Apocalypse escrita por SuicideFish


Capítulo 7
Matthew




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Acordei com o som de uma porta se fechando. Havia uma luz forte vindo em minha direção, dificultando minha visão a se ajustar normalmente. Assim que consigo foca-la, percebo que não estou mais na cabana; estava numa sala apertada, com as paredes metálicas que davam ao local um ar sombrio. Uma maca estava depositada à minha esquerda, e ao lado havia equipamentos médicos para monitoramento de pacientes. Além disso, uma mesinha estava depositada ao meu lado, com bisturis, seringas e equipamentos para transfusão de sangue. Tento levantar da cadeira em que estava, sem sucesso; minhas mãos estavam presas atrás de meu corpo e meus pés presos às pernas da cadeira. Sentia minha respiração ficar ofegante, porém eu sabia que não podia entrar em pânico.

Ouço um barulho vindo da porta, indicando que alguém estava abrindo-a. Engulo seco ao ver a figura entrar no quarto: era um homem alto, praticamente careca, já nos seus 60 e poucos anos, de olhos frios e escuros. Ele usava um jaleco branco por cima da camisa social e gravata, e tentava inutilmente demonstrar um sorriso amigável.

— Quem diria, Matthew Brunner. — Sua voz era calma e baixa. — Nós procuramos muito por você, garoto. Uma pena que Megan não conseguiu estar entre nós.

O que vocês fizeram com ela? Sentia que minha voz estava ficando fraca, e minha respiração estava acelerada.

O que qualquer um faria pela ciência, meu jovem. Ah, creio que ainda não nos conhecemos formalmente. Ele estendeu a mão. Eu sou o dr. Leda, mas pode me chamar de Kaden. Ele começou a se mover pelo quarto, ficando ao meu lado. Observei-o apanhar uma seringa com um líquido transparente, dando um leve peteleco. Agora, Matthew, você sentirá uma leve dormência nos braços...

Não, não, não! Tento me livrar da cadeira, sem sucesso. De repente, duas mãos apertaram meu braço com força, e percebo que mais dois homens, dessa vez fardados, estavam me segurando. Comecei a sentir uma sensação de queimação se espalhando pelo meu braço.

E tudo ficou escuro.

*

— Matt? Matt, acorda! — Ouvi uma voz ao fundo me chamar, abrindo os olhos rapidamente. Levantei-me do sofá num pulo, sentando no estofado. Só então percebi que estava tremendo e suando.

— Matthew, você tá bem? O que aconteceu? — Era a voz de Tam, sentada ao meu lado. Olhei para o resto da sala, e percebi que Sammy também estava lá, me olhando com pavor.

Também percebi que Megan não estava ali.

— Ahm... Não foi nada, foi só um pesadelo. — Eu sabia que tudo aquilo fora real demais para ser apenas um sonho.

— Você tem certeza de que tá bem, Matt? — Sammy estava chegando cada vez mais perto, com os olhos azuis e grandes me analisando.

— Tenho sim, Sammy. Foi só um sonho ruim, eu estou bem. — Àquela hora, senti que a tremedeira havia passado, porém a sensação de pânico ainda permanecia. — Cadê a Megan?

— Ela saiu faz um tempinho, disse que ia treinar nos fundos. — Disse Tam, enquanto se afastava e subia as escadas. — Ela parecia tensa.

— Tudo bem. — Respondi a garota, tentando me levantar do sofá. Assim que levanto, faço uma careta de dor, reprimindo um grito, pondo a mão sobre meu braço esquerdo; uma sensação de queimação começou a se espalhar por todo o membro, chegando até o ombro. Só então percebo que esse fora o mesmo braço em que o homem havia injetado o líquido transparente no sonho.

— Matt... Você tá me assustando. — Sammy estava com os olhos cheios de lágrimas, agarrando na barra da minha blusa.

— Sammy, não mexa com o garoto. — A fala vinha de alguém com uma voz grossa. Dean. — Vem aqui, preciso falar com você. — Ele estava apoiado na bancada da cozinha, olhando-me com o mesmo olhar sombrio de sempre. — E você, vá atrás da loirinha.

Assenti com a cabeça e segui para a porta dos fundos, saindo para o terreno baldio. Olho para os lados a procura de Megan, sem sucesso.

— Megan? Megan, cadê você? — Elevei meu tom de voz, ainda vasculhando o terreno com o olhar.

— Procurando por mim? — Sinto uma voz calma e sedosa vir à minha orelha, fazendo-me dar um salto para frente. Quando olho para trás, percebo que Megan estava com a pele e as roupas parecidas com a cor da cabana ao fundo. Claro. Ela estava camuflada.

— Porra, Megan! — Ela gargalhava alto, com a mão sobre a barriga. — Isso não foi legal.

Ela demorou mais alguns segundos até recuperar a respiração, elevando uma sobrancelha enquanto me olhava. — Admita. Eu sou ótima nisso.

— Você não presta, isso sim. — Cruzei os braços, moldando um biquinho leve. Sabia que parecia uma criança, mas não ligava.

— Onw, o bebê vai chorar agora? Tadinho. — Megan havia moldado um biquinho, pondo as mãos nas coxas. — Vai me dedurar pro Dean, é?

— Dedurar o que para o Dean? — Dessa vez, eu e Megan pulamos de susto, virando rapidamente para encarar Dean.

— Nada, Dean. Megan só estava treinando.

— Treinando. Entendo. — Percebi que ele estava tentando não rir da nossa cara. — Vim aqui para informar os dois da sua próxima missão. Há um mercado abandonado a poucos quilômetros de distância. Vocês levarão Sammy e Tam junto. Estejam preparados, os quarto partem em meia hora. — Ele estava prestes a entrar na cabana quando virou-se novamente. — Ah. E se algo acontecer com a Sammy, os dois estarão mortos antes mesmo que chegarem aqui. Estamos entendidos?

Megan assentiu com a cabeça, mas não sabia dizer se seu olhar era de pânico ou animação. Fiquei com a opção da animação. Virei-me para ela, tentando demonstrar o sorriso mais confiante que conseguia.

— Então... Pronta pra sua primeira missão?

*

Saímos assim que o sol começou a se pôr. Sabia que as coisas ficavam mais perigosas à noite, mas Dean insistiu que fôssemos durante esse período, por “questões de precaução caso fôssemos pegos ou se os seguissem até aqui”.

Sammy havia se despedido do irmão, mas achei estranho o modo como ele havia se despedido dela. Parecia que seu olhar era de... tristeza, de certa forma. Ele a abraçava com ternura, e esboçou um sorriso quando Sammy passou a mão por seu cabelo ralo.

Saí da minha linha de pensamento assim que senti uma mão em meu ombro. Olhei para trás e percebi que era Megan. — Vamos então? — Ela apertou meu ombro levemente, se afastando do grupo para avisar Sammy que estávamos partindo. A garotinha deu um último abraço em Dean e pegou na mão de Megan, puxando-a para frente.

— Vamos logo! — Era a voz de Tam, que estava saltitando na frente de todos. — Quanto mais rápido chegarmos, mais rápido vamos comer. — Ela virou para trás, continuando a andar, dessa vez de costas.

— Desse jeito, Tam, você vai cair. — Alertei. Tam fez uma careta, pondo a língua para fora.

— Não seja idiota, claro que eu não vou... AH! — Ela soltou um grito agudo, caindo de costas na grama. Não pude deixar de rir, e logo Megan e Sammy me acompanharam. Me aproximei de Tam, tentando controlar o riso, sem sucesso.

— V-você tá bem? — Estendi minha mão para ela, que deu um tapa em minha palma como resposta. No fundo, sabia que ela também queria dar risada.

Ouvi alguém limpar a garganta atrás de mim, e quando virei avistei Megan tentando manter uma expressão séria, com os braços cruzados.

— Então, vamos para que direção?

— Noroeste. — Respondi, enquanto tomava a dianteira. Havíamos combinado uma formação para isso: Eu na frente, com Megan à minha diagonal, deixando Sammy entre nós. Tam estava à minha outra diagonal, perto de Sammy.

— Sabe quanto tempo vai demorar? — Perguntou Megan, enquanto arrumava a mochila com os suprimentos caso algo acontecesse.

— Segundo as ordens de Dean, talvez uma meia hora de caminhada.

Meia hora? — De repente, Sammy havia parado, batendo com o pé no chão. — Eu não vou caminhar meia hora só pra achar um mercado vazio e cheio de mofo.

Me senti obrigado a dar meia volta, suspirando. Sammy não era uma garota fácil. Agachei-me até ficar na altura da garota, e percebi que Megan fez o mesmo.

— Ei, Sammy, quando chegarmos lá, vai ser ótimo. Vamos poder pegar o que quisermos, e então voltamos para a cabana, chamamos o Dean, e damos o fora daqui para um lugar melhor. Ok? — Olhei para Megan enquanto ela falava, e não pude deixar de sorrir; ela realmente tinha jeito com crianças.

Aproveitei a conversa e tentei dar uma força. — Você vai finalmente ter aquele kit de colorir que você quer tanto. E vai ter folhas novas para pintar! — Segurei levemente nos ombros dela, chacoalhando-a lentamente para os lados. Aos poucos, ela foi moldando um sorriso. — E eu te deixo ir na minha garupa.

Nesse momento, seus olhos brilharam. — Isso! — Ela se agarrou em meu pescoço, me apertando com força. Enlacei meus braços em suas costas, abraçando-a também.

— Ok, vamos. — Esperei ela sair de meu pescoço, virando para ficar de costas para ela. Assim que Sammy pôs as pernas entre meu tórax, levantei-me do chão, assegurando que suas pernas estavam presas ao meu corpo.

— Vocês vão ficar parados aí? — Tam gritou, já a uns metros de distância. — Vamos logo! Não temos a noite toda.

— O que me diz, Sammy? Quer acelerar o passo? — Sorri levemente para ela, enquanto começava a trotar pela grama. Ri levemente ao ouvir as gargalhadas de Sammy. Depois de tanto tempo vivendo dessa maneira, achei que nunca mais iria me sentir... leve.

Eu podia me acostumar com essa sensação.

*

Após cerca de 50 minutos de caminhada, chegamos à uma cidadezinha fantasma. Não havia barulho algum a não ser de nossos passos e do vento fresco da noite.

— Acho melhor nos separarmos um pouco, para vermos se é completamente segundo. — Falou Tam.

— Sem chance. Não vamos sair da formação, entenderam? Se algo acontecer, não podemos estar sozinhos. — Suspirei. Àquela hora, já havia perdido as esperanças de achar qualquer tipo de mercado.

— Ahm... gente? — Era a voz de Megan, que estava umas duas ruas à frente. — Acho que nosso mercado está aqui.

Corremos até o encontro de Megan, analisando o estabelecimento. O mercado era maior do que eu esperava, e estava com o cadeado que trancava as portas arrebentado.

— Certeza de que isso está vazio? — Sammy perguntou, agarrando com força em minha blusa.

— Vamos descobrir agora. — Disse Megan, empurrando as portas com força. — Escutem. Matthew, você vai iluminar o caminho para elas. Tam, conjure um tigre para proteger vocês de qualquer ameaça maior. Eu vou me camuflar e rondar os cantos do mercado, me certificar de que não há nenhum monstro ou pessoa dentro. Fiquem aqui fora. Assim que tudo estiver limpo, levaremos a Sammy até a caixa de eletricidade daqui, que deve estar em algum canto, assim teremos eletricidade. Ok?

Assenti com a cabeça, mordendo o lábio. Tam estava num canto, com os olhos fechados, conjurando dois tigres negros ao mesmo tempo. Quando virei para o lado, Megan havia sumido.

Após algum tempo, vi um vulto aparecer na porta do mercado. Suspirei aliviado quando vi que o vulto era Megan, correndo para abraça-la.

— Achei que tinha acontecido alguma coisa lá dentro. — Disse enquanto a envolvia em meu corpo.

— Ei, eu sei me cuidar. Está tudo bem. Não vi ninguém no mercado, tudo está vazio. — Nos separamos do abraço, e notei que seu olhar estava distante.

— O que... aconteceu alguma coisa, Megg? — Pareci mais preocupado do que queria soar, mas ela balançou a cabeça negativamente.

— Vamos entrar, eu te explico enquanto pegamos os suprimentos. — Ela me guiou com a mão até a porta, enquanto eu fazia com que minha mão brilhasse o suficiente para iluminar boa parte de nosso caminho.

Assim que entramos, fomos direto para a sessão de alimentos. Tam estava com Sammy no corredor de brinquedos, que ficava na frente da sessão das comidas. O tigre que ela havia conjurado estava ao seu lado, olhando para os lados com atenção.

— Então... o que você tem a me dizer? — Perguntei para Megan, enquanto ela verificava a data de validade de alguns alimentos.

Ela suspirou, e notei que seus ombros estavam tensos. Ela parou por um momento, finalmente olhando para mim.

— Ontem à noite, eu acordei depois da nossa... luta. — Ela olhou para baixo. — E ouvi Dean falando no quarto ao lado. Eu me camuflei e fui até lá e eu... Ouvi ele falando com alguém chamado Leda.

Leda. Senti meu corpo todo tremer ao ouvir o nome, e imagens vívidas começaram a aparecer em minha mente: eu preso à cadeira, os equipamentos, ele pondo a agulha em meu braço. As mesmas imagens do sonho. Balancei a cabeça, e senti a mão de Megan em meu ombro.

— Ei, tudo bem? — Seu olhar era de preocupação. — O que aconteceu?

— Ahm... nada. Eu falo disso quando voltarmos. — Desviei o olhar para Sammy, e percebi que havia uma fresta com a luz da noite saindo ao seu lado; olhei para cima, e notei que uma parte do teto estava cedendo. Decidi dar de ombros, e voltei a olhar para Megan. — Você ia dizendo?

— Ahm... sim. Então, ele falou uma coisa que eu achei estranho. Ele disse que eu não conseguia nem lembrar de mim mesma, quando mais do meu...

E então, ouvi um grito vindo do corredor; olhei para frente, e vi que o teto havia desabado. Corri até o encontro de Tam, que estava paralisada a centímetros dos escombros.

— O que aconteceu? — Perguntei, desesperado. — SAMMY! Você consegue me ouvir?

— Eu tô aqui! Ugh. — Ao ouvir a voz da garota, senti como se um peso tivesse sido tirado de meu peito.

— Nós vamos te tirar daí, entendeu? Você sente alguma dor? — Megan perguntou.

— Meu pulso dói, mas levem seu tempo. Não é como se eu fosse apodrecer aqui, não é? — Revirei os olhos ao sentir o tom sarcástico em sua voz. Precisava de um jeito para tirar Sammy dos escombros, e me transformar não era uma das opções.

— Ahm... Pessoal? — Tam disse, e me virei para trás. — Megan, você tem certeza de que vasculhou isso certo?

— Claro, por que não... — Assim que ela virou, notei que ela estava paralisada.

— Eu não sei vocês, mas eu conheço um vulto negro quando eu vejo um. — A voz de Tam estava mais fina do que antes. Realmente, havia um vulto no fim do corredor.

E ele estava vindo cada vez mais perto.

— Gente? Vocês estão ai? — Sammy perguntou.

— S-sim, Sammy. — Respondi a garota, tentando manter a voz firme. — Aguenta firme aí, pequena, nós vamos te... MEGAN, CUIDADO!

Quando Megan virou-se para mim, o vulto a envolveu em algo parecido com fumaça. Sem hesitar, fechei o punho, criando uma esfera de luz do tamanho de uma bola de boliche, lançando contra o vulto. Como efeito, o corpo foi para trás, e pude perceber que não era um corpo qualquer que estava envolvendo Megan, que agora estava parada, com os joelhos no chão. Era um fantasma.

— Quem é você? — Perguntei, pronto para formar outra esfera. — O que você fez com ela?

O corpo não parecia responder, e sua cara estava levemente desfigurada. Rapidamente, o vulto começou a se locomover pelo corredor, ficando do outro lado dos escombros. Após alguns segundos, o material que estava em cima de Sammy começou a se mover, sendo completamente erguido e posto para a outra parte do corredor em pouco tempo. Do outro lado do corredor, pude ver que a tal pessoa estava com o braço erguido, envolvendo os escombros com uma aura quase transparente.

Corri até o encontro de Sammy, pegando-a no colo. — Ei, olha pra mim, tá tudo bem? — Ela assentiu com a cabeça, se aconchegando em meu peito.

Vi que agora Megan estava de pé, olhando para o corpo como se não estivesse acreditando no que estava vendo. Aos poucos, o fantasma começou a tomar uma forma mais concreta, e seu rosto não estava mais desfigurado. Senti meu coração parar por meio segundo ao ver o rosto; os olhos verdes, a pele clara, o cabelo moreno longo e ondulado, a mesma expressão calma de sempre. Não podia ser. Ela estava morta. Não tinha como ser.

Ouvi passos vindos do fim do corredor, e notei que Megan também havia paralisado por um tempo assim que a segunda pessoa parou ao lado do fantasma.

— Ei, eu ouvi gritos, o que aconte... — Ela parou assim que olhou para mim e para Megan. Percebi que Tam estava com a mão no meu ombro, pedindo para que me entregasse Sammy, que estava dormindo. Obedeci ao pedido, ainda em choque. — Puta merda. — Foi tudo o que a segunda garota conseguiu dizer.

Consegui recuperar os sentidos quando senti um par de braços me envolvendo, e julguei que eram os do fantasma. Algo naquele abraço me fazia sentir tão... leve. Quando ela separou-se do abraço, percebi que o sorriso que estava em seu rosto começou a desaparecer à medida que ela analisava minha expressão de pura confusão.

— Você... Não se lembra de mim, né? — Sua voz estava fraca, como se ela estivesse a ponto de chorar.

— Você... Você morreu! — Comecei a gesticular rapidamente com as mãos, olhando-a de cima a baixo. — Eu vi, seu rosto estava destruído, e você... Você estava morta! — Ela começou a rir, com o rosto cheio de lágrimas.

— N-não, Matt. Eu não morri, te juro. Eu estou aqui. Ainda sou sua... — Ela respirou fundo, olhando em meus olhos. — Ainda sou sua Dianna.


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Notas finais do capítulo

TCHARAM! Se lembram da Dianna? É, então.

Comecei a me motivar mais para escrever a história, então podem contar com uns bons capítulos vindo por ai na próxima semana!



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