Bon Appetite escrita por Tom


Capítulo 6
Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

Quero que me desculpem pelo último capítulo, foi muito longo, devem ter se cansado de ler...
Galera, bom...É o seguinte, fiquei muito feliz com os últimos comentários e ainda por cima, duas recomendações, galera, muito feliz mesmo, muito obrigada, vocês não sabem o quanto me deixaram felizes



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Depois de um tempo, na mesa de jantar, meu pai tomou a palavra.

– Vai ter um baile militar no sábado.

Meu irmão me olhou e silabou algo que não entendi.

– Baile militar? Ai meu Deus! Que horas?

Marcela perguntou.

– Calma Marcela, apaga o fogo, não vai pegar nenhum filho de Almirante dessa vez.

– É verdade Marcela. – Meu pai continuou – Só terão pessoas do exército, provavelmente levarão seus filhos, mas se comportem, hã?

– Sim papai.

Marcela respondeu.

– Pai, ham...Aquele tal de Souza, vai estar lá?

Cauã perguntou.

– O General de Brigada?

– Sim, sim.

– É aniversário dele.

Meu irmão sorriu, mas não um sorriso bobo, sim um sorriso cheio de malicia.

– Então a família dele estará lá?

– Creio que sim, afinal é aniversário dele, seria estranho se não estivessem, por que?

– Está se aproximando de Agatha, meu filho?

Minha mãe o perguntou.

–Pff, se aproximando...

Ri. Meu irmão me fitou.

– Sabe de algo que não sabemos, Caio?

– Não Marcela, nada.

– Sabe sim. Mãe! Manda ele contar!

– Para Marcela, eu não sei.

– Mãe! Olha só! Ta na cara!

Meu irmão estava bravo, dava para ver, eu não o queria nervoso, ainda por cima quando era ele que me levaria para a festa da Amanda.

– Cauã, quer falar antes do seu irmão?

Meu pai perguntou.

– Não pai.

Me olhou com desprezo.

– Sabe que ele vai contar tudo, certo?

– Sim, certo.

Papai me olhou.

– Agora você , Caio, desembucha.

Eu tentei pensar numa solução rápida para o problema, meu irmão iria perder todo o respeito de meu pai se ele soubesse o que estava acontecendo. Meu irmão não poderia nem estar conversando a sós com a filha do Souza sem sua autorização, e se o Souza souber de tudo isso, pode acabar pegando no pé do meu pai, e rola muita treta quando um militar não é bem vindo pelo seu superior.

– Bom pai, isso vai soar meio vergonhoso, pois era um segredo entre irmãos e...

– Fala logo.

– Bom é que... A Agatha joga no time de vôlei, sabe? Todas as quartas tem jogo, então...Eu e meu irmão fomos na semana passada assistir, mas isso foi antes de Bruna e...Ontem á noite nós dois estávamos conversando e...Sabe, ela é muito gost...

– Ta, chega né amor? Cauã, o Júnior está apaixonado pela filha do General...Fim da história, não quero mais ouvir.

Minha mãe disse ao meu pai. Para não confundi-los...Cauã é o nome de meu pai, Cauã Júnior é meu irmão.

Meu pai riu.

– Ok. Certo.

Olhei para meu irmão, que brincou com a língua dentro da boca e sorriu para mim. Depois passou uma de suas mãos no meu cabelo.

– Vai começar as nove horas, todos com trajes sociais, quero vocês prontos nove e meia, quem não estiver no sofá nove e meia fica em casa, entendidos?

Ninguém disse nada, isso significava que sim.

– Bom pai, tenho aula amanhã, se não se importam, vou me retirar.

– Boa noite.

Meu pai disse.

–Boa noite Marcela, boa noite mãe.

– Boa noite.

– Boa!

– Te vejo no quarto Cauã.

– Ok.

Fui para o banheiro e tomei meu banho, depois fui para o quarto, segui minha rotina de arrumar a roupa e o material para o dia seguinte, então me deitei.

Muitos minutos depois meu irmão chegou no quarto.

– Ei garoto!

Desligou a luz e se deitou.

– Ei jovem adulto!

Rimos.

– E aí?

– Nada...E aí?

– Valeu pela ajuda cara.

– Irmão é para isso.

– Bom, eu nem sei o que dizer, mas...

– Só promete que no dia do baile vai pedir permissão para conversar com ela.

– Você é mais chato que o papai as vezes.

– Cauã, se quiser mais alguma coisa com ela...Qualquer coisa, vai ter que fazer isso, no sábado.

– Eu vou, tá? Relaxa aí.

No dia seguinte acordei no horário, segui a rotina, depois foi só eu esperar minha irmã e depois a van.

Direto para o meu lugar, ao lado de Romano. Ele estava dormindo, resolvi não incomodar.

– Bom dia Milena.

– Bom dia.

Sorriu, coloquei meus fones e esperei até chegar na escola. As primeiras aulas eram de artes cênicas, mas como ainda faltavam alguns minutos até a aula, coloquei minhas coisas em meu lugar e fui para o corredor encontrar meus amigos, contei da noite de ontem, de Amanda, da conversa com ela, da filha do Coronel, tentei contar tudo. Depois Jô contou de seus momentos olhando o perfil de meu irmão, xingou um pouco a Agatha e depois contou sobre como é chato segurar vela para Juba e para Rafael.

Só deu tempo de falar isso, meu dia foi seguido por duas aulas de Artes Cênicas, uma de matemática e depois uma de inglês. Daí o intervalo, não é de meu costume comer na hora do intervalo então fomos direto para o cantinho.

Hoje eu não sei bem porque, mas não queria ficar ouvindo a Juba falando sobre alguma coisa maravilhosa que aconteceu no dia anterior.

Me encostei na grade e fiquei olhando o pessoal das outras séries. Na parte da manhã, a menor série é o oitavo ano, era engraçado ouvir eles falando besteira sobre tudo, quase não fizeram nada, mas querem ser adultos, só sabem falar de namoro e de sexo e de serem adultos, a mesma coisa sobre o nono, mas acontece que eles são mais amplos, eles mudam o assunto as vezes, muda para...”Você viu o esparro da fulaninha?”.

– Ei cara, o que você está olhando?

– Tô ouvido a conversa dessas duas meninas ali do lado, mas disfarça, olha pra árvore.

Ele riu.

– As do nono?

– É.

– O que estão dizendo?

– Estão falando sobre o ruivinho do terceiro olhando pra árvore.

Ele riu.

– Falando bem?

– “Eu fazia um estrago” é uma coisa boa?

Ele gargalhou e olhou para elas.

– Ei meninas!

Elas o olharam.

– Sabiam que o ruivinho que vocês estão falando ta ouvindo vocês falando sobre fazer um estrago com ele?!

Elas se olharam e saíram correndo, Romano havia gritado, todos ao redor da cantina tinham conseguido ouvir, todo mundo riu, não escapou de ninguém.

– Você não sabe disfarçar, né?

– Desconheço essa palavra.

Rimos e fizemos o nosso toque, o toque que fizemos no dia do jogo de futsal do oitavo ano, ah que dia incrível, vencemos.

Logo depois disso o sinal tocou. Em direção para a sala fui ouvindo as pessoas falando comigo, os comentários do terceiro ano.

– E aí ruivinho? Deixa a mina fazer um exxxxtrago contigo!

– Claro que deixo!

Ri, respondendo á uma das brincadeiras direcionadas a mim.

– Fama dos cinco dias.

Não é por cinco minutos, não por aqui, nessa escola os boatos e as histórias demoram muito pra rodar, foi assim que a minha irmã ficou popular, ela desmaiou na formatura de colação de grau do nono ano, como foi depois das aulas, o boato durou as férias inteiras e graças aos caras que acharam ela bonita, ela ficou famosa. Acontece que se uma coisa acontece no oitavo ano, leva pelo menos cinco dias para chegar no terceiro ano, além de chegar distorcida, mas e daí? Mais ibope pras pessoas!

Duas aulas de português vieram, trabalho em dupla, olá de novo Romano, depois aula de Educação Física, fomos colocar o agasalho e direto pra quadra do terceiro ano.

Agasalho: Uniforme de educação física, liberado apenas para os dias de Educação Física e para os dias de seca.

Quadra do terceiro: Não é a quadra do terceiro, na verdade é a quadra três, só ganhou esse nome porque na hora do intervalo algumas muitas pessoas do terceiro se enfiam lá e passam quase o dia todo.

Exercícios de luta, nada de mais, só o professor explicando algumas coisas bobas que ninguém queria saber.


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Notas finais do capítulo

Novamente eu quero agradecer, bom restinho de ano minha gente, amo vocês, não sei quando vou postar o próximo capítulo, mas...Vou tentar ser rápida



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