Can't Kill The Past (Hiatus) escrita por Gessikk


Capítulo 4
Oxigênio


Notas iniciais do capítulo

Oii gente! Eu fiquei muito tempo sem postar? Sim! Já respondi os comentários? Não! Tive uma crise de criatividade? Sim!
Porém, aqui estou finalmente postando um novo capítulo e fiquem tranquilos que não vou desistir da fic, o problema foi que a criatividade não me ajudou, eu fiquei desaminada com perda de comentários e comecei o último ano da escola...então vocês devem imaginar que estou me matando de estudar!
Bem, para ser sincera não gostei muito desse capítulo, achei corrido e extenso, mas como disse estou com dificuldade para escrever e não queria demorar mais para postar!
Bem, é isso, leiam o capítulo que eu "falo" o resto nas notas finais!



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Lydia Martin

– Lydia, mantenha o foco.

" Eu estou com vozes na minha cabeça!" A voz agoniada de Stiles invadia minha cabeça, " É o que Lydia escuta, tenho certeza!"

"Stiles, por favor, tente ficar calmo." Scott sussurrou para Stiles e pude sentir em meu próprio corpo a dor que ele sentia.

Abri os olhos arfando e encarei Deaton que me observava com atenção, a expressão mansa e determinada, segurando meus braços que tremiam.

– Você precisa ter foco.- Ele repetiu mais uma vez, enquanto tremores continuavam a dominar meu corpo.- O que você ouviu dessa vez?

– Stiles.- Eu disse tentando manter a respiração calma.- Eu ouvi o que ele dizia e o que escutava, senti a dor dele.

– Essa conexão é mais forte do que eu imaginava.- Ele falou dando um suspiro cansado.- Você nem sequer consegue entender as vozes, mas escuta Stiles com perfeição.- Ele balançou a cabeça vagarosamente e eu reconheci na sua expressão o pavor e a admiração misturados.

– Ele está ouvindo as vozes, as vozes que eu escuto.- Disse as palavras com lentidão e incredulidade, tendo a confirmação de que Stiles estava conectado comigo da mesma forma que eu estava com ele.

– Impossível! - Deaton falou arregalando os olhos, a expressão se tornando ainda mais incrédula.

– O que isso significa?

– Que é muito mais poderosa do que poderia imaginar, nunca encontrei alguém capaz dessas coisas, até mesmo nos livros eu nunca vi relatos de uma Banshee com esses dons.

– Eu não consigo sequer controlar meus dons, como posso ser tão poderosa?- Falei com lentidão, tentando manter meus pensamentos longe de Stiles, não suportava mais a dor dele misturada a minha.

– Lydia, você ressuscitou Stiles, não acha que isso é prova o suficiente de seus poderes?- Ao falar aquilo eu engoli em seco, trêmula, lembrando dele voltando a vida e da fraqueza que antigiu meu corpo, como meu coração falhou enquanto o dele voltava a bater.-Você realmente não tem ideia do que fez ao trazer-lo a vida.- Aquilo foi uma afirmação, mas mesmo assim confirmei com a cabeça.

– Eu já lhe disse tudo o que lembro daquela noite, eu só estava desesperada, sabia que não conseguiria viver sem Stiles e então, ele simplesmente voltou.

Deaton negou com a cabeça e se levantou, andando até um armário da clínica veterinária e tirou de lá um livro grande e antigo, voltando logo em seguida a sentar na cadeira a minha frente e colocando o livro no seu colo, virado de frente para mim.

Em silêncio, Deaton abriu o livro e passou algumas páginas até parar em uma figura e indicar que eu analisasse. Era uma pintura, havia uma mulher de joelhos, chorando, em frente a uma criança morta. As mãos da moça seguravam a cabeça da criança e finalmente vi que havia uma espada fincada no peito do pequeno menino falecido.

Olhei para Deaton, confusa e ele passou a página do livro onde tinha a mesma mulher e a mesma criança, mas em uma cena completamente diferente. A mulher que antes chorava estava caída no chão, sangrando no peito enquanto a criança estava sentada, com o rosto assustado, retirando a espada que estava fincada nele.

–O que...?- Não soube o que dizer.

– Esse foi o único caso de uma Banshee ressuscitar alguém e nem se sabe ao certo se não é apenas uma lenda, porém dizem que essa mulher tinha um filho que foi morto em batalha e ela deu a sua própria vida para que o garoto vivesse. E quando encontram os corpos, o menino que havia sido perfurado pela espada estava completamente sarado, enquanto a Banshee, que nunca foi atingida, estava morta com um buraco no peito.

– Como eu posso estar viva?- Sussurei para mim mesma e Deaton continuou a falar.

– Lydia, o que você fez mudou drasticamente a vida de vocês, a partir desse dia suas vidas estarão sempre interligadas. Você deu sua vida para ele e agora a compartilham como se fossem uma só pessoa, nada vai ser capaz de quebrar essa conexão.

– Então, se eu morrer...- Não consegui completamentar a frase, era assustador demais pra dizer.

– Ele morre também.-Completou e respirou fundo.- Se um sentir muita dor, tristeza ou alegria, o outro vai sentir com a mesma intensidade e bem, se você é atormentada pelas vozes, ele também será e isso provavelmente quer dizer que se o Nogtisune realmente estiver nele, não vai somente afeta-lo, mas também terá livre acesso para à atingir.

– Como?- Murmurei, sem conseguir expressar o pavor que me atingia.- Não era para ser apenas uma conexão física?

– Entre vocês nunca foi somemente uma conexão física, Lydia.- Deaton falava a verdade cruel sem tentar amenizar nada ao me dizer.- Você lembra do sacrifício que Stiles teve que fazer? Lembra que para trazer a pessoa de volta a vida, precisava ser alguém com uma forte conexão emocional?- Assenti com a cabeça, era impossível esquecer aquele dia.- Eu pedi para que fosse com ele, porque sempre foi claro a ligação entre vocês, Lydia, você nem seria capaz de o ressuscitar se não tivessem essa conexão assustadora, vocês sempre foram ligados, sempre tiveram essa união sobrenatural, o que você fez apenas levou essa ligação a um nível extremo.

– Por causa dessa conexão que já tínhamos, agora nos tornamos dependentes um do outro?

– Pense nele como se fosse sua única fonte de oxigênio. Antes eu mesmo duvidava que fosse capaz de você ter feito essa ligação, mas para chegar ao extremo dele escutar as vozes, eu não tenho mais duvidas sobre isso.- Deaton segurou meus braços mais uma vez e manteve contato visual.- Eu não a culpo por ter medo dele, Lydia, você tem todos motivos de estar apavorada, mas se continuar o afastando, os dois vão acabar mortos.

–Mortos?- Minha voz falha não foi capaz de pronunciar algo além de uma palavra.

– Vocês ficarem longes um do outro por muito tempo pode ser perigoso e causar mais dor a vocês.

#Abertura#

Stiles Stilinski

De fato eu não esperava férias inesquecíveis, mas jamais imaginei que aquele primeiro mês longe das aulas pudesse ser tão horrível.

Fazia um mês desde o enterro de Malia, o mesmo tempo que não via Lydia e que estava sendo ameaçado e torturado pelo Nogtisune de todas as formas possíveis, nem mesmo conseguia entender como meu coração ainda batia em meu peito quando tudo dentro de mim estava destruído.

Depois do dia que fui queimado vivo e alguma força invisível me sufocou, passei uma semana no hospital, todos os médicos já me conheciam e ficaram completamente confusos, sem conseguir explicar o que aconteceu comigo e se assustaram ao ver que todos as feridas no meu tronco estavam costuradas recentemente, o que fez com que fizessem diversos interrogatórios com meu pai e com Melissa, tentando descubrir como aquelas feridas tinham sido abertas. Eles não faziam ideia de que eu passava por algo muito pior do que agressão domiciliar.

– Ei! Stiles, vamos jogar!-Scott me chamou com um sorriso que eu conhecia muito bem, ele tentava a todo custo me animar.- Ainda falta uma hora para a sua consulta médica.

Concordei com desânimo e me joguei na almofada ao seu lado, pegando o controle remoto e deixando meus dedos se moverem automaticamente, atirando e socando os monstros que apareciam na televisão.

– Como está Isaac?- Perguntei querendo me distrair dos meus próprios pensamentos.- Vocês se viram depois daquele dia?

– Não, mas tenho conversado com ele por mensagem.- Scott deu uma risada rouca que me chamou atenção, fazia muito tempo que ele não ria.- Ele está desesperado para sair do loft do Derek, está dizendo que ele e a Callie não param de se pegar.

Revirei os olhos e dei um meio sorriso irônico, parecia que Derek finalmente havia encontrado uma mulher não psicopata.

Nós descobrimos que Isaac tinha voltado para Beacon Hills no dia seguinte depois de eu ter ido para hospital. Derek ligou para Scott e eu precisei insistir com ele que ficaria bem até o convencer de ver Isaac, eu sabia que ele sentia falta do lobisomem e que os dois precisavam ter uma boa conversa. Scott passou o dia lá e apesar de ter ficado feliz em rever o amigo e assustado com o perseguidor dele, o garoto logo explicou que eu não estava bem e que precisava ficar de babá o dia inteiro e que por isso ia ficar difícil de ficar o vendo.

– Scott, você não pode ficar o tempo inteiro cuidando de mim.- Falei suspirando.- Isaac prefere ficar na sua casa e com certeza vai ser melhor para ele dormir no seu quarto do que na companhia do Derek e da Callie.

– Eu não posso Stiles, nem estou dormindo lá em casa e quando vou, você sempre está comigo e...

– Você não precisar tentar suprir a falta de Lydia na minha vida.- Dessa vez minha voz soou um pouco mais seca, o fazendo parar o jogo.- Não é porque ela me abandonou que você precisa deixar o resto da acalteia sozinha, sem contar que Kira também precisa de sua atenção, ela é uma boa menina e você não pode perde-la por minha causa.

– Stiles, você sempre ficou do meu lado quando precisei, eu não vou deixa-lo sozinho, ok? Preciso que fique bem, é o meu melhor amigo!

– Que romântico.- Não pude evitar de ironizar, sabia que meu humor estava ficando mais ácido e que me tornava uma companhia cada vez menos agradável, mas era a única forma que conseguia parar de chorar todos os dias.

– Ela não te abandonou, Stiles.- Ele disse isso após vários minutos, mas sabia que se referia a Lydia.

Não respondi, apenas me levantei com dificuldade devido as dores que ainda sentia no tronco e fui tomar um banho.

Quando a água quente entrou em atrito com minha pele, não consegui ignorar os pensamentos sobre Lydia, eu tentava evitar a todo momento, mas sempre a sentia de alguma forma, ouvia seu choro, recordava de seu toque em minha pele, e em todas as noites meu coração se contorcia quando sua voz suave chamava meu nome, de alguma forma eu sabia que ela sussurava aquilo enquanto dormia.

Estava quase acostumado ao fato de sentir aquela tristeza devastadora, era a dor dela misturada a minha, porém aquela foi a primeira vez que ouvi vozes, não uma voz qualquer, não era o timbre doce de Lydia, nem o tom doentio de Nogtisune, eram várias vozes fundidas umas nas outras, roucas e ásperas, arranhando minha mente.

" Não pode ignorar a morte. Corra! Fuja!", minha cabeça foi dominada por uma dor súbita, fazendo com que poucas lágrimas despencassem dos meus olhos. "Ela está aqui, ela está aqui".

Sai do chuveiro cambaleando, peguei a toalha, a enrolando de qualquer forma na cintura e fui até meu quarto, me escorando na parede, com as mãos na cabeça.

– Stiles! O que está acontecendo?- Scott correu até mim e segurou meus braços com firmeza, impedindo que eu desabasse no chão.

– Eu estou com vozes na minha cabeça!- Falei agoniado e Scott me encarou confuso.- É o que Lydia escuta, tenho certeza!- Eram as vozes que a atordovam por ser uma Banshee, sabia disso pois era como a exata descrição que ela fazia.

– Stiles, por favor, tente ficar calmo!- Scott me guiou até a cama onde sentei de forma brusca, agarrando novamente meus cabelos, querendo obrigar que aquelas vozes saíssem de minha cabeça.- Vamos, respire fundo, o que você faz para Lydia melhorar quando está assim?

– Eu fico perto dela.- Disse com certo desespero, era impossível me acalmar sem ela.- Eu a beijo, tento a distrair.

– Então tente pensar em alguma coisa boa, algo que te deixe calmo, tenta ignorar as vozes.

Fechei os olhos, respirando fundo, tentando fazer o que Scott dizia enquanto os sussuros em minha mente pioravam, se tornando confusos demais para conseguir distinguir as palavras. Busquei em minha mente resquícios de coisas boas, mas parecia que fazia séculos desde que me sentia realmente feliz e lembranças de Malia continuavam atormentando meus pensamentos enquanto lutava para me acalmar.

Finalmente eu me lembrei de algo que era capaz de me tirar de todos meus problemas nem que fosse por alguns segundos, pensei na minha primeira vez com Lydia e me concentrei nesse pensamento. Seu corpo pálido, suas curvas bem esculpidas e a sensação de seus lábios contra minha pele, me mordendo, me beijando, suas mãos provocando minha sanidade e os movimentos ritmidados, calmos e intensos que fazíamos.

Abri os olhos com a respiração completamente arfante, algumas lágrimas ainda caíam de meus olhos.

– Parou. As vozes se foram.

Scott deu um suspiro aliviado e se sentou ao meu lado, me encarando e dando alguns tapas nas minhas costas.

– Termina logo esse banho para a gente ir para a consulta.

Concordei ao perceber que ainda estava com sabonete no corpo e voltei ao banheiro a passos lentos, agradecendo internamente por Scott está comigo e não fazer drama, apenas me ajudar na crise e depois agir como se não tivesse acontecido. Também era um alívio meu pai não estar em casa para presenciar mais uma vez a loucura de seu filho, eu o conhecia e sabia que não estava mais suportando tudo o que eu estava passando, ele tentava ao máximo se concentrar no trabalho e confiava no Scott para cuidar de mim,mas a única pessoa que parecia lhe trazer um pouco de paz era Melissa que se tornava cada vez mais parte de nossa família.

**

– Levanta!- Foi a primeira coisa que escutei ao ser acordado com algo pesado sendo tacado na minha barriga.

– O que é isso?- Perguntei grogue, encarando a mochila preta em cima de mim e logo em seguida analisando Scott.- Que horas são?

– Seis horas! Agora para de enrolar e levanta logo!- Scott andava apressado pelo quarto, parecendo buscar alguma coisa.

– Tenho médico hoje?- Perguntei me lamentando internamente, pelo menos três vezes por semana eu tinha que ir ao hospital para ver se eu estava progredindo e para tomar soro, graças a minha desnutrição e desidratação constantes. - Odeio ter que ir tão cedo.

– Hoje não, Stiles, mas tem uma visita esperando você na sala, então lava o rosto e desce.

– Visita? As seis da manhã?- Por fim a curiosidade venceu o sono e eu levantei, escovei os dentes, lavei o rosto e fiz questão de não me olhar não espelho. Eu não tinha coragem de encarar o garoto extremamente magro, com olheiras, pele seca e expressão caída, pois não podia acreditar que esse garoto era eu.

Quando desci as escadas um nervosismo me atingiu, eu já tinha recebido outras visitas de colegas da escola, todos preocupados comigo por saber que Malia morreu em um ataque feroz de um "animal" e contando como haviam escapado do massacre do baile, falando dos feridos e logo depois tentando me animar, o que eu correspondia com uma expressão falsa de animação, apesar de ficar verdadeiramente agradecido pela preocupação deles. Porém com o decorrer do tempo as visitas tinham parado e eu não conseguia pensar em mais alguém que quisesse me ver, sem contar que eu já havia pedido a Scott e ao meu pai que não deixasse mais ninguém me ver, para que não soubessem que eu estava naquele estado de desnutrição, então fiquei ansioso ao tentar descobrir quem iria me ver, ainda mais naquela hora.

Escutei a voz amigável do meu pai conversando com quem fosse a visita antes de finalmente entrar na sala e ver o conhecido cabelo ruivo escuro, curto e repicado. Emily.

– Lily!

Emily se virou na minha direção com um sorriso que eu inevitavelmente retribui, ela levantou do sofá e correu na minha direção, se chocando contra mim e me envolvendo em um abraço sufocante. A apertei com força e ela acariciou minhas costas de maneira familiar, como sempre fazia quando não nos víamos por muito tempo.

– Não achou que eu fosse esquecer de visita-lo, né? - Ela murmurou ainda sorrindo, se afastando um pouco para encarar meus olhos.- Estou oficialmente de volta a Beacon Hills!- Ao dizer aquilo, imediatamente me lembrei da última vez que nos vimos, no baile, quando ela disse que voltaria a estudar comigo.

Reencontrar com ela foi exatamente o oposto do que eu poderia imaginar. Emily por nenhum momento fez uma expressão de pena ao ver minha aparência, não falou de qualquer coisa triste nem disse algo a respeito das marcas mal cicatrizadas no meu braço, após receber inúmeras vacinas e fazer diversos exames de sangue. Foi como se nada de ruim estivesse acontecendo.

Nos sentamos no sofá e ela conversou animada comigo, contando cada uma das novidades sobre os garotos que havia ficado enquanto estava fora, disse coisas idiotas o suficiente para me fazer sorri, bagunçou meu cabelo e comemorou repetidas vezes o fato de voltar a estudar comigo.

– Eu estava com saudades de ficar assim com você.

– Eu também estava, Lily.- Sussurro beijando sua cabeça, ela estava deitada com a cabeça no meu peito, enquanto víamos um filme ruim de terror, com efeitos especiais péssimos, o que por algum motivo, era uma diversão interna, um momento nosso.

– Pronto, Emily! Obrigado por o distrair!- A voz de Scott chamou minha atenção e eu olhei curioso para o lobisomem que não tinha descido desde que Lily chegou na minha casa.

– Não fiz por você, e para seu próprio bem espero que faça Stiles se divertir.- A garota respondeu com uma careta e hostilidade, Emily e Scott se odiavam desde pequenos por um ciume idiota de ambos que não aceitavam que eu tivesse dois melhores amigos.

– Do que vocês estão falando? Como assim me distrair?

– Você acha mesmo que essa preguiçosa iria vir as seis da manhã por opção?- Encarei Scott sem entender, ele sorria ao falar aquilo.- Vai logo se vestir!- O garoto jogou uma muda de roupa em cima de mim e pegou uma pequena mala junto com uma mochila.

Scott e Emily obrigaram que eu me vestisse, o que foi ainda mais estranho, eles raramente concordavam em alguma coisa, mas os dois estavam empenhados para que eu me arrumasse o mais rápido possível. Coloquei a roupa e Lily tentou de maneira fracassada me deixar com uma aparência melhor, depois se apressou em se despedir.

Scott foi dirigindo meu carro, colocou a mala no Jeep e assim que eu comecei a fazer perguntas ele colocou uma música berrando somente para fingir que não me escutava, já que eu sabia muito bem que com sua audição de lobisomem ele podia me ouvir. Parecia que todos sabiam para onde eu estava indo e o que ia fazer, menos eu, até meu pai me abraçou com um sorriso que ele não dava a meses e Scott parecia exatamente satisfeito. Eu não conseguia pensar em nada em relação a mim que pudesse deixar alguém feliz, nem nada que fosse agradável durante a pior fase da minha vida, então simplesmente não conseguia pensar em nenhum lugar que pudesse estar indo, nos últimos meses só aconteciam coisas ruins.

Quando percebi que saímos da fronteira de Beacon Hills comecei a ficar realmente preocupado e curioso para onde íamos, mas Scott não respondia nenhuma das minhas perguntas. O Jeep finalmente parou após umas duas horas de viagem sem trânsito.

Observei o lugar com atenção quando sai do carro, havia uma casa pequena e aconchegante, com um estrutura antiga, em frente a uma praia paradisíaca, completamente vazia, com a areia clara e o mar de um azul profundo, sem ondas.

– Eu vou ficar aqui?- Conclui com lentidão, ainda confuso quando um carro se aproximou da direção oposta que chegamos.

Não tive tempo de raciocinar e Kira saiu do carro, logo em seguida indo para a porta do carona onde guiou Lydia para fora, ela usava uma venda nos olhos e reclamava com a garota.

– Posso tirar isso dos olhos?- Lydia perguntou completamente impaciente.

–Pode!- Kira concordou e observou a expressão da Banshee enquanto tirava a venda.

Os olhos verdes se fixaram nos meus.


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Notas finais do capítulo

Primeiramente, para quem não se lembrou da Emily ela é a garota que a Lydia ficou com ciúmes, que deu o primeiro beijo no Stiles e bem, ela é a primeira personagem original que vai entrar nessa temporada e espero que gostem dela tanto quanto eu!
E também queria dizer que apesar de (ainda) não ter respondido os comentários eu leio todos e fico muito feliz por ter os melhores leitores do mundo! E ahh eu também estou vendo as ideias que estão me dando e as considerando, mesmo que eu as coloque de uma maneira diferente vocês podem esperar que suas ideias criaram vida aqui!
A partir de agora eu devo ter mais facilidade de escrever, porque já tenho as ideias prontas a partir desse capítulo e já sei de bastante coisa que vai acontecer, então estou ansiosa para ver como vão reagir e espero que gostem dessa temporada!
Obs. Novos vilões, novos personagens, novos romances e inimizades estão prestes a surgir!



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