Percy surgiu e viu a cena mais romântica de todas as cenas românticas que se lembrava - não mais do que os momentos que lembrava de ter passado com Annabeth, claro.

Percy sabia que não era o momento certo para aparecer, mas se sentia obrigado. Afinal, fazia parte do grupo até o fim da missão. Ele que impelira Frank a beijar Hazel, antes que fosse tarde demais, e também queria ver como era lançar o amor no ar, como Eros. Ops, Cupido.

Enfim.

Ele se aproximou, sem graça, e os dois o olharam. Percy sorriu. Pareciam muito felizes mas, também, preocupados.

Com a maior cara de pau do mundo, Percy perguntou:

– E aí?

Frank abraçou Percy também, e os três riram.

– Que dia louco - disse, por fim, Frank.

– É - concordou Percy. - Sabe, estou me lembrando do meu passado. Tenho a certeza de que passei por muitas missões e riscos de vida. Mas essa é... Incrível, com vocês.

– Sim - concordou Hazel.

Percy olhou para ela e percebeu seu rosto estava inchado. Esteve chorando.

– O que foi? - perguntou Percy. Hazel se afastou e sentou no chão. Bateu na areia com as mãos.

– Sentem-se. Temos muito a conversar antes de enfrentarmos o exército de Alcioneu e salvarmos o mundo - sorriu.

Hazel contou sobre sua vida antiga. Frank contou como um pedaço de madeira continha sua essência. Percy contou os fragmentos de seus 16 anos que se lembrou nos últimos dias.

Era isso. Não existiam segredos entre eles. Eram melhores amigos. Para sempre.