Sempre te amei. escrita por AnaClaudiia


Capítulo 36
Gravida?


Notas iniciais do capítulo

Vamos descobrir se a Du ta gravida mesmo! :o Qual será as reações deles em? kk :) Boa leitura, espero que gostem!



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Por João Lucas

As semanas estão passando cada vez mais depressa. Em menos de um mês estarei de volta ao trabalho na empresa. Só de pensar já me dá um aperto no coração. Vou sentir falta de passar o dia e as tardes ao lado da minha família.

Nesses últimos tempos, muita coisa aconteceu. Com ajuda de Silviano, contratei mais 3 empregadas aqui pra casa. Duas para ajudar Ana, e uma babá. Relutamos no começo, mas já entendemos que é impossível cuidar de dois bebes sozinhos e ainda ter uma vida social... Ainda somos muito novos pra só ficar em casa!

Meu pai está viajando. O Comendador foi para a Suíça resolver alguns problemas. Ele não quis me contar do que se tratava, mas senti que meu pai se meteu em uma enrascada.

Du está um pouco cabreira nessa última semana. Ela está esperando sua menstruação descer e até agora nada. As vezes sinto que ela vai surtar de medo.

Já pesquisamos na internet, vimos que isso pode ocorrer. Algumas mulheres ficam até 4 meses sem menstruação depois de ter filhos... Mas nada disso acalmou Eduarda.

Agora minha mulher está dormindo. A baba cuida dos bebes...

Hoje irei comprar o teste de gravidez. Esperamos um pouco mais de tempo para que o resultado seja certeiro!

Vou até a cozinha e peço para que Clotilde, uma das novas empregadas, prepare um bom café da manha para mim e Eduarda.

Enquanto ela faz nosso desjejum, vou até o banheiro do corredor e tomo um bom banho. Não quis usar o do meu quarto para não acordar Eduarda...

Vou com as ponta dos pés até meu closet, e após escolher uma roupa, volto até a cozinha para buscar a bandeja.

Eu sempre gostei de levar o café para Eduarda na cama, tentava preparar algumas coisas gostosas, mas devo confessar que Clotilde é bem melhor nisso que eu!
C: Fiz suco de Laranja, sanduíches naturais, broa de milho, alguns ovos mexidos, e bacon! Espero que gostem! - Diz entregando a bandeja pra mim.
JL: Nossa, se você continuar assim, nós dois vamos virar uns obesos... Eu adorei!

Subo as escadas e vou em direção a nosso quarto. A porta está entreaberta, me lembrei de deixa-la assim, já que estaria com as mãos ocupadas.

Entro no quarto com um sorriso no rosto, e ao olhar para os lençóis, não encontro Eduarda.

Deixo a bandeja com nosso café da manha em cima da cama, e me viro para ir em direção ao quarto dos bebes. Ela deve estar lá...

Quando atravesso a porta, escuto um barulho vindo do banheiro de minha suite. Eduarda está passando mal.

Volto correndo para dentro do quarto, e indo em direção ao barulho, encontro Du sentada no chão e abraçada a privada.
JL: Ta tudo bem, Du? - Digo me abaixando até ela.
Du: Sai daqui! - Grita. - Não quero que me veja nessa situação! Sai!

Eduarda me encara brava, mas eu permaneço lá, ao lado dela.

Du volta a passar mal e virando sua cabeça para o vaso sanitário, começa a vomitar. Eu chego mais perto dela, e seguro seus cabelos.

Quando minha esposa se recupera dos enjoos, se levanta e vai até a pia, lava o rosto e escova os dentes.

Ela não troca nenhuma palavra comigo, parece estar chateada...

Du aparenta estar tonta, então eu a ajudo a ir até a cama e quando ela chega perto, quase vomita novamente ao ver todas aquelas comidas na bandeja.
Du: Por favor, tira esse negócio daqui!

Levo nosso café até a cozinha, e quando volto, Eduarda está chorando.
JL: Meu amor, o que foi? - Digo passando a mão em seus cabelos.
Du: Estou com medo, to com vergonha de você... Que droga!
JL: A parte do medo eu entendo... Ta achando que tá gravida mesmo, né?! - Digo lhe dando um beijo na testa. - Mas vergonha do que?
Du: De você me ver vomitando... Eu falei pra você sair, que saco!
JL: Para de doideira, Du! Quantas vezes tu não me viu passando mal depois de umas bebedeiras, em? Não tem que ter vergonha de nada, para com isso! - Digo a puxando para um abraço. - Fica calma, não vai se desesperar antes do tempo. Hoje eu compro o teste de gravides, e nós vemos o que vai ser... Tenta ficar tranquila!
Du: Tranquila como Lucas? Ta na cara que eu estou grávida, minha menstruação ta atrasada, eu to enjoando... Que ódio! Eu sou a pessoa mais azarada desse mundo.
JL: A mais fértil também! - Digo tentando a fazer rir.
Du: Não tem graça nenhuma. Tudo isso é culpa é sua... Pensou em tudo na nossa primeira noite depois da quarentena, menos em usar proteção! - Fala enquanto enxuga as lágrimas - Mas é claro, só eu que me ferro. Eu que vou ter que ficar mais 9 meses carregando um bebe na barriga, depois dando de mamar, e trocando fraldas.. - Diz caindo no choro novamente.
JL: Qual é Du? Agora a culpa é só minha?! Até parece que você não queria... - Falo olhando em seus olhos - Eu te ajudo sempre com nossos filhos, vou te ajudar com mais esse! Vai ser ótimo, onde se cria dois se cria três... Ou quatro!

Eduarda me encara, e parece ficar zangada ao perceber que eu estou extremamente feliz com a possibilidade de ser pai novamente.
Du: Acho que você não ta entendendo a real situação! Nossos filhos mal completaram 2 meses, e eu já posso estar grávida novamente. Isso é um desastre, é uma bosta, tu não tem nada que ficar sorrindo! - Diz quase gritando.
JL: Desculpa se minha felicidade te incomoda! - Falo no mesmo tom de voz.

Ficamos em silêncio e eu começo a pensar em minha vida com mais um bebe. Em três crianças correndo por essa casa, brigando, brincando... Vai ser uma releitura da minha infância. A diferença é que vou ensinar os meus filhos a se amarem. Meu pai vai ficar super orgulhoso de mim.
Volto para realidade e Eduarda além de brava, está super pálida.
JL: Você quer comer alguma coisa agora? Posso buscar o café de novo...
Du: Não, to enjoada ainda. Não quero comer nada!
JL: Mas tem que comer... - Digo colocando minha mão em sua barriga - Meu filhão aí deve estar com fome!
Du: Que filhão o que Lucas. - Diz tirando minha mão de cima dela. - Ainda não temos certeza...
JL: Mas foi você mesma que disse que está com todos os sintomas, que..
Du: Talvez seja coisa da minha cabeça! Estou um pouco neurótica. - Diz me interrompendo - Ontem eu comi aquela comida tailandesa e você não quis... Vai ver foi isso, ela me fez mal! Só vamos ter certeza depois que eu fizer o teste!
JL: Se é assim... - Digo me levantando da cama - Vou lá comprar!

Desço as escadas e vou para a garagem. Há dois automóveis nela. Minha secretária conseguiu achar meu carro. Eu tinha estacionado em local proibido, ele havia sido guinchado. Eduarda disse que nunca mais vou poder pega-lo. Achei justo...

Vou até o meu veículo e depois de entrar e colocar o cinto, o ligo. Quero chegar logo na farmácia, resolver toda essa situação imediatamente.

Mal posso esperar pra ter certeza da existência do meu caçula. Já sinto que ele realmente existe!

Quando chego na farmácia, estaciono o carro e corro pra dentro do estabelecimento. Logo sou atendido. Uma mulher super simpática, aparentando seus 50 anos, vem até mim.
L: Ola, eu sou a Joyce, em que posso ajudar?
JL: Oi, eu to querendo fazer um teste de gravides. Tem aí?
L: Claro, mas o teste é pra você? - Diz rindo e indo buscar a caixinha.
JL: É pra minha esposa!
L: Nossa, mas você parece ser tão novo. Já é casado?! - Diz me entregando o objeto - Primeiro filho?
JL: Não! Esse vai ser o terceiro.
L: Ual, rápido! - Fala rindo - Deseja mais alguma coisa? Se quiser tem outras marcas de teste..
JL: Sério? Me dá de todos então, quero ter certeza que não vai dar errado!

Pego uma sacola, com cinco caixas de testes de gravides diferentes, e após pagar a conta, corro até o carro. Mal posso esperar pra chegar em casa.

Quando estaciono meu automóvel na garagem, vou direto até Eduarda. Ela está no banheiro. Passou mal de novo!
Du: Eu acho que vou desmaiar a qualquer momento. Eu to mal Lucas...
JL: Você também enjoou muito na primeira gravides, né?! - Digo a ajudando a se levantar - Pode contar comigo em mais essa, tá?
Du: Para de falar assim! Parece que eu já estou gravida! - Diz olhando a sacola em minhas mãos - Pra que tudo isso? Só um já bastava!
JL: Pra ter certeza né, Du?! Vamos lá, tu consegue fazer o teste agora, ou quer esperar pra se recuperar dos enjoos?
Du: Não, ta tudo bem! Já to melhorando... - Diz pegando a sacola da minha mão. - Agora sai! Eu não vou fazer na sua frente...
JL: Tá bom... Mas faz com os cincos! Qualquer coisa me chama. - Digo fechando a porta do banheiro.

Vou até a cama, e me deito de barriga pra cima. Aqueles cinco minutos pra sair o resultado vão ser os mais demorados da minha vida.
Estou tão feliz! Eu não participei desse momento com os gêmeos, não fiquei sabendo junto com Eduarda...

Fecho meus olhos, e já consigo imaginar meus três, ou quatro filhos aqui comigo...

Eu sou um cara muito sortudo.

Como já esperava, os minutos se arrastaram pra passar. Não estava aguentando de tanta ansiedade. Me levantei da cama e fiquei andando de um lado e pro outro no quarto.

Estou de costa pra porta, quando escuto o barulho de Eduarda a abrindo. Me viro para olha-la:
JL: Eae, vou ser papai de novo? - Pergunto.
Du: Não sei, não tive coragem de ver!
JL: Olha logo Du! - Digo chegando mais perto.

Eduarda abaixa seus olhos para o pequeno objeto em sua mão, e ao olha-lo, me diz com um grande sorriso no rosto, e lágrimas descendo de seus olhos:
Du: Eu sou mãe só de dois mesmo! Graças a Deus! - Fala vindo me abraçar.

Fico estático por alguns segundos, e quando Du me solta do abraço, pergunto:
JL: Tem certeza? Talvez esse deu errado, você olhou os outros? - Não consigo disfarçar minha frustração.

Eduarda vai até o banheiro e eu a vejo conferindo todos os outros exames.
Du: Tudo negativo! - Diz rindo.
JL: Mas você ta com enjoos, ta com a menstruação atrasada. Devem estar errados...
Du: A gente leu que a menstruação demora a voltar quando se tem filho, né?! Deve ser isso, e os enjoos devem ser da comida Tailandesa. Nunca mais como aquilo... Se eu continuar a passar mal tenho que ir no médico! Nunca fiquei tão feliz em estar doente - Diz ainda com o sorriso no rosto.
JL: Poxa... - Digo me sentando na cama. - Já estava aqui fazendo planos pra uma vida a cinco...

Eduarda ri.
Du: Pois eu estou dando graças aos céus. Obrigada Deus! - Diz olhando para cima. Não me lembro de ver Eduarda tão feliz assim há tempos.
JL: Caramba! Para com isso Du... To me sentindo como se tivesse perdido um filho, e você fica aí rindo!
Du: Lucas, põem uma coisa na sua cabeça. Dois já é demais! Amo meus filhos, mas a fábrica fechou! Já fui no médico, ele me passou um bom anti-concepcional, não vou engravidar de novo!
JL: Mas Du, agora eu quero outro filho!
Du: Então você vai ter que arranjar outra mulher, porque eu não vou ter mais! - Eduarda se apoia na cama, e eu tenho a impressão de que ela vai cair. - Nossa... Me deu uma tontura agora!
JL: Ta vendo, só pode estar errado esses testes!
Du: Não ta errado Lucas, eu só estou doente. - Diz se sentando na cama - Acho melhor você me levar ao médico!

Atendendo o pedido de Eduarda, eu a levo para o hospital. Ultimamente temos ido muito nele.

Assim que chegamos, ela é rapidamente atendida.

Seu diagnóstico? Nada de gravidez! Apenas uma intoxicação alimentar.

O médico receitou alguns remédios pra cortar o enjoou e muita ingestão de líquido. Ela terá alta ainda hoje, agora só está terminando de tomar um soro.

Enquanto Du descansa, eu fico a olhando.

Estava tão feliz com a notícia de mais um herdeiro... Não importa o que Du me disse, eu quero! Preciso de mais um filho. Vou convencer Eduarda ou não me chamo João Lucas Medeiros de Mendonça e Albuquerque!


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Espero que sim! Dicas, sugestões e críticas são bem vindas! Deixe seu comentário.