Solto um suspiro de alivio quando quem entra na caverna é Erick.
– Você está bem? - ele me pergunta.
Eu ainda atordoada achando que havio o perdido apenas fiz que sim com a cabeça.
– Eu ouvi o canhão e vim correndo - ele se aproximou de mim - achei que você tinha...
– Eu sei - digo antes de ele terminar a frase - achei que era você quem tinha.
Antes de nos deitar comemos uma laranja de cada. O frio era tanto que minhas mãos tremiam e meus pés estavam congelados mesmo com duas meias e o sapato.
Deitei sobre o braço de Erick e ficamos abraçados para espantar o frio.
– O que é isso? - ele me perguntou tocando no colar que João tinha me dado no dia da colheita.
– Minha lembrança de casa - eu respondo - meu irmão mais velho que me deu. Um coraçao de madeira para eu me lembrar da onde vim, e cada pedrinha é uma pessoa da minha familia. Para eu saber que não importa o que aconteça eu nunca estarei sozinha.
– Enquanto eu estiver vivo você nunca estará sozinha - Erick me disse q depois me surpreendeu ao encostar seus labios nos meus.
Uma lagrima quis brotar em meus olhos e então eu aconcheguei meu rosto em seu peito para que nenhuma câmera pudesse ver minha fraqueza. Eu não era mais doce, gentil e nem fragil. Aquilo era tudo encenação. Mas agora eu tinha uma fraquesa. E sem nem mesmo saber o que era, algo dentro do meu coraçâo crescia enquanto estavamos ali, um nos braços do outro.
Senti a mão dele na minha cintura me puxando cada vez mais para perto dele, e quando o olhei nos olhos vi que eles brilhavam. Sem pensar em qualquer consequência eu o beijei. A unica vez que beijei alguém antes de Erick foi Jered, no dia da colheita, mas foi um beijo diferente desse.O beijo de Erick me dava vontade de beijalo cada vez mais.
Eu sei que aqui as câmeras não conseguem nos filmar muito bem pelo fato de estar escuro, por ter uma parede enorme na frente de onde estamos e porque estamos dentro do saco de dormir. Podemos ter um pouc de privacidade, mas mesno que nesse exato momento estejam nos filmando e nos mostrando ao vivo, eu não me importo.Nesse momento não sinto mais que estou na arena. Que estou lutando pela minha vida. Nesse momente eu apenas sinto uma coisa. Erick.
Sinto a mão dele acariciando minhas costas e descendo devegar até a minha cintura e o labios macios dele dançando em encontro com os meus.Não somos mais os tributos do distrito sete. Somos apenas Johanna e Erick. Dois adolescentes que se conheceram e que sem querer se apaixonaram um pelo outro. Somos mais que aliados nesse momento. Mais que amigos. Somos amantes.
– Talvez eu não tenha mais a oportunidade de falar isso - Erick começou a falar interrompendendo um beijo - mas eu queria que soubesse que o seu beijo é o melhor que eu já provei.
E então ele me beijou novamente, e dessa vez eu não queria mais larga-lo. Tenho medo que se eu o largar alguém irá mata-lo, alguém vai tira-lo de mim e eu cou ficar sozinha nesse pesadelo.
– Fica comigo - eu peço.
– Para sempre - ele me promete.
O nosso beijo fica cada vez mais intenso, e ambos sabemos que essa pode ser a primeira e a ultima vez que estaremos juntos. Sinto a mão dele tirando a minha calça e eu sei o que vai acontecer, só não sei se estou preparada.
Eu o beijo cada vez mais e estamos ofegantes, querendo um ao outro desesperadamente. Tiro as camisa dele enquanto ele tira as calças e depois sobe em cima de mim e me pergunta se está tudo bem.
– Só não para de me beijar - eu digo querendo que esse momento congele para sempre.
Com a mão sobre a minha Erick me beija enquanto nos tornamos um só. E quando beija meu pescoço eu o sinto dentro de mim.Entre um gemido de prazer o ouço sussurrar meu nome. Estou ofegante e não consigo cobter meus próprios gemidos. Se algum tributo estiver por perto e nos ouvir, pode facilmente nos matar. Mas não me importo com isso. Não agora. Porque agora tudo o que importa é que estamos juntos.
Com um movimento rápido eu fico em cima de Erick e o beijo enquanto rebolo em cima dele. Desço o meu beijo para o pescoço enquanto almento o ritmo do meu quadril. Sei que estamos no ápice do prazer quando eu deixo escapar um: "Eu teamo" e ele me reponde com um: "eu também te amo garota".
Cada vez mais rapido nos movemos um contra o outro e em meio a gemidos finalmente nos tornamos um só. Abraçados com o coraçao lado a lado tão acelerado que parecia sair do peito adormecemos com o sol já anunciando a chegada de mais um dia.
Em meu sonho, eu e Erick estamos vivos e juntos. Moramos em uma casinha linda no sete que fica perto da florestae temos três filhos. Uma menina e dois meninos. Não precisamos nunca nos preocupar com a colheita, porque não existe mais os jogos vorazes.