C.A.O.S - American escrita por Fansdesagas


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Eu Pedro que fiz esse.



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Quando acordou John estava com uma forte dor de cabeça. Foi como estar em mais um de seus pesadelos, tudo estava escuro e ele via apenas uma mochila e uma moça com cabelo castanho gritando perto dele, na qual ele não conseguia ouvir, e muito menos entender o que ela queria dizer. Então, ele percebeu que estava em um carro parecido com um dos jipes no qual viajava, quem o estava dirigindo era familiar a ele, mas ele não se lembrava, talvez fosse um amigo, mas na cabeça de John, ele apenas queria saber o que estava acontecendo. Quando John olhou para trás notou que havia uma fumaça ou algum tipo de poeira indo com velocidade ao encontro do carro, então ainda desnorteado conseguiu ouvir a voz da mulher:

- Finalmente você acordou! Rápido, pegue sua mochila, e fique esperto, já estamos chegando no riacho!- A mulher jogou a mochila em cima dele, ela aparentava estar muito nervosa.

John ainda não havia entendido nada, não se lembrava da mulher, nem do motorista, ele pegou a mochila em suas mãos, e mesmo querendo fazer várias perguntas a mulher ele preferiu esperar e tentar se lembrar e entender a situação.

Poucos metros a frente havia o tal riacho que a mulher havia dito. John notou que era um grande riacho e que a correnteza era muito rápida. Viu uma espécie de navio branco,azul e preto, amarrado a um poste largo, e tinha um homem grande e com barba esperando na escada do barco.

O homem tinha aparência velha, e usava um uniforme de marinheiro branco. Sua barba era marrom e tinha vários dias por fazer. Quando avistou os três amigos, recebeu-os com um sorriso. Há quem diga que era um sorriso falso.

A mulher e o motorista saíram do carro, abriram o porta malas, pegaram umas 3 mochilas grandes enquanto John olhava.

- Para onde estão me levando? Eu exijo saber o que está acontecendo! – Disse John, muito nervoso por não saber o que acontecia ao seu redor.

-Pronto! Vamos embora John, falta muito pouco.- dizia a mulher a ele, como se não o tivesse escutado. A mulher e o motorista saíram correndo em direção ao navio, e John foi logo atrás, puxado pela mulher.Percebeu que não encontraria nenhuma resposta se as buscasse agora. No caminho do barco, John olhou para trás e viu a fumaça escura que tinha visto há pouco encobrindo o carro. Uma onda de medo percorreu por todo o seu corpo, mas decidiu ignorá-la. Quando chegaram ao navio, o homem com barba entrou correndo com a mulher e o piloto, e John notou que o nome do navio estava escrito na parte branca no lado do navio. “A salvação” era o seu nome, ele achou estranho mas subiu abordo, com receio de ser alcançado pela estranha fumaça negra.

Logo que subiu, notou que estava num corredor cheio de portas ao longo dele, viu também a mulher e o motorista conversando com o homem de barba. Buscando explicações ele foi se juntar ao dialogo, e ouviu o homem de barba falando:

- Talvez, ele pode ser a nossa salvação mesmo, porém precisamos de alguma prova. E se fizermos tudo isso por nada?- ele realmente estava com uma cara muito séria.

- Está tudo bem, todos falaram que ele realmente sabe onde fica, mas temos que tomar cuidado, ele sofreu um acidente ontem e só acordou agora, não sei como ele está. –dizia a mulher, com tom preocupado.

-OK. Vão se ajeitar na cabine sete e por volta das 20:00 horas haverá o jantar, não é muita coisa, mas é o que temos. Todos aqui dão muito duro para sobreviver, espero não ter problemas com vocês.-Agora John entendeu que ele era o capitão do navio e que o navio ia para algum lugar importante. O capitão então deu as costas e saiu pelo corredor.

Naquele momento John estava mais tranquilo e perguntou a mulher:

- Com licença... Eu não me lembro exatamente de vocês. O que esta acontecendo?- Dessa vez utilizou mais educação.

- Não se lembra de nada John? Sou eu Madison, e ele nosso melhor amigo, o Dale. Como assim não se lembra de nada?- ela estava muito Preocupada com esse pequeno fato que para John não era muita coisa.

-Eu apenas não me lembro. Acordei no carro com você gritando, e só. Eu me lembro de tudo da minha vida, dos meus amigos, da minha família, do meu trabalho, mas é como se tivesse um borrão preto na minha memória ocupando os últimos dias eu acho.-

- Aah... Entendi. Vai passar, você sofreu um acidente ontem, é por isso. Mas você pelo menos se lembra do por que de estarmos aqui, e de tudo o que esta acontecendo, né?!

- Na verdade... não. - ele se sentia um excluído por não saber nada

-Então temos muito o que falar, John.- ela falou dando um sorriso.

Os três foram andando até acharem a cabine número sete. John notou que não havia janelas, e que o material de que o navio era construído era muito resistente. Chegando a cabine sete, abriram a porta, e entrando viram um quarto enorme com duas camas apenas, uma de casal, e uma outra no outro canto do lado do banheiro. Madison e Dale colocaram as mochilas ao lado das camas, tiraram as roupas e tudo o que tinha lá de dentro. John pegou uma bússola que estava junto com as roupas da mochila, e percebeu espantado que o ponteiro pro norte não parava de girar, ele achou muito estranho mas preferiu não querer saber o por que daquilo, talvez só estivesse quebrada.

Olhando bem aquele quarto era muito grande, enquanto Dale e Madison arrumavam tudo ele deu uma volta no quarto, foi até o banheiro, e realmente viu que não havia nenhuma janela mesmo. John achava que tinha algo de errado acontecendo, abriu a porta sem Madison e Dale ouvirem e saiu pelo corredor.

Ele imaginava que já era umas 18:00 horas. Só agora ele reparou que estava usando uma calça e uma camiseta que pareciam mais um uniforme, tinham a cor verde e vermelha, respectivamente. Ele prosseguiu pelo corredor, e não notou sinal de mais ninguém no navio, então chegou a uma porta no fim do corredor que dizia: “PROIBIDA A ENTRADA DE PESSOAS NÃO AUTORIZADAS”. Para John isso queria dizer:“ENTRE, TEM ALGO DE ERRADO AQUI” . Ele não se lembrava de nada e tinha essa ansiedade de descobrir o que estava acontecendo.

Logo, abriu a porta com muito cuidado, e lá estava um homem dormindo em uma cadeira. Na frente dele,várias filmagens da parte exterior do navio, ali mostrando a fumaça escura tomando totalmente a lateral do navio. Aparentemente, era inofensiva. John notou um pássaro voando, e quando a fumaça alcança o navio e chega até esse pássaro, ele cai morto.

John não soube o que aconteceu, nem o que era esta fumaça, mas sabia que isso não era tudo. Logo que fechou a porta viu Madison atrás dele:

-Você está louco? Podia ter sido pego, da próxima vez que queira fazer qualquer coisa me avise, seu idiota! Quase me mata de susto quando eu não te achei na cabine!- ela estava assustada e com raiva.

-Me desculpe, eu só queria saber o que estava acontecendo.-disse ele, sem entender a tamanha preocupação daquela moça que ele nem se lembrava do nome.

- Ah, vocês estão aí!- disse Dale – Procurei vocês por toda a parte, sorte que achei. Eu encontrei com o Capitão no corredor, e ele disse que o jantar já está pronto e que devemos ir agora.

John relutou em ir, pois queria saber o que acontecia. Ele foi mesmo assim, estava com fome, e com muita sede.

-Não pense que não vamos conversar sobre esse seu jeito compulsivo John! Você precisa parar de ser assim...- disse Madison preocupada com John, como sempre.

Subiram a escada os três juntos, e seguiram a placa que dizia “ refeitório ->”. Chegando lá notaram que haviam muitas pessoas no navio, pelo menos umas 30, e que havia muita comida.

Os três pegaram um prato, se serviram, e sentaram na mesa de canto, perto da porta. O gosto era inexplicavelmente ruim, a comida era a base de vegetais antigos. Porém, como estavam todos famintos, devoraram o prato todo sem reclamar.

Enquanto Dale e Madison conversavam, John notou que o Capitão estava vindo falar com eles:

- Desculpe o incomodo, mas está tudo bem? Conseguiram se acomodar?- ele foi muito gentil em perguntar, mas algo nele incomodava John.

-Sim conseguimos, está tudo indo muito bem, obrigada. O senhor tem novidades de Atlanta ou Nova York?- Madison parecia muito mais preocupada com Atlanta ou Nova York do que com a gentileza do Capitão.

- Na verdade, recebemos um chamado de Detroit, avisando que Atlanta caiu, e que Nova York está em estado emergencial e que estão evacuando a cidade...- O Capitão parecia alguém importante falando assim, talvez como um líder ou algo assim.

- ah... ok. Lamento informar senhor, mas John não está lembrado de muita coisa, com uma boa noite de sono, ele vai estar melhor com certeza. - disse Madison dando desculpas por John não se lembrar de nada.

- Se você tem tanta certeza tudo bem. Como eu disse, não quero ter que me preocupar com vocês três. Verei vocês amanhã.

- Pode deixar.- Disse Dale.- Assim o Capitão foi embora.

Acabando a refeição, os três voltaram a cabine sete, junto com todos os outros passageiros.

Chegando ao quarto, Dale se prontificou a ficar na cama de solteiro, pois não queria dividir a cama com ninguém.

Acabou que Madison e John teriam que dormir na mesma cama.

Ele precisava de respostas, queria saber o que era aquela fumaça, e por que estavam naquele barco esquisito, comendo comida esquisita, no meio de gente esquisita:

-Madison, me explica o que está acontecendo? Por que estamos aqui? O que era aquilo nos seguindo no carro?

-Amanhã quem sabe eu explique, John... é muita coisa para um dia só.

-Mas...Mas...- disse John, relutando em querer saber.

-Boa noite John!-disse Madison e virou pro outro lado da cama, indo dormir.

-Boa noite...-Disse John. A ideia de ter que dormir na mesma cama que uma estranha lhe assustava. Porém, o sono o atingiu como uma onda forte e ele simplesmente se entregou.

John teve um pesadelo, ele estava caminhando por uma floresta, perto de casa, sozinho. Em volta dele havia pinheiros grandes, com folhas largas, mal dava para ver o céu, só os raios de sol entre as árvores. Haviam pássaros pelo céu assoviando. Mais adentro da floresta havia uma clareira, nela havia um grupo de soldados descansando. À esquerda surgiu um soldado, sem capacete e com sangue pelo rosto. Ele gritou algo que era incompreensível para o resto dos soldados, e todos saíram correndo para o lado oposto de onde o soldado veio, como se tivessem fugindo de algo.

Então aquela fumaça escura, surgiu de novo no mesmo lado que o soldado que gritou. Ela tomou conta de toda a floresta, algumas árvores foram derrubadas, e as folhas das árvores que não caíram, morreram.

Por fim, a fumaça chegou em John, por mais que ele quisesse correr da fumaça, ela sempre estava lá, sempre alcançava ele.

John começou a falar dormindo, e a se mexer, então acordou Madison, que o acordou do pesadelo:

-John! Acorde! Você está bem? O que houve?


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Notas finais do capítulo

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