Os analgésicos que tomei estava fazendo efeito, as dores quase já não existiam. Mas ainda não entendo uma coisa: Porque fazem isso comigo?
Sempre fui na minha, nunca conversei com ninguém (não por opção, mas porque todos me evitam) alem de responder somente quando os professores me perguntam algo.

A tarde e a noite passaram devagar. Daniel me chamou algumas vezes no Skype, mas não atendi. Sabia que ele ficaria nervoso vendo o meu estado.

Ele fica se martirizando por não poder estar aqui para me proteger, ele já falou algumas vezes de ver morar aqui. Não aqui na minha casa, mas aqui nos EUA, mais especificamente em Delaware, Harrington. Nao é que eu não queira que ele venha , o que eu não quero é que ele deixe a vida que tem em Toronto. Seus amigos, sua família. Não por mim.

DOMINGO

No domingo eu já nao estava bem melhor. Sábado também eu não atendi Dan no Skype, ele estava muito preocupado comigo, e respondi que estava tudo bem comigo.

Os meus hematomas já não estavam mais tão roxos, e já não sentia as dores no meu estomago.

Minha mãe marcou um almoço com toda a família, e me fez acordar cedo para ajudá-la na arrumação da casa e na preparação do almoço. Meu pai, Erick, estava se arrumando para buscar minhas tias e minha avó que moram em Seattle, no aeroporto.

– Mãe! - a chamei entrando na cozinha com um vazo nas mãos - onde coloco esse vazo?

– Ah, filha! Esse vazo você pode coloca lo no aparador da sala. - já ia saindo quando ela me chama de novo - aproveitando que você vai ate la , pegue pra mim os pratos que estão no armário.

– Sim, senhora!

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Quando terminei de ajudar minha mãe com o almoço, subi para o meu quarto para me arrumar pois ainda estava de pijama. Tomei um banho de 10 minutos e voltei para o meu quarto pois tinha esquecido de levar minhas roupas para o benhiro. Fui até a porta e a tranquei, quando estava passando para ir
para o meu closet vi meu celular piscando. Era mais uma chamada do Daniel. Decidi atender, pois meu rosto já estava muito melhor.

–Oi - falei assim que atendi.

–Meu Deus Elizabeth! Já estava ficando maluco sem noticias suas!

–Me desculpe. Não queria que ficasse preocupado. Eu estava prescisando de um tempo.

–E pra que você prescisava desse tempo? Hm... Liz aonde esta a sua roupa?

–OMG! Esqueci que estava de toalha.

–Vai colocar uma roupa. Eu espero.

–Okay.

Deixei o celular em cima da cama e fui correndo colocar uma roupa.

( http://www.polyvore.com/cgi/set?id=144616340&.locale=pt-br )

–Hey! Desculpa a demora. - falei quando peguei novamente o celular.

–Você está linda! - sorriu.

–O-Obrigada! - corei.

–Agora vai falar comigo? Porque eu não cai naquela historia de "eu estava precisando de um tempo". - falou tentando imitar minha voz.

–Não foi nada. É serio.

–Você não confia em mim?

–É claro que eu confio Dan. Só que...

–"Só que..." o que?

–Nada. - lembrar daquele dia trouxe lagrimas aos meus olhos.

–Ótimo! Já que você não confia em mim, não precisa mais da minha amizade, eu vou desligar. Tenho mais coisas pra fazer.

–Não! Dan por favor...

–Se você não quer que eu desligue, me conte!

–Eu não consigo. - falei já chorando.

–Você... tudo bem. Quando precisar de mim novamente pode ligar. - deu um sorriso falso.

–Por favor...

E desligou.