A marca da maldição escrita por elfica


Capítulo 8
Cap 8- Até feras podem amar...


Notas iniciais do capítulo

Buki significa: arma
Kontora significa: controlador
Gostou? comenta! alegre um leitor! n custa nem dois minutos! favorita e acompanhe também!
A roupa da Mizuki para a competição, foi uma critica que eu fiz, por causa das roupas das mulheres em jogos de RPG, eu acho hilario aquelas roupas, elas cobrem só o peito e a ppk, mas dão uma proteção fodastica!



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Um dia depois do teste, onde os quatro passaram, o sensei entrou no bar com uma enorme papelada dizendo:

—Quem vai ser responsável pela papelada?

—Ficou louco de vez? Que papelada?— perguntou Mizuki coçando a cabeça.

—Esqueci que vocês são uns desinformados— falou ele com um suspiro— sabe a pedra de omoide?! Que vai fazer vocês recuperarem a memoria, coisa e tal... bom...vocês vão ter que entrar em um campeonato para ganhar ela.

Os quatro ficaram em silencio por um momento, processando oque ele tinha falado.

—Ahn?!— falaram eles em conjunto.

—Você nunca tinha falado que teríamos que passar em um campeonato, para conseguir essa droga de pedra!— falou Hideki gritando.

—Você acha que eu teria o objeto mais caro do mundo?! Onde eu colocaria isso? Debaixo da minha cama?— gritou o sensei— olha...vai funcionar da seguinte maneira, essa competição é chamada de “olimpíadas magicas” os concorrentes são todos usuários de magia, os usuários são divididos em clãs, que eles mesmos formam, o vencedor ganha a pedra.

—Estamos dentro de todos os requisitos?— perguntou Kazumi.

—Bom...precisamos de quatro participantes para formar o clã no minimo...

—Onde vamos conseguir um sexto participante?

—Eu tenho um amigo que me deve um grande favor...— falou ele olhando para Hideki— mas eu não tenho certeza de onde ele mora, só sei que ele vive nas florestas próximas daqui, quando vocês verem o cara não vão confundir, ele tem o cabelo branco, mas é jovem e tem olhos vermelhos.

—Mizuki, Kazumi e Kentaro vão procurar por ele— disse o sensei

—Ei! E eu?— perguntou Hideki.

—Alguém tem que preencher a papelada!

—Mas tem que ser eu?!

—Sim! E não responda seu sensei!— Gritou ele.

Mas o real motivo dele não poder procurar pelo misterioso homem, era que aquele cara, era o seu irmão, que o deixou com Hiroshi a anos, Hiroshi não queria deixar os dois s sós, ele poderia recuperar as lembranças.

—Ok...— suspirou Hideki

Eles se dividiram em três grupos, Mizuki foi para o oeste da floresta, Kentaro para o norte e Kazumi para Leste.

Mizuki caminhava pela floresta, mesmo sendo bem chato para ela lá, a floresta era linda, plantas de especies bem diversificadas, vários tipos de animais, aquela floresta abrigava uma grande biodiversidade. Continuava a caminhar, mas então ouviu um barulho, homens conversavam a alguns metros dela.

“Serio! Eu atraio idiotas?! Toda a vez que eu estou na floresta, um idiota aparece! Vamos lá, vou ter que sujar as minhas espadas de sangue! Eu acabei de limpar elas...que merda cara!”

—Ei pessoal! Olha só tem uma garota aqui! E ela é bem gostosinha!— falou um dos homens do grupo, chamando os outros.

“Tá vendo! Eu só atraio idiotas! Vai de ferrar!”

—Ei garota se correr vai ser pior!— falou outro cara do grupo.

Mizuki já estava pronta para pegar suas espadas, mas um cara pulou de uma das arvores, ele usava uma mascara que cobria sua boca e seu nariz, suas roupas eram simples, usava botas compridas e faixas enroladas em seus braços.

—Podem sair de perto da moça, seus tarados!— desse o cara fechando os punhos.

—Sai daqui pirralho!— gritou um dos homens.

O cara que havia saído das arvores, abaixou sua mascara e surpreendente deu soltou fogo pela boca, fazendo aqueles homens recuarem.

—Idiotas nunca ouviram falar de mim?! Uma dica, não se metam no meu caminho— falou aquele rapaz colocando a mascara novamente.

—Ele é o dragão do oeste! Vamos!— falou um dos homens correndo.

Todos os homens saíram correndo, então Mizuki olhou para o rapaz e disse:

—Qual o seu problema?!— perguntou ela com raiva.

—Ahn?— perguntou o rapaz confuso.

—Pra que você expulsou eles?— perguntou ela estressada.

—Bom...eu só estava tentando evitar que você fosse estuprada...não sabia que você gostava desse tipo de coisa, foi mal!— falou ele sarcasticamente.

—Ah n...é n é isso n...é que eu ia...espera abre os olhos!— disse ela.

—Ahn? Moça você é bem estranha sabia?!— disse o rapaz se afastando um pouco.

—Sim eu sei...já ouvi muito isso...mas abre os olhos!

—Eu sei, eles são estranhos, vermelho não é uma cor muito normal...mas...

—Vem comigo! Agora!— disse ela puxando seu braço.

—Espera moça! Como assim? Explica isso direito!— disse o cara puxando seu braço.

—Tem um cara que falou para eu procurar um rapaz, ele me falou apenas que você devia um grande favor a ele...ele praticamente mora em um bar...

O sangue do rapaz gelou, foi para o aquele homem que ele havia entregue seu irmão, ele devia tudo a aquele homem, nem sua vida seria suficiente para retribuir o favor que aquele cara, mas o grande problema que ele teria que enfrentar é rever seu irmão, teria que se controlar ao máximo para não demonstrar qualquer tipo de sentimento por ele, mas mesmo assim ele não deixava de estar curioso para saber como ele estava agora, soube que a alguns anos atrás ele saiu em uma jornada, agora esta de volta, queria ver a evolução do seu irmão, será que ele se tornou tão forte que seu irmão mais velho?! Como será que ele estava?! Essas são perguntas que ele não podia evitar, mas deveria guarda-las para si mesmo, não importava se teria que ver seu irmão novamente, ele tem que retribuir o favor, mas a maior duvida dele era: “será que eu realmente vou conseguir esconder meus sentimentos?”.

—Você vem?— perguntou Mizuki, dessa vez com um tom calmo.

—eu...eu não sei— o rapaz respondeu confuso.

—Olha...eu não faço ideia do que você deve ao meu sensei...mas seja lá o que for, sei que você é um bom homem, você acabou de me salvar, mesmo que eu não precisasse, sei que qualquer coisa que você escolha, você vai ter um motiva, para recusar ou aceitar vir comigo.

—Ok! Eu vou!— disse ele fechando os punhos.

—Ok então! Me siga— falou ela começando a correr.

Alguns minutos de caminhada eles chegaram ao bar, o rapaz só conseguia lembrar do dia em que entregou seu irmão a aquele homem, era um dia bastante chuvoso, nesse exato local, ele caminhava cansado, quando encontrou esse bar assim que chegou a cidade, não pensou duas vezes, desesperado por ajuda bateu na porta, mas dessa vez ele iria fazer o oposto, ele iria rever seu irmão, não entrega-lo.

—É bem aqui!— disse ela sorrindo— pode não parecer grande coisa, mas é meu lar.

—Nossa esse bar aumentou ou é impressão minha?!— perguntou olhando ele para cima, o bar possuía dois andares.

—Depois que o dono morreu e passou o bar para as mãos do sensei, ele construiu um segundo andar, onde ficam os nossos quartos.

—Nossos?

—Vem logo! Eu te explico quando entrarmos— falou ela com um sorriso.

—Sabe eu achei você bem maluca no começo, mas até que você é legal— disse o rapaz.

—Obrigada...eu acho...— disse ela coçando a cabeça— ei qual o seu nome? Eu te trouxe até a minha casa, estranho eu moro em um bar, mas nem sei seu nome.

—Pode me chamar de Yako!— disse ele apertando a mão da garota.

—Sou a Mizuki, qualquer coisa pode me chamar!— disse ela retribuindo o aperto de mãos— agora vamos entrar!

As mãos de Yako começaram a suar frio, iria ver o seu irmão, talvez até conversar com ele novamente. Não podia evitar esse sentimento de ansiedade, porque afinal, até as maiores feras tem sentimentos, até monstros podem amar.

—Vem vou apresentar o pessoal— falou ela puxando sua mão— olha, esses caras são minha família, então eles podem parecer estranhos, mas são gente boa.

Ela abriu a porta, o sensei estava limpando alguns copos no balcão, enquanto Kazumi e Kentaro riam de algo.

—Sensei achei o cara!— falou ela entrando— bom espero que seja o cara certo...

—Sim...esse é cara certo, Yako você vai ter que participar das olimpíadas magicas, vai ser amanhã, esse é o favor que te peço, prometo que não vou querer mais nada.

—Amanhã???— gritou Mizuki— você tá louco sensei?! Eu não me preparei emocionalmente para lutar na frente de tanta gente!

—Eu não controlo o dia do evento, vai ser amanhã! Hideki já fez toda papelada, ele disse que estava cansado e que só o chamasse amanhã no dia do torneio.

Yako sentiu um alivio, teria que encarar aquele reencontro outra hora.

—Peguem seus uniformes!— falou o sensei entregando a Mizuki e a Yako roupas.

—Espera...— Mizuki ficou com rosto completamente corado quando viu sua roupa— isso não pode ser considerado roupa!

—Mizuki...isso é tipico das olimpíadas magicas, eles fazem isso para conseguir mais audiência, não posso fazer nada, mas essas roupas são só enfeite, elas não protegem nada.

—Merda...— disse ela vermelha— mas vamos esquecer isso, vem cá Yako, vem conhecer o pessoal— ela puxou ele até a mesa onde Kentaro e Kazumi estavam— pessoal esse é o Yako.

—Eai cara, cabelo legal— disse Kentaro- mascara legal também!

—Ahn...obrigado.

—Oi prazer!— disse Kazumi sorrindo.

—É um prazer conhecer você também.

—Serio cara sua mascara é muito legal! Parece até um ninja!— falou Kentaro.

—Kentaro...não seja idiota com um cara que acabou de conhecer...serio!— Falou Mizuki batendo na testa.

“Bom parece que você achou um boa família maninho, bem louca, mas é a sua família” pensou Yako.

No dia seguinte.

—Vamos lá todos aqui?!— falou o sensei— Hideki vem logo!

—Calma!— falou ele descendo as escadas.

Yako finalmente viu seu irmão, sentiu uma vontade enorme de chorar, mas seus olhos de fera não permitiam o choro, se não fossem pelos olhos, ele já teria se entregado, seu irmão tinha crescido bastante, tinha ficado bastante alto, mais alto que ele. Sua cara era a mesma, ainda tinha cabelos espetados para trás e um olhar com falta de atenção.

—Mizuki que roupa é essa?! Tá parecendo uma vadia!— essa foi a primeira frase que Yako ouviu ele falar, após todos esses anos.

—Não é minha culpa Hideki!— disse ela vermelha.

“Hideki?! Esse é o nome do meu irmão aqui, bem diferente do antigo nome dele”.

—Quer que eu empreste meu casaco pra você? Eu nem estou usando ele, to usando esses uniformes.

—Sim!

—Pega— disse ele desamarrando o casaco da cintura e jogando para ela- ei você é o cara que o sensei falou?!

—Acho que sim- falou Yako suando frio.

—Desculpe te meter nessa enrascada, mas precisávamos de seis...— disse Hideki.

—Sem problema— Yako se segurava para não dar um abraço no seu irmão

—Ok vamos— disse o sensei interrompendo a conversa dos dois— vamos vencer essa porra pessoal!

—Sim!— gritaram todos empolgados.

Eles chegaram no local, era enorme, com milhares de pessoas na arquibancadas. Era um coliseu, tinha um espaço enorme para lutar no centro, algumas partes eram quebradas, para dar um aspecto de antiguidade, tinha um local bem próximo do palco, dedicado aos clãs participantes, onde os seis estavam.

—Olá senhoras e senhores! Estamos começando agora a XII edição das olimpíadas magicas- Gritou o apresentador, fazendo todo o publico ir a delírio- Os primeiros oponentes serão...Kazumi Watanabe dos clã “caçadores de recompensas”...contra...Buki Kontoroa do clã “armas demoníacas”.

—Eu?!— falou Kazumi assustada.

—Vai lá Kazumi! Você consegue!— falou Kentaro torcendo para ela.

—Ok!

Assim que chegou no palco ficou a apenas alguns metros do seu oponente. Ele não usava camisa, deixando aparecer uma enorme tatuagens, que começavam nas costas e cobria completamente seus braços, a tatuagem era igual a do Kentaro...usava um tapa-olho igual ao dela, só que ele cobria o olho direito, deixando mostrar seu “olho de demônio”, ele não estava fora do controle, como a Kazumi fica quando seu olho de demônio estava exposto, pelo contrario, ele estava completamente relaxado.

—Você t-t-tem o olho...como?— perguntou ela perplexa— como você não está descontrolado, essas tatuagens também...quem é você?!

—Bom te ver de novo...Kazumi— falou o garoto rindo— se divertindo com meu olho de demônio? Agora devolva a minha irmã Kazumi! Ou melhor sua arma!

—C-como? Seu olho?— ela estava completamente imóvel, em estado de choque.

—Até que foi legal ser a sua “arma” por esses anos Kazumi!— falou ele com um sorriso maléfico— me entregue a sua pistola, antes que ela acorde!

Kazumi suava frio, seu coração batia rápido, ela tinha varias perguntas, mas nada saia da sua boca, ela estava tremendo bastante, não sabia oque estava acontecendo...não sabia ela que todas suas duvidas seriam respondidas...da pior maneira possível.


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Notas finais do capítulo

Comenta ai pessoas lindas que acompanham minha fic!



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