BAD GIRL: Selvagem escrita por Jhuly Panter Kat


Capítulo 5
Triângulo negro!




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Davi era mais bonito e mais alto que Matheus, ambos morenos de olhos castanhos e cabelos curtos e músculos . E Davi sabia usar seu charme para conseguir que as garotas abrissem as pernas facilmente pra ele. Matheus era um bruto, a maiora das garotas que se aproximavam dele eram masoquistas e loucas. Ele também era um pouco louco, então merecia as loucas em seu pé. No entanto as loucas sempre implicavam com a Mar que acabava dando uma surra nelas.

– Mar, você é cruel.

– Também te amo Davi. - Ela deu um sorriso apático e continou andando em frente. - O Teu deve estar na academia, né?

– Ou cuidando da Amélia. -Completou ele massagiando a parte sul ainda dolorida do impacto certeiro.

Mar para de andar e encara Davi séria, com uma expressão de dor. -Davi, não conte ao Matheus ok? Ele vai querer brigar por causa disso. Quando eu já estiver em Brasília eu ligo e falo com ele. Okay?

Davi, não podia fazer muita coisa. Conhecia Matheus e Marina desde que se entendiam por gente. Marina sempre salvou Matheus das encrencas e o mesmo também a salvava de outras. Davi sempre foi o mais quieto e contido, só brigava com alguém pra ajudar esses dois cabeças quentes.

Por mais que ele quisesse recusar isso, e contar para o seu irmão que agora não seriam mais os três contra o mundo, ele se conteve, pois sabia, mais do que ninguém o que Matheus seria capaz de fazer. Uma vez quando os pais de Marina a tinham colocado de castigo, Matheus teve a grande ideia de levar a garota pra praia. A questão era, Mariana estava de castigo por ter quebrado o braço dando uma surra em um garoto, e esse garoto era mais velho que eles e ele trabalhava na tal praia. Mas a verdadeira agrande ideia era pregar uma peça no idiota que fez a irmã deles ficar de castigo. Davi aceitou pois a menina quebrou o braço batendo no cara, e porra, ele só tinha ficado roxo, nada fraturado. Quando eles chegaram na praia, e o cara viu Marina, parecia que havia visto um fantasma, Davi podia jurar que nunca tinha visto alguém tão assustado e aparentemente o cara sacou que eles queriam uma pequena vingança contra o que aconteceu com sua irmã.

Em dois minutos um bando de musculosos grandões baixaram na praia e foram tirar saisfação com Matheus que começou a briga. Ninguém nunca viu Matheus tão puto na vida, quanto naquele dia. Ele bateu em três dos cinco, Davi em um e a Marina ainda conseguiu dar uma surra no outro. Mas essa não foi a última vez que algo do tipo aconteceu. Mas os três sabiam no fundo quem era o mais inconsquente. Marina sempre ganhava apesar de tudo e Matheus tomava a suas dores, Davi ia salvar os dois das encrencas. E isso se resume a grande história de afeto do triângulo negro, como eram chamados no bairro onde viviam.
–Tudo bem. Não vou contar a ele. - Matheus seria bem capaz de sequestrar as rodas do avião ou os pilotos, para que Marina ficasse lá com eles. Ele sabia como era o temperamento do Matheus e sabia que ela estava certa.
***
Antônia se levanta e vai até o quarto da neta, onde tem porstes do filme rocky na parede, outros dois da Ronda Rousey no teto junto com estrelinhas e luas fosforecentes e como toda e qualquer adolescente, havia um pôster do Johnny Depp do lada de sua cama.

Antônia por vezes chegou a suspeitar da sexualidade de sua neta. Sua filha apesar de sempre ter sido um espírito livre nunca foi cabeça quante, no entanto sabia o quão inconsequente a filha outrora fora.

Marina era parecida com o pai mas a cor do cabelo, o formato do rosto, os lábios e o queixo eram totalmente de sua filha. Antônia parou e observou o saco de areia suspendido pelo teto. Que tipo de garota tem o saco de areia no próprio quarto?, se perguntou a mulher elegante, que custava a acreditar que no quarto da neta, tinha mais coisas relacionadas a luta do que qualquer outra coisa.

Antônia foi até a a cômoda da garota, viu que não havia vestígio algum de maquiagem, sem contar a manteiga de cacau da nívea como maquiagem. Havia um monte de remédio pra dor muscular e vitaminas, dois porta-retratos com fotos dos pais com ela e seus amigos. Antônia ficou um pouco chateada pela neta não ter nenhuma foto sua com seus outros netos ali.

A garota sempre foi marrenta, indomável e Antônia sabia que a única pessoa que poderia cuidar dessa garota seria ela. De uma coisa tinha certza, as coisas ficariam um tanto intensas esse ano. Antônia volta pra sala e repara nas inúmeras medalhas que sua neta havia ganhado e sorri orgulhosa. Os gêmeos só davam trabalho também. Sorriu ao pesar na bagunça que seria dali pra frente, seus três netos morando com ela, naquela casa enorme. Seria mais animado ter mais uma garota naquela casa.
Rafael aparece com os documetos da filha, sua transferência e essas coisas burocráticas. Só restava sabar onde a menina havia se metido.
– Vou arrumar as coisas dela. Ela deve estar se despedindo dos garotos.
– Sempre te achei um cabeça dura incosequente, assim como a minha filha. Mas você amadureceu Rafael.
–Não. Não amadureci Antônia. Continuo o mesmo de sempre. Só não quero ver a minha filha sem um futuro, acabando por trás das grades. Não vou deixar isso isso acontecer. - Ele lhe da um sorriso triste.

Antônia sente sua dor. Ela sabe o quão difícil é ver seu filho partir. O quão difícil é criar uma criança de personalidade extremamente forte e geniosa. Ela sabia como ele se sentia. E sabia que deveria educar da mehor maneira aquela garota encranqueira. E iria. Foi o que prometeu a sua filha quando ela morreu.


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