Just Listen escrita por Lenora


Capítulo 2
Prólogo - Parte II


Notas iniciais do capítulo

Olá, voltei mais rápido do que imaginava
Gostaria de agradecer os comentários que recebi no capítulo anterior, então muito obrigada meninas! Adorei cada um deles ;)
Essa é a última parte do prólogo. Aqui fala um pouco sobre as meninas, espero que gostem.
Me digam o que acharam, o que está bom e o que preciso melhorar. Uma ajuda é sempre bem-vinda!

Boa Leitura!



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Prólogo

Parte II

Dez anos de idade


Era tarde da noite, não sabia ao certo que horas eram, mas sabia que já devia estar dormindo há horas. E de fato ela estaria fazendo isso se não fosse pela voz de seu pai que gritava com ferocidade para sua mãe.

Encolheu-se ainda mais e puxou as cobertas, cobrindo sua cabeça, e agarrou seu ursinho de pelúcia ainda mais forte. Não sabia o que de fato estava acontecendo e nem o que despertara a ira do homem, não que precisasse de muito para ele explodir de maneira similar, mas pedia com todas as forças para que ele não machucasse sua mãe. De novo. Afinal, os últimos hematomas roxos da mulher ainda estavam passando para uma coloração mais clara.

– Não tenha medo - sussurrou ela para o bichinho - já vai passar.

Na sala, o homem recém chegado estava furioso. Carregava uma garrafa de bebida debaixo do braço e trazia um cigarro em seus lábios.

– Onde está a comida? - perguntou com um tom de voz alto - Por que não está nada pronto ainda?

– Desculpe - sussurrou a mulher olhando para os pés, implorando aos céus para que o marido não acordasse a filha que dormia no quarto

– Tenten teve dor de barriga, estava cuidando dela.

– Não trago dinheiro para essa casa pra você ficar perdendo tempo com essa menina! - ralhou - Trabalhei a semana toda e é isso que eu recebo?!

– Está tudo no fogo, daqui a cinco minutos está tudo pronto - esclareceu - por favor, fale baixo, ela custou a dormir.

– Não me mande falar baixo! - gritou ele agarrando o braço da mulher com ferocidade - sou eu quem sustento essa casa, então faço o que eu bem quiser! E agora estou com fome, quero minha comida! AGORA!

A mulher correu para a cozinha com os olhos marejados e apressou-se em fazer o prato do homem que arrastava a cadeira pelo chão fazendo o maior barulho. Antes de colocar o contúdo no recipiente, provou o tempero para ter certeza que estava tudo na medida perfeita.

Quando terminou, colocou o prato sobre a mesa e deu um passo para trás, esperando que ele lhe pedisse mais alguma coisa. O homem deu uma boa garfada e instantes depois de colocar a comida na boca, cuspiu tudo de volta.

– Que porcaria é essa?! - gritou ele - O que esteve fazendo o dia todo que não teve tempo de fazer uma comida decente? - ele então levantou-se e agarrou a mulher pelos dois braços, chacalhando-a com violência - está arrastando asa para outro homem, sua vagabunda?! - a mulher chorava e balançava a cabeça desesperadamente em negação.

– Claro que não. Não faça nada, pelo amor de Deus! - implorou ela - Por favor, não faça nada.

– Está com medo, não é? - agarrou seus cabelos castanhos e os puxou fortemente para fazer a mulher encarar seu rosto furioso - fique sabendo que eu mato você e a menina se souber que você está com outro, entendeu? - ameaçou - faço questão de pôr fogo em você antes!

Empurrou a mulher na parede, fazendo-a desequilibrar e cair sentada no chão. Seu marido aproximou-se e retirou o cinto que lhe pendia na cintura, segurou o acessório pelas duas extremidades e desferiu um golpe nas pernas desnudas pelo vestido.

– Vamos ver se assim você aprende a ser uma mulher de verdade - disse entre os golpes, quando a mulher começou a soluçar alto, ele abaixou-se e colocou uma mecha de cabelo dela atrás da orelha e limpou uma lágrima que descia pelo rosto - eu faço isso para o seu bem, meu amor.

Levantou-se e foi andando em direção ao quarto dos dois, deixando a mulher que sufocava entre tantos soluços para trás.

Quando ouviu uma porta bater, Tenten pulou da cama e foi em direção a cozinha. Caminhava nas pontas dos pés descalços para não fazer barulho e logo que viu sua mãe chorando sentada no chão, correu para seus braços chorando também.

A mulher, para acudir a filha e a si própria, abraçou a menina beijando sua testa enquanto forçava-se a parar de chorar, para passar maior segurança a menina. Em vão. Seu corpo chorava tanto que mal podia respirar devido a tantos soluços.

– Vai passar, mamãe - sussurrava a menina baixinho - você vai ver.


Doze anos de idade

Rolava na cama tentando encontrar uma posição que fizesse aquelas pontadas de dor passarem, mas de nada adiantava. Não sabia o que era e nem responder onde estava doendo ao certo, mas toda região inferior de seu corpo estava a matando.

– Hinata? - chamou a irmã na cama ao lado - Por que está chorando?

– Nada - respondeu entre arfadas sentido mais uma pontada atravessando seu corpo, que se contorceu buscando um conforto inacançável - não é nada.

Vendo a irmã derrubar lágrimas e se mexer sem parar, Hanabi calçou suas pantufas e foi correndo ao quarto do pai no fim do corredor. Entrou sem bater e balançou o corpo adormecido.

– Hanabi? - perguntou o homem ainda sonolento, havia trabalhado até mais tarde na empresa e estava morto de cansaço - Algum problema?

– É a Hinata, papai - a menina então pegou a mão do mais velho e atravessou o corredor novamente para adentrar seu quarto. Quando chegaram, viram o corpo de Hinata revirar-se na cama e a menina gemer baixinho. Hiashi encaminhou-se para a cama da filha e acariciou-lhe os cabelos úmidos de suor.

– O que está sentindo? - perguntou o pai preocupado - Qual é o problema?

– Estou com uma dor muito forte na barriga - arfou - está doendo muito - Hiashi levantou o tronco da garota e o lençol, que antes a cobria, escorregou mostrando o corpo magro da menina vestido por uma camisola lilás. O homem logo pode enxergar uma grande mancha vermelha tanto nas vestes da garota quanto nas roupas de cama.

Hinata ao ver o sangue, sentiu as bochechas arderem em vergonha, levantou-se da cama e correu para o banheiro. Após ter a porta fechada, abriu o armário e de dentro dele tirou uma caixinha de plástico que a empregada da casa lhe dera meses antes.

Abriu a tampa e avistou diversos envelopinhos brancos, retirou um da caixa e pôs-se a abrí-lo. Quando terminou, pediu para que a irmã trouxesse uma muda nova de roupas enquanto lembrava-se das instruções da mesma mulher que lhe entregara a caixa de absorventes, tentando reproduzir os passos de como usar aquilo.

Ainda no quarto, Hiashi encarava o lençol sujo da filha. Como gostaria que sua mulher estivesse ali com ele, ajudando-o em momentos como esse, ao seu lado, cuidando da família que os dois construíram juntos. Mas não, seu irmão tinha que levá-la para longe, deixando não só uma família órfã, mas também o garoto, seu sobrinho, que dormia no quarto de hóspedes.



Quatorze anos de idade

Estava no meio do quarto, com o vestido branco ensopado de tinta cor-de-rosa, parada em frente ao espelho há alguns minutos observando cada imperfeição presente em seu corpo. Olheiras profundas, cabelos loiros desgrenhados, óculos enorme.

Sem graça.

Feia.

Horrível.

Gorda.

Encarou seu reflexo e teve vontade de chorar. O objeto a fazia pensar coisas que gostaria de esconder até de si própria. Por que não podia ser como as outras garotas da escola? Lembrava todas ás vezes que ria das meninas magrelas juntamente com Tayuya, se divertindo às custas daquelas Barbies ridículas, mas sabia que, secretamente, as invejava.

Até havia pintado seu cabelo para ficar parecida com elas.

Chorava sobre o travesseiro durante a noite, porque sabia que eram as outras que debochavam dela, afinal era ela que nunca era convidada para as festas, não era para ela que os garotos olhavam e sorriam de canto. Era menina gorda e esquisita com quem ninguém queria conversar.

Até mesmo Tay, que sempre se dizia sua amiga a achava feia. Quando ia comprar roupas novas, a ruiva fazia questão que ela fosse junto para que a observasse desfilar de um lado para o outro, esfregando em sua cara seu corpo perfeito.

Quando combinavam de ver um filme em uma sexta a noite e a amiga desmarcava de última hora porque havia surgido uma festa, na qual ela nunca era convidada, e então ela comia o sorvete sozinha enquanto chorava vendo um filme qualquer.

Nunca entendeu os reais motivos de Tayuya, às vezes ela parecia gostar de sua companhia, mas em outros momentos ela fazia questão de mostrar o quão insignificante a loira era para todas as pessoas ao seu redor.

Até que um dia as pessoas da sala resolveram dar uma festa após a formatura e, estranhamente, ela fora convidada. Passou horas escolhendo a roupa perfeita e com a ajuda da mãe arrumou o cabelo, para só então descobrir que era tudo uma brincadeira estúpida feita por pessoas estúpidas.

Apesar de odiar cada pessoa daquela escola maldita, odiava a si mesma muito mais!

Por que ficara tão feliz em receber um papel com o seu nome e o endereço da casa do menino mais popular da escola? Não parara para pensar um instante o quão estúpida a ideia soava até mesmo para si?

Ela não sabia. A única coisa que tinha em mente acabar com todos eles. Se cada pessoa daquele lugar a julgava pela aparência, então ela faria questão de mudar, não para ser aceita, recusava-se perder seu tempo com aqueles imbecis, mas para fazê-los engolir cada maldita palavra que um dia proferiram contra si.

Enquanto sentia as lágrimas de humilhação descerem pelo rosto, retirou o óculos com rispidez jogando-o longe, encaminhou-se marchando para o banheiro, adentrou no box, ligou chuveiro e depois sentou-se no chão, sentindo a água cair sobre seu corpo lavando tanto a tinta quanto suas lágrimas.

Após alguns minutos refletindo sobre sua próxima ação, fechou a torneira e finalmente tirou aquela roupa ensopada que ainda estava manchada de rosa e foi aí que decidiu o próximo passo.

Voltou para frente do espelho e abriu a gaveta do pequeno armário e de lá tirou uma tesoura pontuda, encarou o seu reflexo novamente com os olhos decididos e prometeu a si mesma que nunca mais alguém iria humilhá-la novamente.

Ainda com a visão embaçada, passou as lâminas entre os fios, decepando-os em linhas irregulares, mais ou menos na altura dos ombros. Não sabia ao certo o que fazia, só tinha uma necessidade de mudar urgentemente a figura de fracassada que a observava de volta e, por não conseguir o resultado desejado, enfiou a tesoura na superfície refletora, quebrando o reflexo em vários fragmentos.

Não queria ver aquele monstro cuspindo na sua cara o quão inútil era aquilo, que ela sempre seria uma perdedora.

Foi para o quarto e colocou a primeira roupa que viu pela frente e então desceu as escadas rapidamente. O barulho da discussão acalorada de seus pais ainda continuava em bom som, porém dessa vez ela agradeceu a confusão e saiu sem ter que responder a um questionário que a mãe provavelmente faria.

Caminhou pelas ruas sem se importar com as pessoas que a encaravam, provavelmente pela bagunça que estava seu cabelo, e entrou na loja procurando o corredor desejado e assim que o encontrou passou os olhos verdes pelas prateleiras até achar a caixinha que tinha em mente.

Deu um sorriso mínimo que, logo que pegou a pequena caixa de tinta para cabelos, aumentou ao ler a cor desta. Riu baixinho ao pensar na reação que sua mãe teria, ela já podia enxergar a mulher soltando fumaça pelos ouvidos. Encaminhou-se então para o caixa com a caixinha de tinta cor-de-rosa para cabelos em mãos.



Quinze anos de idade

– Bom dia, papai! - disse a loira animada ao entrar na cozinha. Estava um belo dia e ela estava de pé muito antes do horário de ir para a escola afim de evitar atrasos. Foi até o homem loiro e beijou-lhe o rosto.

– Acho que temos alguém animada hoje - sorriu o outro homem de cabelos negros enquanto tomava café.

– Uma nova cidade, uma nova vida, certo, pai? - Sorriu alegre sentando na cadeira para logo alcançar a jarra de suco.

– Certo, espero que essa empolgação permaneça na hora dos estudos também, mocinha - respondeu divertido - não aguento dois sanguessugas em casa.

– Nada vai estragar o meu dia, pode dizer o que quiser - mostrou a língua. Levantou-se após tomar seu suco e comer sua salada de frutas, alisando o uniforme de animadora de torcida - Sabe, meu aniversário está chegando e acho que todo esse meu bom comportamento deve ser recompensado, não acham?

– Não vamos te dar um carro e essa conversa está encerrada - disse Shikaku duramente.

– Ah, por favor. Shikamaru tem um carro e você sabe que sou mais responsável que ele. - disse fazendo manha, sabia como dobrar seus pais direitinho. Bastava uma voz mole e conseguia tudo o que quisesse - Você sabe que eu cumpriria todos os horários, além do mais, vocês não precisariam me levar pra escola todos os dias e nem mesmo aquele preguiçoso ia ter motivo para reclamar mais - contou até cinco mentalmente até que:

– Ela tem razão, já é uma menina crescida, querido - disse Inoichi. Ino comemorou internamente, se ela conseguira dobrar o loiro, este por sua vez convenceria seu outro pai a fazer o que bem entendesse. Estava no papo - além do mais, não acho que nossa florzinha faria algo de errado - o moreno então suspirou, mas desfez sua rigidez, sabia que Ino conseguia moldá-los como bem quisesse.

– Vou pensar - a loira então comemorou e beijou a face dos dois homens que mais amava no universo.

– Sabe o que é melhor do que ter um pai? - perguntou erguendo a sobrancelha - Ter dois! Vamos, vamos, que não quero chegar tarde para o jogo - empurrou os dois homens porta a fora.

– Por que temos que ir quase duas horas antes do jogo, mesmo? - perguntou Shikaku.

– Porque sua filha maravilhosa tem que repassar os passos para as meninas, para que tudo ocorra perfeitamente! Acha que é fácil ter uma filha como eu?

– Vamos logo então, porque não quero que minha filha maravilhosa fale pelos cotovelos se algo não der certo - Inoichi então se inclinou para Shikaku e deu-lhe um beijo suave nos lábios.


Pouco tempo depois um garoto moreno desceu as escadas e foi em direção a cozinha calmamente. Viu que a mesa ainda estava arrumada e sentou-se na primeira cadeira que viu para logo começar a comer o que restara do café. Estranhou o silêncio, Ino geralmente fazia mais barulho que uma orquestra de manhã, mas ao bater os olhos em um calendário, vira a data do dia circulado com tinta vermelha e entendeu tudo.

Mais um jogo da Barbie. Sorriu. Isso queria dizer que teria a casa só para si durante esse tempo.

Terminou de comer e subiu para o quarto para caçar o celular.

– Temari? Coloque aquela sua blusa verde que eu gosto. Sim, com aquele decote. Claro que não! Vamos ficar sozinhos essa tarde. Lógico que na minha casa, loira - encerrou a chamada e se jogou na cama, enfiou os braços embaixo do colchão e alcançou o maço de cigarros escondido, no qual pegou um canudo e acendeu-o. Seu pai o mataria se o visse fazendo isso, na verdade os dois.

Mas pouco se importou, eles faziam o mesmo.


Quinze anos de idade

Um ... Dois ... Três.

Um ... Dois ... Três.

Um ... Dois ... Três.

– Vamos logo, Tenten - reclamou a amiga - eu preciso urgentemente beber água!

Um ... Dois

– Você é muito mole, sabia? - continuou com os seus abdominais - chegamos não faz nem meia hora, Hinata.

Três.

Um ... Dois ... Três.

– Está quase trinta graus - disse Hinata se abanando com as mãos - e estamos aqui há uma hora - Tenten revirou os olhos e levantou-se.

– Tudo bem, mas vamos correndo até a lanchonete - a morena então saiu na frente de sua amiga que ficou chamando seu nome atrás de si. Riu e diminuiu o ritmo para que Hinata a acompanhasse.

– Mais um passo e juro que falo para a Hanabi cortar os cabelos de Neji e colocar a culpa em você - ameaçou ela com uma respiração irregular devido a corrida.

– Esse seu lado eu não conhecia - riu de canto - vamos lá, me surpreenda mais! Vamos ver quanta maldade existe nesse ser puro e imaculado que é você.

– É a convivência - resmungou Hinata, que mal viu uma garota correndo na direção contrária a dela. As duas acabaram por se esbarrar e por pouco não foram ao chão.

– Tenha cuidado! - gritou Tenten para a menina de cabelos cor de rosa que nem ao menos se preocupou em pedir desculpas à amiga - Mal educada. Vamos logo, Hinata - foram andando lado a lado até a lanchonete e sentaram-se em uma mesa que ficava em frente a pista de corrida, onde a rosada ainda corria.

Agora que Tenten parara para analisar, a garota era pequena e extremamente magra, o que não combinava muito com toda aquela correria. Ela deveria fazer parte daquelas magricelas que vivam a base de fotossíntese e enlouqueciam se engordassem duas gramas. Tenten continuou a observar a garota que, após terminar de correr, passou a fazer outros exercícios incansavelmente.

– Está aí alguém que poderia acompanhar você - disse Hinata enquanto sugava seu suco pelo canudo. Abacaxi com hortelã era sempre uma boa escolha para o verão.

– Com um cabelo desses, a única coisa que eu quero dessa aí é distância - a morena riu - acho que com essa aparência de bonequinha, ela combina mais com aquela Ino - Hinata sorriu de canto e continuou a observar a estranha que não parou um minuto sequer.

– Bom, vamos logo - Tenten levantou-se e puxou a amiga pela mão - o jogo já está pra começar e você sabe o que vai acontecer se o Neji não me ver lá.


Era começo do ano e a professora de literatura teve a brilhante ideia de fazer um trabalho em grupo.

Menos mal - pensou Ino - menos trabalho.

O único problema era o fato das duplas serem escolhidas pela professora e todas as suas amigas terem lhe virado às costas quando descobriram que os pais dela na verdade eram dois homens.

– Tenten e Ino - disse a mulher. A loira olhou para o lado afim de procurar a garota que fora escolhida para fazer o maldito trabalho com ela e viu uma morena balançando a mão, chamando-a para mais perto.

Após alguns minutos, a professora chamou o nome de Hinata e escolheu Sakura para ser sua dupla. A morena não conhecia a aluna nova, mas assim que pôs os olhos nela, viu que era a garota do parque do fim de semana anterior. Ela parecia ainda menor, encolhida no fundo da sala. Pode ouvir a menina resmungar baixo sobre odiar a escola enquanto arrastava a cadeira para perto da dela.

– Fique tranquila - sussurrou Hinata - eu posso fazer os poemas, você só me ajuda com a escolha das palavras.

Antes que a garota pudesse responder, Tenten - que estava sentadaatrás de si junto com uma loira esnobe - cutucou-a no ombro com um sorriso. Hinata sabia exatamente as palavras que a amiga iria dizer.

– Ainda bem que literatura é mole pra você - sorriu ela - podemos fazer um quarteto e terminar de fazer esses poemas rapidinho. Vamos pra sua casa depois da aula.

Hinata sorriu para a amiga e concordou. Tenten faria qualquer coisa para diminuir o tempo gasto com os estudos e assim aumentar cada minuto que pudesse para ficar com o seu primo - além do mais sabia como a amiga era péssima quando se tratava de poesia. A morena então olhou para a loira e depois para a garota ao seu lado em uma pergunta muda. As duas apenas concordaram.

– Claro - sorriu a loira e estendeu a mão em um cumprimento - sou Ino, muito prazer!

– Tanto faz - respondeu a menina de cabelos cor de rosa entediada - só preciso terminar tudo antes das quatro.


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Notas finais do capítulo

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Até o próximo,
Beijos!