And the second thing? escrita por flowerswriter


Capítulo 4
No Blame.


Notas iniciais do capítulo

Não temos Oliver nesse capitulo, pelo menos não a presença dele... Porque eu queria que a Felicity ''superasse'' a perda e dar a entrada num novo caso.

Espero que tenha gostado!

Bjks



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/574565/chapter/4

Haviam se passado dois dias após o Natal, Oliver havia vencido Ra’s Al Ghul, porém não tínhamos mais noticias dele. Nem imagens em câmeras, nem vôos, nem mensagens e muito menos Nyssa. Revirei os olhos ao pensar nisso. Ele estava vivo e era isso que importava, e com esse pensamento eu sempre seguia o meu dia.

Tinha combinado com Roy, John e Lyla de assistirmos um filme, comermos uma pizza e ficarmos jogando conversa fora. Era o que nos fazia bem e tirava todo aquele peso de nossas costas. O peso de não ter noticias.

Liguei a TV colocando no meu canal semanal de exercícios, deitei no colchonete que havia acabado de jogar no chão da sala e comecei a fazer os abdominais que a professora falava. Por incrível que pareça eu estava gostando de fazer aquilo. Me desestressava e Roy me ajudava na caverna, muitas noites quando ele e John chegavam das ruas nós nos juntávamos para revezar à treinar com o saco de pancadas. Nunca imaginei que diria isso, mas: Felicity Smoak dorme muito melhor depois de descontar suas frustrações naquele saco. E eu estava melhorando.

Quando parei os exercícios olhei para o quatro de Robih Hood que permanecia pendurado em cima da minha TV. Suspirei lembrando o motivo que eu o tinha comprado. Ou melhor... O que aquele quadro me lembrava. Ouvi o meu celular começar a tocar e revirei os olhos, se fosse o Ray pela quarta vez naquela manhã...

O número era restrito e eu estava sem a menor vontade de desvendar quem estava me ligando naquele momento, logo atendi o telefone.

– Felicity? Tudo bem? – A voz parecia de alguém que estava correndo. – Então eu estava pensando... Nós podíamos nos ver hoje, o que você acha? – Reconheci como a voz de Laurel e revirei os olhos mais uma vez.

Eu sabia muito bem o que ela queria: saber se eu tinha mais alguma noticia do assassino se Sarah. Eu tinha pego ela mexendo nas minhas coisas no outro dia e quando vi ela tinha descoberto que o DNA das flechas levava a Oliver Queen, ela pirou e começou a gritar em como aquilo era possível. Inventamos algo de que provavelmente havia sido implantada na flecha e ela saiu bufando da caverna.

– Laurel eu sei pelo que você está passando, mas ainda não tenho nenhuma dica do assassino de sua irmã. Acredite em mim, estou trabalhando nisso. – Eu sei quem é, e estou protegendo-a.

– Você não está trabalhando em nada! Eu vi seus documentos, tudo o que você faz é procurar pelo Oliver, não pelo assassino de minha irmã! – Ela me acusou.

– A próxima vez que você entrar na caverna e mexer no meu computador... – Ameacei me lembrando de algo. – E não estou trabalhando nisso na caverna, estou pesquisando em casa. Num local neutro. Então por favor, pare Laurel. Sei que você quer encontrar o assassino, mas não é tão fácil quanto parece. – Sim era, e era muito provável que ela estivesse atracada com aquele novo DJ dela. Oh céus, Roy e Oliver que me perdoem... Mas Thea não conseguia pensar em mais nada que não fosse seu querido pai e naquele DJ.

– Tudo bem, tudo bem. Me desculpe. Eu só... Estou assustada no que pode acontecer caso meu pai descubra e eu ainda não tenha o culpado. De qualquer jeito obrigada Felicity. Até mais. – Laurel desligou o celular e eu suspirei entrando no banho.

Seria possível que um dia ela descobrisse sozinha? Ou então que Thea se lembrasse do acontecido? Se elas soubessem metade do que nós sabemos... Acho que Thea não aguentaria, pelo menos não a antiga Thea...

E tudo passou quando senti a água quente caindo em minha coluna, me fazendo relaxar pela primeira vez naquele dia.

Ao sair do banheiro corri para trocar de roupa, colocando um short jeans qualquer e uma camiseta de pijama. Tocavam a campainha como nunca tocaram antes. Abri a porta e Thea me observava com os braços cruzados. Pronto, agora eu era a próxima. Raios.

– Quando você ia me contar que meu irmão foi lutar com o líder da Liga dos Assassinos? Antes que você se pergunte, ouvi meu pai conversando pelo telefone, falando com alguém sobre o assunto. – Ela despejava enquanto entrava na minha casa. ‘‘Claro, pode entrar, sinta-se a vontade’’. – É um pedido de morte Felicity. Por que ele o fez?

– Para te proteger e proteger a todos da cidade – Soltou John enquanto entrava com Lyla ao seu lado e a pequena Sarah no colo da mulher.

– Não entendi, ele não deveria. Ele não é o vigilante. – Soltou Thea bufando logo em seguida.

– Tem algo que você deve saber Thea, e te contarei porque estou cansado de você falando que seu irmão é mentiroso e nunca faz nada para te proteger. Ou proteger aqueles que ele ama. – John falou e eu congelei o olhando. – Seu irmão era sim o vigilante. Ra’s Al Ghul ficou furioso quando mataram o amor de sua filha, então pediu para que Oliver entregasse o culpado. Se não... Cinquenta pessoas inocentes morreriam. Ele descobriu quem era o assassino... Porém não poderia entregá-lo.

Ele soltou e eu não conseguia mais respirar. Que diabos ele estava fazendo? Meu celular vibrou em cima da bancada da cozinha e eu fui o que era. Era uma mensagem dele. Uma mensagem de Oliver.

Eu pedi para ele contar, tudo. Ela pediu para que eu não mentisse mais, para que eu fosse sincero. Ela está tramando algo com Malcom e eu me sinto sem mais armas para lutar contra isso.

Obrigado por esperar.

Oliver.

Suspirei ao bloquear o celular de novo e a prestar atenção na conversa deles. Thea havia acabado de perguntar que se Ollie sabia quem era o culpado, por que não o entregou?

– Você era a culpada Thea. – Eu soltei, ignorando o olhar de um Roy sem saber o que falar. – Você por influencia de uma erva que seu pai te deu. Você veio para Starling City com ele e você, com um arco, acertou as flechas em Sarah. Seu irmão nunca iria te entregar. E se entregasse seu pai, o vídeo seria passado para a Liga e você seria cassada por eles.

‘‘Você pode não entender os motivos do seu irmão ter feito tudo o que fez, mas ele realmente passou pelo inferno. Não só na ilha, nossa cidade é perigosa e seu irmão tentava ajudá-la. Salva-la. Porém quando te viu em perigo a primeira coisa que ele fez... Foi lutar por você. Então não entre na minha casa querendo respostas. Sendo que foi pelo amor que ele sente por você, por você ser sangue do sangue dele, que ele fez o que tinha que fazer.’’

Thea respirou fundo e olhou para John e para Roy. Roy concordou com a cabeça e a Queen menor correu para seus braços, chorando. John suspirou e se sentou no sofá, ainda olhando para mim, como se estivesse preocupado.

Soltei e me sentei no sofá. Não era culpa de Thea, não era culpa de Laurel, não era culpa da Liga... Oliver sabia o que tinha que ser feito e o fez. Um herói dá a sua vida para salvas os outros e Oliver Queen era isso. Ele era um herói. E ela precisava saber disso.

– A culpa não foi sua Thea. Ou de qualquer outra pessoa. Seu irmão é um herói, e heróis dão suas vidas por outras pessoas. – Ela me olhou e assentiu com a cabeça se desculpando.

Pedimos para que ela ficasse e jantasse conosco. John fez o pedido da pizza, enquanto Roy convencia Thea a dormir no meu apartamento, onde ele dormiria também. Só para que ela pudesse ingerir tudo.

Após a família Diggle ir embora eu suspirei, vi os mais novos irem dormir. Não sem antes Roy beijar o topo da minha cabeça e me desejar boa noite. Ele havia se tornado meu irmão, algo que podia me apoiar e eu havia me tornado a mesma coisa para ele.

Deitei em minha cama e respirei fundo. Era hora de voltarmos a ativa, do vigilante voltar. Os casos de criminosos com novas drogas estavam aumentando e tínhamos que fazer alguma coisa. Pelo menos, era algo que poderia ocupar minha cabeça.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "And the second thing?" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.