Pov. Rose.

Desci mais cedo para o campo a fim de verificar algumas coisas de ultima hora.

Já tinha vestido o uniforme quando o time chegou, cantando o hino de nossa casa.

–Por que não tomou café? –Isa perguntou.

–Estou sem fome.

–Come não queremos que nossa capitã desmaie no meio do jogo.

–Ta legal.

Comi o pedaço de torta. Peguei minha vassoura e repassei as estratégias.

**

A porta se abriu e o sol ofuscou minha visão. Subi na vassoura e me impulsionei para o ar.

As três casas restantes torciam pela Lufa-Lufa. Mas isso não iria nos impedir de ganhar.

–Ok, ok. Quero um jogo limpo, sem truques. Capitães apertem as mãos.

Apertamos as mãos.

“Uau senti faíscas no ar” Marcus narrou. “E a goles é lançada. Grande pegada Weasley.”

Passei a goles para Fabio Parkinson. Ele passou para Ângela Spinnet. E assim seguimos até marcar 10 pontos.

“Caraca se continuar nesse ritmo Lufa-Lufa não tem chance." Vaias foram gritadas. "Desculpa Lufanos é verdade.”

Estávamos em 200 pontos quando a Lufa-Lufa marcou 150 pontos.

–Zabini vai! Agora.

Gritei bem na hora que um balaço acertou meu ombro esquerdo.

–Ei você ta legal?

–Tô sim. Vai a Finta.

–Beleza.

“Será que a Weasley vai se recuperar desse balaço?”

Fiz que sim com a cabeça.

“Ei, ei! Parece que Zabini avistou o pomo.”

Ótimo! Exatamente o que eu queria.

Fiz sinal para os artilheiros marcarem mais pontos enquanto o goleiro estava distraído.

210, 220, 230, 240, 250

O goleiro percebeu o que estamos fazendo e começou a defender.

Mas já era tarde Zabini eliminou o apanhador e saiu a procura do pomo.

“Nossa, agora sim o pomo foi visto.”

Olhei para Zabini bem na hora que a mão dele agarrou uma bolinha dourada.

“E a Sonserina ganha o jogo.”

Desci até o chão e o time me ergueu nos ombros. Nossa casa desceu correndo e gritando “Weasley, Weasley”.

–Comemoração na casa da Sonserina hoje à noite.

Pov. Scorpius.

O frio já começava a dar seus ares. Helena e eu estávamos andando perto do lago.

–Qual é ele é terrível. –Ela falou rindo para mim.

–Ele não é. –Eu ria dela.

–Fala sério. Ele é um fantasma... que da aula de história.

–Ta eu admito. Ele se torna chato às vezes.

Passamos a tarde toda conversando, e rindo.

–Então, o que você tem com a Weasley?

Ela me deu um leve empurrão com o ombro.

–Nada. Por quê? –Respondi meio receoso.

–Por favor, noventa por cento do seu tempo você passa olhando para ela.

Bufei.

–Não é nada. O que é bonito é pra ser olhado.

Ela riu ainda mais. Jogou as mãos para o alto.

–Admito ela é bonita. Mas não é a única.

–Verdade. Tem você, Isabelle, Ângela.

–Opa eu tô na lista?

–Claro é uma das mais bonitas.

Ela ficou vermelha e escondeu o rosto.

–Principalmente quando fica com vergonha.

Puxei delicadamente seu queixo para poder olhar para os olhos dela, tão azuis quanto os da Rosie.

–Você é linda Helena.

–Você também é Scorpius.

Eu aproximei o rosto dela do meu, e a beijei. Um beijo doce e calmo.

Nos afastamos. Olhei para ela e por um momento vi a pele branca e os cabelos ruivos da Weasley.

–Eu preciso ir. –Ela se apressou em dizer.

–Tudo bem. Eu te acompanho.

–Não, eu vou terminar uns trabalhos coisa muito chata.

–Ah. Ok, até mais tarde.

–Até mais.

Ela correu. Olhei para ela e não esperava ver a Rose.

Ela me olhava e parecia que tinha levado um soco. Pensei ter visto uma lágrima cair, mas na hora ela virou o rosto e sumiu nos corredores da escola.

Pov. Rose

Eu corri, corri até não conseguir mais. Meus pés doíam muito, minhas pernas não aguentavam mais.

Me joguei a sombra de uma arvore e chorei. Segurei minhas pernas contra o corpo e me encolhi. Chorei tanto que perdi a hora.

Ele simplesmente beijou ela. Como se a gente nunca tivesse ficado.

Não Rose para essa não é você. Me censurei. Você não chora por ninguém muito menos por um Malfoy.

Me levantei e o sol já estava se pondo. Fui para o dormitório e me joguei na cama. Logo adormeci, mas não descansei os pesadelos tinham voltado.

–NÃO, ME SOLTA. NÃO POR FAV....AAAAH.

Meus gritos eram agonizantes. Rasgavam minha garganta.

–Hora uma Sonserina implorando pela vida não é novidade. Mas uma Weasley, isso é novo.

A voz da mulher que me torturava era cheia de ironia e ódio.

–Eu vou me vingar pelo que sua família de traidores do sangue fez com a minha. Você vai pagar pelo erro deles.

–Sua mestiça imunda. Filha de traidores e sangues ruins.

Sua risada de prazer ao ver meu sofrimento ecoava na minha cabeça.

Eu já estava quase inconsciente quando um feitiço voou na direção da mulher, mas ele não chegou a atingi-la, ela aparatou antes.

–Rosie. -A única coisa que eu ouvi foi me nome. Então eu desmaiei.

Acordei suado frio e ofegante.

–Redhead você ta bem? Estava gritando.

Minhas colegas de quarto me olhavam, assustadas.

–Sim. –Engoli as lágrimas que ameaçavam transbordar. - Foi só um pesadelo.

Levantei e fui para o banheiro.

Eu estava branca e meu cabelo grudava na testa pelo suor. Olheiras roxas marcavam meus olhos.

–Rose abre a porta. – Eu destranquei a porta.

Loreley e Isabelle entraram.

Elas me abraçaram.

–Rose o que aconteceu? Você estava gritando tanto.

–Era só um pesadelo meninas. Eu estou melhor agora. Juro.

Elas se olharam e assentiram.

Joguei água no rosto e voltei para a cama. Dormi de novo torcendo para não ter mais sonhos assim.

Pov. Scorpius

Eu estava quase lá. A casa estava logo ali e os gritos e suplicas aumentavam.

Abri a porta e procurei no térreo. Nada.

Subi para o primeiro andar. Nada.

Mas de onde vieram os gritos? De repente eles pararam.

O porão.

Assim que abri a porta os gritos recomeçaram.

Vi a mulher lançar crucios um atrás do outro em direção a uma garota jogada no chão.

–Estupefaça. - Gritei.

Mas a mulher aparatou.

Corri para a garota.

Parecia que eu tinha levado um soco. Lágrimas escorriam pelo rosto branco da garota e sumiam nos cabelos ruivos. Meus olhos embaçaram pelas minhas lágrimas.

–Rosie.

Ela me olhou e desmaiou.

Fui arrancado do sonho de repente.

O amor da minha vida. A minha ruiva.

Ela era o meu elo. E ela corria perigo.

Eu tenho que protege-la.