Papais de Primeira Viagem escrita por Lady Purpurina


Capítulo 2
Festa sem aniversariante


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoas. Não sei se alguém vai ler isso aqui, mais ok.
Eu disse que ia postar sábado. Postei? Não. Meus motivos? Sábado e terça fui no centro comercial com minha mãe. Quinta foi meu aniversário, ou seja: parentes, festinhas, etc.
No domingo o fio que liga o roteador estragou.
O arrumaram na quarta. Eu poderia ter postado? Poderia, mas sou sonsa e esqueci onde estava o capítulo.
Mas agora eu quero agradecer a todos que comentaram. Estou tão feliz, é sério. Muito obrigada também pelos 16 acompanhamentos.
E ah, aceito comentários de presente. tá?
Boa leitura.



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Quando uma pessoa fica grávida ela tende a ficar mais sensível. No caso de Annabeth, mais.

Se uma pessoa sem querer erra a mira da privada e também sem querer  não abaixa a tampa da privada, qualquer outro ser que vai Mas acontece que o ‘outro ser’ está grávido. E acha que é simplesmente horrível e falta de higiene fazer isso. E, se você tentar discutir... bem, eu não sei, porque não discuti. Quero evitar que ela fique estressada e estresse o bebê, então permaneci calado, o que não surpreendeu só a Annabeth.

—Percy!

POV PERCY

Paro de olhar para o livro que eu devia estar lendo e olho para cima.

− Sim? – eu não iria responder ‘o quê?’. Da última vez ela achou que eu estava dando má resposta.

Estava pensando em dar uma festa. – festa? Por que? Era nosso aniversário de casamento ou da data do nosso primeiro encontro?

—Festa?

—Para...?

—Para o bebê.

— Para o bebê? – repeti suas palavras.

Ela se jogou na cadeira do meu lado como se estivesse perdendo a paciência, coisa que provavelmente estava acontecendo.

—É Perseu – eu não gosto quando ela me chama de Perseu- e não é uma festa gigantesca. – ela respondeu dando ênfase no festa. Mas isso ainda não me fez entender.

− Mas quando fazemos uma festa é para comemorar alguma coisa, e o quê exatamente nós vamos comemorar?

—Percy, Percy... Nós vamos comemorar o um mês de gravidez do bebê!

O que? As pessoas comemoram isso?

Com a minha falta de resposta ela começou a falar.

— Então é isso? Você acha que nosso bebê não merece uma festa de um mês? Por que?

—Não! Na verdade eu acho que ele merece sim! De quantos meses você quiser nós fazemos festa.

Isso a fez sorrir, o que me fez soltar um suspiro. De alívio e porque o sorriso dela é lindo.

—Ah, ainda bem. Se não eu te obrigaria.

Sempre tão doce...

—Tudo bem... mas o que exatamente se faz nesse tipo de festa?

—Nada. Nós compramos um bolo e colocamos uma vela por cima.

—Tá, mas como apagamos a vela?

— Apagando? – ela disse como se fosse óbvio.

—Eu sei que a gente apaga apagando, mas como o bebê vai soprar a vela? Ele nem boca deve ter direito.

Ela me olhou como se eu tivesse dito a maior idiotice da terra, mas em minha defesa eu já disse coisas muito mais idiotas.

—Percy, somos NÓS que sopramos a vela.

—Ah... mas você não tinha explicado direito.

Até agora não entendi como fazemos uma festa sem aniversariante, mas não vou falar nada, ela pode me achar um pouco burro. Ou mais burro do que ela acha que eu sou.

—Tudo bem. Agora que você sabe o que nós fazemos nesse tipo de festa você tem que comprar um bolo.

—Ok. E você, o que faz?

—Eu não faço nada.

— Mas e os convidados?

—Que convidados?

—Os convidados da festa.

Ela riu.

—Percy, somos só eu e você e o bebê, e além do mais, ninguém mais sabe que eu estou grávida.

Ninguém?

—É, ninguém, mais ninguém mesmo. Agora para de me distrair e vai comprar o bolo!

Pi, pi, pi... Ela está ficando irritada. É melhor ir comprar o bolo. Mas que bolo?

—Tudo bem, mas você quer bolo de quê?

—De chocolate! Não... de doce de leite! Ou abacaxi... Coco! É! Eu quero um bolo de chocolate, doce de leite, abacaxi e coco!

—Não pode ser de um sabor só não?

—Você não pode ir logo não?

— Tudo bem... – eu reviro os olhos- mas de cor vai ser o bolo?

Azul, azul, azul!

— Roxo.

Roxo!?

— Por que roxo e não... sei lá, azul? – eu usei o meu melhor tom de insinuação.

—Porque eu quero roxo e eu gosto de roxo. – ela bufa.

Tenho certeza que iria ficar mais bonito azul, mas alguém me ouve por aqui? Não.       

— Tá bem, tá bem. Mas como vai ser a vela?

Eu considero a vela uma parte muito importante da comemoração.

— Vela? Pode ser qualquer uma. Escolhe você.

Qualquer uma? Mas pelo menos isso eu posso escolher.

— Tudo bem.

Saí do apartamento e olhei no relógio. Agora eram cinco horas da tarde. Pelo menos as padarias estão abertas.

Entrei no carro e comecei a procurar algum lugar que vendesse bolos. Meu Posseidon bom pai, que nenhum monstro me apareça.

Estava pensando em ir pra casa da minha mãe quando vejo uma doceria. Lá ele tem de ter algum bolo de chocolate, doce de leite, abacaxi e... Morango? Deve ser.

 Assim que entrei no lugar, chamado “Doce Lucy”, um nome que achei um pouco... ridículo, um sininho fez aquele barulho e uma mulher de cabelo preto olhou pra mim.

—Olá senhor. Em que posso ajudar?

— Eu quero um bolo.

— Sim... mas de que?

—Chocolate, abacaxi, doce de leite e bombom.

Ela olhou pra mim com uma cara estranha.

— E com glacê roxo, por favor.

— Senhor, nós temos bolos desses sabores, mas não juntos.

Que tipo de doceria não tem um simples bolo de chocolate, abacaxi, doce de leite e bombom?

— Oh... então pegue seus bolos, corte os recheios e enfie tudo num bolo só.

Eu sou um G-Ê-N-I-O.

Ela me olhou como se eu tivesse pedido para um cachorro fazer miau.

− Bem senhor... eu posso fazer um bolo. O senhor aguardaria?

Agora não dá mais tempo de ir em outra doceria e acho que minha mãe não tem bolo desse sabor.

—Tudo bem. Eu espero, mas seja rápida.

— Farei o possível – ela disse e entrou pela porta.

Agora só me resta esperar.

Alguns minutos depois ela volta e diz que não tem glacê roxo. Eu iria sugerir que ela misturasse com suco de uva, mas como ela havia sugerido misturar duas cores que não me lembro, então deixei minha ideia para mim.

Olho para o relógio de novo. Quinze para as sete. Annabeth deve estar preocupada e com raiva.

Assim que o relógio marca sete e vinte a mesma moça volta com uma bandeja redonda e me diz quanto devo.

Só digo uma coisa: bolos de chocolate, doce de leite, abacaxi e bombom são caros.

Agora era só comprar a vela. Vou em uma loja qualquer de conveniências e escolho uma daquelas em que a vela é de duas cores e tinha glitter espalhada por ela toda (N/A: Sorry, mas meu nome me denuncia). Só para constar, a vela é branca e azul.

Pelo menos isso.

Enquanto a mulher com o cabelo pintado de vermelho passa a vela eu começo a pensar. Como seria tudo daqui pra frente? Ele não sabia, mas, Por experiência própria preferiu não pensar no futuro. Afinal, o que as Parcas planejavam para ele?

Pensei nas vezes em que lutara para salvar o mundo. De Cronos, de Gaia. Agora, Annabeth e o bebê são seu mundo, então ele lutaria por eles.

Estava sorrindo como um abobado quando ouviu um pigarreio vindo da atendente.

Paguei e fui embora.

Quando cheguei em casa, já eram oito e trinta e três. E Annabeth me olhava com um olhar de dar medo. Ou seja, o mesmo de sempre.

−Posso saber por que só chegou agora, senhor Percy?

−Ora... porque eu esperei fazerem um, já que não tinham um de chocolate, abacaxi, doce de leite e bombom.

−Bombom?

Ela está com algum problema? Ela pediu bombom, não foi?

−Eu pedi chocolate, doce de leite, abacaxi e coco. – ela falou lentamente.

Ferrou.

— Mas eu trouxe com bombom.

Ela riu.

−Tudo bem Percy. Você é meio lerdinho, isso poderia acontecer.

Não sei se me sentia aliviado ou humilhado.Acho que os dois.

−Mas tudo bem Percy –ela tinha um sorriso brilhante- vamos comer.

Não discuti.

Jantamos primeiro, pois não se deve comer a sobremesa antes do jantar, e Annabeth colocou a vela no meio exato do bolo.

Quando a vela já estava acesa, Annabeth me forçoua cantar, porque, se fosse para comemorar um aniversário, que seja direito.

Parabéns pra você, nesta data querida, muitas felicidades, muitos ano...—parei de cantar. Anos? Ele não tinha nem meses!

−Annie?

−Sim?

−Ele não tem anos.

 Ela me olhou como se só pensasse nisso só agora.

−Então fale meses.

Muitos meses de vida!- cantamos e sopramos as velas. Juntos.

Ela riu e me deu um beijo.

Quando eu iria lhe dar um selinho eu sinto uma coisa molenga no nariz.

Glacê.

Ela havia jogado glacê em mim.

Lambi meu nariz. Tinha gosto de uva. Será qua a mulher teve a mesma ideia que eu?

Antes que eu pensasse nisso sinto a mão dela esfregando mais da coisa roxa em mim.

Isso não vai ficar assim. Não mesmo.

Passei meu dedo na lateral do bolo e esfreguei no queixo dela.

Ela me olhou com uma expressão como se dissesse “por que raios fez isso?” e passou mais no meu nariz.

E assim terminamos a noite, com uma guerra de glacê roxo do bolo de chocolate, abacaxi, doce de leite e bombom.


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Notas finais do capítulo

Que tal comentarem?
Até o próximo!