O Mistério da Gueixa escrita por Leticia camargo


Capítulo 3
A Pintura


Notas iniciais do capítulo

Para a Carolaine!



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Sentei na frente da casa moderna e comecei a desenhar a casa pelo lado de fora um enorme portão, por fora se via dois andares, várias janelas, umas cerejeiras e eu ouvia água correndo, me abaixei para desenhar até que o portão abriu e um homem veio em minha direção, ele era alto, muito alto, eu tenho 1,63 de altura e estou de salto, me senti uma anã, tinha cabelos pretos curtos, um nariz grande, mas empinado, olhos redondos um pouco puxados, vestia uma blusa azul com manga longa e uma calça jeans, ele se aproximou.

"O que você faz na minha casa?"

Ele disse muito rápido tive problema para entender.

"Não fala coreano?! Me entendeu americana?"

"Ah, sim, eu entendi, sou australiana, não americana, desculpa eu estava desenhando sua casa, ela é muito bonita!"

"Eu sei agora vá embora"

Me levantei e bati a perna no muro.

"Ah, minha perna, porra"

Ele me olhou e se virou.

"Você é um problema, venha se lavar"

"Não, eu estou legal"

Ele se virou para mim quando ele chegou no portão.

"Eu sei que você está"

"Não, não te conheço pode ser um maníaco"

"Quem disse que eu não sou um?! Vamos logo"

Mas que cara estranho, eu sei que não devia entrar, mas o muro era chapiscado e minha perna estava sangrando.

"Você pode me dar uma ajuda?"

"Não!"

Ele entrou na casa, que vagabundo. Fui atrás dele, que casa linda era grande o jardim com uma linda fonte e uma cerejeira, eu parei para olhar.

"O que foi?"

Ele disse.

"Eu adoro esse tipo de árvore"

"Eu também, ela me lembra minha infância"

Ele estava do meu lado olhando a árvore.

"Parece que psicopatas também tem coração"

Ele virou para mim.

"Vamos"

Eu o segui, se por fora já era bonito por dentro era majestoso, na paredes lindos quadros se encontravam pendurados e porcelanas delicadas davam um ar delicado e sofisticado, mas o que me encantou foi o quadro de uma gueixa tocando uma espécie diferente de instrumento de madeira.

"Gosta do quadro?"

Perguntou o dono da casa.

"Sim, eu soube que elas eram prostitutas"

"Errado, uma concubina vende seu corpo, elas vende seu talento, elas são como o vento, delicado, que com seu movimento faz o bambu se mover, são como a água que sempre encontra seu caminho entre as rochas, mas como o vento cria tempestade e a água cria tormenta elas são furiosas e graciosas"

"Falando assim suponho que conhece muitas"

Disse com um tom de gozação.

"Eu sou bom em interpretar, eu olho esse quadro e vejo a delicadeza dela ao tocar o gayageum, mas olhe os pés pode se ver que a mãe dela quebrou seu pé quando ainda era uma criança, se ver que suas mãos fazem uma dança com as cordas, também se pode enxergar o esforço dela para não cair de seu tamanco de madeira"

Ele falou tão sério que me senti mal.

"Desculpa, não foi minha intenção ofender sua cultura"

Pela primeira vez um sorriso se formou em seus lábios.

"Vem"

Ele deu dois tapinhas na bancada de mármore, eu me sentei, ele pegou uma tesoura e começou a cortar minha calça em volta da ferida, passou algo no pano e pois em cima.

"Como você se chama?"

Ele perguntou.

"Sarah, Sarah Jones"

"Sarah, ocidentais"

Ele murmurou, tive que rir.

"E você?"

"Ki Min Ho"

"Min Ho, orientais"

Disse rindo e ele me acompanhou.

"Vou chamar um táxi para você"

"Obrigada"


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Notas finais do capítulo

Obrigado por ler!



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