Histórias de outros universos - Terras Geladas escrita por Alessandro Costa
Mantive-me calada. Prendi a respiração.
Eles continuavam caminhando em minha direção. Pareciam me enxergar.
— Somos as Árvores da Lua. Ents. Os senhores da floresta. Nada que toca o solo pode escapar de nossa percepção. Por isso, saia agora. Consigo sentir o seu manto tocando o tronco da árvore.
Solto o ar do meu pulmão e saio. Fico frente às duas grandes árvores.
Então essas são as Árvores da Lua... Agora, preciso chegar até a mais velha delas e conseguir suas folhas. Mas, não sei bem como o farei.
— O que quer conosco?
— Preciso das folhas da mais velha das Árvores da Lua para ajudar meus... Amigos.
Não sei o motivo de ter sido tão direta. Bem, não tinha mais ideia alguma. É claro que elas não vão me dar as folhas. Eles se dizem “Os senhores da floresta”. Se eles são o que dizem, provavelmente me repreenderão por usar a pele dos animais daqui. Acho que terei de pensar em outra forma de consegui-las.
— Tenho sentido algumas pessoas caminhando pela Floresta Negra já faz algum tempo. Então eram você e seus amigos?
— Sim. — confirmo. — Estávamos indo para as Planícies Geladas quando fomos atacados por Elfos Negros.
— Seus amigos foram feridos pelos Elfos Negros? — pergunta a primeira árvore.
— Não. Fomos atacados, capturados e roubados por uma pequena criatura verde de pelos vermelhos.
A segunda árvore sacode suas folhas.
— Por acaso essa criatura verde de pelos vermelhos fumava um cachimbo?
— Sim. — digo.
— Estamos procurando por ele! — empolga-se a primeira árvore. — Ele se chama Gobe. É um Goblin. Uma entidade natural. Mesmo nós não conseguimos localiza-lo. É um trapaceiro, traiçoeiro. Um verdadeiro mau-caráter. Sempre se aproveitando de todos da forma que pode.
Mostre-nos onde ele está!
— Então podemos fazer um trato... — digo um tanto hesitante. — Te mostro onde está o tal do Gobe e vocês levam a mim e meus amigos até a mais velha das Árvores da Lua.
— Tudo bem. Aceitamos sua proposta. — responde a segunda das árvores sem pensar muito.
— A propósito... Vocês tem um nome?
— Me chamo Arlu. — responde a primeira árvore.
Olhando bem, ela tem folhas um pouco mais azuladas que a segunda.
— E eu me chamo Munt. — diz a segunda.
Essa tem um tronco de tonalidade mais viva.
— E você? — pergunta Munt.
— Me chamo Eileen. — digo.
— Venha.
Arlu baixou sua grande mão e mandou-me subir. Em seguida coloca-me mais acima de seus olhos, próxima às folhas.
Agarro um dos grossos galhos e escalo. Fico sentada lá, guiando-as até onde estão Gorudo e os outros.
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