Projeto 17! escrita por Bea Alves


Capítulo 1
Vamos lá 17...




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Passei muito tempo da minha vida tentando descobrir o que eu realmente sou... Talvez isso seja comum entre os adolescentes de 16 anos... Talvez eu realmente não saiba me expressar. Quer dizer eu não sou nenhuma nerdizinha que não tem amigos. Sou apenas a estranha Rafaela, que de algum modo fez grandes amizades ao longo de sua vida...

E agora no meu aniversário de 17 anos percebi que fiz muitos esforços e não sei se eles valeram a pena...

Rafaela Murphy... Baixa magra e desengonçada... É... Que delicinha não?

Nunca fui dessas pessoas que se importam com a beleza, a não ser quando fiz 13 anos, todas as garotas com maquiagens exageradas e bustos enormes, a maioria propositais... E os garotos, sempre mostrando que eles realmente são uns idiotas! Sempre falando sobre bundas e peitos, e as garotas se achando rainhas e poderosas por receber esse tipo de comentário grosseiro.

O que 13 anos fazem com a gente? Me expliquem?!

Eu ficava louca no meio disso tudo, eu estava desesperada para me encaixar e poder ter grandes amizades como em filmes da Disney. Eu realmente fiz muita besteira tentando me achar em meio a multidão, mas ninguém se encaixava aos meus “valores”, e eu nem sabia quais eram os meus valores!

Todas as garotas fúteis demais, e eu ainda era infantil e acreditava que amizades com garotos deveriam ser mantidas longe! Claro isso quando tinha 13 anos...

De alguma maneira eu achei amigas que me favorecessem, Bibiana e Carolina, ou Bibi e Carol... Percebo agora com 17 anos que até os nomes delas eram nojentos! Então de certa forma elas não me favoreceram?!

Bibiana era gordinha e tinha as bochechas rosadas, tinha cabelos curtos e ondulados de uma cor cobre, ela era a típica filhinha de papai e mamãe, nunca podia fazer nada, nunca podia sair com os amigos... Palavrão?! Haha, falar “filha da mãe” já era horrível pra ela! E agora percebo como Bibiana era nojentinha.

Já Carolina era magricela como eu e a garota mais alta da turma, sabe aquela que sempre fica no final da fila não importa o ano em que esteja? Ela era meio bronca, os cabelos negros sempre presos em um coque e tinha um ciúmes enorme de Bibiana, a protegia com unha e dentes e se eu fizesse alguma brincadeirinha as duas me fuzilavam!

Eu tinha amigos melhores com 13 anos? Até tinha amigos desde o jardim de infância, José e Otávia... Eles sempre estiveram lá. Mas com a fase de peitos e bundas eles escolheram se bandiar e ficar igual àquelas pessoas...

Como os meus 13 anos foram infernais ao lado de Bibiana e Carolina! Um dia me virei para elas e simplesmente disse tuuuudo que eu pensava, sabe no que deu?

Rafaela a estranha que comia na porta do banheiro...

E eu era a estranha que vestia calças jeans e blusas com ícones pop... É... Aquela foi a minha fase do pop... Todas aquelas musicas americanas falando de corações partidos, brigas, vadias... É...

Lembro bem da fase do banheiro, e agora aqui refletindo sobre a vida enquanto faço 17 anos vejo que tem algumas coisas estranhas ainda... Como exemplo, a minha adorável família.

Minha família é complicada, meus pais são divorciados, mas também não são... Quer saber o porquê? Minha mãe ta grávida do meu pai...Loucura não? Você saber que seus pais divorciados se comem...

Voltando ao foco, que sou eu, apenas mais uma Rafaela problemática no mundo, eu estava antes nos meus 13 anos certo? Tenho duvida se os 15 foram piores...

Por que a merda do amor apareceu pra mim. De novo...

Fernando Golias Junior, esse era o meu amorzinho dos olhos castanhos!

Não sabia que isso podia foder tanto alguém, amor nunca foi uma dádiva na minha vida, eu sempre me fodi em relação a ele...

10, 12,15 e talvez 17... Idades que o mais temido dos sentimentos passou pela minha vida! Que bonito, esses deveriam ser meus números da sorte. Não por eles terem me dado sorte, muito pelo contrário meu jovem...

Com 15 anos conheci Fernando... Pense você é um belo rapaz de 15 anos e religioso demais, sempre indo à igreja e quase entrando para a irmandade dos que transam depois do casamento. Agora você tem como opção ser santo até casar ou ficar com uma garota de cabelos negros, franja quase tampando o olho, pele pálida e timidez transparente.

Aposto que não comer ninguém até os trinta é o melhor a se fazer!

Pois bem já viram que o dilema do meu cupido é me ferrar, e não foi a primeira vez não! Teve a primeira paixão... Aquela que estraga todos os seus sonhos de amar alguém de novo, a não ser que você seja um protagonista de um romance adolescente que se apaixona pela primeira vez, e tem a puta sorte do mundo de ser correspondido.

É meus amigos, ser correspondido não é fácil, e pode falar que esses dilemas você entende bem, e é claro, um gênio inventou uma palavra para esse sentimento, “friendzone”, o fantástico mundo da “friendzone”.

Tomara que quem inventou essa maldita palavra nunca tenha amor correspondido!

É isso mesmo Rafaela Murphy levou friendzone logo na primeira paixão! Que gratificante não? É minha primeira vez no amor foi com os meus 10 anos... Pois bem, e eu tinha escolhido o garoto de dez anos mais chato do mundo, como dizem, o amor é cego, hoje eu levo com gloria essa friendzone.

E deduza que todas as outras idades foram friendzone! Só não chegue nos 17 anos, esses ai você tem um lugarzinho na plateia para ver o desastre de perto!

Amizade, amor, família... Tudo ai? Ah, é claro! Estudos...

Bom como eu disse no começo eu realmente não sou mais uma protagonista nerdzinha tímida que se apaixona, nem sei se amor se encaixa muito bem no que vai ser contado aqui... Mas enfim.

Eu realmente não sou a gênia da escola, eu sou uma das que tira cinco... Seis... Um sete ou oito significa glória! A escola sempre é esquecida, aposto que se você não for nerd absoluto, sempre coloca amizade e amor na frente dos estudos. Não vou reclamar, eu sou outra...

Nem tenho muito o que dizer, só sei que se você me achou sexy e legal continue lendo, e se me achou chata e comum entre garotas de 17 anos, continue lendo... Vou fazer um experimento ao longo da minha vida a partir de agora! E vocês vão ver a minha vida agir e despencar, se levantar e sorrir dançando algum gênero de musica fazendo sucesso entre os adolescentes...

A vida é assim, e quem é Rafaela Murphy para julga-la?

-Pronta querida? –Perguntava minha mãe me tirando dos meus devaneios sobre a vida.

-Assopra a velinha vai! –Disse meu pai com a câmera.

-Aqui vou eu 17...

Aqui vamos eu e o desastre...


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Notas finais do capítulo

Oeee, espero que tenham gostado ;) Sou toda ouvidos a criticas e sugestões. Até a próxima o/



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