Sempre te amei. escrita por AnaClaudiia


Capítulo 77
Raiva


Notas iniciais do capítulo

A história está a alguns cliques dos 100 mil acessos!! Muito obrigada a todos, de coração! :)
Confesso que em alguns momentos da vontade de desistir, que acho que nada está bom, que a fic é chata e blá blá blá, mas não paro por vocês, porque sei que tem pessoas que gostam.
É complicado escrever sem inspiração, e a minha vem de LucaDu, dos olhares deles, do apego... Infelizmente nosso casal não aparece muito, sofremos de escassez de cenas!

Valeu por todo apoio, incentivo, correção de erros, comentários com elogios, com críticas, pelas dicas, pelos puxões de orelha, etc... Vocês é o que me fazem continuar a escrever!
Uma das melhores coisas que ganhei com LucaDu, foi amigos incríveis, pessoas maravilhosas que com certeza levarei pra vida... Talvez o tempo os afaste de mim, da convivência e dialogo, mas nunca do meu coração. Brigadão por tudo!



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Por Eduarda

Foi triste.

O enterro da Maria nem parecia um enterro, pouquíssimas pessoas seguiam o caixão. Era eu, meus filhos e José Alfredo, ele que mesmo não conhecendo direito minha queria amiga decidiu ir, acho que viu o sofrimento no rosto de seus netos e percebeu que eles precisavam de apoio. Alzira, a fiel empregada de minha ex-vizinha não veio, ficou nos Estados Unidos resolvendo algumas coisas, disse que voltaria pro Rio depois.

Não teve velório, não haveria pessoas suficientes para velar o corpo, ninguém além de mim passaria a noite em claro ao lado do caixão. Uma pessoa tão boa merecia mais gente chorando por ela, mas acho que a avó dos meus netos dedicou toda sua bondade a nossa família, talvez para ela nós já fossemos suficientes...

Assim que o túmulo foi lacrado, meu filho se virou para mim e perguntou:
M: E agola mamãe? O que acontece com ela?

E mais uma vez tive que responder uma frase que já está virando clichê na minha boca: Eu não sei...

Não podia falar que ela vai apodrecer, que seu corpo irá se desfazer, que Maria virará apenas uma ossada. Fingir ignorância pareceu mais fácil que dizer a verdade. Eu também poderia ter dito que não fazia mais diferença, que sua alma já não estava mais lá, que tanto faz o que ocorrerá daqui pra frente, mas isso também é difícil...

José Alfredo estava morrendo de saudades dos netos, assim que ele nos viu desembarcando no aeroporto correu ao encontro dos meus filhos. Os dois pularam em seus braços e tentaram matar toda saudades. Foi quase um ano sem se verem pessoalmente... Ele é um bom avô, apesar de longe sempre se fez presente, ligava, aparecia em todos os aniversários, aprendeu a mexer no FaceTime só para vê-los...

Caminhamos até o carro e no caminho fiquei olhando os cabelos de meu sogro, a cada visita eles parecem estar mais brancos...

Enquanto Josué, seu amigo e fiel escudeiro, dirige rumo ao apartamento dos Medeiros, vou observando a cidade.

O Rio de Janeiro continua lindo...

Esse lugar não me cansa, olhar as pessoas na rua é uma terapia, todos tem um sorriso no rosto, caminham felizes pelo calçadão, quase consigo me sentir feliz também...

Mas é difícil!

Quando vi que Lucas não viria mais, tive que explicar o motivo pros meus filhos. Amenizei as coisas, disse que o pai deles teve que resolver uns problemas na empresa, que depois viria... Mas nem sei se ele chega, na verdade não sei se quero. José Alfredo quis saber porque seu filho não estava comigo, mas no final das contas não contei, disse para deixarmos essa conversa pra depois, quando Alfredinho e Martinha estiverem longe.

Assim que nos aproximamos do prédio em que Lucas morava, e em que eu vivi por algum tempo, uma enxurrada de lembranças me alcançou.

Tantas coisas aconteceram aqui, boas e ruins, esse local trás uma quantidade de emoções absurda, uma variedade de recordações que nem eu mesma sabia que tinha.

Descemos do carro e vamos pro elevador, Marta e Dinho estão ansiosos, morrem de saudades da vovó Maria Marta.

Enquanto somos levados até nosso andar, lembro de todas as vezes que vim aqui. Meu estomago ficava cheio de borboletas, pois eu sabia que o veria, minha boca secava, sentia vontade se sorrir, e quando me aproximava de Lucas tinha que trata-lo apenas como amigo, quando na verdade minha vontade era me jogar em seus braços. Hoje é diferente, ele não está aqui e a única ansiedade que sinto é por me deitar na cama, estou tão cansada...

Assim que chegamos meu sogro abre a porta e encontro todos os familiares reunidos. Maria Clara e Vicente segurando seu filho Miguel, ele está tão maior que dá ultima vez que o vi, Cristina com o marido, Maria Marta e José Pedro sentados no sofá encarando a gente na entrada, Amanda passando a mão na sua barriga, ela está grávida do primeiro filho fruto da sua união com Pedro, e Silviano do lado da porta com os braços abertos pra mim.

Dou um abraço no eterno mordomo da família e sinto ele afagando minhas costa. Seus cabelos continuam tão brancos quanto da ultima vez que o vi, mas há mais algumas rugas em seu rosto.
S: Senhorita Eduarda, todos a aguardavam ansiosos... Você e master Lucas! Aliais, por que ele não veio?
Du: Estava um pouco ocupado... Mas acho que assim que ele puder, aparece por aqui! De New York e Rio de Janeiro é um pulo... - Tento sorrir.

Meus filhos correm até sua avó e são recebidos com muitos beijos e abraços, é nítido o carinho mutuo entre os três. Desde que Maria morreu venho percebendo que minha filha implica menos com o irmão, pra falar a verdade não me lembro de nenhuma provocação da parte de Marta, muito menos dele. Acho que a dor está os deixando mais próximos, o coração dos dois está dolorido, eles entendem bem o sentimento um do outro.

Tem algumas taças de champanhe sujas em cima da mesa, eles devem ter aberto para nos esperar, mas no final demoramos demais... Ainda sinto meu corpo impregnado pelos ares do cemitério.

Enquanto José Alfredo mostra para meus filhos todos os brinquedos que ele comprou pros dois, fico sentada no sofá conversando com Clara. Ela não mora mais junto dos pais, vive aqui perto em um uma grande casa com Vicente e seu filho. Miguel é pequeno, tem apenas 2 anos, tem os cabelos da mãe mas os olhos claros como o do pai, imagino o quanto deve ser mimado pelo comendador...

Estou acariciando minha barriga, ela ainda está lisa, mas daqui a pouco começará a crescer... Ainda não contei pra ninguém da família de Lucas que estou grávida, estava pensando em fazer isso hoje, na hora do jantar, mas agora não sinto mais vontade, e meu marido também não iria gostar, ele quer estar a meu lado nesse momento, contar junto comigo.

Quando voltávamos pro Brasil a passeio, sempre ficávamos na nossa casa. Não a vendemos, deixamos ela fechada sempre esperando por nós. Ana continua trabalhando pra gente, mesmo de longe. Nós a pagávamos para ir lá de vez em quando e dar uma geral na casa e limpar o quintal... Mas dessa vez a viajem foi as pressas, não tivemos tempo de pedir para que ela fizesse isso, acho que ficaremos aqui por um tempo.
MC: E você decidiu se aposentar? - Maria Clara me questiona.
Du: Não, aposentar não! Só dar um tempo dessa loucura, quem sabe investir mais no Brasil, fazer mais campanhas por aqui...
MC: Daqui alguns meses vai ter outro desfile da Império, nova coleção, ta a fim de relembrar onde tudo começou? - Ela sorri. - O seu desfile foi o mais falado da história da empresa, ninguém esqueceu até hoje!
Du: Eu ia adorar, mas acho que não vou poder... - Daqui a alguns meses estarei imensa e, tudo o que não vou querer é vestir um salto alto e desfilar em uma passarela.
MC: Ah, por que não Du? - Eu continuo acariciando minha barriga, já está virando um ato inconsciente nos últimos dias. - Você tá grávida? - Clara grita. - Não acredito, mais um sobrinho, parabéns Du!

De repente todos os olhos da casa estão voltados pra mim, Maria Clara quando quer é bem escandalosa. Não queria contar agora, Lucas estava ansioso para dizer isso a seu pai pessoalmente, mas ela percebeu, eu não tive culpa...
Du: Sim, estou! - Respondo, um pouco sem graça. - Quase três meses!
MM: Parabéns minha querida! - Minha sogra vem me abraçar. - Mas um Medeiros de Mendonça e Albuquerque, que maravilha... - Ela sorri. - Vai ter só alguns meses de diferença do filho do Zé Pedro!

Todos vem me cumprimentar e é lógico que o abraço mais forte veio do meu sogro. Pra ele, quanto mais netinhos melhor!

Depois de algumas horas, finalmente sou liberada pela família. Clara foi para sua casa, Cristina também e, Pedro e Amanda pros seus quartos. Minha sogra meio que os expulsou, percebeu o quanto eu estou cansada.

Foram horas de viajem e depois um enterro, estou morrendo de sono, minhas olheiras estão profundas. Quase não dormi durante o voo, ao contrário de meus filhos que capotaram, fiquei o tempo todo pensando em Maria, em Lucas...

Ele me deve explicações e um pedido de desculpas.

José Alfredo vai levar Martinha e Dinho para um passeio, eles precisam se distrair, não pensar na avó, e se ficassem aqui eu também não conseguiria dormir em paz.

Vou em direção ao antigo quarto de Lucas e ao abrir a porta vejo que ele não está mais igual ao que era. Não há mais posters, a parede foi pintado de outra cor e, se não me engano nem a cama é a mesma...

Minhas malas já estão aqui, alguém deve ter trazido, as abro e tiro uma roupa bem confortável para vestir. Jogo meu celular sobre a cama e vou para o banheiro, preciso de um longo banho.

Quando saiu, deito na cama para descansar e sinto o meu celular debaixo de mim e, ao pega-lo vejo que ainda está desligado. Assim que o ligo, encontro 1 mensagem de texto, apenas uma. É de Lucas!

"Comprei uma passagem, estou indo pro Brasil. Só consegui um voo rumo a São Paulo, terei que pegar outro avião lá. Eu só chegarei aí de noite, nós precisamos conversar..."
Du: Sim, precisamos! - Digo, olhando para tela do celular.

Coloco meu telefone debaixo do travesseiro e então tento relaxar. Dormir não vai ser difícil, a cada dia que passa estou com mais sono.

Uma coisa boa de adormecer é que o tempo passa depressa, fechamos os olhos de noite e quando despertamos já é outro dia. Ainda é de tarde, se as cortinas não estivessem fechadas o sol iluminaria todo o quarto, mas sei que quando abrir meus olhos ele já estará aqui...

Por João Lucas:

O que ela disse ainda martela na minha mente, é difícil admitir mas até me esqueci de Maria, a única coisa que penso é no que Eduarda falou: Você nunca vai mudar...

Confesso que a empresa é importante pra mim, ela é fruto de 4 anos de trabalho intenso, mas não é e nunca foi minha maior prioridade, pensei que isso tivesse ficado bem claro.

Du me deve um pedido de desculpas, não deveria ter me julgado sem antes saber o que aconteceu...

Felizmente eu tive sorte, consegui um voo com apenas algumas horas de diferença do dela.... Foi na classe econômica, mas é melhor que nada! O avião aterrissou em São Paulo, mas conseguir ponte aérea não foi difícil.

Assim que cheguei no Rio de Janeiro, não fui diretamente pra casa, precisei passar no hospital para fazer um raio-x, meu dedo doía demais e, ele realmente está quebrado. O dedão do meu pé foi engessado e comprei alguns remédios pra dor, isso já não é mais um problema.

Depois de passar na farmácia peguei um táxi e corri para casa dos meus pais, preciso falar com minha esposa.

Ao chegar no apartamento dos Medeiros, pago o motorista e manco até o elevador. Não liguei pra ninguém avisando da minha chegada, só mandei uma mensagem para Du avisando que estaria aqui de noite.

Meu corpo todo dói, não sou acostumado a viajar tão apertado... Ainda mais por tantas horas.

As portas do elevador se abrem e eu toco a campainha, Silviano me atende e ao vê-lo sorriu, acho que é a primeira vez que faço isso desde que saí de casa.
S: Master Lucas! - Ele diz meu nome em alto e bom tom, logo meu pai vem me receber.
JA: Meu filho! - O Comendador me abraça. - Por que não ligou avisando que chegaria a noite? Ia te buscar...
JA: Não precisa, peguei um táxi. - Falo, olhando para meus filhos sentados no sofá.

Os dois estão do lado de minha mãe e ficam me encarando de longe... Parecem bravos comigo.

Caminho até eles e escuto minha mãe perguntando.
MM: Você se machucou meu filho? Por que está mancando?
JL: Depois explico! - Falo, e abraço Marta e Dinho. - Ta tudo bem com vocês? Como foi o enterro?
M: Se you quisesse saber tinha ido...
MM: Martinha, isso não é jeito de falar com seu pai!

Minha filha dá de ombros e fixa seus olhos na TV.
A: A gente quelia que você tivesse ido lá... - Alfredinho me diz. - A mamãe também quelia, ela ficou tliste.
JL: Eu também estou triste de não ter estado com vocês nesse momento, mas não foi culpa minha...
A: Foi culpa da emplesa? Ela plecisava mais de você que a gente? - Ele me pergunta com sua inocência de criança.
JL: Não, quem te disse isso? Dane-se aquele negócio, o que eu queria mesmo era ter vindo junto com vocês, no mesmo avião, ter acompanhado o enterro...
M: A mamãe falo que você não veio because ficou na empresa! - Ela me olha triste.

Acho que eles não entendem seus sentimentos, não sabem explicar, mas certamente estão com a impressão de que foram trocados pela Botticelli, que eu me preocupo mais com ela do que com eles... Du não podia ter falado aquilo, o que ela quer? Que os dois fiquem bravos comigo?
Du: Mãe, cadê a Eduarda?
MM: No quarto dormindo... Ela estava cansada da viajem, e você sabe que grávidas tem muito sono né?!

Ela contou do bebe sem mim?
JA: Bota sono nisso! Quando sai com as crianças ela foi dormir, voltei e a Eduarda ainda está lá em cima capotada na cama... - Meu pai sorri.
JL: Então eu acho que ela já dormiu demais! - Me levanto do sofá. - Ta na hora de ter uma conversa séria comigo!

Du encheu a cabeça de meus filhos, pensou o pior de mim e ainda contou pra toda minha família que está gravida sem a minha presença, mesmo sabendo que eu queria estar com ela na hora de dar a notícia. Acho que decepção não resume mais o que sinto, talvez raiva seja a palavra certa...

Por Eduarda:

"Du, acorda."

Escuto a voz de Lucas, mas estou tão sonolenta que imagino ser sonho... Sinto alguém me chacoalhando, e ao abrir os olhos ele está aqui. Devo ter dormido bastante...
JL: Que história é essa de você dizer pros meus filhos que a empresa é mais importante que eles? Você ta querendo o que? Que eles me odeiem?!
Du: Hã? - Me sento na cama e esfrego meus olhos. - Eu não disse nada disso, tá louco?!
JL: Então eles mentiram pra mim? - Lucas parece bravo.
Du: A única coisa que eu falei foi a verdade, que você não veio com a gente porque tinha problemas para resolver na Botticelli!
JL: Só porque você acredita numa coisa não significa que isso necessariamente seja o certo, tu não é a dona da verdade! Você deveria esperar eu me explicar, dar a minha versão da história! - Ele diz, bravo. Não estou gostando do jeito que fala comigo.
Du: Cara, eu ainda amenizei a situação, a minha vontade era falar explicitamente: Ele não liga pra gente. - Digo, aumentando meu tom de voz.
JL: Eu não ligo pra vocês? - Ele grita. - Tu e meus filhos são a minha vida, a coisa mais importante que tenho! Qual é? Eu já não deixei isso claro?
Du: Lucas, eu te esperei até o último minuto, confiei em você... - Essa droga de hormônios já estão me fazendo chorar. - Tu tem noção de como foi difícil aquele enterro?! Eles precisavam do seu abraço, eu precisava!
JL: E eu queria estar lá... Se eu não fui, teve uma explicação, mas você preferiu pensar o pior de mim!
Du: Você me deu motivos suficientes pra isso durante anos! - Respondo de imediato.
JL: Oi? Eu te dei motivos? - Ele balança a cabeça negativamente, como se não acreditasse no que ouviu. - Ta certo, durante muito tempo eu me dediquei totalmente ao trabalho, mas nessas ultimas semanas foi diferente, eu estava lutando contra mim mesmo só pra te fazer feliz, pra deixar nossos filhos felizes! Pelo jeito nada disso foi reconhecido, tudo que fiz foi em vão! Deixar a empresa nas mãos de uma secretária doida, só pra não me preocupar com nada e poder estar ao seu lado e de nossa família, foi um gesto insignificante pra você, né?
Du: Não, eu não quis dizer isso! Você estava mudando, eu percebi e...
JL: E de repente eu voltei a ser o egoísta de sempre?!
Du: O que você queria que eu pensasse? - Me levanto da cama e o encaro.
JL: Sei lá Du, mas dói se esforçar por alguém e ver que essa pessoa não dá valor... Outra coisa, não gostei nada de você ter contado que está grávida! Essa notícia devia ser dada por nós dois!
Du: Eu não contei, foi a sua irmã que sacou tudo! Mas não muda de assunto, me explica por que tu não apareceu no aeroporto! - Falo, ríspida.
JL: Quer saber? Não quero falar mais nada! To morrendo de cansaço e precisando de um bom banho, depois continuamos essa conversa... Estamos muito bravos pra dialogar sem gritos...

Ele caminha até a porta e eu o vejo mancando.
Du: O que foi isso? Você machucou o pé?

Lucas se vira pra mim e diz:
JL: Eu quebrei o dedão enquanto estava super ocupado, assinando vários papeis lá na sede da maior conquista da minha vida, a Botticelli! - Ele diz irônico.

Meu marido abre a porta e eu caminho até ele e seguro seu braço.
Du: Espera, me conta o que aconteceu... - Digo, já mudando meu tom de voz. Agora estou preocupada com seu pé.
JL: Ta tudo bem, eu já fui no médico ver isso... Amanhã te explico, a única coisa que quero agora é tomar banho, conversar direitinho com meus filhos e depois dormir!

Ele desvencilha seus braços de minha mão e sai do quarto.

Lucas parece bravo comigo.

Começo a pensar que talvez tenha o julgado mal, falado o que não devia... Estava brava, sentia que perdia a briga, ataquei como pude. "Você me deu motivo suficientes pra isso durante anos..." Essa frase parece ter o magoado bastante, e agora lembrar que disse isso aperta meu coração. Foi da boca pra fora, sei que ele está mudado.

Eu podia correr a seu encontro e pedir desculpas, ele com certeza aceitaria, mas no fundo ainda não sinto que estou errada...

Será que só quem pisou na bola que deve se desculpar?

O amor é abrir mão do orgulho pelo bem da relação? Talvez sim, mas o meu parece muito forte agora...


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Notas finais do capítulo

Sinceramente, acho que a Du pisou na bola feio... E vocês?



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