O Herdeiro - Interativa escrita por newsome


Capítulo 5
Capítulo 4




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Amélia Evans Backster

– Uau! - murmurei baixo ao ver que mesmo depois de deixarmos o terminal, a multidão se dissipava pelo caminho. Até mesmo ao chegarmos perto dos arredores do palácio estávamos rodeados de pessoas.

– É incrível… - disse Evellyn observando maravilhada. - Gostaria de agradecer cada um pessoalmente.

– Eu também. - respondi. Não podíamos nem mesmo acenar, pois os vidros do carro eram escuros, impossibilitando a visão do que acontecia do lado de dentro. Claro que eu entendia que era para a nossa segurança, mas ainda assim adoraria poder retribuir todo o carinho que estava recebendo desde o aeroporto.

– Olha só é o meu nome! - exclamei alegre ao constatar que grande parte dos cartazes levava meu nome.

– E o meu logo ali! - disse Evellyn apontando para outro cartaz.

– Ali? E quanto ali? E ali? Ah, e ali também! - brinquei ao apontar a quantidade de cartazes que tinham o nome de Evellyn das mais diversas formas.

– Nem acredito no afeto de tantas pessoas que nem ao menos nos conhecem! - riu.

– É meio surreal, mas é bom. - comentei observando as pessoas pelo vidro.

– Se ao menos elas pudessem nos ver...

Em pouco tempo chegamos ao palácio e logo de cara fiquei encantada com o que via. Primeiro passamos por muros enormes - mal conseguia ver o fim deles - e entramos por portões que se abriam para dentro. Seguimos por uma pista de cascalho contornando uma fonte para chegarmos à porta principal. O palácio era absolutamente lindo! A pintura que revestia o exterior tinha um tom de amarelo bem claro que dava o lugar um ar de realeza. Não que ele precisasse de qualquer forma, porque se do lado de fora ele já parecia majestosamente grande, por dentro eu tinha certeza que iria me perder.

Saímos do carro e em pouco tempo cada uma de nós tinha duas criadas em seu encalço. Logo eu já não sabia onde nenhuma das garotas que vieram comigo estavam.

Ambas as criadas me levavam para dentro do castelo apontado onde ficava o que, coisa que obviamente não conseguiria guardar nunca. Me enfiaram dentro de um cômodo lotado de pessoas andando para lá e para cá com araras de roupa, escovas, secadores, maquiagens e coisas do tipo.

– Ah! Finalmente! - exclamou uma mulher morena com ar de mandona. - Sou Silvia, conversamos por telefone logo que foi selecionada.

Logo me lembrei do dia em que conversamos pelo telefone onde ela me deu diversas instruções.

– Venha aqui, precisa tirar a foto do antes. - disse me arrastando juntamente à equipe que me rodeava. - Sente-se ali.

Sem questionar, me sentei no local indicado e logo um flash disparou em meu rosto me deixando cega por alguns segundos.

– Se acostume Senhorita, daqui para frente sua vida será repleta de câmeras. - disse Silvia.

– Levem a Senhorita Amélia para a estação oito. - berrou Silvia.

Estava um pouco desnorteada em meio a tantas atividades, berros daqui, ordens de lá. O local parecia pegar fogo!

– Venha comigo. - uma mulher esbelta de cabelos vermelhos acesos disse me guiando até o assento de número oito.

– Muito bem. Como quer ser vista? Esses olhos claros combinados ao seu cabelo escuro... Podemos fazer com que fique bastante sensual, ainda mais com esses lábios fartos. Mas, você me diz, o que vai ser? - perguntou a tal mulher.

Fui pega desprevenida por tal pergunta. Como gostaria que o público me visse? Como essa mulher “sensual de olhos claros e lábios fartos”?

– Não tenho tanta certeza se é isso que quero… Acho que quero parecer o mais natural possível. - respondi pensando se valia mesmo a pena mudar tudo para agradar alguém.

– Tudo bem, daremos um jeito de apenas realçar o que já tem. - respondeu meio contrariada.

Com um movimento de dedo, a mulher chamou uma equipe inteira para “apenas realçar” o que eu já tinha.

De repente eu tinha uma mulher esfregando meu corpo, outra me cobrindo com óleos e essências de algo que eu não guardei o nome, mas que cheirava melhor do que qualquer coisa que eu já havia sentido o cheiro.

Em seguida diversos procedimentos de beleza foram feitos em meu corpo, alguns os quais eu nem mesmo sabia que existiam. Só esperava que no final tudo isso valesse a pena.

Rosangela Galian

Uma das moças responsáveis pela minha mudança de visual mexia em meu cabelo enquanto eu ficava perdida em pensamentos.

Sabia que se fosse preciso faria de novo o que fiz, mas o olhar de desapontamento no rosto de Marcos ainda rondava pela minha mente, a dor que sentia ao rejeitar o meu melhor amigo se fazia presente a todo instante como se eu revivesse o momento de novo, de novo e de novo. Mas eu sabia que seria melhor assim, seria melhor para mim e para ele. Nunca conseguiria ser totalmente feliz sabendo que talvez o meu verdadeiro amor estivesse se casando com outra quando ela poderia ser eu. A possibilidade de estar no mesmo local que o meu talvez futuro marido me estremecia um pouco. Mas de qualquer forma a incerteza do que viria a seguir me dava um frio na barriga quase gostoso. A expectativa do romance e dos olhares, das palavras não ditas e dos sorrisos cúmplices. Ah! Chegava a dar certa ansiedade para conhecer o príncipe. Por não saber exatamente pelo quê o príncipe buscava, me toquei que deveria prestar um pouco mais de atenção à minha aparência. Pelo pouco que vi, sem nem mesmo dar a repaginada no visual, muitas das garotas que passaram por mim pareciam supermodelos, verdadeiras princesas.

Sei do meu potencial, sei que sou bonita, mas ao redor de tantas mulheres bonitas era fácil se sentir um patinho feio.

As mulheres que esfregaram o meu corpo, me cobriram de óleos e me colocaram em um roupão felpudo, deram lugar a outras duas mulheres, dessa vez elas aparentavam ser bem mais novas, não dava mais que 20 anos para cada uma.

– Olá Senhorita Galian. - uma delas se pronunciou sorrindo docemente. - Fomos encarregas de cuidar de seus pés e mãos. Sou Amanda e ela é Veronica.

– Faremos o melhor que pudermos de acordo com o que a Senhorita escolher. - Veronica sendo tão simpática quanto Amanda.

– É um prazer. - sorri.

– Precisamos dar início ao tratamento logo ou Silvia vai soltar fogo pelos ouvidos. - riu Amanda.

– Tem razão. - Veronica riu acompanhando.

– Muito bem, então quais são as suas preferências Senhorita?

– Preferências? - perguntei inexperiente. Nunca havia sido tratada com tamanho luxo então não sabia nada sobre essas coisas.

– Sim, como quer que suas unhas sejam feitas? Qual cor prefere? - Veronica explicou.

– Ah sim. - ri meio sem jeito. - Prefiro algo mais discreto, que não chame tanta atenção, mas que ainda sim seja bonito e delicado. - respondi me lembrando da parte em que devia me preocupar com a aparência.

– Acho que já sei o tom perfeito! - exclamou Amanda.

– Apenas relaxe Senhorita. - sorriu Veronica enquanto Amanda tomava conta de meus pés e Veronica de minhas mãos.

Meus pés foram mergulhados em agua morna enquanto as unhas das minhas mãos eram aparadas, lixadas e envoltas em cremes que supostamente foram feitos para deixarem as minhas mãos macias. Eles deviam fazer isso em todas as garotas das castas mais baixas. Eu até gostei uma vez que meu trabalho era mais para o lado braçal e minhas mãos eram marcadas pelo trabalho duro.

Eu não sabia bem por quanto tempo meus pés e mãos estavam naquele procedimento, mas o tempo parecia voar e por volta de alguns minutos - que na verdade deveriam ser uns 20 - eles estavam prontos.

– O que acha? - perguntou Veronica orgulhosa de seu trabalho.

Por incrível que pareça, minhas mãos realmente estavam bem macias. Se alguém olhasse meus pés nunca diria que eu era uma Seis. As unhas estavam perfeitamente limpas sem qualquer cutícula ao redor, o mesmo se aplicava às mãos. O tom escolhido era de um azul bem clarinho, que deu um ar bem delicado aos pés e mãos.

– Eu amei! - exclamei analisando minhas unhas. - Ficaram lindas. Muito obrigada!

– O prazer foi todo nosso, Senhorita. - sorriu. - Boa sorte, torceremos por você.

Ao deixar tais palavras escaparem de sua boca, Amanda talvez não tenha notado, mas elas impactaram em mim de forma enorme. Saber que fora da minha província, da minha família, do meu círculo de amigos alguém torcia por mim era algo que mexeu comigo. Alguém de fora, alguém que realmente pensa que eu tenho o necessário para vencer.

– Boa sorte. - desta vez foi Veronica.

– Obrigada. - sorri agradecida. - Muito obrigada.

Em resposta sorriram para mim e logo outras tomaram o seu lugar, mas durante o resto do dia sabia que aquelas palavras ecoariam em minha cabeça.

Hazel Grey Fox

– O que achou? - perguntou uma das mulheres responsáveis pela minha mudança de visual.

– Achei que ficou até bom. - respondi mexendo em meu cabelo.

A mudança de visual não saiu muito do meu estilo. As cores marcantes capturando bem as minhas feições foram usadas estrategicamente pelas maquiadoras do palácio. Meu cabelo possuía diversas camadas que pareciam cair em um tom mais escuro que o anterior à medida que desciam cada degrau. Não me pergunte como fizeram esse efeito, não tenho a mínima ideia! Mas até que gostei. Sem falsa modéstia eu tinha que admitir, eu estava estonteante.

– Muito bem, estamos quase terminando. - disse Maria, uma das mulheres responsáveis pela minha “mudança”.

– Ainda falta alguma coisa? - perguntei cansada de ficar sentada naquele lugar fazendo nada.

– Faltam as roupas. - respondeu trazendo uma arara de roupas. - Fique a vontade para escolher qualquer um. Esta é a coleção de vestidos casuais do dia-a-dia no palácio, os demais vestidos estarão em seu quarto.

– Okay. - murmurei analisando os vestidos.

Os tecidos eram magníficos, muito diferentes do que eu estava acostumada no Cinco. Na verdade, até agora tudo parecia se reinventar dentro do palácio e de todo o luxo real.

– Vou ficar com este. - disse retirando o cabide que levava o vestido escolhido.

O vestido de mangas e costas cobertas apenas por uma espécie de renda transparente me chamou atenção logo de cara. O resultado foi melhor ainda no corpo. Parecia que ele foi feito para mim.

Como não tive outra escolha, calcei um par de saltos. Sorri ao resultado no espelho. Até que a vida no palácio tinha lá suas vantagens.

Depois de receber o meu broche com o meu nome em letras brilhantes, sentei novamente no lugar onde tirei a foto do antes para agora tirar a foto do depois.

– Pronta para a sua entrevista? - me perguntaram.

– Absolutamente. - sorri entusiasmada. Era hora de finalmente mostrar um pouco de inovação no meio daquelas princesinhas.

Me levantei e fui até as quatro estações menores alinhadas contra a parede e me sentei em frente à câmera.

A mesma mulher que me questionou se estava pronta se sentou à minha frente com uma prancheta.

– Pronta? - perguntou e eu apenas assenti enquanto uma luz vermelha se acendia na câmera indicando que as filmagens haviam começado.

– Pelas fotos, vejo que teve uma pequena mudança em seu visual. Como foi a sua transformação hoje?

– Foi ótima. Me esfregaram da cabeça aos pés, e cortaram as minhas unhas. Foi algo meio esquisito desde que eu sempre fui responsável pelo serviço, mas acho que é algo com que irei me acostumar. - sorri.

– Tenho certeza que sim. Como se sente sendo uma das seis selecionadas que vieram do Cinco? Como tem sido a experiência de ter um número maior de concorrentes das castas menores?

– Me sinto orgulhosa por representar de onde vim. Na verdade acho que já passava da hora de finalmente tomarem vergonha na cara e darem mais chances àqueles que não têm muito. Acho que exatamente por conter um numero maior de Cinco e Seis e até mesmo algumas Sete nessa edição a Seleção será bem melhor do que as anteriores. - respondi percebendo a entrevistadora arregalar os olhos enquanto eu falava.

– O que achou da concorrência até agora? - pigarreou mudando de assunto.

– Algumas garotas são bem legais, mas não vou mentir, algumas são um porre de tão enjoadas. - respondi fazendo uma careta ao me lembrar da patricinha irritante no aeroporto.

– E por fim, o que achou da transformação das outras garotas? Acha que alguma ficou melhor do que você?

– Eu não acho nada, quem tem que achar é o príncipe. - respondi com um tom zombeteiro. - Não ligo se alguém está mais bonita que eu, o importante é que estou me sentindo bem com o jeito que estou o resto não importa.

– Corta! Só isso está ótimo. - disse a mulher meio sem jeito logo depois levantando e apertando a minha mão. - Boa sorte, se quiser ficar nessa competição, vai precisar.

– Deseje ao príncipe. - sorri. - Ele vai precisar mais do que eu.

Gabriella Walker

– Estou pensando sobre cortar o meu cabelo, o que acham? - Sidney perguntou passando a mão pelos fios loiros. Há 15 minutos eu havia sido posta em uma estação entre Sidney e Evellyn. As duas são bem legais e até agora estavam sendo bastante amigáveis, principalmente Sidney, diga-se de passagem.

– Não sei se teria coragem. - respondi hesitante. - Acho que se meu cabelo fosse como o seu eu não cortaria nunca.

E é verdade, Sidney tinha longos cabelos loiros. Eles batiam no final de suas costas.

– Gabie tem razão, Sidney. - comentou Evellyn. Virei-me para encara-la enquanto suas bochechas tomavam um tom rosado.

– Ah, desculpe. - ela disse sem graça.

– Tudo bem Eve. - sorri por conta do apelido.

– Se quiser mesmo cortar, corte só as pontas. - completou Evellyn.

– Não sei, preciso pensar. E vocês o que pretendem fazer? - perguntou Sidney.

– Acho que vou cortar só as pontinhas. - respondi olhando meu cabelo.

– Não vou cortar o meu… Gosto dele do jeito que está. - dessa vez foi Evellyn.

Continuamos em conversando enquanto os procedimentos de beleza eram feitos. Graças às meninas mal vi o tempo passar e logo já estava completamente pronta. Agora infelizmente tivemos que nos separar. Hora da entrevista. Um dos momentos mais temidos por mim.

Gabriella Walker, pronta? -perguntou a entrevistadora.

–Sim. - assenti nervosa. Não sabia bem o que me seria perguntado, mas sabia que era importante uma vez que seria algo que levado em critério pelo público para escolher as suas favoritas.

– Muito bem, você é de casta Três. Acha que por estar apenas dois números da nobreza e por estar em uma casta mais alta que boa parte das concorrentes tem uma vantagem na competição?

Fui pega de surpresa pela pergunta. Esperava algo como "Como está achando o palácio até agora?" ou "Quais foram as mudanças na sua aparência?". Respirei fundo antes de responder torcendo para que estivesse dizendo a coisa certa.

– Na realidade não. Acredito que a vantagem será estabelecida a partir da personalidade de cada uma. Gosto de acreditar que o Príncipe escolherá alguém por suas boas intenções e seu caráter acima de tudo. Acho que nesse quesito o número em qual você se encaixa não deveria definir a sua capacidade de se destacar na competição.

O sorriso de aprovação que a entrevistadora me lançou me indicou de que eu havia dito a coisa certa.

– Observando suas fotos não se dá muito uma diferença entre o antes e depois. Pode nos contar como foi a sua transformação?

– Eu não fiz muita coisa. Eles cortaram um pouco do meu cabelo e fizeram ondas nele. Acho que o que mais gostei foi a maquiagem, realçou bastante meus olhos. - comentei.

– Realmente, está linda. - sorriu simpática. - Acha que vale a pena uma mudança de visual pelo Príncipe Ahren?

– Acho que isso vai de cada uma. As mudanças que fiz em meu visual foram para o meu bem-estar, foram mais para mim do que pra ele para ser honesta. - ri. - Mas de qualquer forma estamos em uma competição pelo coração dele, acho que não há um gesto maior pelo Príncipe do que nos submetermos a tudo isso.

– Parabéns você foi ótima. Já temos tudo o que precisamos. - finalizou a entrevistadora.

– Obrigada. - sorri satisfeita com o resultado da entrevista. Se fosse fácil assim acho que conseguiria ir bem na próxima.

Sarah Mary Stainfield Grimes

Estava sentada em um canto enquanto esperava pela minha entrevista. Depois dela Silvia iria nos mostrar um pouco do palácio e logo depois iríamos para nossos quartos. Finalmente! Mal podia esperar para finalmente ter um pouco de descanso. O dia estava sendo uma loucura e eu estava um pouco cansada do voo. Mas antes que eu possa ter o meu belo e merecido descanso, iremos assistir um especial sobre a chegada das selecionadas e um pouco sobre cada, como o povo se sente em relação a cada uma e etc., iremos jantar com a família real (apenas a rainha e o rei) e aí sim, finalmente, estarei livre para dormir. Se eu que só peguei um voo e fiz uma mudança no visual estou cansada nem imagino esses funcionários que estão vindo de lá para cá a fim de fazer nossa chegada a mais confortável possível.

– Sarah Grimes? - ouvi uma voz feminina.

– Estou aqui. - respondi me levantando.

– Ótimo. Está pronta para sua entrevista?

– Sim. - respondi sentindo as palmas de minhas mãos começarem a suar um pouco.

– Muito bem, sente-se aqui. Irei fazer algumas perguntas e você terá de responder da forma mais sincera possível, essa será a primeira impressão do público sobre você então é bom que se saia bem.

– Claro, sem pressão nenhuma. - brinquei.

– Sarah Grimes, segundo o que tenho aqui você é uma Três e trabalhava como ajudante em um pet shop em Waverly. Acha que se adaptará bem por aqui?

– Acredito que sim. Sei que as duas realidades são diferentes, mas será uma experiência boa, irei me sair bem. - respondi passando convicção ao me lembrar das palavras de meu tio.

– E o que achou do palácio até agora?

– Achei incrivelmente lindo e não vi quase nada ainda. Só a entrada e um vislumbre da sala de jantar, mas isso foi o suficiente para me deixar encantada!

– Imagino. Já teve uma primeira impressão das outras concorrentes?

– Sim, sim. Das meninas com quem tive contato todas foram muito legais e amáveis, então estou bastante positiva com a relação entre todas nós. Acho que será bem divertido.

– Acha que a amizade que se estabelecer entre algumas de vocês ficará a parte quando a competição pelo príncipe começar?

– Eu não posso dizer pelas outras garotas, mas por mim, tenho certeza de que nunca passaria por cima de uma amizade com alguma das garotas por conta do príncipe. Sei que não estou aqui para fazer amizades, mas sim pelo príncipe, mas da forma que vejo não consigo pensar em fazer isso. Acho que lealdade é uma coisa muito importante, faz parte da minha honra. - respondi sinceramente.

– Então tenho certeza que várias garotas se sentirão a vontade para fazer amizade com você. - disse a entrevistadora sorrindo e dando final a entrevista.

É eu espero que sim.

Annabella Hansen-Tudor

Sorri ao meu reflexo no espelho. Eu estava linda! Não me lembrava da última vez que gostei tanto do que via no espelho. Geralmente fazia um bom tempo desde meu ultimo sorriso de verdade, mas aquele dia já havia me trago vários. Desde que o perdi dias bons eram raros como chuva no deserto, mas farei de tudo para que essas chuvas se tornem constantes tempestades.

– Você está maravilhosa! - exclamou uma garota perto a mim parecendo mesmerizada.

– Obrigada. - sorri discretamente.

As pessoas até agora estavam sendo muito amigáveis e simpáticas, chegava a ser estranha tamanha amistosidade em uma competição, mas gostaria que continuasse assim até o fim.

– Senhorita pode me acompanhar, por favor? Precisa tirar a sua foto do “depois” e fazer a sua entrevista. - disse uma mulher baixinha com uma prancheta em mãos.

– Entrevista? - perguntei. Não haviam me mencionado antes sobre uma entrevista.

– Sim. Toda selecionada deve fazer uma breve entrevista para o especial do Jornal Oficial.

– Especial do Jornal Oficial? - perguntei mais uma vez me perdendo nos fatos.

– Mais tarde será exibido um especial sobre a chegada das Selecionadas no Jornal Oficial, você saberá mais sobre isso mais tarde. Agora poderia, por favor, vir comigo? - disse a mulher da forma mais educada possível ainda que sua falta de paciência quanto às minhas questões começavam a se mostrar.

– Claro. - sorri um pouco sem jeito a acompanhando.

– Muito bem, sente se aqui. - disse outra mulher me posicionando. Em poucos segundos minhas fotos já estavam prontas e eu estava sendo encaminhada para a entrevista. Entrevista esta que por não saber de sua existência nem havia me preparado!

– Annabella Hansen-Tudor?

– Sim.

– Pronta para sua entrevista?

– Pronta. - não, completamente despreparada.

– Ótimo. As mudanças entre suas fotos do antes e depois se mostram bem claras. Arriscaria dizer que até um brilho em seus olhos apareceu depois dessa mudança, então pelo visto ela foi bem importante para você, né?

– Acho que sim. - ri nervosa. - Acho que podemos considerar essa mudança como um marco entre duas etapas da minha vida. A partir de agora sei que tudo será diferente de como era antes.

“Eu espero…” pensei. Aquelas palavras tinham muito mais significado do que pareciam para qualquer um que as escutasse sem realmente conhecer a minha história.

– Acho que para várias garotas será assim. Mas afinal, o que a torna diferente das outras garotas?

– Acredito que deve se perguntar isso sobre cada uma das concorrentes. Bom, o que me faz diferente... - pensei por um momento chegando a uma conclusão. - Apenas ser eu mesma me faz diferente. Você não verá outra de mim por aqui e nem outra de qualquer garota então acredito que cada uma tem algo que a torne diferente e especial de seu próprio jeito.

– E o que a torna especial? O que você tem? - insistiu a entrevistadora.

– Não sou exatamente um estereótipo, entende? Não aquela garota certinha que faz o que lhe é dito, aquela super-romântica e super fofa, mas também não sou aquela garota que vai aos limites, que é perversa e tudo mais. Sou algo no meio de tudo isso, uma combinação. Eu sou diferente, e isso me faz especial. - respondi da forma mais honesta. Aquela era uma questão meio difícil, quero dizer, como se autodescrever sinceramente sem parecer convencida ou algo do tipo?

– Então as outras Selecionadas deviam manter um olho em você? Deviam ter medo? - Que tipo de questões eram aquelas?!

– A competição deve dizer isso... - respondi um pouco irritada.

– Está bem, é só isso por hoje. Obrigada Annabelle.

– Annabella. - corrigi sentindo uma pontada de antipatia.

– Tanto faz. - resmungou caminhando para longe em seus saltos de ponta fina.

Tanto faz? Ela estava realmente me menosprezando? Ela apenas havia me feito algumas perguntas e pensava que ganhava o direito de me julgar? Ah, mas com certeza irei dar o meu melhor nesta competição só para ter certeza de que ela nunca mais esqueça o meu nome.

Maxime Jane Nightberry

Estava sentada em um sofá esperando por alguém para me dizer o que fazer em seguida. Já haviam me arrumado como uma boneca e me colocado dentro de um vestido bonito, já havia tirado algumas fotos e já tinha respondido a um pequeno questionário. E agora aqui estou eu.

Não demorou muito e uma morena com um vestido azul se aproximou. Ela não disse nada e se acomodou em meu lado. Ela parecia perdida em pensamentos e vez ou outra sua testa se franzia e ela parecia prestes a chorar.

– Você está bem? - perguntei começando a me preocupar.

– O que? - perguntou levantando seu rosto. Seus olhos azuis seguravam várias lágrimas.

– Perguntei se está bem? - repeti.

– Ah, sim, estou. Obrigada por perguntar.

– Não é o que parece, mas espero que melhore logo. - falei baixo.

– É só que… No terminal eu não fui nada bem e isso vai me causar muitos problemas.

– O que quer dizer com nada bem?

– Não cumprimentei ninguém… Não consegui, e isso vai ter um tremendo peso. - fungou.

– Ah! Mas isso não e tão sério assim, você ainda terá muito tempo para conquistar o público. - disse em meu melhor tom de consolo.

– Eu sei, mas não é disso que estou falando. As consequências estão do lado de fora do palácio, eles não vão gostar disso. - seu tom de voz se abaixou tão subitamente que era quase um sussurro.

– Quem não vai gostar disso? - perguntei curiosa.

– Ninguém. - ela disse parecendo cair em si e secando algumas lágrimas fujonas que escaparam de seus olhos. - É bobeira minha.

– Tem certeza? - Comecei a ficar desconfiada. Será que os pais dela iriam bater nela ou alguma coisa assim caso ela não ganhasse?

– Tenho. - forçou um sorriso. - Qual o seu nome?

– Maxime, e você?

– Fawn, e um prazer.

– O prazer é todo…

– Muito bem meninas, levantem-se. Vou fazer um passeio rápido com esse grupo mostrando um pouco do palácio e logo depois estarão livres para conhecerem seus quartos e criadas. - Silvia me interrompeu.

O murmurinho era grande de risadinhas e gritinhos animados. Fawn que estava em meu lado também parecia animada, mas a esse ponto quem não estaria? Finalmente iriamos conhecer nossos quartos!

Silvia nos mostrou a sala onde a família real fazia suas refeições, a sala onde o príncipe e o rei trabalhavam e fez questão de deixar claro que era terminantemente proibido ir ao terceiro andar sem ser convidada - pois era o andar onde os quartos do príncipe e do rei e da rainha ficavam -, e principalmente sair do palácio. Achei uma pena uma vez que vi um pouco dos jardins e fiquei completamente encantada.

Depois subimos uma longa escadaria e Silvia foi deixando cada uma em seu quarto. Meu quarto foi um dos últimos, tendo em vista que só faltavam duas garotas quando Silvia me deixou em frente a uma porta. Era bem ao fim do corredor e mais afastado da bagunça do inicio do andar.

Girei a maçaneta revelando três figuras uniformizadas esperando por minha chegada. A primeira tinha cabelos loiros e profundos olhos verdes e parecia mal se conter de tão animada ao me ver; a próxima tinha cabelos ruivos e olhos curiosos da cor castanha; e por fim a última mulher que aparentava um ar autoritário, tinha olhos azuis e cabelos castanhos.

– Ah, Senhorita Nightberry! Estamos tão empolgadas em conhecê-la! Sou Claire.

– Claire comporte-se. - disse a de cabelos escuros com um tom sério. - Meu nome é Daphne, e esta é Juliet. - indicou a ruiva ao seu lado que fez uma pequena reverencia quando meus olhos se pousaram sobre ela. - Somos suas criadas.

– É muito bom conhecê-las, sou Maxime, mas acredito que seremos próximas então me chamem apenas de Max. - sorri.

E de repente logo elas já estavam me indicando onde o que estava onde e dizendo que ficariam felizes em decorar o quarto da maneira que eu quisesse. Os minutos passaram voando e quando menos esperava já era hora do Jornal Oficial.

Evellyn Hiddleston Evans

– A Senhorita está absolutamente linda! - disse Hiley.

– Obrigada Hiley, estou graças a vocês três. - sorri grata.

Minhas “criadas” eram muito prestativas e haviam me preparado para assistir ao Jornal Oficial e para o jantar logo após. Elas escolheram um vestido branco, e colocaram uma tiara dourada em meus cabelos. Deixaram minha maquiagem bem leve e meus cabelos soltos em ondas.

Seus nomes são July, Hiley e Grenty. Elas foram super carinhosas comigo e me acomodaram em meu quarto da melhor forma possível. Eu estava bem confortável até agora, mas tinha medo se isso continuaria assim agora que as 35 garotas já estavam aqui. Aliás, agora era hora de todas nós nos juntarmos no Salão Das Mulheres para assistir ao Jornal Oficial.

– Preciso ir ou me atrasarei. . - disse para elas enquanto me levantava e caminhava em direção à porta. Me despedi e fui até o vestíbulo ao pé da escada onde Silvia e mais algumas outras garotas já esperavam.

Juntei-me a elas esperando até o grupo de 35 ficar completo. Assim que isso aconteceu andamos em uma marcha de saltos ecoando contra o piso dos corredores do palácio até o Salão das Mulheres. Passamos em frente à sala de jantar que agora tinha suas portas fechadas, provavelmente a família real estava lá.

Nos organizaram no Salão Das Mulheres que agora já não possuía mais cabides e toda aquela correria que presenciei mais cedo. Me sentei junto a Amelia e logo nos preparamos para assistir a tão esperada edição especial do programa.

– Já imaginou semana que vem quando ele nos entrevistar no programa? - sussurrou Amélia.

– Fico nervosa só de imaginar! - respondi sentindo um frio na barriga só de pensar em falar em rede nacional.

– Eu sei, comigo é a mesma coisa. - comentou Mia.

E então, o Jornal Oficial começou. Anunciaram algumas notícias, algumas novidades e quando chegaram os 30 minutos finais começaram a passar as imagens gravadas no palácio.

– E ali está a Senhorita Sidney Lewis cumprimentando algumas pessoas no terminal. Ela ficou por 20 minutos! Ela foi tão carinhosa que os seguranças precisaram a lembrar de que ela precisava ir para o palácio. Segundo algumas pessoas da multidão ela até agora é uma das favoritas!

Pude ver uma garota loira de olhos extremamente azuis rir animada e bater palminhas. Percebi que algumas garotas no salão encaravam com certa fúria.

– E aqui vemos a Senhorita Elisabeth Black interagindo no caminho em direção ao carro do palácio. Ela abraçou e conversou com muitas pessoas deixando vários encantados com sua beleza estonteante e seu carinho ao tratar pessoas que nem conhecia. Algumas pessoas ainda apostam que ela será a futura rainha!

Se os olhares que lançaram para Sidney foram de fúria, os que lançaram para a tal Elisabeth foram mortais. Podia ver uma garota apertando a saia de seu vestido com força em suas mãos como se segurasse para não dar um soco em alguém. Elisabeth por outro lado encarava a situação com naturalidade e não deixava que os olhares a abatessem, era possível ver um pequeno sorriso em suas feições.

– Um pouco antes temos algumas filmagens da Senhorita Lyra Vasch se despedindo dos habitantes em Labrador! As pessoas fizeram questão de se reunir na praça e se despedir da amável jovem que não mediu esforços em entrar na multidão e dizer adeus a tantas pessoas apaixonadas. Não há dúvidas, ela realmente cativa as pessoas por onde passa!

E mais uma onda de fúria foi lançada sobre a pobre menina.

– E aqui vemos a Senhorita Evellyn Hiddleston de Clermont! Como sabemos na última edição da Seleção a Senhorita Celeste foi muito aclamada pelo público e Evellyn honrou a fama! Clermont em peso estava na praça para se despedir da jovem e muitos ainda foram atrás do carro! No terminal várias das pessoas entrevistadas descreveram a Senhorita como uma moça extremamente bela e educada, segundo eles ela foi muito doce com todas as pessoas e tentou responder ao máximo de pessoas que pôde mas infelizmente os guardas tiveram que a levar. É unânime! As pessoas a amam e ela é uma das principais favoritas pelo público!

Não fui capaz de conter o sorriso enorme que agora estava em meus lábios. Não fazia ideia de que eles gostavam tanto de mim! Nem mesmo os olhares furiosos foram páreos para a felicidade que eu sentia.

Angelita Goldensecret

– A Senhorita Amelia Evans Backster foi outra que recebeu muitos elogios do público. Tanto em sua província como no terminal ela foi muito educada e atenciosa com as pessoas e isso encheu o povo de esperança. Eles estão tão otimistas com as novas senhoritas que até se atrevem a dizer que essa será a melhor edição já feita da Seleção!

Ri da felicidade das garotas que ganhavam uma boa critica do povo. Algumas não ganharam tão boas notícias quanto outras por isso uma boa parte das meninas estava cabisbaixas ou enraivecidas pela popularidade de outras. São 35 garotas! É meio óbvio que apenas algumas serão as favoritas.

– E o que foi isso! A Senhorita Angelita Goldensecret de Belcourt arrastou multidões por onde foi! As pessoas se identificam com a humildade da moça e muitos torcem para que a jovem de casta Seis seja a nova rainha. O povo acredita que ela tem o necessário para tal mesmo que tenha apenas sido alguns momentos de contato. Até o momento ela é a favorita do povo!

Os momentos a seguir ocorreram meio que em um borrão. Continuaram a falar sobre o resto das Selecionadas, mas a frase de que eu podia ser rainha ainda dançava por minha mente. Será que eu seria mesmo capaz? Sorria feliz agora entendendo como as outras garotas se sentiam.

Durante o jantar percebi que muitas garotas me encaravam feio e algumas ainda se davam ao trabalho de cochichar algo com a pessoa ao lado quando eu percebia que estavam me olhando. Pois levantei a cabeça e encarei tudo como se fosse uma tarde em um parque de diversões. Estava sentada ao lado de Aria Harris que me olhava vez outra com cara feia e de Kennedy Piper que parecia não ligar muito quem estava por perto. Estava de frente à London Brown, uma garota muito simpática de Baffin. Queria puxar assunto ou conversar com ela, mas ela estava um pouco longe e levantar a voz na mesa de jantar era praticamente levar uma sentença de morte que Silvia faria questão de executar com prazer, então preferi comer quieta e saborear aquela comida divina.

Ah a comida! Era surreal! Era tão saborosa, tão tenra! A cada mordida era como se eu experimentasse um pedacinho do céu. Era tão bom ver que eu não era a única. Passando os olhos pela mesa percebi que as garotas de castas mais baixas como eu estavam no paraíso. Dava até certo orgulho de ver as castas baixas sendo representadas em uma coisa tão grande assim. As pessoas que não tem muito sabem exatamente a diferença de um lugar como este. É uma chance única na vida o que chega a ser um pouco triste. Uma chance na vida de comer bem e são apenas alguns poucos que chegam a isso. De repente percebi que se um dia eu pudesse, se um dia tivesse a oportunidade, faria o possível para que todos sentissem um pouco do que eu sinto agora.


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Notas finais do capítulo

Quero expressar aqui a minha raiva porque eu tinha escrito uma nota INICIAL perfeita mas na hora de ver como ficou o capítulo com tudo bugou o site e apagou a minha nota inicial e agora não consigo concertar de jeito nenhum. Valeu Nyah! Então vamos fingir que essa é a nota inicial porque esse é o texto que era pra estar lá em cima.
Mas voltando ao objetivo principal, acho que devo algumas explicações, né? Pois bem, eu tenho demorado para postar os capítulos porque voltei pra escola. Esse ano eu tenho muita coisa pra planejar, é um ano muito importante pra mim e cheio de transições (ótima hora que eu escolhi para me dedicar à uma história, né?). Mas quero deixar claro que não vou abandonar a história e que de vez em quando eu posso demorar um pouquinho porque não tenho muito tempo livre agora, mas que continuarei postando.
Bom, tem outra coisa que eu queria falar. Eu participo de uma ou duas fanfics interativas e eu sei o quão chato é quando a autora não dá muita atenção pra sua personagem ou prioriza outras e deixa a sua de lado. Isso é uma coisa que me deixa muito chateada porque eu sei que fichas de fanfic interativa dão trabalho pra fazer e é falta de respeito jogar o tempo das pessoas assim no lixo. Várias vezes eu quis reclamar mas fiquei com medo da autora não gostar e me excluir mais ainda. E é por isso que eu quero dizer que se algum dia vocês se chatearem com a fanfic ou sentirem que eu não dou a atenção que vocês merecem que vocês me falem! Eu nunca ficarei brava com vocês e darei um jeito de consertar o problema o mais rápido que eu puder. Eu tento equilibrar o número de povs de cada uma, mas se acharem que eu faço isso de forma injusta me falem, okay? Não quero ninguém excluído aqui! Sei que algumas leitoras irão gostar mais de uma personagem do que de outra mas tenham em mente que todas vocês são personagens principais e todas merecem as mesmas coisas.
Dito isso (tenho que parar com essa mania de notas iniciais enormes!), espero que gostem do capítulo (no caso espero que tenham gostado, mas como eu disse essa é uma nota inicial que teve que vir pra baixo)!
~AGORA A NOTA QUE SUPOSTAMENTE FOI FEITA COMO A FINAL MAS QUE TEVE QUE DIVIDIR ESPAÇO COM A INICIAL~
O próximo capitulo será feito pelo ponto de vista de Ahren onde FINALMENTE ele conhecerá cada uma de vocês. Como Ahren é um personagem mais fácil provavelmente eu vou conseguir terminar o capítulo um pouco mais rápido. Não posso prometer mas vou tentar.
Nesse capítulo eu meio que introduzi entrevistas daqui e dali pra vocês pegarem um pouco o jeito. A próxima entrevista será por conta de vocês e a partir daí as favoritas vão ser estabelecidas de verdade. Lembrem-se que isso de favorita é uma coisa que muda toda hora, então fiquem de olhos abertos.
É isso por hoje, até o próximo suas lindas. Beijo!