A verdade sobre Johanna Mason escrita por Carol Paris


Capítulo 4
Capítulo 4 - Agora a sorte está a meu favor


Notas iniciais do capítulo

oii amorsinhos e amorsinhas, então capitulo quatro não achei tão bom quanto os outros, mas ele foi necessário. Enfim... sem spoilers. Boa leitura kekeke



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O trem que levava eu e Erick para a Capital era a coisa mais incrível que eu já havia visto em toda a minha vida. O trem é muito rápido, mas eu mal posso sentir ele se movendo. Lá dentro tudo é muito chique, quase todos os móveis são de mogno os tapetes de veludo e também tem lustres de cristal em cada aposento. Cada um de nós tem um quarto para si. O meu quarto nesse trem é maior que a minha casa inteira. Tem uma cama enorme no meio dele, um closet cheio de roupas estranhas da capital e um banheiro gigante.

Neithan me avisa que o banquete é daqui a uma hora e que até lá eu posso ficar em meu quarto, tomar um banho e descansar um pouco. Sei que o descansar dele significa me recompor.

Tiro o vestido rosa claro de minha mãe e o deixo em cima da cama. Não tiro o colar em formato de coração em meu pescoço. Tenho medo de perde-lo e ficar sem nenhuma de casa.

Vou para baixo do chuveiro o que é algo bem estranho já que lá em casa nós só tomamos banho de banheira.

Existe um milhão de botãozinhos que eu não faço ideia para que servem, aperto em um que embaixo tem escrito (Água quente) e em outro que está escrito (fragrância de pinheiros) quando a água caiu pela minha cabeça me senti como uma criança outra vez, lembro-me das inúmeras horas que ficava brincando na chuva com meus irmãos, o cheiro maravilho de pinheiros e terra molhada que subia quando a chuva sessava era uma das minhas coisas preferidas no mundo.

Depois que termino meu banho volto para meu quarto, abro uma das portas do closet, pego um vestido azul de cetim que vai até um pouco acima de meus joelhos e me dão um ar de menininha, e por mais que eu quisesse por uma calça e uma blusa qualquer eu devia continuar representando meu personagem, e não só para as câmeras, mas para toda a minha equipe de preparação.

Estou escovando os cabelos quando ouço uma batida na porta, é Neithan que não espera nem mesmo eu falar que pode entrar para abrir a porta.

– Como está se sentindo queridinha? – perguntou-me ele.

Eu apenas levantei meus ombros e falei “bem” com uma carinha triste.

– Então venha – começou ele a falar me estendendo a mão – a ceia já foi posta estamos só esperando por você.

Eu dei um sorriso tímido para ele e o acompanhei em silencio.

Chegando no vagão onde havia uma mesa enorme, eu me sentei no único lugar vago, ao lado de Erick. Na frente dele estava Blight, em uma ponta da mesa estava Neithan e na minha frente ao lado de Blight estava Chady. A outra ponta da mesa não tinha cadeira alguma para que alguém se sentasse lá.

A mesa estava cheia de coisas maravilhas que eu nem mesmo tinha visto em toda a minha vida. Mas o que mais me chamou a atenção foi uma torta de frango que estava bem na minha frente então eu sabia que eu podia encenar mais um pouco naquele momento.

– Isso é torta de frango? – pergunto a chady que será meu mentor, ele que irá cuidar de mim até o momento em que eu entrar na arena e quando eu estiver lá dentro ele é que será o responsável por tentar conseguir patrocinadores caso eu precise de uma ajuda externa.

– É sim – foi Blight que respondeu, ele é o mentor de Erick – e está uma delícia.

Nesse momento meus olhos se enchem de lagrimas e posso ouvir Neithan perguntando o porquê a torta de frango havia me deixado triste.

– Lá em casa, todo ano depois da colheita, eu e meus irmãos ajudamos a mamãe a fazer torta de frango – eu falo com lagrimas escorrendo pelo rosto.

– incrível – Erick debocha de mim – mas agora vamos falar de coisas importantes – e ele começa a falar com seu mentor sobre maneiras de se manter vivo, e sobre suas habilidades e do quanto é forte.

Nesse momento noto que meu adversário caiu direitinho no meu jogo, ele está contando toda a sua tática para mim como se eu nem mesmo soubesse que língua ele está falando. Mas sei exatamente o que tudo aquilo significa.

Não posso evitar dar um sorrisinho ao saber que ele não sabe usar muito bem um machado, mas que é muito bom em briga.

Meu mentor Chady nesse momento consegue ver meu sorriso, e naquele momento entende todo meu plano. Fico com medo que ele posso contar tudo para as pessoas na mesa e que todo o meu esforço vá por água baixo. Mas ele não o faz, invés disso ele começa a me ajudar.

Chady faz mais perguntas a Erick, sobre como ele planeja jogar, se ele pensa a se aliar com alguém, qual a fraqueza dele. E Erick passa achar que Chady está o ajudando. Mas eu sei a verdade. Agora, a sorte está ao meu favor.

Quando eu ouço Erick falando que não teria problema algum em matar uma criança de doze anos e que faria isso todas as vinte e três vezes se isso significasse a vitória dele, ele o faria, eu peço licença da mesa fingindo estar com medo de ficar ao lado dele.

Em meu quarto eu ligo a televisão enorme que fica de frente para a minha cama, e vejo a reprise das outras colheitas, os nomes sendo chamados.

A porta do meu quarto se abre e eu vejo Chady entrando.

– Dando uma olhada em seus adversários? – ele me pergunta.

– É a única coisa que posso fazer – falei ainda no papel da menina frágil.

– Eu aposto que você pode fazer muitas coisas – Chady disse sentando-se ao meu lado – tudo bem, eu estou aqui para te ajudar okay?

Eu apenas fiz que sim com a cabeça e voltei minha atenção para a televisão.

Estava passando a colheita do distrito 1. O garoto tributo do um era enorme, maior até mesmo que Erick, a menina era menor que eu mas tinha pose de durona. Ambos do 2 foram voluntários. Depois apenas alguns me chamaram a atenção. Um menino forte do 5. Uma garota que ria como se estivesse adorando tudo aquilo do 8. E um menino sem uma mão do 11.

Quando o programa acaba Chady me deseja boa noite e pedi para mim descasar que amanhã pela manhã já estaríamos na Capital.

Dormi um sono tranquilo e sem sonhos, não estava mais com o medo que eu estava na colheita, mas precisava encontra-lo novamente para continuar com meu personagem.

Acordei e fui tomar café junto com minha equipe e Erick, fiquei o tempo inteiro em silencio, ouvindo o máximo possível dos planos do idiota ao meu lado. Queria mais que tudo que houvesse um final entre nós dois para que assim eu pudesse mata-lo.

– Estamos chegando – Neithan fala batendo palmas.

Olho pela janela e tudo que eu vejo é uma cidade cheia de prédios e casas enormes, edifícios que parecem alcançar o céu.

– É lindo – fala Erick acenando para as pessoas na rua que gritam euforicamente.

Mas eu não consigo ver nada de lindo, para mim, lindo é a minha floresta, minhas arvores, meus pinheiros, as flores que crescem atrás de casa, o riacho que tem ao lado da floresta, isso sim é lindo.

O trem para e vejo Blight saindo ao lado de Erick. Chady me pega pelas mãos e me pergunta se eu estou pronta, eu apenas aceno a cabeça que sim. Neithan desse na nossa frente e então é a minha vez.

Chady me guia segurando-me pelos ombros, eu estou assustado com todas aquelas pessoas pintadas de maneiras estranhas e com aquelas roupas ridículas. Nesse momento agradeço por ter achado esse vestido azul de cetim que é bem normal perto daquelas coisas estranhas. Esfrego minhas mãos em meus olhos como se eu estivesse chorando e ando de cabeça baixa. As pessoas estão elogiando Erick, mas a mim fazem de conta que eu nem mesmo existo. Está funcionando, digo a mim mesma.


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Notas finais do capítulo

E aiii gente o que acharam? Ta ficando legal? eu devo mudar alguma coisa? podem comentar a vontade eu agradeço, e tbm se estiverem gostando indiquem ela.
Agora que a Johanna chegou na capital as aventuras vão começar de verdade, e ai estão preparados? Alerta de spoiler...


Algo me diz que em breve teremos Johanna dando machadada na cara das inimiga(o) asgaysgyafst beijos e até breve.



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