Estou dentro da Floresta Negra.

Afastei-me bastante dos outros.

Fiz grandes riscos nas árvores por qual passei. Se perder seria um grande problema.

Escuto sons de galhos secos se partindo.

Passos. São muitos.

Elfos Negros passam próximos a mim.

Fico paralisada.

Prendo a respiração.

Um deles parece notar minha presença. Fica muito próximo a mim.

Encosto numa árvore.

Ele aproxima seu rosto do meu. Não está me enxergando.

Solta o ar com força pelo nariz.

Seus olhos são lindos vistos de perto.

Afasta-se.

Parece grunhir para uma Elfa Negra.

Seus seios são enormes. Os meus são pequenos. Sinto um pouco de inveja. Mas não é coisa para pensar no momento.

Espero eles se afastarem o suficiente e então continuo andando, sempre marcando as árvores.

*

Estou mais a fundo ainda na floresta.

Sinto que já caminhei por uns cinquenta minutos.

Está bastante silencioso.

O frio parece intensificado.

Pego um grosso galho de árvore no chão e começo a corta-lo com a adaga.

Não faço a menor ideia de como é uma Árvore da Lua. Muito menos sei como é a mais velha delas.

Com mais alguns minutos de caminhada, escuto duas vozes. Parecem preocupadas. Não estão longe.

Caminho de forma sorrateira. Tenho todo cuidado para não pisar em algum galho seco.

Duas grandes árvores, uma frente à outra. Estão... Conversando!

Suas folhas são azuladas, redondas e brilhantes, seus troncos tem uma cor como a do cobre. Devem ter uns três metros.

Onde deveriam estar seus olhos estão dois grandes buracos negros. Suas bocas têm dentes formados por galhos pontudos. Suas mãos parecem garras.

Deveria estar assustada e fugir, porém estou admirada. São muito bonitas.

Suas expressões são de preocupação.

Pararam de conversar. Viraram-se para onde estou.

Escondo-me rapidamente atrás de uma árvore.

Estão caminhando.

Seus pés são feitos por raízes entrelaçadas.

A cada passo suas raízes parecem querer fincar-se ao chão.

— Eu sei que está aí. Saia!

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