POV RIN

Acordei como sempre, nada demais.

Só que a Gumi estava me esperando na portaria. Fiquei meio longe do trio mesmo, era de esperar uma reação dessas.

[...]

POV LEN

No recreio, nos sentamos no refeitório.

– Ué, cadê a Rin?- Miku perguntou.

– Meio que a Gumi que ela um pouquinho hoje, foi o que eu soube.- SeeU.

Depois eu olhei pra Pocema e vi ela olhando pra baixo. Ela fala muito pouco. Dã, ela entrou faz dias!

– Tudo bem, Pocema?- perguntei.

– To sim!

– É mesmo, você ta calada.- Piko.

– Eu não falo muito.- ela coçou a cabeça- E também não sei o que dizer.

– Tem certeza?- perguntei.

– Hai! É que vocês estão acostumados a terem amigas tagarelas!

– O QUÊ?!- as meninas gritaram, mas logo todos começamos a rir.

– Não posso negar!- Miku.

– Se me permitem, vou comer meu lanche.- ela pegou um pote de seu colo.

– Biscoitos?- perguntei... de novo.

– É, o Piko fez ontem e eu levei pra casa.

– Você ainda tem?- ele ficou surpreso.

– Sim. O Piko cozinha super bem! Decidi dividir com vocês!

– Obrigado!

Ela distribuiu um pra cada um.

E, em um piscar de olhos, Gumi e suas amigas aparecem!

– Distribuindo biscoitos?- Gumi perguntou.

– Você quer, Gumi?- Pocema perguntou- Sei que não começamos bem, mas que tal sermos amigas?- tadinha, tão inocente!

A esverdeada começa rir, e alto!

Eu olho pra Rin e olha pra mim com cara de "Não o que ta acontecendo, mas vai dar treta!"

– Acha que eu quero esse biscoito imundo?

– Esse "biscoito imundo", foi feito por mim!- disse Piko.

– OOOHHHHH!- todo mundo gritou, menos Pocema, que estava na linha de fogo. Não sei se essa expressão existe, mas falei.

Gumi começou a ficar vermelha de raiva. E ela puxa os cabelos da de tapa-olho.

– Meu cabelo!

Começou uma briga, e feia! A Pocema acabou puxando os cabelos da Gumi pra ver se ela parava.

Mas a esverdeada só piorava as coisas.

– PARA!- Pocema já estava chorando.

Eu, Piko, Kaito e Yuuma tentamos separar as duas.

– Sai daqui vocês três, agora!- Kaito.

POV RIN

Eu e a Merli levamos a Gumi no banheiro. O que houve com ela? Ela ta tão... insana ultimamente!

Ela lavou o rosto e a raiva de sua face foi diminuindo.

– O que foi aquilo? Quem é a valentona aqui sou eu!- disse Merli.

– AH fica quieta!

Comecei a entrar em um quase desespero.

– Gumi, isso foi muito insano até pra você!

– Eu não me arrependo de nada!

– Você ta se irritando fácil, tudo é questão de briga, o que ta acontecendo com você?

– Essa tal de Pocema é uma falsa!

– Por quê?

– Não sei, mas algo me diz que ela é uma falsa!

Decidi ver como a Pocema está.

– Ficam aí que eu já volto.

– Volte logo, Rin.

– Sim, Merli.

Fui até a frente da secretaria, onde provavelmente ela estaria.

E acertei.

Ela estava sentada, tremendo e chorando. Deu dó e muita. Uma pessoa calada enfrentar uma pessoa popular. A maioria dos garotos da escola ficaram contra ela, que horror!

Todos do grupo estavam envolta dela.

Piko e Miku tentaram abraçá-la em consolo, mas ela parecia se incomodar com aquilo. Acho que ela quer ficar sozinha.

Kaito e Yuuma e SeeU tentaram falar com a diretora, mas ela parecia mais concentrada na papelada, que irresponsável!

Len e Meiko tentavam consolá-la.

Eu peguei um copo de água no refeitório e dei pra ela.

– Pra você, Pocema.

– A-Arigato.

Depois ela começou a se acalmar e entrou na direção.

– Por que ela entrou?- Len perguntou.

– Sei lá.- disse.

O sinal do recreio tocou e Pocema saiu da direção.

– O que aconteceu?- perguntei preocupada.

– Vou arrumar minhas coisas e vou pra casa.- ela foi pra sala.

– Bom, é melhor nós irmos também- disse Yukari.

– Também acho.- Piko.

Entramos na sala e nos despedimos dela.

Ela não respondeu.

Gumi não tirava o olho do livro de geografia.

[...]

– Vamos, Rin?- Gumi perguntou.

– To copiando ainda.

Ela bufou.

– Até amanhã.- a Gumi também parece cansada. Acho que ela chorou.

Depois de um tempinho, eu terminei e vi que o Len ainda estava copiando.

Só eu e o Len estávamos na sala.

– Oi, Len.

– Oi, Rin! Ainda aqui?

– Terminei de copiar agora.

Então ele fechou o caderno.

– Eu também!

Então fomos andando juntos.

– Rin, você parece desanimada.

– Foi a situação de hoje.

– Eu também.

– Len, posso ficar na sua casa, só um pouquinho? Não to bem pra encontrar a minha mãe.

– Entendo, pode sim!

– Arigato!- suspirei fundo.

[...]

Chegado a casa dele, almoçamos e fiquei fazendo meu dever em seu quarto.

– Terminei!

Então me sentei na cama dele e ela no outro canto lendo um livro qualquer da vida.

– Não entendo.

– O quê?- disse ele ainda de cara no livro.

– Por que a Gumi fez isso? Pocema nunca fez nada pra ela!

– Ciúmes.

– Ahn?

Meio que o Len afundou sua cara no livro.

– Como assim?

Ele abaixou o livro, que ficou aparecendo só os seus olhos, que o deixou mais misterioso.

– Promete não contar para ninguém?

– Prometo!

Então ele chegou mais perto de mim.

PARE DE PENSAR BESTEIRA, RIN-CHAN!

Ele bufou pra depois me contar.

– O Piko se apaixonou de novo.

– O QUÊ?! Depois o que a Gumi fez ele ainda gosta dela?!

– Alô? Terra para Rin! TOC TOC!- ele bateu sua mão na minha testa como se eu fosse uma porta.

– Não sou porta pra ficar batendo!!!

– Ta, ta...- ele revirou os olhos.

– Então o que é?

– Piko gosta da Pocema.

– Que legal! To doida pra que ele se declare!

Ele abaixa a cabeça e me dá um cascudo.

– AU!

– Ele não não vai!

– Por quê?

– Número um: ele ta em tratamento com uma psicóloga e ela disse que o Piko ainda ta muito sensível e que ele pode se apaixonar rapidamente. Segundo: Pocema ainda é nova na escola. Provavelmente não sente nada por ele! Terceiro: Gumi pode matá-la, não literalmente, mas o Piko não quer isso!

– Nossa.

– É, que confusão tretosa!

– Pois é...

– Pera, a Gumi sabe disso?- perguntei.

– Não, mas como ela ta poucos dias na escolas e ela já é bem próxima da gente, ela já pensa coisas. Tipo um ciúmes por nada.

– Hum...

Deu até dó quando eu fiquei com ciúmes dela.

Olhei para o celular e vi que eram 15:00.

– Eu tenho que ir. Tchau Len, até amanhã.

Dei um abraço nele, sem perceber.

O abraço era bom e confortável.

– Até amanhã, Rin.

– Até.

Nos separamos e fui pra casa que nem um pimentão.

[...]

De noite, estava conversando com a Prima pelo PC.

– Tadinha dessa tal de Pocema!

– É...

– Bom, que tal falarmos sobre outra coisa?

– Hai.

– Vai um feriado aqui de uma semana. Talvez eu vá aí.

– Vai ser sensacional!

Olhei pro relógio e me assustei.

– Oh! Já são 23:00!

– É mesmo, nem percebi, hihi!

– Bem, até Prima!

– Até, Rin-chan!