Concertando a História escrita por RoryHunter


Capítulo 1
Capítulo 1 - A Morte Não é Tão Ruim


Notas iniciais do capítulo

Esse é o primeiro capitulo da minha nova fanfic. Ela é para um concuso que eu e meu amigo estamos fazendo :3 Espero que gostem.



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Orfanatos não eram o melhor lugar pra se viver. Nunca foram. Mesmo os orfanatos que recebiam muitas doações e eram bem cuidados pelo governo. Aqueles tinham crianças felizes de grandes famílias que dão muito dinheiro.

Aquela menina não morava num orfanato rico. Nem de longe.

O prédio do orfanato era todo feito de madeira. Haviam pedaços do chão que tinham sido comidos por cupins. Praticamente cada passo rangia a madeira do chão. O som era dolorosamente presente na vida dos presentes do orfanato.

A comida era escassa. Normalmente as crianças comiam apenas o suficiente para sobreviver.

Aquele orfanato tinha uma caracteristica especial também. As crianças de lá não eram registradas no governo. Elas não tinham nomes. Pelo menos até alguém se interessar por adotá-las quando elas ganhavam um nome.

Naquele ano todas as crianças tinham nomes. Não haviam sido adotadas mas foram chamadas e ganharam um nome.

Era algo incrível lá.

A única pessoa que ainda não tinha nome era a menina. A menina não era especialmente uma pessoa ruim, ou algo desse tipo que fizesse as pessoas não se interessarem por ela. Ela tinha doze anos e tinha apenas um problema.

Ela tinha câncer.

Era um câncer em menor escala, de forma que ela nunca se preocupou muito. Tinha que passar a maior parte do tempo deitada numa cama, e tinha dor o tempo todo. Mas era só isso.

O problema principal mesmo… Eram as crianças. Por alguma razão, todos da sua idade ou mais novos tinham nojo dela. É como se não quisessem se aproximar dela. Como se não quisessem vê-la. Aparentemente, achavam que podiam “pegar” câncer. E os mais velhos não se importavam realmente. Não eram ruins, mas não ficariam ao redor.

Isso a fez se voltar para outras formas de entretenimento que não seja interagir com as pessoas.

Na biblioteca da escola, ela aprendeu sobre computadores quando tinha 8 anos. Com muito esforço depois disso, ela juntou dinheiro, por três anos, até comprar um notebook velho de segunda mão em uma venda de garagem.

Tendo seu próprio notebook, ela mergulhou em assistir vídeos e descobriu sobre animes.

Ela estava no céu. Vendo animes, ela se sentia feliz de uma forma que nunca se sentiu antes. Se sentia realizada. Ela podia ver algo que a fazia esquecer sobre seu estado doente, e que ela podia cair morta a qualquer momento.

Especialmente quando estava vendo Sword Art Online.

Swort Art Online era seu anime favorito. Ela adorava ver e rever todos os episódios nos fins de semana.

Pelo menos até aquele dia. Aos onze anos, seu estado de saúde piorou. Ela passou a se sentir cansada com os menores exercícios, tossia forte a ponto de vomitar sangue. Ela sentia a dor constante piorando. Era uma sensação horrível.

Disseram a matrona do orfanato que ela devia ser internada no hospital, pois o tumor cancerígeno era maligno, e estava começando a se espalhar da sua coluna para o resto de seu corpo.

O próximo ano, ela passou no hospital, tão drogada que mal conseguia manter a conciência. O médicos tentaram de tudo para fazê-la sentir menos dor, mas ela sabia que era um casso perdido.

Ela ia morrer. E ela sabia disso. Ela podia sentir, no fundo do seu ser.

Mas ela não conseguia aceitar. Ela queria ficar viva, ir para a escola como uma criança normal. Ser feliz… Ter uma mãe e um pai que a aceitassem. Ter um nome.

Mas a menina nunca teve um nome.

Ela se esforçou para continuar vendo animes. Leu a Light Novel de Sword Art Online. Chorou com a história de Yuuki. Ficou feliz por Asuna. Sorriu por Kirito. Ficou confusa por Sinon.

Ela viu outras coisas também, assistiu Naruto, Bleach, Ao no Exorcist, Noragami… Zetsuen no Tempest, Chuunibyou, Kotoura-san… Muitos outros que ela podia passar o dia todo citando e não conseguir acabar.

Ela viu animes. A unica coisa boa que já aconteceu com ela naquela vida que teve. Animes foram a salvação de seu desespero. A razão pela qual ela queria viver.

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Mas isso não foi o suficiente.

Não era o suficiente para brigar contra o câncer. A menina sabia que iria morrer em breve. Seu médico já havia desistido dela.

Ela iria morrer. Logo.

O sentimento a sufocou.

Vendo o estado catatônico que ela estava entrando, seu médico começou a aumentar a quantidade de medicamento de alivio para dor, a ponto que ela não tinha mais momentos lúcidos.

Ela estava perdida, em meio a névoa espessa.

Dizem que quando se morre, sua vida passa por seus olhos. A menina diz que não é verdade.

Não há nada grande em morrer. Nunca houve. Não pra ela.

Não há choro. Não há lamentos.

Quando aconteceu, era uma quarta-feira ensolarada. Não chovia. Não havia nuvens. As crianças brincavam normalmente pelos corredores do hospital, com a esperança de melhorarem passa sair dali.

Era simples. O barulho irritante de apito simplesmente foi abaixando. Abaixando… Abaixando…

Até que se tornou um apito baixo e constante. Ele simplesmente não pausou.

E com isso.

Sem amigos. Esperança ou por algo nobre, a menina deixou esse mundo.

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Quando a menina acordou novamente, ela não abriu os olhos. Por um momento, apenas aproveitou o sentimento que que algo estava errado.

Ela não tinha certeza do que era. Simplesmente sentia que algo não estava certo.

Então, ela sentiu frio. Percebeu que se sentia como se estivesse molhada com algo gosmento. E o vento estivesse batendo nela. Choramingou.

Por que? Ela simplesmente não entendia. Quando ia para a escola, as vezes seus colegas de classe a provocavam, prendiam ou batiam para que ela perdesse o ônibus. Muitas vezes fora na chuva para o Orfanato. A sensação não lhe era estranha. Ela nunca tinha chorado por isso.

Então… Por que agora?

Ela simplesmente não entendia.

Então, ela finalmente notou.

Ela não sentia dor. Ela não se lembrava de não quer sentido dor uma vez na sua vida. Mesmo com os medicamentos.

Ela sentiu algo em suas orelhas e vozes abafadas, numa língua desconhecida.

–-Anata no Akachan wa genki, Yuusha-san.

–-Oooh! Kawaii! -ela ouviu alguém exclamar um pouco alto, fazendo seus ouvidos doerem.

Ela chorou novamente, sentindo-se automaticamente berrar como um recém-nascido.

Lentamente, ela começou a perceber uma coisa.

Não era uma lingua desconhecida. Ela reviu a frase que haviam dito. “Anata”... Ela tinha certeza que era “Você” ou “Querido”... “Akachan” era bebê… “Genki” tinha algo haver com “estar bem”, “Yuusha-san” devia ser o nome de alguém. Tinha o sufixo “-san”.

Aquilo era japonês. Ela montou a frase novamente em sua cabeça. “Você bebê estar bem, Yuusha-san”... Ou melhor “Seu bebê está bem, Yuusha-san”.

Ela se sentiu satisfeita consigo mesma por conseguir traduzir.

Foi quando a realidade bateu sobre ela como uma manada de Elefantes. Ele tinha chamado-a de “bebê”????

Esforçou-se para abrir os olhos. Era tudo desfocado e luminoso demais. Doeu, mas ela se esforçou para ver o que havia ao redor.

Ela ouviu uma frase na língua que identificou com japonês, mas não conseguia traduzir.

Ela notou três pessoas e um quarto branco que ela identificou como um hospital. Havia uma mulher de cabelos negros e olhos escuros, um homem com roupas verdes de cabelo escuro e um homem ruivo de olhos verdes, que parecia genuinamente feliz.

–-Kimi no namae wa Rae-chan. Yuusha Rae-chan.

A menina arregalou os olhos quando conseguiu traduzir a frase.

Namae… Nome?

Eu… Ganhei um nome? Pensou ela afobada.

Ter um nome era uma sensação… Quente. Seu primeiro nome só dela.

Mas isso não faz sentido. O que aconteceu? Ela tinha… Renascido?

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Ela não entendia o que tinha acontecido. Mas decidiu deixar isso de lado e viver. Passou algumas semanas e essa “alucinação” não tinha passado, então ela concluiu que realmente tinha renascido. Era algo realmente bom. Ela foi lentamente se acostumando com a língua japonesa e podia entender claramente algumas coisas.

Mas não foi até que ela tinha duas semanas de vida que ela finalmente descobriu onde estava.

A TV estava ligada no canal de noticias. Rae vagamente sabia que falava sobre algo militar, em quanto brincava borbulhante com blocos na sala.

–-Esse negócio de Nerve Gear parece uma revolução na técnologia! -seu pai, o homem ruivo do hospital, exclamou, olhando a televisão.

A cabeça de Rae levantou para a TV, ao ouvir o nome familiar. Ela arregalou os olhos, vendo o capacete familiar.

De jeito nenhum… Pensou ela, o coração batendo forte no peito.

Eu estou… Em SAO?


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Notas finais do capítulo

MATTA AOWZE!

Reviews?



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