My Sweet Vampire escrita por tata-chan


Capítulo 24
Capítulo 24 - Final


Notas iniciais do capítulo

Eu lhes entrego esse capítulo com um aperto no peito e ao mesmo tempo uma imensa sensação de dever cumprido. Comecei essa história há anos e a abandonei por alguns até que por insistência da minha querida amiga/beta/cúmplice/irmã perdida Lecka-chan eu retomei e tenho orgulho de dizer que concluir.

Esse capítulo é dedicado à você Lecka e como sempre, obrigada pela betagem e comentários cor de rosa ♥

Espero agradar!



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Minha primeira ação ao despertar é procurar o calor de seu corpo. Quando não o encontro, seu nome sai de meus lábios antes que eu abra os olhos.

"Rin." - Abro os olhos e a procuro. Ao me ver sozinho na cama, o pânico começa a crescer. Sento tentando afastar de mim todo o resto de sono que ainda me abraçava e começo a me levantar para procurá-la, quando a porta do banheiro se abre e o motivo de meu pânico sai, enrolada em robe de seda que a cobre apenas até a metade das coxas. Seu rosto cora assim que meu olhar a encontra. Me deixo cair novamente nos lençóis bagunçados com um suspiro. Aquela garota ainda me deixaria louco.

"O que houve?" - Ela se aproxima da cama, se senta na beirada e joga os lençóis em sua perna, antes de deitar. Pelo trabalho que teve, percebo que está nua por baixo do robe, o que me faz sorrir.

"Nada demais." - Viro meu corpo e olho para seus olhos. Ela se deita virada para mim, com apenas alguns palmos de distância. Eu toco seus cabelos levemente e ela fecha os olhos com uma expressão de prazer, então suspira.

"Pensou que eu tinha ido embora." - Não era uma pergunta, mas concordo mesmo assim, a contragosto.

"Cheguei muito perto de te perder para não me abalar quando acordo e não te vejo." - Ela olha em meus olhos e suspira, fechando levemente os olhos, então abre os olhos e se senta na cama, olhando em meus olhos.

"Vamos nos vestir e levantar."

"Por que?" - Levanto uma sobrancelha. Ela em geral não se importava de passar um dia na cama, tanto quanto eu. Principalmente após os últimos acontecimentos...

"Nós precisamos conversar Yuui. De verdade. Se ficarmos aqui, você sabe que a última coisa que faremos será conversar. Eu preciso disso agora e você também. Então vamos nos vestir e ir para um lugar mais neutro." - Olho para ela e suspiro. Não adiantaria discutir. Ela estava certa. O problema era que parte de mim temia aquela conversa. Nunca fui bom em falar nos meus sentimentos. Suspiro e me levanto, em busca de algo confortável para vestir: nada no mundo me faria vestir um terno naquele momento. Vou em direção ao closet antes de perceber o olhar de Rin. Seu rosto está corado e ela encara meu corpo sem desviar o olhar. Não posso deixar de rir.

"Foi você quem seu a ideia de se vestir. Por que continua na cama?" - Ela cora ainda mais, se é que é possível.

"Eu sei, é que... Hum..." - ela desvia o olhar.

"Qual é a lógica em ficar constrangida agora Rin?" - Não consigo parar de sorrir diante do seu constrangimento ao me ver nu. - "Você já viu tudo aqui mais cedo. Não é nenhuma novidade."

"É claro que... Ai Yuui quer parar de me provocar?" - Seu olhar é emburrado quando me olha. Meu sorriso é ainda mais largo. Minha vontade é voltar para aquela cama e amá-la mais e mais.

"Não, não quero. Mas faço esse sacrifício." - Sorrio antes de entrar no closet e encontrar um bom par de moletom e uma camiseta lisa. Quando volto para o quarto, ela já se levantou e vai à direção do cômodo que eu havia deixado. A impeço segurando sua mão. - "Não posso ter pelo menos um beijo antes?"

Rin afaga a minha mão e sorri para mim.

"Você sabe que quando se trata de nós dois, nunca é apenas um beijo. Depois que conversarmos, te dou quantos você quiser." - Suspiro e balanço a cabeça. Merecia aquilo.

"Te espero no escritório." - Ela acena com a cabeça. Rin queria um local neutro. Nossa sala era tão pessoal quanto o quarto que estávamos agora... Ou quase. Que façamos isso direito então.

Quando Rin me encontra no escritório, está usando legging e uma de minhas camisetas brancas que ficava ridiculamente enorme nela. Seus pés estão em chinelos de dedo e seu cabelo solto irregular. Ela ainda teria que arrumar a bagunça que aquele desgraçado havia feito em seu cabelo. Ela me olha sentado atrás de minha mesa e sorri tímida.

"Eu disse que precisávamos de um ambiente neutro, não impessoal. Vamos sentar aqui no sofá." - Ela se senta e cruza as pernas, ficando de frente para o local vago. Suspiro antes de sentar onde ela indicava. - "Se lembra da nossa primeira conversa? Foi logo depois de eu acordar para a noite. Foi a primeira vez que você me abraçou e me consolou. Claro que naquele momento foi apenas porque eu estava tendo um ataque de choro. Eu nem sabia seu nome."

"É claro que me lembro. Naquele momento você estava cheia de dúvidas."

"Agora eu também estou. Espero que você sane todas elas, como daquela vez. Sei que você vai. ” – Ela olha em meus olhos e eu suspiro, segurando sua mão.

“Você pode perguntar o que quiser. ”

“Prefiro que você fale Yuui. Você sabe bem o que eu quero saber. ” – Suspiro novamente e fecho os olhos antes de começar.

“Já te contei isso antes. Te vi algumas vezes na rua e você começou a me interessar. Você era linda demais, pura demais. Triste demais, de alguma forma, você me lembrava a mim mesmo. Eu nunca fui bom em falar de meus próprios sentimentos. Era fechado mesmo com minha própria família, não sabia como lidar com a atração que eu sentia por você. No dia em que você morreu, sabia que era seu aniversário. Tinha ouvido você resmungando sobre isso e pensei em falar com você no café. Como você sabe, não cheguei a tempo. Estava voltando pra casa quando ouvi seu grito. Quando te vi ali morrendo, entrei em pânico. Te salvaria mesmo que você não concordasse com nosso acordo. Ainda estava muito curioso a seu respeito pra deixar você ir... Mas eu te queria ao meu lado. Queria ter a desculpa de te tocar, falar com você. Então eu fiz você prometer que seria minha amante. ” – Ela escutou meu monólogo em silêncio, sem desviar o olhar.

“Então por que você disse que não precisava mais cumpri-la? ”

“Porque eu não te queria mais como amante. No final, você nunca foi minha amante, foi sempre muito mais. A nossa relação nunca foi puramente física pra mim. Eu tinha medo. Medo que você um dia me odiasse por estar presa a mim. Medo que você fosse infeliz e mesmo assim continuasse do meu lado, porque é honesta demais para descumprir uma promessa. Eu queria te dar a escolha, mas no fim você me entendeu errado. ” – Ela me olha, balança a cabeça e morde o lábio.

“Para alguém tão persuasivo, você é péssimo escolhendo palavras. ”           

“Culpado ” – meu sorriso é amarelo ao olhar para ela. Deito a cabeça no encosto do sofá, ainda olhando para ela. Rin abaixa a cabeça antes de voltar a falar.

“Ayamiya está morto. ”

“Sim, eu o matei. Mataria de novo se isso fosse te manter segura. Isso te assusta? ” – Rin olha em meus olhos e pensa por um momento.

“Um pouco. Mas não da forma que você imagina. Como posso explicar... ” – ela olha para cima, pensativa. – “Acho que o que me assusta é o pensamento de que eu faria o mesmo. A ideia de matar uma pessoa me assusta um pouco. ”

“Você ainda é jovem Rin. Ainda é inocente. Vou cuidar para que você não tenha que tomar essa decisão antes que esteja pronta. ” – Acaricio sua bochecha e ela sorri, então fica séria novamente.

“Você será punido por isso? ”

“Não. Tínhamos prova de que Ayamiya estava tramando contra nós. Além do que, ele só não te matou porque chegamos a tempo. Se você fosse outra pessoa, se você não partilhasse meu sangue, poderia até estar morta. Apesar da nossa raça ser poderosa, nós também temos restrições. Antes de tudo, você ainda é jovem. Ainda ficará muito mais poderosa, mas agora, não tem nem um ano que você acordou para a noite. E ele se certificou de te empurrar até o limite. ” – Minha voz quase falha no final, tamanho era meu ódio. Rin chega mais perto e segura a minha mão. Suspiro. – “A família Ayamiya está agora nas mãos de uma parente, já que Ayumi ainda não tem condições de cuidar nem mesmo de si. Talvez nunca tenha. A matriarca em exercício não vai atrás de vingança, os olhos de todos os clãs estão nela. Há poucos meses ela atentou contra Honoka e teve sorte de manter sua vida. Ela não tentará novamente. Você está segura. ”

Rin confirma com a cabeça e respira fundo, então se aproxima totalmente de mim, se aninha em meu colo, abraça minha cintura e esconde seu rosto em meu peito. Retribuo seu abraço e beijo o topo de sua cabeça.

“Eu estou com você porque te amo Yuui. No começo, não. Só era cômodo ter alguém me dando atenção, fazia anos que não sabia o que era isso, mas aos poucos fui me apaixonando. Quero ficar contigo para sempre. ” – Ela sussurra sem afastar seu rosto e eu a abraço mais forte.

“Sei disso. Perdoe minha falta de tato quando falei contigo. Meu amor por você também cresceu pouco a pouco e agora eu faria qualquer coisa por você. Eu te amo Rin. ” – Sinto o seu sorriso e ela me abraça mais forte. Tudo o que eu queria nesse momento era leva-la para a cama e não deixá-la levantar por um bom tempo. Aparentemente Rin tinha outros planos, já que ela me solta e se levanta. Ergo uma sobrancelha para ela.

“Vamos comer. Aí sim podemos ir para o quarto e ficar o tempo que você quiser, fazendo o que você quiser. ” – Ela sorri para mim e eu sorrio de volta.

“Ah, não vá se arrepender dessas palavras. ”

Temos uma conversa leve, sobre banalidades enquanto comemos. Rin me perguntou mais sobre Honoka. Aparentemente as duas haviam se dado bem no breve encontro. Conversamos então sobre nossa relação fraternal, como tínhamos coisas em comum. Ela disse um pouco sobre seus estudos e percebi que já não me incomodava tanto com seu amigo.

“...aí eu disse pra Yuki deixar de ser boba e dizer para o Kyo-chan que ela gosta dele. Aquele idiota também é apaixonado por ela, é frustrante ficar entre os dois. ” – Pisco os olhos quando ela fala.

“E os dois começaram a sair? ”

“Ainda não sei. Provavelmente, não tive tempo de falar com ela depois disso. Espero que sim. Mas me diga, você estava mesmo com ciúmes do Kyouya? ” – Rin me lança um olhar travesso.

“Por que acha isso? ” – Não responder diretamente parece a melhor opção.

“Ele disse que sentiu um desejo assassino quando você o cumprimentou. ” – Seu sorriso é ainda mais largo.

“Provavelmente a imaginação dele, nada demais. ” – Ela ri baixinho antes de voltar à sua refeição.

Voltamos para o quarto mais de uma hora depois e já estava ficando impaciente. Fecho a porta do quarto e olho para Rin, que desvia o olhar, levemente constrangida. Não posso deixar de sorrir antes de me aproximar e tocar seu rosto, toco seus lábios com os meus de leve. Ela entreabre os lábios me convidando para aprofundar nosso beijo, o que faço com prazer. Meus braços enlaçam sua cintura e suas mãos vão à minha nuca, retribuindo o beijo com o mesmo entusiasmo que o meu. Provo sua boca enquanto minhas mãos encontram a barra da camiseta que ela estava vestindo, tocando a pele nua de sua lombar. Não mais aguentando, ergo Rin em meus braços e a levo para cama. Ela ri quando a coloco no chão ao lado da cama. Seguro a barra da camiseta.

“Ela fica melhor em você do que em mim. ” – Ela gargalha levemente.

“Mesmo? ”

“Sim... mas tem um jeito que ela ficaria bem melhor. ” – Seu rosto cora adoravelmente quando minhas mãos acham o cós de sua calça e abaixo lentamente. Ela tira um pé do chão, após o outro para me ajudar a me livrar daquela peça. Volto a olhá-la, com ar crítico fingido. Rin parecia simplesmente sexy demais apenas com minha camiseta. – “Sim, bem melhor... Mas acho que pode ficar ainda melhor. ” – Minhas mãos voltam para dentro daquela camiseta e acham o cós da calcinha de algodão, que eu abaixo lentamente. Olho para a peça molhada no chão e sorrio malicioso. “Sim, desse jeito é bem melhor. ”

Rin cora ainda mais e se aproxima de mim, subindo minha própria camiseta e me deixando nu da cintura para cima. Ajudo-a me livrando do moletom, então a pego nos braços e coloco-a sentada na cama. Ela hesita por um momento e seu rosto fica de um tom de vermelho dos mais escuros que já vi, então ela segura a barra da camiseta que estava vestindo, ficando completamente nua sob meu olhar. Olho aquele corpo gravando cada pequeno detalhe em minha mente. Ela tinha uma pinta no seio esquerdo, bem próximo do mamilo. Ela também tinha uma em seu pescoço, mas aquela era uma amiga antiga. Poderia listar todas aquelas pintinhas apenas após uma única noite com ela. Eu era um homem sem salvação.

Puxo-a para meus braços e volto a beijá-la, minhas mãos vagando pelo seu corpo e as dela conhecendo o meu. Ela arqueia as costas quando toco seus seios e geme quando brinco com um mamilo. Solto sua boca apenas para beijar seu rosto e pescoço. Minhas mãos deslizam para a parte inferior de seu corpo acariciando seu quadril. Meus lábios encontram seu mamilo ao mesmo tempo que meus dedos deslizam para o meio de suas pernas. Rin geme e se agarra mais a mim. Está mais do que preparada. Dessa vez eu a penetro mais lentamente, sem pressa nenhuma. Ela suspira. Dessa vez não haveria mais dor para ela, apenas prazer. Ela me olha um pouco assustada com nossa posição. Sorrio, toco seus cabelos e a deito de costas na cama, sem sair de dentro dela. Continuo a me mover devagar, enquanto as mãos dela tocam cada parte de mim que podem encontrar. Ela tenta impedir seus gemidos, mas eu impeço.

“Me deixe te ouvir. ” – Minha frase é pontuada por um gemido longo e alto. Sorrio enquanto continuo. Minhas mãos acariciam sua cintura e beijo seus lábios. Ela é simplesmente muito linda, delicada... E era minha, apenas minha. Toco seu pescoço com os lábios antes de penetrá-lo com minhas presas. O gosto de seu sangue próximo ao momento máximo de prazer tem o melhor gosto que já provei na vida. Vejo seu rosto se contorcer de prazer enquanto ela chega ao orgasmo e logo em seguida eu a acompanho. Troco rapidamente nossas posições e ela deita esparramada em meu peito, ainda sem folego. Acaricio suas costas enquanto tento acalmar minha própria respiração.

“Satisfeito agora? ” – Seu tom é preguiçoso e eu sorrio.

“Longe disso. Poderia fazer isso para sempre. ” – Rin ri baixinho em meu peito.

“Yuui, você é um pervertido. ”

“Você também é. ” – Ela se levanta, se apoiando em seus cotovelos e sorri largamente para mim.

“Sim, eu sou. E a culpa é toda sua. Vai se responsabilizar? ” – Toco seus cabelos e beijo seus lábios antes de responder.

“É claro que sim. Você sabe, não é? Tenho realmente a eternidade para me responsabilizar. ”

“Mal posso esperar. ” – Ela sorri maliciosa para mim e me beija enquanto aproveitamos aquele pequeno pedaço do nosso ‘para sempre’.

                                                                                                                                                                             Fim.


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Notas finais do capítulo

This is the end! Obrigada a quem leu até aqui e espero que tenham gostado! Revews são sempre bem vindos e adoraria saber a opinião de vocês.

Num futuro próximo, irei postar um capítulo especial em parceria com a Lecka-chan e seu My Shadowy Vampire, então fiquem de olho.

Amo vocês!



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