P.O.V. Robin

Já fazia sete meses que eu tinha deixado Regina em Sotrybrooke. Os sonhos de nossa noite juntos e os pesadelos de nossa despedida ainda me assombravam na hora de dormir.

Eu tinha conseguido um emprego como garçom em um restaurante na Times Square, além de que dava aulas de arco e flecha no meu tempo livre. A cada dia Marian aprendia mais sobre o século XXI, sendo que algumas semanas atrás ela conseguiu um emprego em um Pet Shop. Já Roland começou a frequentar a escola.

Acordei e beijei a testa de Marian, e logo depois a de Roland. Arrumei-me, tomei café e andei até a cafeteria. Trabalhei até o final da tarde, e depois disso, busquei Roland na escola. Recebi uma mensagem de Marian, avisando que iria demorar, então fiz um sanduíche para Roland, que depois de tomar banho, adormeceu no sofá.

Coloquei-o na cama e esperei Marian chegar na portaria do prédio. Assim que virei à esquina, soltei um suspiro de alívio. Não que eu não confiasse nela, mas Nova York não era a cidade mais tranquila do mundo.

“Desculpa pela demora” “Não tem problema. A propósito, o Roland já dormiu”.

Conversamos enquanto subíamos os degraus velhos e de corrimões enferrujados do prédio. Eu e Marian comemos em silêncio. Sentamos-nos no sofá e assistimos a um filme.

“Robin, eu queria te perguntar uma coisa” “O que?” “Nós não estamos juntos, juntos não é? Quero dizer você ama a Regina”.

Eu estava bastante confuso com aquela conversa, afinal eu me perguntava qual seria o final dela.

“É, eu acho que sim, mas por quê?” “É que eu conheci alguém e ele me convidou para um jantar” “Ah sim”.

Então era isso. Marian estava seguindo em frente, até porque ela mesma sabia que meu coração pertencia a Regina.

“Eu fico feliz que você esteja seguindo em frente” “Então você não está bravo?” “Claro que não”.

Beijei sua testa e fui em direção ao banheiro. Assim que voltei vi Marian dormindo com Roland. Deitei-me no sofá, que havia sido trocado por um mais confortável, e dormi pensando em como estaria a minha amada Regina.