A verdade sobre Johanna Mason escrita por Carol Paris


Capítulo 2
Capítulo 2 - A sorte não está a meu favor


Notas iniciais do capítulo

oii gentee então eu to adorando escrever e já recebi comentários e vi que gostaram. Primeiro que agradecer ao Gy Malfoy e Duda Uchiha pelo fofíssimo comentário. Prometo para vocês de verdade que eu tentarei postar um capitulo por dia, mas que preciso de incentivo então se vocês gostarem mandem comentários e se não gostarem também pode xingar e falar mal de mim ahuhausgu mentira não pode. Espero que gostem desse capitulo até mais. Ah e se quiserem me seguir no tt ta liberado @Carolparism beijos.



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Vejo a fila das inscrições para a colheita já formada e me dirijo até o final dela. Jovens entre doze e dezoito anos são divididos dependendo de suas idades. A praça do sete é realmente linda, cheia de arvores que rodeiam todo o edifício da justiça, mas hoje, para mim ela está pequena, abafada e parecendo um filme de terror.

Depois de fazer minha inscrição vou para a parte onde ficam as jovens de dezesseis anos. Dou um sorriso para todos as meninas que eu conheço a maioria delas está no mesmo ano letivo que eu na escola, elas retribuem o sorriso para mim. Procuro meus irmãos no lado onde ficam os meninos, então me lembro que nenhum dos dois está na colheita esse ano, eu estou sozinha.

Tento me lembrar das palavras de João e me acalmo “Não importa o que aconteça, você nunca estará sozinha.”

E ele tinha razão, eu não estava. Sinto uma mão gelada segurando a minha e quando olho para o lado eu vejo minha melhor amiga. Gabriela, ela tem a mesma idade que eu e também mora na baixada. Nossos pais eram amigos quando jovens o que fez de nossas famílias serem bem próximas. Gabi era filha única e sua mãe tinha morrido a uns dois anos atrás de febre amarela, então agora era apenas ela e o seu pai.

– Oi Joaninha – ela falou apertando minha mão em um ato de carinho.

– Oi Gabi, achei que não viria – sussurrei sarcasticamente

– Fala isso como se tivéssemos escolha né.

Revirei os olhos para ela e sorri encerrando o assunto ali mesmo. Eu sabia que não era bom falar mal, mesmo que de brincadeira, da capital, ainda mais num dia como hoje.

– Olha lá – eu sussurrei para gabi apontando para o lado oposto ao nosso onde ficavam os meninos.

– O que foi – ela me perguntava preocupada.

– O Jered, olha a cara dele, parece que vai vomitar a qualquer momento – Jared era um menino da nossa idade, estava na nossa classe. Era filho do prefeito e era esnobe com todo mundo, mas por alguma razão sempre foi legal comigo.

– O seu namoradinho vai ficar bem não se preocupe – Gabriela dizia em um tom de zombaria.

– Ele não é meu namorado – eu retruquei brava com a ideia.

Eu e Jered não tínhamos chances alguma de ficarmos juntos, ele era filho do prefeito e eu morava na baixada. O pai dele costumava brigar com ele nos fins de semana que eu o convidava para brincar na floresta. Lembro que sempre na segunda-feira após passarmos o domingo inteiro subindo em arvores ele chegava na escola com o olho roxo ou com algum machucado no corpo. Eu sempre perguntava o que tinha acontecido e ele sempre dizia que havia caído em algum lugar ou alguma outra desculpa assim. Mas eu sabia a verdade.

O senhor prefeito do distrito sete nunca fora uma pessoa muito agradável, e além do mais eu entendo, se eu fosse rica e tivesse um filho, não gostaria que ele algum dia se apaixonasse por uma garota da baixada, não gostaria de ver meus netos trabalhando na floresta cortando madeira até as mãos sangrarem. Então, infelizmente não posso culpar o prefeito por querer apenas o bem para seu filho. No lugar dele, eu faria o mesmo.

Direciono minha atenção para o palco que improvisam todos os anos na frente do edifício da justiça, vejo duas urnas de vidros enormes, uma com os nomes das meninas e outro com o nome dos meninos.

– Vai começar – Gabi sussurra no meu ouvido e eu aperto forte a mão dela procurando forças para aguentar até isso acabar.

Vejo quatro cadeiras no palco, duas do lado esquerdo e duas do direito. As duas cadeiras do lado direito são ocupadas pelo prefeito Maicon, o pai de Jered e a outra por Neithan o apresentador que vem da capital representar o distrito sete, ele mais parece um bonequinho, é pequeno e gordinho, tem o cabelo rosa e algumas tatuagens coloridas por todo o corpo até mesmo pelo rosto, os dentes dele são de um branco que eu nunca vi em nenhuma outra pessoa e ele veste um terno vermelho com uma gravata e sapatos pretos.

No outro lado do palco as outras duas cadeiras são ocupadas pelos vencedores de edições anteriores dos Jogos vorazes. Os únicos tributos do sete que trouxeram honra para seu distrito. Blight que era um cara arrogante e que não valia muito, mas ajudava as crianças que tinham fome com os restos da comida dele, ganhou os jogos a alguns anos atrás e é só alguns anos mais velho que João. O Outro é Chady, um homem de idade já com mais de cinquenta anos.

O relógio que fica em uma torre ao lado do edifício da justiça toca avisando que são duas horas. Maicon, o prefeito, dirigisse ao palanque com o microfone e dá início a leitura. Eu já quase sei de cor o que ele irá falar porque todo ano é a mesma coisa. A história de Panem é contada, o país que se reergueu das cinzas de um lugar onde antes era chamado de América do Norte. Conta sobre as secas, as tempestades, os incêndios e tudo que destruiu uma boa parte da terra. E então a guerra, pelo pouco que havia sobrado. O maravilhoso resultado foi Panem, tudo o que sobrou foi a Capital e seus treze distritos que unidos, traziam paz e prosperidade a todos os cidadãos. E então os dias negros, quando os rebeldes se levantaram contra a capital, doze distritos sobraram, o decimo terceiro distrito foi obliterado. E como resultado da rebelião houve o tratado da traição que trouxe novas leis para todos os distritos. Como uma lembrança anual que os dias negros jamais devem se repetir a capital nos deu os jogos vorazes.

Como punição pelo levante, cada distrito vai fornecer um garoto e uma garota como tributo para participarem dos jogos, ao todo são vinte e quatro jovens, lutando uns contra os outros até que sobra apenas um, o vencedor. Será ele coroado e então será lhe dado uma fortuna e poderá passar o resto de sua vida em paz.

Para mim isso é apenas um jeito da capital nos olhar de cima e dizer o quanto somos menosprezados facilmente para eles.

– Esse não é apenas um tempo de arrependimento, mas também de agradecimento por tudo que a capital nos proporciona. – fala o prefeito e depois lê o nome dos dois vencedores que o distrito sete teve.

“Agradecimento?” eu penso. Agradecimento pelo que exatamente? Por mandar pacificadores para açoitar criancinhas que mexem nos lixos dos outros por estarem morrendo de fome? Agradecimento para nos mandar aos jogos e fazer-nos ver aquilo e ainda fingir que é tudo uma grande festa enquanto vemos crianças matando umas às outras? Agradecimento por nos obrigar a trabalhar desde cedo para que quando chegarmos a idade avançada não conseguir nem mesmo andar sem a ajuda de uma bengala como meu pai?

Ao fim do discurso do prefeito, ele apresenta Neithan Shelfild para que vá ao microfone.

– Sejam bem vindos a septuagésima primeira edição dos jogos vorazes, e que a sorte esteja sempre a seu favor – Neithan fala exatamente como em todos os anos. – Estou muito honrado por estar aqui com vocês no sete, é uma enorme dadiva para mim, então vamos começar – ele fala de um jeito sinistro enquanto bate palma e da alguns saltinhos tão feliz que parece uma criança que acaba de ganhar um presente novo.

Não posso acreditar que ele está se divertindo com aquilo. Sinto a mão tremula e suada de Gabriela, ela sempre fica nervosa assim. Todos os anos é a mesma coisa, então olho para ela e dou um pequeno sorriso, ela devolve-o para mim, mas eu vejo o medo estampado em seus olhos.

– Como sempre, primeiro as damas – Neithan cruza o palco e vai em direção a urna de vidro onde tem trinta papeizinhos com o meu nome, mas nesse momento não consigo pensar nisso porque a Gabriela esta tão branca e eu acho que ela vai desmaiar.

– Não vai ser o seu nome, não se preocupa – eu sussurro no ouvido dela e então ela se acalma voltando ao normal.

E eu estava certa, não era o nome dela...

– E a grandíssima sortuda que irá representar o distrito sete é... Johanna Mason.

Realmente, a sorte não esta ao meu favor.


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Notas finais do capítulo

Então como esperado né a Johanna sim foi escolhida para os jogos, agora sim é que vai começar a aventura, vocês vão saber um pouco mais da história dela na minha versão claro, e aviso de spoiler: Um romance esta a caminho. Sera que isso é bom ou ruim para a nossa Johanna Mason. Espero de coração que gostem. E não esqueçam de comentar beijinhos...



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