estamos indo agora? – ela pergunta rindo.

– Claro. – respondo. – Daqui a 20 minutos chegaremos.

– 20 minutos? – ela olha para mim desconfiada. – Nós estamos indo para a casa dos Hamptons não?

– Exatamente. – rio. – Nada mais justo do que comemoras oito anos no local onde nós começamos tudo isto.

– É verdade. – ela sorri e aperta minha mão um pouco mais assim que o helicóptero levanta voo.

As luzes da cidade tomam conta a esta hora da noite. Nova York sempre foi a minha cidade dos sonhos e era a segunda vez que eu estava voando em um helicóptero sob ela. A primeira foi a dias atrás, quando Lanie me deu esta ideia e eu vim testa-la, e pela expressão de Kate estava valendo cada segundo. Os olhos verdes brilham e a detetive observa atentamente a cidade abaixo de nós dois. E eu... Bom... Eu estou observando ela.

– É lindo. – ela vira para mim com um sorriso enorme no rosto. – Foi você que pensou nisso?

– Eu tive muitas ajudas para planejar a noite de hoje. – digo e ela morde o lábio. – Inclusive das nossas miniaturas?.

– Pera aí... – ela solta um gritinho. – Alex e Jo ajudaram?

– Mas claro que sim. – eu falo e dou um selinho nela. – Tudo para ser perfeito para nós dois.

Kate POV.

Dentro de 30 minutos eu já estou pisando no gramado da casa dos Hamptons. Assim que Castle se despede do porteiro eu já ando em direção a porta lateral da casa.

– Kate! – ele grita e vem correndo na minha direção. – Espera ai!

– Aé? – digo acelerando o passo. – Porquê Castle?

– Na na na!- ouço os passos dele se aproximando e de repente sinto uma mão agarrando minha cintura e me puxando para trás. Nossos corpos se chocam e ele sussurra no meu ouvido. – Eu falei para você esperar.

– Chega de tantas surpresas. – rio. – Me diga o porquê de nós estarmos aqui logo.

– Vem. – ele me abraça e nós andamos abraçados até a casa que estava toda escura. Castle empurra a porta lateral e tateia a parede em busca da tomada. Luzes acesas.... Nosso jantar, mas é claro. – olho para a mesa dupla onde uma rosa repousava em cima.

– Está com fome amor? – ele pergunta enquanto fecha a porta atrás de mim.

Rick POV.

A comida vai entrando no meu estômago em meio a risadas, conversas e claro, muitos e muitos beijos e declarações. Quando nós terminamos de comer ficamos em torno de uma hora conversando e pensando nas loucuras que nossos filhos deviam estar aprontando na casa de Lanie.

– Está com saudade dos pequenos? – pergunto e ela nega.

– Você consegue me fazer esquecer a saudade. – ela olha para o chão e ri.

– Você também. – falo pegando na mão dela e a puxando contra mim e beijando seus cabelos. Nós ficamos um bom tempo assim, eu mexendo nos cabelos dela e ela apoiada no meu peito mexendo com minhas mãos. O cheiro do perfume de Kate exala e me deixa tentado a trocar nossas posições no sofá.

– Então... – ela fala depois de muito tempo. – Quando nós vamos voltar para Nova York?

– Na realidade. – respondo. – Roberto já está nos esperando no jardim.

– O que? – ela vira para mim e se levanta do sofá em um salto. – Nós vamos voltar de helicóptero?

– Sim. – respondo. – Ainda tenho que lhe entregar o seu presente.

– EU VOU MORRER DO CORAÇÃO! – ela grita logo que nós apagamos as luzes e trancamos a porta lateral da casa.

– Por favor, não morra. – brinco e ela dá um soquinho no meu braço.

Deem play:> https://www.youtube.com/watch?v=p856dtR4mms

Kate POV.

Me sentia naqueles filmes adolescentes onde tudo é tão perfeito que não seria possível ser real. Quando era criança eu adorava este tipo de filmes, mas quando você cresce percebe que o mundo não é nada parecido com aquela perfeição descrita nos filmes românticos. Apesar de já ser bem crescida e até mesmo mãe de uma menininha que também adora estes filmes eu tenho que admitir: nesta noite eu estava sendo a protagonista do filme, e apesar de já ser adulta o suficiente para dizer que não existe esta bobagem de vida perfeita, hoje até eu estava duvidando disto, porque ao lado dele eu conseguia simplesmente esquecer tudo e me entregar a perfeição.

– Kate? – ele chama minha atenção.

– Fale. – respondo enquanto observo a cidade de Nova York ficar cada vez mais perto.

– Eu preciso que você coloque. – ele fala segurando uma venda preta.

– Eu não ficar à mercê das suas surpresas Castle. – digo o encarando incrédula.

– Por favor. – ele faz aquela cara de cachorro abandonado.

– Você me paga Richard Castle. – pego o objeto da mão dele e coloco. Abro os olhos e encaro o tecido preto. Eu não conseguia enxergar nada além de uma pequena “linha” por baixo da venda. Observo atentamente quando o helicóptero vai diminuindo a velocidade até parar no topo do edifício. Sinto a mão dele tomar a minha enquanto o seu corpo fica atrás do meu e serve como um sustento.

– Se você me deixar cair Castle. – tento parecer brava, mas no fundo eu estava amando a surpresa.

– Fique tranquila. – ele diz. – Nós vamos entrar no elevador agora e descer alguns andares ok?

– Ok. – sorrio ao lembrar da bagunça que fizemos no elevador mais cedo, e se eu não estivesse vendada iria querer repetir sem sombra de dúvidas. O barulho das portas se fechando e o chão se movimentando me deixam com um frio na barriga passageiro, porém quando eu acho que iriamos descer mais o elevador para e as portas se abrem. Onde a gente estava? Não era possível que nós descemos 96 andares em tão pouco tempo.

– Espere aqui. – ele fala no meu ouvido e eu sinto meu corpo se arrepiar. Escuto um clique metálico e consigo enxergar a barra da roupa de Castle junto com os seus sapatos. Viro 360 graus para tentar identificar onde eu estava, porém só consigo enxergar paredes brancas e um espelho que não estava muito longe de mim.

– Prontinho. – ele fala e sinto sua mão agarrar a minha. Através da venda consigo enxergar o piso branco de lajotas e vejo Castle dar alguns passos para frente. Ele me puxa pela mão e eu consigo sentir uma brisa assim que piso na segunda lajota do piso. Não consigo ver se estamos na cidade ou não, mas pelo barulho distante de buzinas eu acho que estamos perto de Manhattan. Ao caminhar mais um passo consigo enxergar o que parece ser um tapete e assim que chuto meus sapatos consigo sentir a maciez do tecido. Definitivamente era um tapete.

– Fique aqui parada agora. – ele solta nossas mãos e consigo ouvir a movimentação de Castle com algo que parece uma sacola de papel. Ele pega meu pulso direito e passa os dedos lentamente por todo meu braço me deixando arrepiada, de repente ouço um clique metálico e sinto o choque do metal gelado contra o meu pulso, era uma pulseira. Mexo o pulso e consigo ouvir os pingentes se batendo um contra o outro. Podia dizer que eram vários, já que o peso da pulseira era além do normal. Enquanto tento prestar atenção no barulho da pulseira sinto Castle mexendo nos meus cabelos colocando eles para o lado e me dando um beijo na bochecha, depois de alguns segundos outro no canto direito da minha boca e então finalmente ele puxa meu lábio inferior e me beija tirando todo o ar que havia nos meus pulmões.

– Kate... – ele fala baixinho agora atrás de mim e eu consigo sentir as mãos dele tirando minha venda. – Feliz aniversário Mrs. Castle!

No momento em que eu abro os olhos eles já se enchem de lágrimas e a minha boca é coberta pelas mãos. Sinto meu corpo tremer e meu rosto já fica molhado pelas lágrimas que desciam dos meus olhos. Meus lábios tremem e as palavras ficam presas na minha garganta na tentativa de sair. Olho ao redor e consigo enxergar os diversos porta-retratos espalhados por todos os móveis. Olho para os meus pés e vejo o tapete bege cobrir a ponta dos meus dedos. Me viro de lado e consigo enxergar a vista para o Central Park de onde estávamos e as outras duas portas que levavam, até onde eu imaginava, para outros dois cômodos.

– O que é isto tudo Castle? – pergunto chorando e sorrindo ao mesmo tempo.

– É a nossa nova casa Kate. – ele sorri para mim e eu choro em meio a uma risada. Um novo apartamento, as caixas no quarto dos gêmeos eram para a mudança, a ajuda de Lanie era com a decoração e claro... “O meu é o da direita. ” Foi o que Johanna disse mais cedo. Era o quarto da direita.

– Cas... – respiro e me viro para ele que está parado a alguns passos de distância. Me aproximo devagar enquanto limpo meu rosto e solto uma pequena risada. Assim que os braços dele já conseguem me alcançar ele pega meu corpo e puxa contra o seu colocando uma mão na minha cintura e a outra no meu braço. Ele estava com aquele sorriso encantador no rosto e eu estava aqui chorando como uma criança. – Meu deus!

– Você gostou? – ele mexe nos meus cachos.

– É simplesmente perfeito. – sorrio. – Mas e as nossas coisas?

– Vem cá Kate... – ele entrelaça nossas mãos e segue em frente através do enorme corredor. Nas paredes é possível ver os quadros de Martha e Castle com uma pequena Alexis no colo. Ao lado deste tinha um quadro onde estavam eu, os gêmeos e Castle jogando bola no Central Park. Aquela foto foi tirada há uns 3 anos atrás, um pouco antes de uma loira oferecida se atacar no meu marido. Ah, eu me lembro muito deste dia!

– Pronta para ver os cômodos? – ele pergunta enquanto coloca a mão na primeira porta que estava a nossa esquerda.

– O que eu vou ver aqui? – pergunto sorrindo e ao mesmo tempo com lágrimas nos olhos.

– A nossa nova sala de cinema. – ele responde e meu coração já começa a bater mais forte. Ele gira a maçaneta e abre a porta me deixando entrar no cômodo e segurando minha mão vindo logo atrás de mim. Assim que entro consigo ver o enorme sofá, que mais parece uma cama com as almofadas coloridas jogadas em cima. Na frente um móvel branco com o projetor que lembrava muito uma sala de cinema. Apoiado no móvel tinham controles espalhados, DVD’s e CD’s e claro, um papel com a senha do Netflix. Atrás do sofá um papel de parede se encarregava dos maiores nomes do cinema, desde Charles Chaplin até Angelina Jolie estavam gravados em preto. Dou um completo giro e dou de cara com Castle que me encarava.

– Aprovada? – ele pergunta e eu só confirmo com a cabeça e levanto a ponta dos pés para poder alcançar sua boca e depositar um beijo rápido.

– Eu vou querer passar o dia inteiro nesta sala só vendo filmes. – digo rindo.

– Isto porque você não viu o nosso quarto. – ele olha malicioso e agarra minha mão me levando para o outro lado do corredor. Assim que ele toca na maçaneta eu o olho e ele já sabe o que fazer: abrir logo. Entro e me vejo no meio de um banheiro, que mais parece um quarto pelo tamanho, uma banheira, box, pia e uma moldura que simplesmente me lembrava do quarto da minha mãe e nosso antigo apartamento quando eu tinha a idade de Johanna.

– E este banheiro é de quem? – pergunto e ele balança os ombros.

– Visitas. – ele responde e eu mordo meu lábio inferior.

– Vamos! – o puxo e ele solta uma gargalhada. – Quero conhecer nosso quarto!

– Paciência amor. – ele ri. – Antes temos os quartos dos nossos pequenos.

– Quartos? – pergunto. – Eles vão se separar agora?

– Impossível. – ele sorri e acaricia minha mão. – Mas daqui uns anos eles vão começar a ter diferenças maiores.

– Isso eu concordo. – sorrio. – Já que eu sei de quem é o quarto da direita eu acho que nós podíamos começar pelo dela.

– Johanna te contou? – ele parece chocado e isso me faz rir.

– Sim. – respondo. – Hoje na Lanie ela me mencionou algo sobre o dela ser o da direita.

– E você não sabia nem do que ela estava falando. – ele ri.

– É... – admito. – Algo tipo isso.

– Pronta? – ele pega na maçaneta e eu concordo com a cabeça.

Assim que entro no quarto olho para as paredes e enxergo o papel de parede rosinha que contracenava com o branco da parede onde ficava a janela. Impedindo a luz do som de entrar uma cortina automática cobria a janela de ponta a ponta. A cama com a colcha florida estava coberta com os ursos de Jo, inclusive o seu favorito. Dou alguns passos e passo os dedos pela bancada branca que tinha papeis com desenhos, controle da televisão que ficava na parede oposta a cama, bonecas e....

– Ela ajudou em cada detalhe. – Castle passa a mão pelas minhas costas e ombros. Um arrepio passa pelo corpo e eu sigo até uma das portas. Assim que eu giro a maçaneta dou de cara com um closet onde a cor rosa predominava. As roupas de Johanna estavam todas organizadas por estações e, no canto esquerdo uma pilha de sapatos tomava conta desde o topo até a última prateleira. Espalhado em meio a tudo isto, no canto esquerdo se encontrava um banco branco que eu imagino ser para a minha princesa alcançar seus casacos sozinha e, no meio do cômodo havia um tapete colorido.

– Ela tem mais roupa do que eu lembrava! – digo rindo e vendo Castle parado a uns cinco passos de mim apoiado ao mastro da porta.

– Você ainda não acabou... – ele diz e eu já saio do closet e abro a porta do lado que me levava ao banheiro. Mais uma vez o “jogo de cores” dos azulejos brancos com os coloridos me trazia uma sensação de estar em casa. Espalhado pela pia do banheiro havia escovas de dentes, shampoos e cremes de cabelo, além claro das tão características borrachinhas de cabelo de Johanna.

Saio do cômodo e olho mais uma vez para o quarto dela. Tudo estava tão organizado e ao mesmo tão Johanna que só de pensar em vê-la correndo e brincando aqui dentro uma saudade bate em mim. Desde a cama até a bancada tudo tinha um toque especial dela, e isto fazia este quarto ficar cada vez melhor. Eu não conseguia nem pensar no trabalho que Castle e Lanie passaram para montar tudo isto, porque agora que eu estou olhando posso dizer que é a primeira vez que eu piso neste apartamento, e eu já consigo sentir aquela harmonia de colocar os pés em casa depois de um dia longe dos meus amores.

– Alexander? – Rick soa como uma pergunta e eu o puxo pela mão e paro na frente da porta ao lado da de Johanna.

– Veja por si só. – ele abre e eu solto um gritinho assim que enxergo as paredes do quarto dele. Ao contrário do quarto de Johanna onde o rosa predominava, o de Alexander eu mal conseguia raciocinar a quantidade de cores espalhadas entre as paredes. A primeira parede que chama minha atenção está pintada com listras amarelas, azuis, brancas, vermelhas e verdes. Ao lado desta, uma parede branca onde a cama com a colcha azul e com os controles em cima se encontrava. Ao lado da cama dois criados-mudos estavam cobertos com personagens das famosas HQ’s.

– Um boné dos Yankees. – suspiro pegando-o na mão. Olho para o lado e consigo ver alguns dos brinquedos de Alex espalhados no chão enquanto a maioria deles estava guardada em caixas ou em cima da bancada branca junto com os carrinhos automáticos e as folhas de desenho cheias de rabiscos. Na parede listrada duas “caixas” brancas estavam penduradas, uma de cada lado da imensa televisão. Dentro de cada uma tinha os controles dos videogames e os personagens de cada jogo.

– Foi ele que arrumou isto tudo? – pergunto incrédula. Alexander estava se mostrando um grande arquiteto.

– Digamos que eu dei uma grande ajuda. – Castle sorri. – Vamos ao closet?

– Claro. – respondo e já apresso o passo abrindo a porta e encontrando os casacos, tênis, blusas, bonés e até as fantasias de festa do meu pequeno herói. No chão, como uma cópia do de Johanna, um tapete vermelho onde era possível ver a escrita MARVEL em branco cobria o chão. Saio da peça e abro a porta ao lado me deparando com o banheiro azul e branco, onde placas de skates eram usadas para apoiar os shampoos e perfumes de Alex.

– Acho que eu entendi agora o porquê de tanto mistério sobre aquelas caixas. – sorrio e Castle solta uma risada.

– Que bom que você gostou. – ele sorri.

– Gostar? – grito. – Olha tudo isto, é perfeito.

– Não se esqueça de agradecer a Lanie. – ele fala e eu nego com a cabeça.

– Pode deixar que eu vou passar minha vida inteira agradecendo a ela. – rio e ele pega na minha mão. Nossos olhares se cruzam e eu já começo a suspeitar sobre o próximo cômodo. De mãos dadas nós batemos a porta do quarto de Alexis e ele anda de costas alguns passos até que nós chegamos na última porta do corredor. Nosso quarto. Só podia ser. Assim que Castle faz a menção de colocar a mão na maçaneta eu o impeço no mesmo instante.

– Este eu abro. – sorrio e posiciono minha mão sobre a maçaneta. Respiro fundo e forço o objeto para baixo. Aos poucos que a porta vai se abrindo eu entro no quarto. Minha respiração para e eu consigo sentir meu coração batendo dentro da minha boca. O lustre de cristal iluminava todo o cômodo e as luzes vindas dos prédios davam um ar mágico ao quarto. A televisão ficava pendurada na parede em frente a enorme cama que ocupava o centro do quarto e, no canto esquerdo e ao lado da janela era possível se ver uma porta branca que levava para outra peça ligada ao quarto.

Passo os dedos sobre a colcha bege e sinto a respiração de Castle atrás de mim. Abro um sorriso e me viro para ele com os olhos cheios de lágrimas. Tudo estava tão perfeito.

Sinto as mãos de Rick passear pela lateral do meu corpo e pelo meu quadril até que finalmente ele me puxa mais para perto e pressiona meu corpo contra o seu. Um suspiro fica preso em minha garganta assim que vejo o azul tomar uma cor forte e as pupilas dilatarem por conta do desejo. Mordo o lábio inferior e posso sentir os olhares dele sobre mim, e em seguida, nossos lábios estavam conectados.

O que veio a seguir foi tão inexplicável que meu cérebro mal conseguiu processar corretamente. Parecia que meu corpo estava em chamas e levando em conta a força que os dedos de Castle seguravam minha cintura eu posso garantir que não era a única. Coloco meus braços em volta do pescoço dele e o puxo cada vez mais para perto. Em seguida, nossas línguas começam a travar uma batalha onde não havia vencedores, só nós dois e a sensação de sentir seus lábios fazerem coisas incríveis com os meus.

Aos poucos Castle diminui a pressão contra minha cintura e dá um passo para frente me deitando na cama. Sinto meus cabelos encostando no cobertor e vejo Castle deitar sob mim e voltar sua atenção para meus lábios. Ao contrário do anterior este beijo é calmo e aos poucos nós vamos nos separando.

– Eu achei que você queria conhecer a casa. – ele fala sorrindo.

– Nós temos todo tempo do mundo para isso. – eu desabotoo um botão da blusa dele. – Mas agora... – e outro botão é aberto. – Eu só quero você.

– Acho que já está se tornando algo natural. – ele ri e eu percebo o que acabei de falar.

– Talvez. – mordo o lábio e ele passa as mãos pelo meu rosto.

– Você sabe de uma coisa Kate. – ele morde meu pescoço lentamente. – A casa pode ficar para depois.


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Notas finais do capítulo

E ai? Alguém conseguia imaginar que aquelas caixas eram de um novo apartamento? E os outros segredos... O que será que eles são?

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