C.A.O.S - American escrita por Fansdesagas


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Esse cap foi escrito por eu, Belle.
Espero que gostem!



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John acordou muito assustado. Ainda gritava e sentia a fumaça tomando a sua vida. Madison tentou confortá-lo:

– Meu querido, você teve um pesadelo. O que importa é que está tudo bem agora. Estamos todos juntos e já passamos pelo pior.

Dale ainda dormia profundamente, mesmo depois de Madison ter acendido a luz da cabine.

– Escute, eu preciso de respostas. E preciso agora. Não voltarei a dormir até que me diga o que aconteceu.- John já estava sem paciência, queria mostrar o ar mais autoritário que podia.

– Pelo amor de Deus, John! Olha que horas são! Amanhã falaremos sobre isso. Não estou com vontade de falar sobre isso agora, você quer acordar o Dale?

– Ah... tudo bem. Tive um sonho esquisito.

– Quer me contar?

– Acho que sim... Foi estranho, não sei dizer. Eu era seguido pela fumaça mutante.

– John, todos tivemos experiências ruins em relação a isso.

– Não eu!

– Então como você sonhou? John, não fuja da sua realidade, procure lembrar-se do que aconteceu! Procure se lembrar de nós! Não fique mais confortável por não se lembrar!

John não sabia o que dizer. Ela tinha razão.

Dale acordara naquele momento. Com a maior cara de sono, olhou no relógio e disse:

–São três horas da manhã! Vocês não podiam escolher melhor hora para ter uma DR?

– DR? – John realmente queria suas memórias de volta.

– Discussão Relacionamental – disse Dale.

–Discussão? – Madison queria que Dale pensasse que estava tudo bem.

– Relacionamental? – John ficou assustado com a palavra.

– Escute, Dale. Volte a dormir, seu dia foi longo demais. Aliás, o de todos nós. – Madison tinha o tom de voz cansado.

– Embora o gênio aí não se lembre.- Dale sempre sarcástico.

– Pega leve com ele! Vamos dormir.

John ficou feliz por dormir tranquilamente e sem nenhum pesadelo.

No dia seguinte, os três acordaram com um som muito alto e forte. Parecia um tipo de despertador, que os tirou da cama às seis e meia.

John sentia muitas dores pelo corpo, parecia que fora atropelado por um trator. A boa notícia é que ele sentia que hoje seria um dia bom.

O capitão barbudo entrou no quarto com uma cara amarrada, disse com mau gosto que o café já estava pronto.

Madison e Dale se entreolharam preocupados, mas John não sabia por que. Os amigos se vestiram e foram a caminho do refeitório.

–Ótimo, mais daquela gororoba pra gente comer. – Dale disse.

Quando chegaram ao refeitório, não havia ninguém. Os pratos deles já estavam postos na mesa em que eles estiveram ontem. Hesitaram um pouco, mas logo resolveram atacar o café.

Sentaram-se à mesa, Madison fez questão de se sentar do lado de John. Conversavam sobre os temperos que cairiam bem para aquelas algas marinhas que praticamente engoliam, quando...

– Olá.

Os três saltaram de susto, e depois perceberam que aquilo fora dito pelo capitão barbudo.

–Desculpem, eu não queria assustar vocês. Tenho um assunto pendente para resolver.

– Ah, temos mesmo. Quem é o chefe responsável por isto? É horrível!- Dale não media suas palavras.

– DALE!- Madison tinha um ar de mãe.

– Não brigue com o seu amigo, ele tem razão. – Dale olhou para Madison com uma cara muito engraçada. – Mas não é sobre isso que vim falar. Eu preciso das memórias do garoto! Como vamos fazer? Dependemos dele!

– O senhor precisa nos dar mais um dia. Ele sofreu um acidente!- Madison tentava argumentar.

– Não me importa! Eu preciso que ele se lembre! Vocês sabem do combinado...

– Sim, nós sabemos. Nos dê apenas mais um dia. – Madison sabia conseguir o que queria.

O capitão pulou no pescoço de John, que não entendia nada. O levantou na parede e disse:

– UM DIA! Se não, podem dar adeus à segurança de vocês.

Madison colocou as mãos sobre a cabeça e o capitão se retirou.

– Alguém pode me dizer o que está acontecendo, pelo amor de Deus? – John estava cansado de tanto mistério.

– Fale com ele, Madison. O cara precisa saber. Você sabe o que deve fazer, não sabe? – Dale era um bom amigo.

– Sei, Dale. Farei isso agora mesmo. John, vem comigo. Vou te contar tudo.

John sentia-se satisfeito por ter conseguido o que queria. Madison se levantou e começou a andar pelos corredores. John logo atrás.

Chegaram em uma escada, Madison subiu dois degraus por vez, parecia apressada para chegar no lugar misterioso.

Ao subir as escadas, John se via no topo do navio. A única coisa que via em volta era o mar azul. Não parecia ter nada de errado com ele.

Madison se sentou e fez sinal para John sentar ao seu lado. Seus longos cabelos morenos voavam à brisa do oceano. Era linda.

–John, não sei como te dizer o que vou lhe dizer. Tentarei da menira mais sutil possível. Bem, o mundo está acabando.

– Maneira sutil de dizer isso.

Madison sorriu, o que fazia tempo que não acontecia, e continuou:

– Escute, nas últimas semanas, tudo deu errado. Vulcões, tsunamis, terremotos. Tudo o que você pode imaginar. É como se o planeta não quisesse que a gente morasse nele. Enfim, ainda tem essa fumaça preta, que ninguém sabe de onde e nem como surgiu. Para piorar, as pandemias ameaçam o mundo inteiro. AIDS, malária, ebola, gripe suína, dengue. No mundo tem gente demais, e comida de menos. Dale deveria parar de reclamar daquela comida, por pior que seja. Temos muita sorte. Porém, a única coisa que fez o capitão aceitar que embarcássemos, foi você.

– Eu? – John estava mais confuso do que antes.

– Sim. Você disse que sabia para onde deveríamos ir. Disse também, que o seu pai cientista havia lhe dito que uma nova sociedade estava se formando na Antártida, onde boatos dizem que não foi afetada. A operação chama CAOS, Caminho para Antártida ou Sobrevivência. O capitão quer que você recupere suas memórias para saber exatamente as informações. Isso é culpa minha. Eu que fiz isso com você.

– O quê?!- John praticamente gritou.

– Sim, você sofreu o acidente tentando me salvar. Se estamos correndo perigo, é por minha causa. Você estava me protegendo da fumaça. Por isso ela lhe é familiar. Me desculpe John.

–Não se preocupe, estou começando a lembrar.

– Isso é ótimo!

– Mas ainda não faço ideia de quem você é. – John interrompeu.

– Como não?! – ela parecia realmente afetada- Não se lembra de que estávamos quase...

– Quase...?

– Noivos.


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Notas finais do capítulo

Obrigada por terem lido! Comentários sempre ajudam.



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