Ao sair da casa notou que André estava sentado no banco da frente usando fone de ouvido no último volume. Ele nem sequer olhou pra trás quando ela entrou no carro, já Liam estava com cara de quem comeu e não gostou.
– Mar seu casamenteo não é hoje. Será que ninguém e disse isso? -Marina franziu o cenho enquanto André estava alheio da situação.
– Para de ser imbecil. Esqueci de botar o celular pra despertar.
– Na próxima vez não te acordo.
– Não vai ter próxima vez Liam.
– Bom mesmo.
Demoraram uns oito minutos no congestionamento até chegar ao colégio Delta, que tinha a entrada triangular. Durante essse meio tempo seus amigos ocuparam a sua mente. Ela não queria ir pra um lugar do quale eles não estavam. Eles nunca ficaram em escolas separadas, sempre quando um era expulso os outros se mudavam junto. Na verdade os únicos que eram expulsos era o Matheus e a Marina, Davi era a santa dos três.
O carro parou, Mariana olhou para o colégio que tinha um boa aparência, pelo menos a fachada. Chique de mais pro meu gosto, pensou Mar. A fachada era toda trabalhada no vidro espelhado, na entrada triangular haviam cinco catracas, o garotos passaram o cartão de identificação e logo entraram. Marina se deu conta de que não tinha um. Por sorte havia um homem perto das catracas de cabelos curtos estilo militar escuro e pequenos olhos escuros, do qual ela presumiu ser o porteiro. Ela chamou a atênção dele com o braço, ele foi até a sua direção, enquanto seus primos já haviam sumido de sua vista. O homem deveria ter em torno de vinte e tantos ou trinta e poucos, ele era particularmente bonito.
– Oi - Ela deu seu melhor sorriso simpático para o porteiro que logo se derreteu pela beleza da moça. - Hoje é meu primeiro dia aqui e ainda não fiz a carteirinha estudantil dessa escola.
– Me avisaram algo sobre isso e deixaram a sua carteirinha aqui comigo. -Ele então tirou do bolso a carteinha.
– Obrigada. -Disse ela ainda usando seu sorriso simpático.
– De nada. - Ele retribuiu o sorriso o que fez a nada feminina naquele dia, Mar ruborizar.
Ela passou o cartão no leitor e pessou pela catraca, então perto da secretaria ou o lugar do qual ela achava ser a secretaria esava lá Wendy. Usando o mesmo uniforme. A loira estava sentada em um banco olhando para o enorme celular, um samsung note III.
– Wendy! - Gritou Mar, Wendy olhou pra Marina e ao redor dela, não viu nenhum dos gêmeos por ali. Passasa cadasegundo desde que chegou na escola com a cara enfiada no celular. Por fim deu um sorriso para Marina que andava em su direção.
– Oi! Mar...
– E aí? Tudo bem contigo?
– To bem sim.
– Ontem você parecia meio pálida quando foi embora... Achei que tinha acontecido alguma coisa.
– Não. Não aconteceu nada.
– Eu tenho que pegar aquele papel que dão para os novatos na secretaria, será que pode me levar até lá e me levar para um pequeno tour nesse lugar? - Perguntou Mariana um pouco desanimada.
– Cla... Claro! - Wendy então sorriu pra Mar e ela retribuiu o mesmo.
– Okay. - Wendy conduziu Mariana até a sala ao lado.
Uma velha de cabelos grisalhos olhou para as moças. Marina e Wendy deram seus sorrisos simpáticos para a velha.
– Oi, eu fui tranferida...
– Ah! Sim. - A velha interrompeu. - Aqui está o seu papel, todos os professores tem que assinar. Depois que eles assinarem você tem que trazer ele aqui.
– Okay.
– E eu vim trazer o meu atestado médico. - Disse Wendy. Marina olhou pra ela com os olhos arregalados. Não é a toa que ela estava pálida ontem, pensou. Wendy tirou da mochila azul com bolinhas pretas o atestado. A velha o pegou e perguntou a sala.
– Segundo B.
– Que conhecidência. Vocês duas estão na mesma sala. - Mar e Wendy arregalaram os olhos e se entreolharam.
– Wow! Por essa eu não esperava. - Disse Mariana.
As duas foram para a sala no segundo andar passando por um rio de pessoas em cada corredor em que andavam. Chegando na sala uma professora loira, bonita na casa dos trintas as recebeu. Ela usava um calça jeans skiny com um salto plataforma e um vestido solto longo com uma jaqueta jeans. A maioria dos alunos observou as duas entrando na sala, algunas olhavam e voltavam a sua conversa animada. A sala era toda branca, Havia uma TV de cinquenta e duas polegadas no final da sala, no quadro branco atrás da professora loira estavam a data daquele dia e a matéria, geografia.

– Eu sou a aluna transeferida.
– E a moça ao seu lado?
– Eu estava internada. Mas eu era dessa sala. - Então murmúrios começaram. Ninguém se lembrava de tal garota na classe. Nem mesmo a professora.
– Desculpa não me lembro de você. Já entregou o seu atestado na secretaria?
– Sim.
– Qual seu nome?
– Wendy. - A professora olhou na lista de chamada e notou que a garota não havia estado presente na escola por dois meses, o que a chocou um pouco, fazendo-a levantar a sobrancelha.
– Wendy Previteli Costa. Esteve um bom tempo fora hein. - Comentou a professora, Wendy deu um sorriso sem graça, um pouco envergonhada da situção.
– Sou Janaína, professora de geografia. - Disse a professora revezando os olhares com as meninas em sua frente.
Marina abriu a mochila e tirou de lá o papel que a professora assinaria. Marina achou estranho a forma como os companheiros de classe recebiam Wendy. Uma garota loira, pequena e adorável, sua aparêcia por si só já era agradável. A professora pegou o papel e assinou. Apontou o lugar em que as duas sentariam. Por sorte era um ao lado da outra, no final da segunda e terceira fileira. Marina não teria muitos problemas com o quadro, já que era alta, Wendy por outro lado sofreria um pouco, já que tinha miopia.
– Antes de se sentar eu gostaria que se apresentasse pra turma...- Ela deu uma pausa para olhar para o nome da folha. - Marina. - Wendy caminhou até a sua carteira e se alojou por lá.
– Meu nome é Marina, mas todos que eu conheço me chamam de Mar, porque sou tão forte quanto ele, tenho quinze anos e faço dezesseis mês que vem. - Todos os alunos passaram a encará-la para saber mais sobre a garota com uma leve aparência de modelo, com a grande diferença de que não era magra como elas. Quando ficava nervosa e ansiosa ela começava a tagarelar no início. Mas ao mudar de escola tantas vezes ela já avia se acostumado a fazer esse tipo de coisa, era sempre a mesma coisa em todas as escolas. Sempre as mesmas perguntas e quando tinham a sua resposta as pessoas se afastavam dela. - Sou do Rio de Janeiro, e vim morar aqui por motivos pessoais. - Entretanto dessa ve foi um pouco mais difícil pra ela. Ela não tinha Matheus ne Davi ao seu lado. Ela estava sozinha. Quando eles estavam por perto ela tinha toda a confiança do mundo. Mas agora ela só tinha ela. - E isso. - Ela levantou a mão.
– Sente-se Marina. - Marina caminhou até a sua carteira sentou-se. Reparo no loiro na sua frente, ao se sentar notou que ele era mais alto que ela, o que fez com que ela soltasse uma careta de desgoto involuntariamente, no entanto isso não foi o suficiente para ela deixar de notar a sua beleza. Que gato!, pensou Mar. Alto, loiro, rosto bonito e olhos azuis cinzentos. Ele usava casaco, não dava pra saber se ele tinha belos músculos por baixo da roupa. O fato era que ele gato e enorme. Perfeito pra mim, pensou Marina.