P.O.V. Emma Swan

Nos últimos sete meses, Regina estava tão feliz, que jurava que ela poderia explodir e virar fogos de artifício. Eu tinha s sensação de dever cumprido, afinal ela estava cada dia mais sorridente. Ela tinha encontrado seu final feliz. Porém eu confesso que ainda sentia uma pontada de culpa, afinal eu que tinha tido a brilhante ideia de trazer Marian para o século XXI. Eu queria trazer Robin de volta. E eu iria fazer isso.

Deixei Henry na escola e fui para a antiga loja de Mr. Gold. Depois de tudo que aconteceu, eu só podia torcer para que ele não viesse em busca de vingança. Belle tinha deixado a chave debaixo do carpete, afinal eu tinha a avisado que viria.

Abri a porta fazendo com que o som do sino ecoasse pelo local lotado de objetos. Andei direto para a estante de livros e comecei a lê-los, um por um. Torci para que o fato de Rumple ter ido para um mundo sem magia fizesse com que qualquer feitiço que ele tivesse feito nos livros fosse desfeito, afinal eu queria sair daquela loja intacta.

Eu precisava de qualquer objeto ou feitiço que servisse como um portal. Mesmo assim eu ainda tinha outros obstáculos: Onde eles estavam? Como eu iria criar um portal para um mundo sem magia?

Feijões mágicos, espelhos, chapéus... Peguei qualquer coisa que parecesse com um portal. Antes de criar um portal, peguei um globo branco e espetei meu dedo no espinho que ficava em sua base. Deixei que algumas gotas de sangue escorressem sobre a superfície esbranquiçada. Depois de alguns segundos a imagem de um prédio cinza, com janelas de ferro manchadas pela ferrugem surgiu. Vi a imagem de Robin saindo do apartamento e virando a rua antes de tudo voltar a ficar branco.

Então era isso. Robin estava morando em Nova York. Agora eu precisava encontrar algum portal. Não achei nenhum feijão mágico, então comecei a revirar todos os chapéus que encontrava. Infelizmente a única coisa que eu encontrei foi poeira, muita poeira.

Já era hora do almoço quando sai da loja, totalmente cansada. Busquei Henry para almoçarmos no Granny’s. Depois disso fomos para a casa de Regina. Era impressionante como um bebê podia trazer tantas mudanças. Regina tinha largado as saias e os terninhos por conta da barriga. Agora ela usava vestidos soltinhos e mais coloridos. Mesmo assim continuava com seus batons escuros.

“Oi mãe!” “Oi filho!” “Como está o meu irmãozinho?” “Agitado, como sempre”.

Fiquei na casa de Regina até anoitecer, sendo que quando fui embora, deixei Henry. Dirigi até o Granny’s, afinal tinha marcado de jantar do Killian. Quando cheguei, ele já estava lá, me esperando com um sorriso no rosto. Cumprimentei-o com um selinho demorado. Conversamos até as luzes da lanchonete apagarem. Resolvi dormir no quarto que Killian tinha alugado no Granny’s, afinal não teria a companhia de Henry em casa.

“Sabe Killian, posso te pedir uma coisa?” “Qualquer coisa por você, Love” “Excelente, porque amanhã nós vamos para a antiga loja do Gold”.

Notei que ele arqueou uma de suas sobrancelhas e não pude deixar de rir. Depois disso expliquei a ele que queria procurar um portal para achar trazer Robin. Trocamos alguns beijos antes de nos deitarmos. Notei que nossas mãos estavam entrelaçadas e não pude conter o sorriso. Eu faria com que Robin voltasse para Regina.