Não me esqueça ! escrita por Alícia Souza


Capítulo 10
Sempre Urgente


Notas iniciais do capítulo

Olá, sei que demorei, sem mais.
Vamos ao capítulo.



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...

Assustamos com um furacão moreno afastando Rapunzel de Kristoff e o loiro caindo o chão com a mão no olho esquerdo.

— Ela já pediu, mandou e também ameaçou, na próxima não vou apenas deixar marca – disse José.

Kristoff levantou-se, e enfurecido entrou no carro, devido seu estado claramente bêbado, mal conseguiu sair do lugar, logo entramos para que Rapunzel se acalmasse, Jack chamou um táxi, e perguntou a ela o endereço do rapaz para que o motorista o levasse, pagou uma quantia que seria mais que o suficiente, e aquele pesadelo acabou, pelo menos por hora.

Apesar do acontecido, o restante do dia se passou tranquilo, José e Merida dormiriam em nossa casa a pedido de minha irmã. Eu e Jack fomos para o quarto em torno de dez da noite.

Entrei, tomei um banho e vesti uma camisola branca quase transparente, aquilo já era costume para mim, já não me importava com a vergonha nem com a perda da memória, tinha começado uma nova página e iria aproveitá-la o máximo possível. Jack tomou seu banho logo após, e eu o esperava na cama lendo um livro que achei na biblioteca.

— Sabe – meu marido me chamou a atenção saindo do banheiro com uma toalha enrolada na cintura e outra enxugando o cabelo – poderíamos continuar o que estávamos fazendo hoje no escritório – completou com malícia.

Jogou a toalha num canto e veio engatinhando sobre minhas pernas na cama, me deu beijo e perguntou: - E aí?

O empurrei para o lado sentei em cima dele com as mãos apoiadas em seu peito, me abaixei, beijei seu rosto e liberei sentando ao seu lado. “Desculpe meu amor, foram muitos acontecimentos” disse o cobrindo com o edredom. Jack se levantou e vestiu uma cueca, apenas o observei.

— Tudo bem. – disse ele. – Durma bem, te amo.

O loiro se aconchegou no meu coloco e eu estava sentada na cama. Me ajeitei da maneira que pude e adormecemos.

Minha noite foi carregada de sonhos, lembranças. Dessa vez, quem me visitou foi um antigo colega de escola. Lembrei-me de uma noite que fomos ao cinema, é, tínhamos algo. John investia há um tempo até que aceitei um encontro. Já no cinema começamos a nos beijar e a coisa foi esquentando. Tive meus primeiros toques mais “íntimos” com ele, em algum momento deixei escapar seu nome em meio a um gemido. O que não esperava é que não era só John que teria ouvido.

Amanheceu e acordei sentido falta de certo abraço, certo aperto. Me levantei e fiz minha higiene matinal, tomei um bom banho, vesti uma roupa confortável e desci para o café.

Encontrei meu amor na mesa, tomando uma xicara de café preto, um pedaço de bolo, e o jornal na mão.

— Não acredito que, com toda a modernidade, você ainda prefira papeis – disse brincando.

— Bom dia – assim, ríspido, seco.

— Nossa ontem você parecia bem Sr. Frost

— Quem é John, Elsa? – OPA! Sinal vermelho, me chamou de Elsa. Sempre tive isso, se me chamassem pelo nome eu congelava, era encrenca na certa. Mas o assunto alí era outro, como ele sabia? Eu sonhei, eram minhas lembranças, como era possível?!

Jack percebeu minha cara de espanto.

— Você disse esse nome enquanto dormia, num tom um tanto quanto “seduzida”, que só deveria ser usado comigo – disse ainda seco.

— Tive sonhos essa noite, mas não como você está pensando, lembranças da adolescência. – disse ficando vermelha, tenho certeza.

— Não gosto desses sonhos, você é minha, e como todo marido ciumento, não suporto a ideia de você já ter tido outro.

— Jack, não sou culpada, você sabe do meu estado, tudo que vejo, que todo, ouço, me lembra algo, não sei o que me fez sonhar com aquela situação essa noite. Não me culpe, meu amor, por algo que você sabe que não controlo. Com o passar dos dias lembro-me mais de você, te amo mais. E isso é bom, muito bom. Entenda que posso não me lembrar de tudo, mas sou sua sim, sempre fui e isso não mudou agora. – pequenas lágrimas escorreram sem eu perceber e Jack se aproximou.

— Me desculpe – disse apenas isso e me beijou.

Ouvimos um tossir às nossas costas.

— Desculpa interromper casal, mas estou, ou melhor, estamos com fome. – Disse Rapunzel, com a mão na barriga.

— Bom dia – falamos juntos. Me aproximei dela passando a mão em sua barriga.

— Dormi muito bem, ainda não dá trabalho. – Minha irmã disse rindo.

— Onde estão José e Merida?

— Dormindo ainda. José pediu folga do serviço.

E então minha irmã se sentou à mesa para tomar o café da manhã, pegou um pedaço de bolo, um copo de suco, pão, manteiga, um potinho com gelatina e colocou tudo sua frente.

Eu simplesmente sentei e fiquei admirando Rapunzel comer, estava feliz por ela simplesmente estar feliz. Certo dia ela me contou como era difícil engravidar de quem engravidou. Após o recente episódio de embriaguez, percebi que Rapunzel tinha mais certeza de quê escolher José havia sido a melhor opção para criar seu filho.

pouco tempo depois,  José e Merida acordaram, tomaram café e os três foram para a piscina.

Jack me informou que tinha um problema no escritório para resolver, apesar de estar de férias. Eu já me lembrava de casos e processos, julgamentos dos quais participei, sentia que minha vida estava voltando ao normal, logo poderia voltar a advogar.

Meu marido voltaria pouco antes do jantar. Resolvi pedir para que preparassem algo que ele gostasse.

Passei o resto da tarde no escritório lendo, me relembrando cada vez mais de leis e regras, casos ganhos e perdidos, e o que poderia ter feito para mudar a situação.

Às quinze para as oito o Sr. Frost chegou. Do escritório ouvi que foi direto para o quarto e pelo jeito que a porta bateu não estava nada feliz. Guardei os livros e fui para o quarto saber o que tinha acontecido, ouvi o barulho do chuveiro e as roupas jogadas, as recolhi coloquei no sexto de roupas sujas e separei limpas para que ele vestisse, sentei no sofá que tinha ali e esperei.

Jack saiu do banho, vestiu a roupa que separei e sentou ao meu lado no sofá.

— Parece que não temos um momento de paz e namoro há algum tempo.

— Pode ser que seja minha culpa – respondo.

— Ssshh – coloca o dedo em meus lábios e se aproxima lentamente.

Começamos um beijo suave e carregado de saudade, senti sua mão na minha nuca me aproximando mais na medida em que o beijo ia se intensificando. Senti Jack se levantando e parando o beijo apenas para me carregar. Senti o macio da cama nas minhas costas e o peso do meu marido sobre meu corpo, o afastei um pouco para tirar minha blusa e desabotoar o short que estava vestindo. Jack começou um caminho de beijos do meu pescoço até a abertura do short o tirando em seguida.

— Não sei nem porque vesti isso – disse tirando a roupa que colocou depois do banho.

Se sentou na cama ao meu lado e bateu na perna, mostrando que eu deveria ir ali. Sentei no seu colo com uma perna de cada lado do seu corpo. Jack reiniciou nosso beijo mais quente e urgente dessa vez, me abraçou e girou sobre mim na cama, voltando a posição inicial, terminou de tirar o que sobrou da minha roupa e começou a explorar todo o meu corpo. Era sempre assim, cada toque, cada beijo, tinha algo mais, era urgente, necessário, dessa vez não seria diferente.

Acordei por volta das dez da noite com fome, tomei um banho, vesti roupas frescas e desci até a cozinha atrás de comida. Todos já tinham jantado, Silvia estava fazendo sobremesas para as três “crianças” que assistiam tv, perguntei onde estava o jantar e ela me respondeu que estava na geladeira nos potinhos, comecei a arrumar dois pratos quando Silvia me chamou a atenção.

—Com todo respeito Sra. Elza, mas ninguém mexe na minha cozinha – abriu um simpático sorriso daqueles que dar medo. Comecei a rir e pedi que arrumasse dois pratos, copos de suco e a sobremesa que fazia numa bandeja.

Quando acabou, me avisou que estava pronto e que a bandeja estava no balcão da cozinha. Sentou-se do outro lado com um livro na mão e me perguntou se queria mais alguma coisa, dei um abraço nela e disse que não.

Peguei a bandeja e subi pro quarto. Jack já havia acordado e estava no banho, coloquei a bandeja na mesinha que tinha perto do sofá e sentei tomando um pouco do suco. O loiro saiu do banheiro apenas de cueca, com a toalha no pescoço e enxugando o cabelo. Olhou para mim e abriu um enorme sorriso, vestiu um short de pijama e se sentou comigo para comer. Conciliei comer e observá-lo, duas coisas muito boas. Como meu marido era bonito! Logo acabamos de comer, conversamos um pouco e Jack me contou o que havia acontecido no escritório, um caso não teve um resultado positivo, já estava perdido desde o começo e com isso o contratante não queria pagar pelo serviço, disse também que quem cuidava disso era eu, ele nunca tinha paciência.

Fiz menção de levantar e levar a bandeja para a cozinha, mas Jack me impediu. Pegou minha mão e me guiou até a cama. Estávamos prontos para um segundo round.


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Notas finais do capítulo

Bom, desculpem pela mega demora para postar, achei um tempo em meio à confusão que estava minha vida, trabalho, escola, greve na escola, mais trabalho. Boa parte do cap. já estava escrita há um tempo, faltava terminar e arrumar algumas coisas. Está ai, se tiver alguém que ainda lê kk comente, por favor. Diga o que gostou, o que não gostou, me xingue, mas comente, quero saber se ainda tem alguém.
Muitos beijos pra quem estiver aí.



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