Félix e Niko - Counting Stars escrita por Look at the stars


Capítulo 19
Capítulo 19




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Eles estavam deitados um do lado do outro na areia da praia, a brisa fria que passava por ali acompanhava o barulho das ondas e o silêncio dos dois, do qual nenhum deles ousava quebrar. Já era tarde, ambos sabiam, porém nenhum deles queria sair dali. Era como se o mundo estivesse parado para que eles curtissem cada momento das horas que ainda lhe restavam juntos.

Niko havia contado tudo para Félix sem deixar de fora qualquer detalhe, sem deixar de fora qualquer sentimento de angustia que manteve dentro de si por anos. Ele estava se esforçando o mais que podia para tentar convencer a si mesmo que aquilo que sentia por Félix não era paixão, mas um sorriso de rendição brotou em seu rosto ao se lembrar das palavras que seu amigo Gustavo havia lhe falado uma vez. A voz dele dizendo aquelas palavras ecoou em sua mente apenas para deixar sua derrota mais deplorável do que já estava.

“Quando a gente fala sobre nós, sobre nossas vidas... sobre tudo, sem reservas e não esconde nada por mais que seja doloroso... a gente meio que ta deixando a pessoa ocupar um grande espaço no nosso coração.”

O loiro não saberia dizer o quão doloroso seria deixar Félix partir, sabia que a cada hora, minuto e segundo que se passava a dor da falta que ele causaria ao ir embora se tornaria mais e mais devastadora. Mas essa seria apenas mais uma dor, certo? Das quais já estava acostumado a enfrentar e conviver.

Conforme os dias foram seguindo Niko sentia-se cada vez mais apto a não deixá-lo ir, porém essa idéia evaporava de sua cabeça cada vez que o medo de ser magoado, abandonado e destruído atormentava sua mente e principalmente seu coração.

Talvez a razão de sua eterna felicidade estivesse bem ali ao seu lado... Ou talvez poderia ser a razão de mais uma queda sua? E Niko tinha a certeza de que se assim fosse, dessa ele nunca conseguiria se levantar.

– Durante um tempo eu comecei a achar que a única certeza que eu tinha na minha vida, era que essas infinitas estrelas estariam comigo em todas as minhas noites e até mesmo nos meus dias, embora eu não as pudesse ver... eu sempre tive a certeza de que elas estariam lá. – O loiro comentou.

– Você não deixou de ser uma pessoa romântica Niko. – Félix falou com um sorrisinho.

– Talvez seja por que, eu tenha um lado bem bobo que ainda acredita no amor... e isso é culpa sua.

– E por que seria minha culpa?

Niko virou o rosto para encará-lo.

– Por que eu gosto de você. – Félix sorriu, ouvi-lo dizer aquilo o deixava imensamente feliz.

O moreno sentiu seu corpo todo estremecer quando sentiu o toque da mão tímida de Niko segurando a sua em um aperto confortante. Ele admirava aqueles olhos verdes que o loiro tinha que ficavam ainda mais lindos iluminados pela luz do luar.

Niko se sentia sem jeito quando ele o olhava daquela maneira, era tão intensa que até fazia parecer que aqueles olhos negros como a noite conseguiam ler sua alma. Desviou o olhar dele e mirou o céu, cruzou os dedos da mão que não estava unida a dele e a levou até seu próprio peito, fechou os olhos e mesmo sabendo que aquilo não iria se tornar real, mesmo sabendo que a porcentagem de acontecer era praticamente igual a zero. Niko com os olhos fechados desejou em seus pensamentos ficar com ele para todo o sempre, desejou ter Félix Khoury sempre ao seu lado.

Félix olhava para ele extasiado, ainda conseguiam se surpreender com certas atitudes do loiro. Curioso com o que ele pedirá, perguntou fazendo Niko abrir os olhos.

– O que você desejou?

– Não posso contar, quando a gente conta o desejo não se realiza. A regra é essa. – Disse se deitando de lado com a cabeça apoiada no braço.

– A regra também diz que só se deve fazer pedidos quando passa uma estrela cadente, o que não foi o caso porque eu não vi nada.

Niko se aproximou dele, seus rostos estavam tão próximos que com apenas um movimento seus lábios se encostariam. Em um sussurro Niko falou:

– A vida é muito curta para esperar algo para se fazer um pedido.

Félix rodeou o corpo dele com seus braços trazendo-o para mais perto, entre sorrisos e beijos os dois continuaram na praia. Algum tempo depois á noite começará a ficar fria demais para eles continuarem ali, então resolveram voltar para o apartamento de Niko.

– Félix! Olha só, você ta sujando tudo de areia.

Ele reclamou ao ver o pequeno rastro de terra que o moreno deixava à medida que andava por seu apartamento.

– Você também ta cheio de areia Niko. – Retrucou.

– É, mas eu não estou espalhando ela pela casa como você ta fazendo.

Enquanto andava Félix olhou para si mesmo e depois para Niko.

– A gente precisa de um banho...

– E você precisa parar de andar pela casa, o que foi? Ligaram você na tomada? – Comentou com o humor costumeiro.

– Vem Niko... – Ele o puxou pela mão e em seguida passou os braços por sua cintura dando-lhe um beijo demorado. – Eu vou cuidar de você.

– Você vai cuidar de mim? – Perguntou sorridente enquanto tirava à areia que ainda restava nos cabelos negros dele.

– Vou... – Lhe beijou novamente. – vou te dar banho... – Em um movimento ágil Félix retirou a camisa dele e a deixou jogada no chão da sala. Beijou-lhe o pescoço, que fez com que ele fechasse os olhos com o carinho. E por fim Félix sussurrou perto de seu ouvido. – vou fazer amor com você e te deixar dormir nos meus braços. – O moreno o abraçou.

– Essa proposta parece ser muito boa. – Disse ao se aconchegar no abraço dele.

– Ela é irrecusável Niko.

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– Seu coração... – Falou, ficou calado por um tempo como se estivesse atento a cada batida do coração de Félix. - bate tão rápido.

– Ainda bem né? – Brincou. – Sinceramente Niko! Com o que aconteceu aqui nessa cama, eu achei que ele ia parar de vez.

– Seu bobo.

Niko estava deitado sobre o corpo de Félix enquanto este passava delicadamente a mão entre seus cabelos loiros enrolados. Além ouvir a batidas do coração do moreno, Niko colocou a mão sobre seu peito para também senti-lo um pouco mais. Os dois estavam aconchegados um no outro por debaixo dos lençóis, apesar da noite estar bastante fria eles ainda estavam suados e aquecidos. Frio era a ultima coisa que se sentia dentro daquele quarto, principalmente naquela cama.

– Félix... – o chamou com a voz tranquila e suave.

– Hum?

– A gente ainda precisa conversar...

– Eu sei... eu acho que sei bem sobre o que é essa conversa e aonde ela vai chegar.

Niko ajeitou-se melhor em seu colo para poder olhá-lo. Com aqueles olhos verdes fixados nele Félix perguntou sem esperanças de que a reposta fosse boa para ele.

– Eu não vou poder ficar não é mesmo?

O dono do par de olhos escuros viu que sua partida não iria apenas doer em si próprio, mas também em Niko. Podia ver isso dentro daquelas esmeraldas verdes.

Então porque Niko não o pedia para ficar? Porque ele insistia em lembrá-lo que teria que ir embora? Porque seus olhos diziam uma coisa e por sua boca saiam palavras totalmente diferentes das que estavam naqueles olhos?

As repostas de suas perguntas estavam no mesmo lugar onde se formaram, nos olhos verdes que o encarava, era simplesmente... Medo. Félix via que o medo dele, de que algo pudesse dar errado mais a frente era mais forte do que qualquer outra coisa que ele pudesse sentir. O medo o segava e ele não poderia fazer nada para mudar isso. Não poderia dar a ele a certeza de que tudo daria certo, de que tudo seria perfeito porque, afinal de contas, Félix nunca havia amado antes e também tinha medo de errar e fazê-lo sofrer.

– Eu queria dizer que você pode ficar... mas não posso. – ele que até o momento sustentava o olhar o desviou de Félix. – eu sinto muito.

– Ei... - Félix passou delicadamente a mão pelo rosto dele, desenhando os traços angelicais que ele possuía. - Eu sei... - O puxou para um beijo singelo. - Eu sei... – Sussurrou novamente contra sua boca.

Félix sentiu uma lágrima descer por seu rosto e sua surpresa foi perceber que não era sua e sim de Niko. Ele estava chorando?

– O que eu devo fazer? – Perguntou.

Niko sabia ao que ele estava se referindo, era sobre seu pai, Edith e o pedido de casamento que estava praticamente sendo obrigado a fazer quando voltasse para casa.

– Apenas... – O loiro limpou com as costas da mão o rosto que ainda estava molhado. – siga o que seu coração diz.

– O que meu coração está dizendo?

– Eu não sei Félix... – Disse Niko achando a pergunta dele um tanto boba. - eu não sou seu coração.

– Mas você estar na maior parte dele. – afirmou.

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Aquela era a terceira manhã sem ele, e a pontada de saudade em seu coração só fazia aumentar cada dia mais. Como previsto estava dolorosamente sentindo a falta dele, era apenas o terceiro dia e já estava absurdamente mal, tinha medo apenas de pensar sobre como seria os próximos dias.

Eram em manhãs solitárias como essa que Niko agradecia por Félix não ter deixado seu número com ele, pois o loiro certamente iria passar horas e horas encarando o celular se perguntando se deveria ligar ou deixá-lo em paz como eles havia combinado de fazer um com o outro.

Nem as visitas constantes de sua mãe e a ligações de sua irmã eram capazes de fazer Niko esquecer Félix por um momento sequer. Nem mesmo as festas que costumava frequentar ajudavam, se sentia deslocado em meio a tantas pessoas e não conseguia se distrair como antes. Isso lhe fez pensar que depois de Félix ter passado por sua vida nada mais seria como antes.

Não conseguia esquecê-lo e a prova disso estava ali quando se deu conta que estava naquela praça sentado no mesmo banco em que ficou com ele há dias atrás.

– Você aqui de novo? – O loiro estava tão distraído que nem viu ele se sentando do seu lado.

– Eron? – As palavras saíram frustradas em seu intimo Niko desejava que fosse Félix.

– É a segunda vez que nos encontramos aqui, deve ser algum sinal. – Eron falou contente por rever Niko novamente.

– Sinal de que eu tenho uma tremenda falta de sorte.

– Você precisa mesmo ser assim comigo?

– O que você quer Eron?

– Nada... eu só fiquei surpreso.

– Com o que?

– Você sentado aqui nesse banco... – Eron não conseguia esconder o sorriso de felicidade. – esse banco que de certa forma significava muita coisa para nós dois.

– Você ta achando que eu venho pra cá porque de alguma forma sinto falta do tempo que a gente era “feliz”? – Niko fez aspas com a mão e deu um sorriso debochado para o outro.

– Não é a primeira vez que eu te vejo aqui.

– Não? – mesmo levando aquela conversa adiante Niko raramente o encarava.

– A primeira vez que eu ti vi aqui foi há alguns meses depois que tudo aquilo aconteceu com a gente... você parecia está machucado, tinha curativos no rosto, estava triste e pensativo. Eu não tive coragem de ir falar com você.

– Ainda bem! Porque se você aparecesse na minha frente naquela época você ficaria igual a mim, cheio de curativos no rosto.

– Depois disso o encontrei outras vezes aqui, mas ainda não tinha coragem de falar com você e...

– Quer saber por que eu sempre vinha aqui? – O interrompeu perguntando.

Eron acenou dizendo que sim.

– Toda vez que eu me sentia fraco, toda vez que eu tinha vontade de chorar e ser igual ao Niko que eu era na época que eu estava com você eu vinha aqui. Eu vinha aqui para me lembrar de tudo o que você me falou naquele dia quando me abandonou. Eu vinha aqui para me lembrar da promessa que eu fiz de não deixar ninguém me machucar como você fez. Eu vinha aqui para me lembrar de que ser o Niko doce e gentil não fez muito bem pra mim. Mas agora... –Niko deu uma pausa. – Hoje, eu venho aqui por que esse lugar me lembra uma pessoa especial que me fez feliz como em muito tempo eu não era.

– Ta falando daquele rapaz que estava com você outro dia?

– O nome dele é Félix.

– Você gosta dele?

– De todas as pessoas que já encontrei e conheci nesse mundo, ele foi aquela pessoa, sabe? Aquela pessoa que a gente sabe que vai chegar e fazer toda a diferença na nossa vida.

– Se ele era tão importante assim para você, por que não ficaram juntos?

– Porque você me abandonou e agora eu tenho medo. Eron você desistiu de mim porque de certa forma concluiu que eu não valia à pena... eu tenho medo de que mais pra frente o Félix veja isso também.

– Isso não é verdade, eu não fiquei com você porque sou um covarde. Porque eu não te amava tanto, porque se eu o amasse, eu não me importaria com o mundo ao meu redor e sim com você.

– Mas isso não importa muito agora, ele já voltou pra casa dele e a essa altura talvez já tenha pedido a namorada em casamento e eu não vou atrapalhar a vida dele.

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Apesar de tentar lutar com todas as suas forças contra os sentimentos que seu coração sentia Niko sempre perdia a batalha. Ele já havia admitido para si mesmo que estava perdidamente apaixonado por Félix e na pior das hipóteses poderia estar o amando. E o que mais lhe assustava era o tamanho desse amor.

Se o amor fosse comparado à chuva, o amor que sentiu por Eron era um mero chuvisco enquanto o de Félix era uma tempestade que arrebatava todas as suas emoções, até mesmo aquelas que estavam escondidas em algum lugar em sua alma.

Ele ouviu o som da campainha, antes de atender quem estava na porta Niko se olhou no espelho. Como era de se esperar sua aparência não estava das melhores, ele ajeitou o cabelo para disfarçar um pouco mais seu estado lastimável e foi atender a porta.

– Anna? – Falou surpreso ao ver a irmã.

– Oi meu irmão! - Ela pode ver a surpresa nos olhos de Niko, sorriu da expressão dele. – Não vai me convidar para entrar?

Ele abriu um leve sorriso e foi na direção dela para um abraço.

– Ei que isso? Nem quando a gente passou quase um ano sem se ver você me abraçou assim. - Naquele abraço Anna pode sentir o quanto Niko estava mais frágil, bem diferente de quando o tinha visto pela ultima vez na noite que fugiu com Lucas.

– Aconteceu alguma coisa? – Disse Niko após soltá-la. – porque você está aqui?

– Eu vim te visitar, ver como você tá... e maninho você está pior do que eu pensava. – Ela falou preocupada enquanto fechava a porta.

– Do que você está falando?

– O que houve? – Ela foi objetiva.

– Como assim o que houve? – Niko tentou desconversar.

– Niko você não me engana, tem haver com aquele cara que você estava?

– Você está imaginando coisas Anna, eu to bem. To ótimo. – Ele disse tentando parecer o mais convincente possível, mas era obvio que havia falhado. Ela ainda o olhava da mesma forma. – Para de olhar assim, senão eu não vou conseguir manter minha pose de que ta tudo bem.

Niko se sentou no sofá passando a mão no rosto, Anna sentou ao lado dele.

– É por ele né? – Ela disse pensativa. – toda essa tristeza tem nome não é mesmo? Félix Khoury.

– Pelo visto você e a mamãe andaram tendo longas conversas.

– Sim tivemos, porque meu irmão não me conta mais nada sobre ele. Tenho que ficar perguntando para a nossa mãe.

– Você está sendo uma bisbilhoteira da vida alheia. – Disse Niko com o pouco de humor que ainda lhe restará.

– E você está apaixonado. – Retrucou ela.

Depois de um tempo pensando Niko finamente disse:

– E isso é terrível né?

Anna apenas sorriu do comentário dele.

– Eu não posso gostar dele Anna... – Continuou. - eu não quero amar mais ninguém dessa forma. Eu prometi isso a mim mesmo.

– Amor não é algo que você escolher ter ou não Niko. – o loiro apenas a olhava. - Sabe, quando eu tinha uns 5 anos você sempre lia uma historinha pra mim antes de dormir.

– Eu sei... – Niko sorriu ao se lembrar. – naquela época eu estava me achando porque já sabia ler.

– Não sei se você se lembra, mas eu tinha um livro preferido.

– Eu me lembro... Eu ficava entediado de você me pedir para ler só aquele livro toda noite.

– E você se lembra qual era? – Anna perguntou.

– Claro que sim, de tanto ler eu acho que decorei todas as falas de O Pequeno Príncipe.

– Então você deve se lembrar de uma frase que combina com você. Ela diz que é loucura odiar todas as rosas porque uma te espetou.

– E o que isso tem haver comigo Anna?

– Meu irmão... Você não pode ter medo de ter um novo amor só porque um te decepcionou.

– E se esse novo amor me decepcionar também?

– A verdade é que todos irão te fazer sofrer um dia, mas cabe a você decidir por quem realmente vale á pena chorar.

– Eu nunca soube que isso era possível... – Ele falou pensativo.

– O que?

– Sentir tanto a falta de alguém.

– Porque você não liga para ele? – Anna incentivou.

– Eu não tenho o número dele e mesmo se tivesse eu não poderia fazer isso. Eu tive escolha, eu poderia ter pedido para ele ficar quando tive a oportunidade, mas não fiz. E eu não posso simplesmente depois de ter passado uma semana chegar e interromper a vida dele enquanto ele está seguindo em frente. O que eu tenho que fazer é tentar esquecê-lo.

– Isso não vai ser uma tarefa fácil.

– Eu sei... todos os dias quando acordo, a primeira coisa que faço é sentir a falta dele. – O loiro suspirou. – Ele seria apenas mais um cara, se não tivesse tocado na minha alma.

Depois de algum tempo conversando com Niko, Anna disse que infelizmente teria que ir. Ainda precisava visitar a mãe e o pai e convidou ele para irem juntos.

– Não Anna, papai ainda não está muito contente com o que eu fiz. É melhor ficar por um tempo afastado dele.

Anna já estava se dirigindo a porta quando Niko se lembrou de algo que queria dar a ela.

– Anna eu tenho uma coisa para você.

– Pra mim?

– É! Espera só um minuto, eu guardei em uma gaveta lá no meu quarto. – Niko foi até lá.

Ao chegar no quarto para pegar o que tinha prometido a ele, o loiro ao abrir a gaveta viu o seu pequeno caderno que nos últimos dias havia visto nas mãos de Félix muitas vezes. Pegou o caderno e viu que havia um pequeno papel branco dobrado ao meio entre suas paginas. Um sorriso veio em seu rosto quando viu que foi Félix que havia deixado ali para ele.

– Niko? – Anna o chamou antes que o loiro pudesse abrir para ver o que estava escrito.

Ele guardou a carta de Félix no lugar onde estava e pegou o que queria dar a irmã e foi até ela.

– Aqui... –Niko entregou a ela.

– Minha caixinha de música... onde você encontrou ela Niko? Faz tempo que eu não a via.

– Eu peguei algumas caixas com coisas nossas do porão da casa dos nossos pais e vasculhando as coisas a encontrei.

– Obrigado.

Anna o abraçou e foi embora, assim que a porta se fechou Niko foi correndo até o quarto. Foram tantas as coisas que lhe aconteceram que ele havia se esquecido de que Félix tinha guardado algo em sua gaveta e pedirá para ele ver apenas no dia seguinte.

O loiro pegou a caderno novamente, se sentou na cama e retirou a folha dentre as paginas. Por alguns segundos Niko apenas admirou as letras escritas com caneta preta, eram tão lindas como quem as escreveu. Depois de um suspiro longo começou a ler:

“Quando eu penso em você... é como se eu estivesse voando, sinto como se pudesse alcançar as nuvens, tocar o céu. Eu te amo Nicolas Corona e eu pressinto que a distancia não diminuirá o meu amor por você, se eu olhar pelo lado mais doloroso eu posso dizer que... esse amor aumentará cada dia mais e provavelmente a saudade o acompanhará.

Eu te amo. E nunca me imaginaria amando alguém com tanta intensidade, nem sabia que tinha a capacidade de amar assim. Eu só queria que você soubesse que sempre terá uma parte de você em mim.

Niko, por você eu amaria incondicionalmente como nunca havia feito antes, eu passaria noites em claro só para cuidar de você, desistiria de tudo por você se me pedisse, por você eu aprenderia a ser romântico, por você eu tentaria ser a melhor pessoa para poder merecê-lo, por você eu juro... juro que tentaria contar as estrelas.”


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