— Não sei!

Eles não falam. Soltam grunhidos. Mostram seus dentes.

São pontudos e amarelos.

— Não podemos ficar aqui. — diz Gorudo. — outros chegarão logo!

Sinto uma mão gelada tocando meu rosto. Unhas grandes e nojentas passando frente aos meus olhos.

Um pequeno grunhido.

Fecho os olhos. Grito.

Outro grunhido.

Abro os olhos.

Olho para trás.

Um Elfo Negro caído com uma adaga cravada em seu pescoço.

Seu sangue, assim como sua pele, tem tonalidade escura.

Os dois Elfos Negros restantes preparam-se para atacar Cassiel, que está de costa para eles.

São derrubados simultaneamente por duas flechas disparadas por Gorudo.

Estão todos mortos. Sinto-me mais aliviada.

Saio de trás da grande pedra e caminho até Cassiel.

— Obrigada por me salvar.

Ele tira seu capuz.

Seus olhos são castanho-avermelhados. Seu cabelo é levemente ondulado.

— Deixe o agradecimento para depois. — sugere Gorudo.

Nós estamos cercados. Dezenas de Elfos Negros. Empunham espadas e arcos.

Estão nos fechando em um círculo. Aproximam-se cada vez mais.

Olho em todas as direções.

Não vejo saída alguma.

Apenas um milagre pode nos salvar.

Estamos cada vez mais encurralados.

Eles estão mais próximos.

As espadas estão erguidas. Os arcos estão prontos.

Uma grave voz. Um grande círculo de luz azulado em forma de um floco de neve se forma no chão.

Todos os Elfos Negros estão paralisados. Uma grossa camada de gelo sobre suas peles.

— Não precisam agradecer.