Can't Kill The Past (Hiatus) escrita por Gessikk


Capítulo 7
Última visão


Notas iniciais do capítulo

Está realmente complicado escrever e responder os comentários, minha vida está ficando corrida, mas mesmo assim consegui não demorar para postar esse capítulo!
As coisas vão acontecer meio corridas e ainda tem muita coisa sem explicação, mas esse é o início para o enredo se desenrolar, então espero que gostem, porque a partir de agora as coisas vão ficar mais interessantes...*Muhaamuhaaa* sim....isso foi uma tentativa de risada do mal, pois o lado sombrio e o drama estão prestes a voltar para a fic :P
Ah!Vou tentar escrever capítulos um pouco menores para conseguir postar com mais frequência!



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Flashback

*Um mês antes*

—Oi!—A ruiva mordeu o lábio inferior em sinal de nervosismo ao encarar a mulher desconhecida de cabelos castanhos revoltos, apenas de lingerie e a expressão de sono.—Hã... Ele está em casa?—A garota balbunciou a pergunta, ainda surpresa por encontrar uma mulher naquele estado, grogue e despida em vez do dono da casa e sem ter coragem de sequer pronunciar o seu nome, pois parecia surreal o fato de que ela estava o buscando.

—Lydia?—A voz rouca e perigosa se fez presente e a Banshee se sobressaltou ao ver o homem afastar a mulher de lingirie e ficar em frente a porta, a encarando com curiosidade.—O que faz aqui?

—Peter.—A menina disse o seu nome tentando manter uma postura despreocupada, respirando fundo e contando os batimentos descontrolados de seu coração.—Você sabe o que aconteceu, não sabe? Com Malia.

A expressão do homem mudou radicalmente ao ouvir o nome de Malia e ele imediatamente agarrou o braço de Lydia e a puxou para dentro do pequeno apartamento, logo em seguida encarando a mulher grogue e a expulsando da sala sem nenhuma delicadeza, mas a morena não pareceu se importar, apenas cambaleou com um andar bêbado até o quarto do lobisomem e se trancou lá dentro.

—O que você veio fazer aqui?—O lobisomem tinha um olhar feroz para a menina que ainda encarava a porta onde a mulher desconhecida estava, com uma expressão de curiosidade.—Eu tenho desejos como todo homem, Lydia.— Peter disse com uma impaciência notável, respondendo a pergunta não verbalizada de Lydia. —O que você tem a dizer sobre Malia? Ela simplesmente sumiu, eu não a encontro mais. Você sabe onde ela está?

A Banshee finalmente encarou o homem com os olhos verdes arregalados.

—Você não sabe.—A voz da menina era baixa e pesada, o suor começou a escorrer de sua testa e ela tentou se lembrar do motivo de estar ali, o porque havia convencido Derek a lhe dar o endereço do apartamento de Peter.

—Não sei o que?— Os olhos do homem começavam a ser tomados pelo azul gélido, sua paciência estava se esgotando.

" Eu vim porque sou estúpida", era a única conclusão que a ruiva conseguia chegar. Provavelmento o fato de estar longe de Stiles por tanto tempo estava começando a afetar sua sanidade e ela tinha consciência disso, mas quando as vozes sussurram algo sobre Peter a garota teve certeza de que precisava encontra-lo, precisava descobrir se ele sabia sobre Malia.

Naquele instante ela já não tinha tanta certeza sobre aquilo.

"Eu vou morrer se contar a ele", era uma certeza que ela tinha, mas ao mesmo tempo, Lydia simplesmente não podia deixar que Peter ficasse enganado por tanto tempo, ela não seria capaz de esconder algo assim dele. Mesmo tendo um lado sombrio que a garota conhecia muito bem, ainda assim, Peter era o pai de Malia e merecia saber.

—Ela...ela se foi.— Lydia não foi capaz de pronunciar o nome da garota e assistiu incrédula a expressão de Peter.—Eu sinto muito.— Ela acrescentou em um tom mais baixo, sem conseguir acreditar na tristeza que surgiu nos olhos gélidos do homem, ele parecia de fato se importar com aquilo, mesmo conhecendo a menina por pouco tempo.

—Quem?—Foi a única pergunta do homem.

—Kate.— Lydia respondeu ainda incrédula com a reação do mais velho.—Stiles a matou depois de ver Malia morrer.—Aquela era a primeira vez que a Banshee pronunciava o nome da coiote após a sua morte e ela pode sentir o peso da verdade de suas palavras ao pronunciar aquilo. Lydia nunca gostou da Malia, mas jamais desejou que algo como aquilo acontecesse e ao lembrar do que Stiles havia feito, fez com que poucas lágrimas escorressem de seus olhos.

— Stiles?

—Nogtisune.—A menina respondeu a breve interrogação com o simples nome do demônio, sabendo que o lobisomem entenderia.

—Obrigado por me avisar.— O homem falou com sequidão e abriu a porta de sua casa como um sinal silencioso para que ela saísse.

Lydia apenas concordou com a cabeça, encarando o chão e saiu a passos curtos do apartamento. Assim que chegou ao corredor do prédio, a porta atrás de si foi fechada com brutalidade e a garota ficou paralisada por longos instantes, sem acreditar na reação do homem, aquilo não era uma atitude típica dele.

Ele se importava com Malia. O homem mal, cruel, que havia feito tantas coisas ruins ainda sabia amar alguém, amava a sua filha e agora havia perdido a última pessoa que verdadeiramente se importou.

Apesar de em todos os treinamentos com a coiote ela sair devastada e machucada, ele se preocupava com ela e aquela era a forma que encontrou para a proteger, tentando a ensinar a se proteger das coisas mais cruéis e difíceis.

Ele tentou se preparar para o momento que Malia sofresse um ataque, mas quando a luta que aguardava chegou, nenhum dos treinamentos serviram para protege-la.

Peter sentiu um estranho peso em seu corpo, com uma força esmagadora, que foi capaz de espremer seus pulmões. Ele não tinha conseguido matar Kate quando teve oportunidade e nem ensinar a filha como se defender, ele falhou com Malia por duas vezes e por causa disso, ela estava morta antes mesmo de ter tido a chance de aproveitar verdadeiramente a vida em forma humana.

#Abertura#

*Dias Atuais*

Peter encarava o teto descascado de seu quarto. Ele não sabia ao certo por quanto tempo estava sem sair de seu pequeno apartamento, que não costumava usar muito, já que constantemente ia ao loft do sobrinho, mas após receber a noticia da morte da filha, ele não saiu mais de lá, nem sequer se importou quando a comida começou a faltar.

O lobisomem sabia que podia resistir a mais alguns dias sem comer, a única coisa pela qual ele não estava preparado era encarar o mundo exterior, com aquela estranha sensação de vazio, que ele não esperava sentir. Peter não estava acostumado a de fato se importar com alguém, não depois de sua família ser queimada viva e nem sequer teve muito contato com Malia, não se lembrava que ela existia, nem quem era a mãe, graças a Talia, mas, ainda assim, ela era sangue de seu sangue, sua filha. Não tinha como não sentir o peso de sua morte.

Depois do aviso de Lydia, ele parou de pensar no poder que tanto ansiava,sua busca insaciável por ser alfa pareceu perder o sentido e a única coisa que de fato queria era ficar sozinho.

Batidas pesadas e rápidas ecoaram pelo apartamento. O lobisomen franziu o cenho, sem acreditar que alguém estava batendo em sua porta, ninguém nunca jamais ia visita-lo, as únicas vezes que tinha alguém com ele era quando arranjava uma mulher para passar a noite.

Peter não fez questão de levantar da cama, esperando o momento em que a pessoa percebesse que batia no apartamento errado. Não foi isso que aconteceu, as batidas voltaram, mais fortes e insistentes, como se a pessoa tivesse certeza de que ele estava em casa sem a mínima vontade de atender.

Por um momento Peter pensou na possibilidade de ser Lydia novamente, com uma péssima noticia para trazer. Usando seu faro apurado, tentou reconhecer o cheiro da pessoa, mas não sentiu absolutamente nada.

A pessoa bateu novamente na porta e Peter desistiu de ignorar, levantando da cama com uma carranca digna de seu sobrinho e puxou a maçaneta com grosseira, encarando com desesprezo para a pessoa inconveniente que o atrapalhou de não fazer nada.

A pele de Peter perdeu a cor, veias de estresse saltaram de sua testa, os olhos se arregalaram e a garganta se fechou. Tudo aconteceu nos poucos segundos que encarou a pessoa a sua frente.

Pensou em dizer alguma coisa, em se mover, correr, gritar, porém continuou calado e imóvel. Parecia que já tinha se passado décadas desde que olhou para aquele rosto que permanecia com a mesma beleza e no entanto, completamente diferente.

A pele antes bronzeada tinha um tom esbranquiçado doentio, os olhos que abrigavam um doce tom de castanho, exibiam uma escuridão sem fim, não havia nada de além de um negro profundo. Apesar de ser o mesmo rosto e o mesmo corpo, aquela pessoa não era a mesma que Peter conhecia. Algo estava no controle do corpo sem vida.

Era o perseguidor que invadia Beacon Hills e apesar de todo pavor que o lobisomem sentiu ao se deparar com aquela pessoa, ele nem imaginava o horror que lhe era destinado após ter aberto a porta, permitindo que o mal invadisse seu apartamento.

Aqueles olhos assustadores seriam a última visão que ele teria, antes de finalmente, voltar ao mundos dos mortos, de onde nunca deveria ter saído.

***

Lydia Martin

Minha música favorita gritava no celular, tinha aberto todas as janelas da casa de praia, permitindo o sol da manhã iluminar os cômodos e deixava meu quadril se mover no ritmo que sooava enquanto procurava algo bom na pequena cozinha.

Sorri ao ver os ingredientes que precisava para fazer uma panqueca e comecei a cozinhar, animada, feliz ao sentir minhas pernas doloridas graças ao delicioso sexo da noite anterior. Tinha sido uma reconciliação melhor do que esperava e apesar de que nós ainda tínhamos muito o que conversar, eu sabia que não ficaríamos afastados novamente. Estava fechando a segunda panqueca, quando percebi que estava sendo observada.

Virei na direção da porta da cozinha e me deparei com Stiles escorado na parede, os braços cruzados no peito exposto, só vestia uma calça de moletom e em seu pescoço pálido havia varias marcas roxas, eu realmente amava deixa-lo marcado, pois a visão daquele corpo lindo repleto de chupões e mordidas era extremamente sexy.

—Bom dia!—Falei sorrindo e percebi que Stiles não me olhava nos olhos, sua boca estava entre aberta e seu olhar estava direcionado para pouco abaixo do meu rosto.

Finalmente percebi que ele olhava para minha regata preta, que por eu não estar usando sutiã, marcava meus seios arrebitados ao serem atingidos pelo vento frio que entrava pela janela. Revirei os olhos e sai de trás do balcão, para que ele pudesse ver que só estava de calcinha.

—Oh, meu Deus!—Seus olhos se arregalaram como eu esperava e não pude evitar de rir com sua animação quase infantil ao vir até mim, se abaixando a minha frente para ver minha calcinha.—Vira para eu ver melhor.

Ainda rindo, virei de costas para ele e logo senti seus dedos longos, na malha da calcinha, sem nenhuma maldade, ele simplesmente estava encantado com minha calcinha do Star Wars.

— Darth Vader! Você tem uma calcinha com o Darth Vader!—Sua voz ainda era surpresa e animada.

—Isso porque você ainda não viu a minha do Batman.

Ele se levantou e me virou novamente para a sua frente, os olhos castanhos, antes sonolentos, estavam arregalados e a boca exibia um sorriso torto.

—Você é perfeita!

—Quando vi vendendo, achei que você ia gostar.—Falei dando de ombros como se não fosse nada de importante. Na realidade, em um dos dias que estava desesperada de saudade de Stiles, eu tinha procurado enlouquecidamente calcinhas temáticas, fantasiando que quando o visse novamente ia poder agradá-lo com as estampas.—Eu preparei algo para comer...

Fui calada por lábios ansiosos e macios, as mãos de Stiles agarram meu cabelo com grosseria, me puxando pela nuca, enquanto seu corpo me empurrava brutalmente até que bati no balcão da cozinha.

Não tive tempo para dizer algo, uma das mãos de Stiles agarrou meu quadril, fazendo com que eu pulasse para cima da bancada e a outra puxou meu cabelo com mais força, me fazendo gemer baixo de dor, arqueando as costas para trás, pendendo a cabeça para baixo, na direção em que ele puxava.

Sua boca libertou meus lábios para deslizar por meu pescoço, me mantendo imóvel naquele posição desconfortável, completamente arqueada no balcão de mármore. Arfei surpresa quando senti algo úmido em meus seios, sobre o tecido fino da regata, ele me lambia com avidez.

—Stiles, calma.—Falei incerta, arfante e percebi que ele estava decidido a me ignorar quando senti seus dentes em minha calcinha.

Não conseguia enxergar na posição em que estava e de alguma forma, isso tornava tudo mais excitante, eu somente sentia boca de Stiles arrastando a calcinha por minhas pernas e logo em seguida a mão que estava em meu quadril arrancou minha blusa, passando por minha cabeça. Ele deixou que meu corpo desabasse contra o mármore duro, quando suas mãos que me sustentavam, me soltaram.

Minha respiração já era completamente descontrolada, estava assustada e ao mesmo tempo excitada. Stiles se despiu na minha frente com rapidez e agarrou minhas coxas, fazendo com que eu entrelaçasse as pernas no seu quadril.

O encontro de nossos corpos foi rápido e brutal, fiquei completamente desnorteada quando o garoto começou a se movimentar com violência. Fechei os olhos, apertei as mãos em punho, arfei e quando me dei conta, já gemia alto, aprovando os movimentos rápidos do quadril de Stiles.

Apesar da maneira súbita e grosseira que Stiles começou a invadir meu corpo, eu podia sentir a paixão em seus pensamentos e mais uma vez, meu corpo foi dominado pelo prazer que ele sentia. Apertei minhas pálpebras já fechadas e pude ver flashs da visão que Stiles tinha, vi a mim mesma estirada no balcão, nua, gemendo seu nome.

Meu ventre se contraiu pelo estimulo execissivo que o corpo de Stiles me proporcionava e em pouco tempo, pude sentir minha cabeça girar, meus braços e pernas se tornaram pesados e flácidos. De alguma forma, Stiles não parecia cansado, ele continuava com o mover furioso do quadril, as mãos percorriam minha nudez.

O prazer que já me dominava, tornou proporções gigantescas, finalmente fui dominada pelo ápice, meu corpo estremeceu e entrou em colapso. Me derramei de prazer e pouco depois, senti Stiles alcançando seu próprio limite de estímulos, se desmanchando dentro de mim.

—Fui muito grosseiro?— A voz rouca e arfante de Stiles demonstrou preocupação, logo após ter desabado seu peso sobre mim, mostrando finalmente o cansaço.

— Eu gostei, muito.—Confessei baixo e pude sentir seu sorriso contra minha clavícula. — Você tem que ser assim mais vezes.

—Quer mais?—Percebi o tom provocador e manhoso, sua boca foi até minha orelha, mordendo.

—Quero.— Sussurei sem hesitar, apesar de já estar exausta.—Só me tira dessa bancada.—Acrescentei ao sentir o latejar em minha coluna.

— Tudo bem, eu sempre quis fazer no chuveiro.— Estremeci com sua afirmação.

***

Estava deitada no sofá, aninhada nos braços de Stiles que sorria para a televisão, repetindo as falas do desenho do Batman. Nunca imaginei que pudesse ser tão bom assistir um desenho de superherói, eu ria com as reações que o humano tinha, conversando com os personagens, brigando com os vilões e comemorando a cada vitória do Batman, isso sem contar é claro, com a sua animação cantando a música de abertura e me obrigando a cantar junto.

Eu estava amando a maneira como Stiles ficou leve e sorridente após o sexo no chuveiro, ele parecia uma pessoa completamente diferente da que encontrei gritando no sofá, durante o pesadelo.

—Você não está olhando para a tevê! Agora é a melhor parte, Lydia!

Ri com sua acusação e desviei o olhar de seu rosto para encarar a televisão, pois sabia o quão animado ele ficaria por eu estar vendo seu desenho predileto.

Depois de um tempo, o sono foi me dominando, estava dolorida, cansanda e satisfeita após ter comido as panquecas, tudo estava convidativo para uma soneca da tarde.

—Como você pode estar com sono vendo Batman?

—Você me deixou exausta,Stiles. —Sussurei abrindo os olhos e ele sorriu confiante, sem esconder sua satisfação por perceber que tinha me proporcionado um sexo maravilhoso e cansativo.

Stiles estava prestes a falar quando seu celular começou a tocar, ele franziu a testa e tateoou o sofá até achar o aparelho.

—Scott?—Ele atendeu já chamando o amigo e sua expressão se tornou assustada enquanto escutava o outro lado da linha.—Como?

— Tem certeza que você não quer que eu vá ai?—Ele perguntou após um longo tempo e eu comecei a perguntar o que havia acontecido, mas Stiles somente negou com a cabeça e sinalizou que explicaria depois.—Ok, mas vai me avisando, se acontecer mais alguma coisa eu vou...—Ele foi claramente interrompido e sua expressão se suavizou. —Sim, estou melhor.—Mais alguns segundos de silêncio e os olhos castanhos me encaram.—Eu vou cuidar dela.

Stiles se despediu de Scott e ficou em silêncio por alguns instantes, enquanto eu me atropelava com perguntas preocupadas, aflita para saber o que tinha acontecido.

—Peter está morto.

—Morto?

—Alguém o matou.


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Notas finais do capítulo

Caso vocês não tenham visto, eu fiz outra One Stydia! Espero que gostem:

http://fanfiction.com.br/historia/603286/Os_tres_motivos/



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