Esparros escrita por Emme


Capítulo 8
Capítulo 8- Malu


Notas iniciais do capítulo

Malu é doce e engraçada. E mesmo que possua um coração quente e preocupado com os amigos, ela é "rápida no gatilho" quando o assunto é revidar um comentário. Preparam-se para se deliciar com o olhar atento da oitava integrante dos Esparros.



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Quando Malu abriu o guarda-roupa, a blusa de tecido fino com estampa repleta de pequenos cachorrinhos quase gritou para ser usada. Era o aniversário de Helena e, consequentemente, seu grupinho de amigos completavam oficialmente um ano juntos. Assim, Helena havia decidido fazer um churrasco na pousada de sua avó, nos arredores de Belo Horizonte, e para isso, todos que iam optaram por contratar um pequeno ônibus para levá-los até o local da festa.

Pegou o pequeno batom vermelho “lady” que havia comprado como presente para Helena e foi para o ponto de encontro. Um acessório tão feminino para a amiga que menos se importava seria ,definitivamente, algo bem divertido de se dar. Quando chegou, a grande maioria das pessoas já estavam presentes, ansiosas para embarcar e apreciar um dia de sol, comida e diversão. Malu foi rapidamente cumprimentada por Vic e Sam, ambos indies com roupas de estampa alternativas. Pós alguns elogios sobre a blusa de cachorrinhos, Malu notou que o único que faltava era Nick. Ele iria aproveitar que tinha um recesso em sua escola paulista e viajaria até Minas Gerais para ver os amigos.

Até que todos os amigos estivessem no ônibus, partissem e chegassem ao destino, quase duas horas haviam se passado. A pousada da avó de Helena era grande e espaçosa. Uma quadra de futebol de gramado verde vívido podia ser vista ao lado da piscina quadrangular e azul. Ao fundo, alguns familiares da aniversariante já estavam acomodados nas várias mesas distribuídas ao longo da área da churrasqueira.

Pedro se lançou nos braços de Helena, seguido pelos demais, até que todos haviam formado um grande amontoado de carinho e calor humano. Não demorou muito até que, depois de entregar os presentes e os desejos de felicidades, todos subissem para jogar futebol. Até Vic havia trocado as calças brancas skinny por uma bermuda azul escuro para participar do jogo.

No quesito jogador, Malu tinha lá as suas complicações. Não era muito boa com futebol, mas estava ciente de que isso pouco importava na brincadeira com os amigos. Ela se satisfazia em ficar perto do gol do adversário para apenas tentar chutar a bola quando ela estivesse perto.

Naquela tarde, todos comeram, pularam, riram... Mal perceberam quando anoiteceu. Tão afastado do centro urbano, o céu da pousada era maravilhoso. As estrelas brilhavam com todo o seu ardor, como se cada uma disputasse os holofotes da noite escura. E foi com essa imagem repleta de contrastes acima de suas cabeças, que os amigos se deitaram na grama. A cabeça de Malu na barriga de Vic, a dele na de Hugo, e por sua vez, Hugo perto de Sam e Diego... Todos em sequência, escorado ou ao lado do outro.

Na medida em que o vento frio ganhava mais força, Malu queria sua coberta peluda ali. Mesmo assim, sentia que seu coração podia mergulhar em um mar de gelo que seria capaz de derretê-lo. Todo aquele carinho, união e amizade poderiam reabastecê-la com energia por um longo tempo. Ela também conseguia ouvir, ao fundo, o som de Jack, o violão de Helena. A paixão da amiga pelo seu violão era grande, assim como a de Sam por pugs, de Vic por escrever, de Diego por bacon e anime ou de Olívia, que não pudera ir com eles à festinha, pelo handball. Infelizmente, nada poderia se comparar com o amor que Malu possuía por brigadeiro.

Quando já eram quase oito horas, todos estavam cansados ao extremo. No ônibus, Malu sentou ao lado de Hugo. Por exceção de Maria, a irmã mais nova de Diego, e Pedro, todos já estavam dormindo, ou no mínimo cochilando. Dessa forma, o ombro do amigo ao lado era tentador, e não demorou muito para que, após conversas e sorrisos, Malu dormisse.

Ela acordou quando estavam quase chegando no centro de Belo Horizonte, ainda demoraria um pouco para desembarcarem. Malu não se recordava com o que sonhara durante o percusso, mas sabia que guardaria para sempre a imagem daquele céu azul estrelado que admirou com os amigos anteriormente. E foi pensando nisso que adormeceu novamente.


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