A verdade sobre Johanna Mason escrita por Carol Paris


Capítulo 3
Capítulo 3 - Os jogos já começara.


Notas iniciais do capítulo

oii dnv amorsinhos, então estão gostando? bom espero que sim. Antes de começarem a ler o capitulo gostaria de dizer que eu estou me esforçando ao maximo para que a fanfic fique parecida com os livros da nossa rainha suzanne, mas que claro o modo como eu escrevo não chega nem aos pés de como ela escreve asihaushu mas mesmo assim espero de coração que estejam gostando. Sem mais delongas... Boa leitura.



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Estou em um outro mundo, um mundo onde as coisas são mais felizes e simples. Estou em um mundo onde não se chama Panem, e nesse mundo eu sou feliz, e nesse mundo eu e todos os outros jovens e as crianças não tem que se preocupar com a colheita, ou com a fome, ou com o trabalho desde cedo.

Mas infelizmente esse mundo não existe, e é então que eu percebo o quão imóvel eu estou, ainda seguro a mão de Gabriela, na verdade eu estou esmagando. Estou tremendo como uma folha de papel solta ao vento, isso não pode ser real.

Mas é real, sei disso porque estão todos olhando para mim. Solto da mão de Gabriela querendo na verdade abraça-la e pedir para que ela me tire daquele lugar onde pessoas se divertem com nossas fraquezas.

“Vamos Johanna está na hora, você tem que subir” digo duramente para mim mesma “Você tem que ser forte garota”.

Sou forte, sou forte até o momento em que vejo minha família. Meu pai olha para mim com lagrimas nos olhos, minha mãe está aos prantos e Max está consolando a pequena Julia que não entende o porquê a sua irmã vai ser levada para longe dela e de sua família. O único que está estável e sendo forte por toda a família é meu irmão mais velho, João. E nesse momento peço a Deus para ser tão forte quanto ele. Subo as escadas do palco e ouço Neithan falando:

– Vamos queridinha, não fique envergonhada. – Eu estava tremendo e não sabia disfarçar – Olha que gracinha você é.

Olho para minha família de novo para encontrar forças e posso ver os lábios de João falando “Tudo bem, eu estou com você”. Em vez de conseguir me recompor começo a chorar, e não consigo parar.

Neithan já está anunciando o nome do tributo masculino e meu choro não cessa. Estou sentindo o peso do mundo inteiro em cima de mim e sei que nesse exato momento toda a Panem deve estar rindo da menina bobinha que está morrendo de medo.

– E o grandíssimo sortudo que irá também representar o distrito sete é... Erick Mills.

Eu nem mesmo conhecia o garoto que seria tributo comigo, tinha visto ele algumas vezes e sabia que ele fabricava móveis de primeira para a capital. Isso quer dizer que ele vinha de uma família rica. Ele era quase duas vezes maior que eu, era bem forte e tinha a cara inexpressiva.

–Senhoras e senhores uma salva de palmas para os tributos do distrito sete – fala Neithan – vamos queridinhos, apertem as mãos.

Ainda com lagrimas nos olhos e soluçando um pouco, viro-me de frente para meu oponente, ele está estendendo sua mão direita para mim e tem um sorriso de zombaria no rosto. Tenho vontade de não cumprimentá-lo, de dar um soco na cara dele assim como eu fazia quando eu era menor e brigava com meus irmãos. Mas não o fiz, se a sorte não estivesse a meu favor eu faria de tudo para que ela viesse para mim. Apertei a mão de Erick e logo os pacificadores nos acompanharam até o edifício da justiça, lá dentro me colocaram em uma sala e me deixaram sozinha.

Depois de alguns minutos a porta da sala onde me encontro se abre e meus pais e a pequena Julia entram. O pacificador atrás deles fala “cinco minutos”. Então sei que agora é a hora da despedida.

A pequena Julia se joga em meus braços e não para de chorar por um minuto.

– Está tudo bem, tudo bem pequenina – eu tento acalma-la, mas começo a chorar junto com ela.

Tudo parece uma maldição, nunca fui de demonstrar sentimentos, sou dessas que sofre em silencio mas hoje, parecia que todas as lagrimas que havia guardado durante anos, resolveram sair.

– Você vai ganhar mana, eu sei que vai – disse a pequena Julia com as mãos em meu rosto – você é forte e inteligente e sempre ganha do max nas nossas brincadeiras de lutinha.

Isso era verdade, mas lá na arena não seria uma brincadeira, lá seria vida real. Mas não falei nada disso para o anjinho na minha frente que não parava de chorar.

– Quer saber – eu comecei – você está certa, eu sou inteligente e rápida e forte, não é mesmo? E sei usar um machado. Eu prometo minha pequena, prometo que farei de tudo para ganhar e voltar pra você.

– Então jura – ela estendeu o dedo mindinho para selar o acordo – jura de dedinho que vai ganhar.

E com o meu mindinho eu selei o nosso trato. Eu faria de tudo para ganhar aqueles jogos.

Meu pai pegou a pequena Julia para que eu pudesse me despedir de minha mãe. Ela falou o quanto me amava e que não importava o que eu fizesse na arena eu sempre seria a filhinha dela.

Mas é claro que importava, talvez não para ela que é minha mãe e sempre iria me amar. Mas para mim. Como eu iria matar 23 jovens? E se eu matasse, como eu faria para viver com aquilo depois? Então começo a me arrepender pelo juramente que fiz a Julia.

Meu pai solta Julia que agora abraça minha mãe, e caminha até mim.

– Você é inteligente Johanna – meu pai falou colocando a mão em meu ombro – conseguiu me enganar dizendo que não colocaria seu nome na colheita em troca de teceres para nós, se você pode me enganar sei que consegue engana-los também.

– Eu vou tentar pai – eu disse a ele.

– Não – ele me falou e eu fiquei um pouco confusa – você não vai tentar querida. Você vai conseguir.

Eu sorri para ele já imaginando a saudade que eu sentiria de casa.

– O tempo acabou – disse um pacificador que abriu a porta da sala.

Nós quatro nos abraçamos e eu senti mais lagrimas em meu rosto.

Sento no sofá que havia na sala tentando me recompor e fracasso. Daqui a pouco vão me levar para embarcar no trem e lá terá um milhão de câmeras e filmando e mostrando o quando eu sou frágil. E então Max e João entram.

Max é o primeiro a me abraçar, ele me diz que eu não preciso me preocupar com papai, mamãe ou Julia e que ambos iriam cuidar deles como sempre fizeram, disse que era para mim me focar nos jogos porque ele sabia que eu tinha chances de ganhar.

– Max eu não tenho chances, você sabe como são os tributos dos distritos um e dois, eles são fortes e ganham quase sempre – digo já imaginando a minha morte.

– Olha pra mim – Max ordenou – quando éramos pequenos você com oito anos já cortava madeira para a capital, quando você tinha dez anos e eu treze você sempre ganhava de mim nas brincadeiras de luta e por pouco quase ganhava de João também.

– É diferente – eu falei.

– Não é diferente – Joao começou a falar enquanto ele segurava uma de minhas mãos – sabe porque você sempre ganhava desse fracote? – João falou olhando para Max.

– Por que você enganava – foi Max quem respondeu segurando a minha outra mão – você era pequeninha e meiga, e sempre me olhava com aqueles olhinhos que me davam dó de você. Então quando eu achava que ia ganhar por você ser tão frágil, você me atacava e acabava comigo – nós três riamos.

– Use isso como uma arma Johanna – disse João – faça-os acreditar no quão doce e frágil você é assim ninguém vai se importar se você está viva ou morta. Não será um alvo importante e então quando todos já acreditaram na sua história, você ataca.

– Nós temos certeza que você vai vencer – max disse e depois me deu um beijo na testa.

– Lembre-se – João disse ao pegar o colar que estava em meu pescoço – Não importa o que aconteça, nós sempre estaremos com você. Ele me abraçou e então o pacificador apareceu levando-os para longe de mim.

Surpreendentemente eu tive mais visitas, primeiro alguém que me surpreendeu. Jered.

Ele entrou por uns dois minutos e disse o quanto sentia muito por isso estar acontecendo comigo e depois falou “Sabe, se não morássemos no sete, se nossas vidas fossem diferentes e se fossemos, sei lá, livres. Você seria a única garota com quem eu aceitaria formar uma família” e então me beijou.

Fiquei chocada com o que aconteceu eu nem mesmo sabia o que falar ao garoto. Achei que ele era legal comigo por sermos amigos, afinal nos conhecíamos desde crianças. Não consegui dizer uma única palavra a Jered. Apenas sorri para ele e ele foi embora, como todos os outros.

Minha última visita era Gabriela. Minha melhor amiga, minha confidente, aquela que sempre em encobria quando aprontávamos na escola e que ficava horas brigando comigo quando eu fazia algo errado, ou que apenas ficava na árvore ao lado da minha conversando e rindo.

Ela entrou na sala e logo pulou em meu pescoço. Ambas choravam e ali na frente dela eu sabia que poderia ser apenas eu mesma, sem promessa nenhuma, sem precisar forçar as palavras “eu prometo que vou ganhar”. Sabia que com ela eu podia ser apenas, eu.

– Eu sinto muito – ela falava aos soluços – eu sinto muito Joh.

– Eu vou sentir sua falta – falei sinceramente

Ela me olhou com os olhos cheios de lagrimas e encostou sua testa na minha.

– Também vou sentir sua falta.

E então ela foi embora e eu sabia que estava na hora.

Um pacificador veio até a sala onde eu estava, eu podia sentir o calor em meu rosto de tanto chorar, e até quando saímos do edifício da justiço eu chorei ainda mais. Quando eu saí pude ver que estava chovendo. Uma chuva grossa que parecia que nunca mais cessaria. Nos levaram de carro até a estação de trem. Eu estava prestes a entrar quando olhei para trás. “Adeus distrito sete” eu disse a mim mesma, e senti mais lagrimas descendo em meu rosto, mas desta vez eu fiz questão que cada câmera que estava ali pudesse filmar a minha fraqueza.

E naquele momento, para mim. Os jogos já haviam começado.


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Notas finais do capítulo

E ai o que acharam? Por favor comentem o que estão achando para mim ter um norte se esta legal ou se sl ta meio bosta. beijos e abraços até o proximo capitulo. Ah e não esqueção de indicar a historia caso estejam gostando.



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