Angels Are Among Us escrita por Carol


Capítulo 1
Capítulo 1 - Hellhounds


Notas iniciais do capítulo

Bom dia/tarde/noite,Hunters. Prontos para a história de Brianna ?Espero que sim. Bem,coloquem isso para dar um certo ''clima'' ao lerem o capítulo a seguir : https://www.youtube.com/watch?v=RXMrd0qeQ74



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Eu entrei em desespero. O sangue ainda quente do único ser humano vivo que eu considerava família escorria ainda quente entre as minhas mãos, misturados a lágrimas e sal. Eu chorava e gritava, pedia por socorro, mas ninguém parecia me ouvir. Eu estava de joelhos, segurando Ellie, rezando verdadeiramente pela primeira vez em 20 anos. Ela estava mal, não parecia conseguir me escutar direito, e mal respirava. O corte provocado pelas garras do que parecia ser um cão do inferno foi profundo, mesmo que eu tendo feito um curativo, ela sangrava sem parar.

–Ellie, Ellie, vai ficar tudo bem, tudo bem.-Eu sussurrei para ela.-Vou te levar para um hospital e você vai ficar novinha em folha, ok ?

Ellie sorriu para mim e tocou o meu rosto com sua mão ensanguentada, eu a segurei, uma tentativa idiota de a fazer ficar viva aqui, na terra. Ela respirou fundo, fechando os olhos por causa da dor.

–Bri,p-procure...Bobby Singer e... Castiel. Castiel vai lhe mostrar a... verdade, vai te guiar. -Ela tossiu, no meio dos sussurros quase inaudíveis.- Te proteger e mostrar quem você realmente é... Você é especial, Bri. É minha irmã, é eu vou te amar, para sempre.

–Não, não !-Gritei.-Ellie, você vem comigo !

–Diga a Bobby sobre mim, ele... Vai te ajudar. -Ela sorriu novamente. -Pegue tudo o que precisa...Coloque numa mala e saia pela janela, eu o distraio.

Eu balancei a cabeça, negando.

–Não !

–Brianna,se você morrer... Vai causar muitos problemas e vão te trazer de volta. Confie em mim, irmã, vá. -Ela me empurrou. -E não ouse olhar para trás ou pensar duas vezes, senão eu desço do paraíso pessoalmente para te infernizar. -Me levantei e comecei a arrumar tudo o que ela havia pedido, rapidamente, quando terminei me ajoelhei ao seu lado.- Vá,garota, faça mamãe e papai se orgulharem, se cuide...-Ela gemeu em dor.- Não perca... a fé.

–Eu te amo, Ellie.

–Eu também te amo, Supergirl.-Ela deu um beijo na minha testa e preparou a arma. -Te vejo lá em cima daqui a uns bons setenta anos.

Eu balancei a cabeça e me levantei. Fiz o que ela mandou; Sai pela janela e corri até o Cadillac Escandalle branco de Ellie sem nem mesmo pensar. Assim que entrei no carro, eu olhei para a janela do meu próprio quarto, e pude ouvir os tiros e gritos de Ellie de longe. Dei a partida no carro e fui embora. Eu passei algumas horas chorando e me lamentando sobre a morte de Ellie enquanto dirigia sem rumo pela estrada. Assim que o sola amanheceu, eu parei em um posto a beira estrada, para abastecer o carro, me acalmar e me limpar. Não havia ninguém do lado de fora da pequena cafeteria e posto de conveniência, apenas eu. Peguei uma mangueira e lavei minhas pernas, braços e meu rosto. Estava tecnicamente limpa, e de pijamas. Entrei novamente no Cadillac, aproveitei que não havia ninguém olhando e coloquei minhas calças jeans e blusa xadrez vermelha e branca, e coloquei as botas favoritas de Ellie. Desci do carro, o tranquei e entrei na loja de conveniência, comprei algumas coisas para comer e beber ao longo do caminho e fui a cafeteria. Me sentei numa mesa sozinha e abre o diário de Ellie. Procurei por Bobby Singer, e achei o número e endereço dele, mas eu não fazia ideia de onde eu estava.

–Bom dia querida, o que vai querer ?-Uma mulher simpática, de uns 46 anos, usando um uniforme me perguntou.

–Um café e o especial de ovos e bacon ali. -Apontei para o poster.

–Volto já com seu pedido.

Ela sorriu para mim e eu dei um fraco sorriso de volta. Suspirei e peguei o celular e disquei o número de Bobby no meu celular. Esperei pouco na linha.

–Quem é ?-A voz grossa do homem veio do outro lado da linha.

–Meu nome é Brianna Michaell, sou irmã mais nova da Ellie.-Minha voz estava chorosa.-E-Ellie me pediu para te procurar, ela disse que você poderia me ajudar a encontrar Castiel.

–Castiel ? Mas o que...-Ele disse algo que eu não entendi.-Brianna, você tem meu endereço, certo ? Venha o mais rápido possível para conversarmos pessoalmente. Fique de olho na estrada.

–Obrigada, até mais.

Eu desliguei o telefone e a mulher voltou com o meu café da manha.

–Desculpe, mas a senhora sabe aonde estamos ? Eu meio que dirigi a noite toda sem rumo e me perdi. Sabe apontar o caminho para Sioux Falls ?

–Ah, pobre coitada ! Querida, é só seguir essa estrada, estamos bem perto da cidade. -Ela sorriu para mim.-Bom apetite.

Ela disse e foi embora. Eu respirei fundo e prendi o cabelo num coque frouxo, e comi tudo com bastante pressa, deixando o dinheiro em cima da mesa, voltando correndo para o carro, e dirigi feito louca até o endereço que estava no diário dela. Quando finalmente cheguei lá, parecia mais um ferro velho, cheio de carros amassados e quebrados. Mesmo assim eu entrei. Estava desesperada por respostas e estava sozinha no mundo. Não havia ninguém vivo nesse mundo que eu poderia chamar de família. Eu vi uma casa velha nos fundos, e estacionei bem na frente. Subi alguns degraus de uma escada para a varanda da frente e bati três vezes na porta. Não ouvi barulho algum, e bati novamente.

–Bobby, sou eu ! Brianna ! -Gritei,e logo ouvi alguém vindo para abrir a porta. Bobby era um homem um pouco acima de seu peso, tinha barba, usava um boné esfarrapado. Ele me olhou de cima a baixo, e eu sorri, nervosa.

–Entre, Brianna. Vamos conversar. -Ele me deu espaço para passar pela porta, e me guiou até um sofá verde musgo, numa sala cheia de livros. Eu me sentei e Bobby saiu por um instante e voltou com um copo de água. Eu bebi tudo num gole só, ele me olhou, como se quisesse rir. Aquilo era água benta ?

–Me conte o que aconteceu, garota. Você parece bem abalada.

–Nós estávamos em casa. Tínhamos acabado de chegar de uma caçada e eu estava mal, Ellie foi até a cozinha para pegar alguns remédios e de repente eu ouvi barulho de tiros e Ellie gritando. Ela subiu correndo até o meu quarto, e colocou sal na minha porta. E-Eu...-Comecei a soluçar. Bobby me confortou, segurando o meu ombro. Eu continuei.-E-Ellie tinha matado um e atacada por outro. Ela estava sangrando muito, eu fiz alguns curativos nela, mas...-Eu já estava chorando, minha voz era um sussurro cheio de dor. -Ela me mandou sair de lá e procurar por você, ela disse que poderia me ajudar a achar Castiel, ele iria me guiar, me mostrar a ''verdade''... Bobby, eu sei que você não me vê desde que eu tinha sete anos, mas por favor, me ajude.

Ele engoliu em seco e me olhou com pena.

–Me desculpe pela perda de Ellie, ela era uma ótima caçadora. Brianna, deixe-me só fazer uma ligação, e depois nós podemos discutir mais sobre isso. Mi casa es su casa,a televisão lá em cima está quebrada, porém tem bastante material de leitura a sua disposição, só não toque na mobília.

Eu balancei a cabeça, mas preferi ficar chorando e mofando no sofá, e eu eventualmente eu dormi ali, no canto do sofá engraçado por algumas horas. Eu acordei com Bobby me chamando, de longe. Eu senti o cheiro de comida vindo de algum lugar da casa. Abri os olhos, e eu estava deitada no sofá, com um cobertor. Eu dei um pequeno sorriso tristonho, respirei fundo, segurando minhas lágrimas e me levantei.

–Bobby ?-Falei um pouco alto, para que ele me pudesse ouvir.

–Na cozinha !

Ele gritou. Eu andei devagar, olhando para o chão, eu estava um pouco grogue e me sentia muito mal, a ponto de surtar. Quando cheguei na cozinha, me encostei na soleira da porta e olhei para cima, e me surpreendi. Além de Bobby, haviam três caras ali com ele. O mais alto, que tinha o cabelo até o pescoço, me deu um sorriso meio triste. O do lado dele,de olhos azuis me olhou cuidadosamente de cima para baixo, e parecia estar flertando comigo. Eu senti que conhecia eles, a muitos anos, mas nunca tinha visto nenhum deles na minha vida. Os dois ficaram me encarando e Bobby forçou uma tosse.

–Meninos, essa é a Brianna de quem eu falei antes.

–Bobby, se tivesse falado que ela era tão bonita eu teria...-O mais alto deu uma cotovelada nele. -Desculpe.

–Que tal conversamos na sala, acho bem mais confortável e menos estranho, com vocês me encarando.-Eu sugeri, e todos andaram em silêncio até a sala.

–Brianna, estes são Sam.-Ele apontou para o mais alto. -Dean Winchester. -Olhou para o cara do lado de Sam, que estava me paquerando mais cedo.

–O-oi.

Gaguejei. Meu Deus, eles eram bonitos demais. Eles sorriram para mim, e Bobby começou a contar o que aconteceu, e eu fiquei quieta. Eles discutiam o porque de cães infernais, e como eu tive sorte em fugir deles e outras coisas que eu não prestei atenção, estava concentrada em não chorar, não ter um ataque de nervos. Alguém sentou do meu lado. Era o mais alto. Ele sorriu para mim e eu de volta.

–Como você está, Brianna ?

–Sinceramente? A beira de um ataque de pânico. Minha irmã mais velha morreu para me proteger, minha família inteira está morta, eu estou sozinha, e procurando um modo de realizar o ultimo desejo da minha irmã. Eu não tenho nada, Ellie era o meu exemplo, ela era tudo.-Eu comecei a chorar. Sam se ajeitou no sofá, parecia meio desconfortável.

–Bobby disse que Castiel ia te dar as respostas que você precisa, é isso mesmo ?

–Foi o que ela disse. Algo sobre descobrir a ''verdade'' e que ele me guiaria. Olhe, eu não sei o que ela quis dizer, mas se seu amigo pudesse chegar aqui e esclarecer tudo, seria bem mais fácil.

–Dean e Bobby estão trabalhando nisso, só... Fique calma.

–Estou calma. Mas eu poderia beber uma cerveja ou duas, só por segurança. -Ele riu da minha piada idiota e se levantou.

–Já volto. -Eu não esperei mais que quarenta segundos e ele voltou com algumas cervejas. Eu vi Dean olhar para ele e dar de ombros.-Aqui está...Mas espera, quantos anos você tem mesmo ?

–Vinte,bobinho. Faço vinte e um em maio. -Ele pareceu um pouco relutante em me dar a bebida. -A, vamos lá, ninguém aqui vai te prender, Winchester.-Sam riu novamente, olhando para baixo, e se sentou, me entregando a cerveja. Eu a abri e tomei tudo de uma vez, e nem comecei a sentir cocegas. Olhei para ele, que me olhava com um sorriso bobo no rosto. -O que foi ?

–Brianna, nós já nos conhecemos ? Eu tenho a sensação de que te conheço desde...

–Desde sempre ?-Completei.-Eu também tenho essa sensação em relação a você e seu irmão. Huh, engraçado.

Ele concordou, balançando a cabeça. Dean puxou um banquinho e se sentou na nossa frente, e pegou uma cerveja. Sam olhou para ele, com os olhos arregalados, com o pedido de ''Saia daqui.'' Dean o ''respondeu'' com um sorrisinho idiota. Eu ri baixo, para mim mesma, e peguei outra garrafa.

–Então, Brianna, você é uma caçadora, mas não se parece com uma.

–Eu sei. Minha família tinha dinheiro, e eu e Ellie fizemos bom uso dele. -Coloquei a garrafa no chão.- Ellie era a melhor, ela tinha respostas para tudo, tomava conta de mim, sabia sempre o que fazer, como agir... Ela era minha irmã mais velha e era como um anjo da guarda. -Dean e Sam se entreolharam. Ela era tudo o que eu tinha e eu era tudo o que ela tinha. Olhei para cima, para não chorar.- E agora ela está morta, e eu não pude fazer nada.

–Eu sinto muito. -Dean disse, e eu senti sinceridade em sua voz. -Assim que eu consegui fazer contato com Castiel, nós vamos conseguir algumas respostas, garota.

Ele sorriu para mim, e dessa vez foi um sorriso sincero, sem maldade. Eu deixei algumas lágrimas escaparem e eu sorri de volta. Nós três passamos a madrugada conversando sobre todo o tipo de coisa, como um trio de velhos amigos que haviam se reencontrado. Falamos sobre música, vida, religião, comida, gostos e desgostos em comum, fizemos piadas idiotas e eu consegui rir um pouco naquela noite. Pude ver, no olhar dos dois como estavam se divertindo, como não faziam em um bom tempo. Quando o relógio marcava as quatro e oito da manhã, eu fiquei sonolenta, e me encostei no canto do sofá.

–Ei, acho melhor você ir deitar.-Sam disse.

–É, se dormir aqui vai ficar toda dolorida. Seria melhor ir para o quarto extra, lá em cima.

–Mas...Eu não sei aonde fica...-Eu disse lentamente, bocejando.

–Ah, ok.-Sam e Dean se levantaram e se entreolharam. Dean saiu da sala e Sam me pegou no colo. Eu não disse nada, não relutei, apenas encostei a cabeça no torax dele. -Vamos lá, o dia vai ser cheio.

–Obrigada...-Eu estava quase dormindo nos braços dele.

–Não tem problema, eu faço isso com o Dean, e ele é bem mais pesado. -Ele riu

–Eu espero que Castiel me ajude,porque eu vou mandar de volta pro inferno o dêmonio que mandou aqueles cachorros para a minha casa.

–Nós vamos te ajudar, fique tranquila. -Ele abriu uma porta e me colocou numa cama.- Boa noite, Brianna.-Ele sorriu.

–Boa noite, Sammy. -Eu sorri e fechei os olhos.

–Você acabou de me chamar de Sammy ?

Eu não respondi, apenas dormi, rezando para que eu pudesse me controlar e esquecer a dor da morte de Ellie quando eu acordasse. Rezei para que Castiel aparecesse e me ajudasse, de qualquer forma. Um sonho, um presságio, uma mensagem no celular, qualquer coisa... Eu estava desesperada, e as lágrimas conseguiam sair dos meus olhos, mesmo fechados. Procurei não fazer muito barulho, para que ninguém viesse me ver chorando, ou tentar me consolar, porque nada daquilo a traria de volta. Depois de um curto período de tempo chorando, eu dormi.

– Winchester’s p.o.v -

Sam deixou a caçadora no quarto extra no segundo andar da casa de Bobby. Ele ria para si mesmo, realmente achava que a conhecia, e se sentia realmente mal pela morte de sua irmã, dizia para si mesmo que ela não merecia aquilo, ele tinha certeza, mesmo que não a conhecesse. Ele desceu as escadas, e encontrou seu irmão sentado no sofá, sorrindo para ele de forma implicante.

–Não começa. –Sam disse,sério,e Dean deu uma gargalhada baixa.

–Aquela garota é puro ouro, Sammy !

–Falando nisso, ela...Ela me chamou de Sammy. Como ela sabia do meu apelido ?

Ele disse, meio desacreditado. A garota o conhecia a algumas horas, e nenhum dos dois havia dito nada sobre coisas muito pessoais a ela. Dean riu da cara do irmão e se ajeitou no sofá.

–Instinto feminino, Sam. -Ele disse, confiante. – E como ela, eu tenho o instinto que vou conseguir o prêmio.

–Prêmio ?! Não está realmente pensando em tentar pegar ela, não é? Brianna nem é o seu tipo, e ela nunca te pegaria.

–Wow, wow, calma ai, Príncipe Encantado. Só porque teve algumas cervejas com ela e a carregou acha que a conhece?

Sam pressionou seus lábios e respirou fundo.

–Não, não, Dean. Mas não acho que ela vai querer algum tipo de relacionamento com alguém sendo que a irmã dela acabou de ser morta por cães infernais! Isso não passou pela sua cabeça não?

Dean fez uma careta e deu de ombros, ainda confiante, de que, um dia, a garota ia cair por seus charmes e encantos. Mal sabia ele, que a história seria extremamente diferente. Sam decidiu não dizer mais nenhuma palavra, para evitar discussões desnecessárias com o irmão. Ele descansou a cabeça no sofá. Tinham acabado de sair de uma caçada, e não comiam ou dormiam direito a alguns dias.

–Dean, o que acha de passarmos alguns dias aqui? Uns quatro dias, talvez? Quero dizer, Brianna parece ser um caso, certo?

–Ok, Romeu, não precisa inventar desculpas para me dizer que não quer deixar a menina sozinha. -O mais velho disse, implicando com o outro.

–Qual é, Dean. Vai me dizer que não tem algo de diferente naquela menina? Ela pode ser importante para a guerra, quer dizer, se Castiel tem as respostas que ela procura, ela pode ser realmente importante, não acha?

Dean balançou a cabeça algumas vezes, concordando com o que Sam disse. Talvez ela tinha alguma arma ou algo que poderia os ajudar a encontrar um meio de matar Lúcifer, já que a Colt não funcionava.

–Está bem. Ficamos até resolvermos isso. Eu vou dormir um pouco, e você devia fazer o mesmo, Castiel provavelmente vai aparecer por aqui em pouco tempo.

Sam assentiu e os dois começaram a cochilar no sofá verde musgo de Bobby.

–Brianna’s p.o.v-

Eu estava sonhando, eu sabia, pois já tinha sonhado com aquilo. Era verão, eu tinha certeza que sim. Estava sol, porém não estava muito quente. O vento batia suavemente na água e fazia as folhas da árvore de carvalho branca se mexerem. Eu usava um vestido curto, branco como a árvore, e estava descalça. A árvore era enorme, magnifica, parecia estar me chamando, ou me puxando para si. Eu não pensei, comecei a andar até a árvore e me sentei na sombra, em baixo dela. Haviam várias e pequenas flores coloridas por perto, o cheiro era doce e agradável. Um homem de cabelos escuros e olhos claros, vestindo um trench coat bege apareceu do meu lado. Ele se sentou e eu me virei para olhar ele, que não disse nada. Ele segurou meu rosto com as mãos e encostou minha testa na sua, e eu senti uma dor no estômago, como se fosse uma pancada bem forte. Imagens, gostos, cheiros, e sensações tomaram conta de mim, e ele me soltou, e desapareceu.

Acordei com um grito, e eu ainda sentia a dor no meu estômago, do sonho. Me joguei no chão, na tentativa de me levantar. Olhei para minha barriga e eu estava sangrando, e consequentemente, chorando de dor. Ouvi alguns passos rápidos e pesados de alguém correndo escada a cima, e a porta do quarto foi aberta com um baque. Olhei para cima, e vi Dean e Sam. Dean me pegou no colo, e me tirou do quarto, me levando para o primeiro andar, enquanto Sam já tinha descido num pulo. Ele me colocou em cima do sofá verde e abriu a minha blusa, para ver o estrago. Eu não olhei para baixo, me manti concentrada no teto e em como aquela merda estava doendo.

–Hey, olhe para mim, olhe para mim. Vai ficar tudo bem.-Ele tirou o cabelo que estava espalhado pelo meu rosto e eu protestei com um gemido de dor.-Sam vai te ajeitar e você vai ficar novinha em folha, certo ?-Eu balancei a cabeça e ele se moveu de lugar para dar espaço para o irmão. As mãos de Sam tremiam ele abriu uma caixa de primeiros socorros e começou a limpar o ferimento, e eu soltei um grito, doía, doía demais.

–Dean, segure ela. -Ele segurou meus braços e Sam começou a costurar meu ferimento, e eu urrava de dor. Eu chorava e gemia, pedia para que ele parasse,e Dean sussurrava para mim que estava tudo bem. Tão bem que a dor foi mais do que eu pudesse aguentar e eu desmaiei.


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Notas finais do capítulo

Obrigada por virem até aqui,isso significa que tem um lugar especial para você no paraíso,bem longe desses demônios e monstros ♥3Até o próximo capítulo,pessoal.