Alice in Waterland escrita por Dimitri Alves


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal! Estou feliz por começar maaaaais um novo trabalho. Depois de concluído A PERSEGUIDORA, estou de volta com esse novo projeto!
Essa FIC é bem diferente da outra, essa tem uma temática mais livre e bem leve.
Espero que gostem desse meu novo projeto!!



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Já fazia muito tempo que Alice tinha caído no buraco perto da arvore correndo atrás do coelho. Até hoje ela não sabe ao certo se aquilo tudo foi fruto de sua imaginação ou se tudo aquilo foi real, porém imperceptível aos olhos dos adultos. Agora ela é uma bela mulher e aquele dia não passava de uma grande aventura de uma menina travessa que era.

Alice saiu da biblioteca da sua casa carregando um livro em seus braços. A casa era grande e aconchegante, herdada pelos seus antigos pais. Peter, o seu marido, não se incomodou em se mudar para lá. A casa era ótima.

- Vai ser melhor para a nossa filha – tinha afirmado ela acariciando o rosto do seu marido, cuja barba já se atrevia a aparecer.

Ela desceu o lance de escada e estranhou o silencio profundo que a dominava naquele instante. Olhou desconfiada para todos os lados a procura de alguém, mas ninguém veio ao seu encontro. Peter tinha saído, foi resolver alguma coisa no escritório. Ele era um excelente jornalista e gostava de trabalhar com as informações. Um maravilhoso leitor, assim como ela, apaixonado pelas letras.

O romance não poderia ter iniciado da melhor forma, se não, numa livraria. Estavam em Londres, conheceram-se sem querer em uma pequenina livraria de esquina da cidade. Ela tinha entrado para olhar e comprar mais um livro, como sempre fazia. No centro da loja estava o lançamento de um livro de um algum escritor local. Só havia aquele volume. Ela estendeu sua mão para pegá-lo, porem sua mão se chocou em outra.

- Oh, desculpe – disse o homem a sua frente.

Peter tinha seus cabelos peteados para trás, mas alguns fios teimavam a cair em seu rosto. Ele passou a mão em seu cabelo tentando ajeitar os fios que lhe caiam, mas foi em vão. Um sorriso perfeito de dentes bem brancos e alinhados surgiu no meio de sua boca levemente avermelhada. Seu rosto era quadrado acompanhado de um fino nariz. Os olhos eram estreitos e as sobrancelhas levemente grossas. Não poderia haver tanta beleza num rosto como de Peter.

Alice ainda tinha seus olhos presos no rosto do homem. Seus olhos de castanhos claros, quase amarelos, a hipnotizou de uma forma espantosa.

- Senhorita, você esta bem? – perguntou ele murchando o seu sorriso e se preocupando com o choque de Alice.

Alice só se recuperou quando ele a tocou no ombro.

- Oh, desculpe cavalheiro – disse ela corando levemente e baixando o seu rosto, olhando para a sua bolsa – Não tinha o visto. Por favor, pegue o exemplar – disse ela voltando a sua postura.

- Não, por favor, leve-o com você – tinha dito Peter.

- Oh não, obrigada. Percebi que você tinha mais urgência em pegar o livro – mentiu ela querendo ser extremamente agradável.

Peter sorriu e riu baixo.

- Tome, eu ínsito – disse ele entregando-lhe o livro.

- Eu não conheço o autor – disse ela pegando o livro e sorrindo. Ela teve certeza que sentiu suas bochechas corarem.

Ele sorriu novamente.

- Nós tomamos um café e te dou um autografo em seguida – disse ele com um sorriso satisfeito. Ele era o autor do livro.

...

Alice atravessou a sala de jantar e não teve sinal de sua filha. Era início da tarde e ela sabia que as duas tinham um momento só delas, mas a filha sempre insistia em se esconder de sua mãe. Não por birra, mas porque gostava de brincar de se esconder.

- Alice? Alice meu anjo, vamos. Está na hora de lermos! – gritou ela delicadamente.

No meio da sala, uma das cortinas brancas, que estava parcialmente fechada, saiu uma pequena menina com seu rosto travesso e de sorriso fácil. A menina veio correndo em direção a sua mãe. A pequena garota tinha nove anos e sua pele era branca como uma vela. Seus cabelos eram de um loiro impecável, parecia que seus cabelos eram feitos de fios de ouro. Em sua cabeça estava um laço vermelho que adorava colocar. O mais marcante que se poderia ver eram seus olhos. Uma azul tão forte e cristalina que dava vontade de mergulhar neles.

- Mamãe – abraçou ela.

- Estava te procurando – falou Alice.

- Eu estava brincando de esconde-esconde, mamãe.

- E de quem você escondia, minha filha? – perguntou ela se agachando e dando-lhe um beijo na testa, ficando a altura dela.

- Do coelho – respondeu ela.

Alice arregalou os olhos, mas no mesmo instante tratou de disfarçar a sua surpresa, ela não queria que sua filha percebesse o seu espanto.

- Que coelho, filha? – perguntou tentando investigar melhor.

- Um coelho que me seguiu, mamãe. Eu me assustei. Ele era grande – disse ela abrindo os braços tentando dimensionar o tamanho do animal.

Alice ficou em alerta por dentro, mas por fora demonstrou estar tranquila para que sua filha não percebesse ou detectasse que algo estivesse errado.

- Muito bem filha, fique longe do coelho, tá? Ele pode transmitir alguma doença e você não quer ficar dodói, não é?

- Não, mamãe – respondeu ela.

- Vamos ler na biblioteca – anunciou Alice.

- Mas a gente sempre lê em baixo da árvore perto do lago – questionou a pequena menina.

- É sempre bom mudar. Venha – disse ela pegando a mão da menina e conduzindo para a biblioteca.

Na biblioteca Alice começou a ler o livro, enquanto a Alice menor circundava sobre a biblioteca sem muito interesse no que a sua mãe lia. Ela bisbilhotava todos os armários e mexia em algumas bugigangas que seu pai trazia para a casa. Ela só parou diante da janela e ficou admirando a vista que tinha. Ao longe via a arvore que costuma ler perto do lago.

- Alice, você não está prestando a atenção na história – falou sua mãe percebendo que Alice estava distraída de mais.

- Desculpa mamãe, mas é difícil ler um livro que não tem gravuras – respondeu ela se aproximando da mãe e sentando-se no braço da poltrona.

- Ora querida, você pode usar a imaginação. Ela está bem aqui – disse ela apontando delicadamente com seus dedos para a cabeça.

Alice concordou e ficou em silencio e tentou prestar mais atenção ao que ela lia. Ao termino da leitura ela tinha que resumir o que sua mãe tinha lido, para provar que tinha prestado a atenção e a treinando para ser uma boa ouvinte e interpretadora. Despois de explicar brevemente, e ter acertado, a história, Alice perguntou:

- Mamãe, coelhos usam roupas e relógios?


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Notas finais do capítulo

Então pessoal, o que acharam do meu novo trabalho? Bem diferente do outro, não é?
Espero que se divirtam!



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