RedHead escrita por FlightWitch


Capítulo 20
If This Is It...


Notas iniciais do capítulo

People, peço desculpas pela demora dos capítulos! Prometo que vou melhorar!
Aproveitem *-*



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Entrei no meu apartamento com a sensação de estar na casa de algum desconhecido, não conseguia me sentir em casa ali desde quando passei a ficar muito mais tempo na casa de Castiel, mesmo assim eu já havia batido em sua porta trinta segundos atrás, ele não estava. Eu não conseguia ficar ali...peguei minhas chaves e bati a porta, mais forte do que o necessário.

Caminhei meio sem rumo pelas ruas, até escutar o som de água, e vento, e então o sol brilhando forte, não tinha percebido o quanto era bonito esse dia, o sol forçava sua luz entre as nuvens e apesar de quente uma brisa fresca nos deixava imunes ao calor.

— Vou querer um de chocolate, por favor. - Eu disse ao cara do quiosque.

— Aqui está. - Ele disse me entregando o sorvete, enquanto eu lhe passava o dinheiro.

— Você não parece ser daqui. - Uma voz falou atrás de mim, me virei e dei de cara com um garoto, acho que ele dava dois de mim, estava com uma bermuda e uma camiseta que tinha alguma coisa escrita, provavelmente uma banda que eu não conhecia.

— É porque não sou. - Respondi presunçosa, ele deu uma risada abafada.

— Gostei de você, prazer Viktor. - Ele estendeu a mão e eu levei o sorvete até a boca novamente dispensando aquele gesto e fiz questão de não falar meu nome. Ele pesadamente acenou a cabeça recolhendo a mão estendida. - Hum, ok...você não está vestida para praia, então o que tá fazendo aqui? - Ele disse me avaliando de cima a baixo. Realmente...eu estava de calça jeans, uma camiseta, e All Star.

— Sei lá. - Respondi dando de ombros, ele passou as mãos pelo cabelo castanho bagunçado, ele parecia impaciente, #comoassim?

— Olha, eu sei que você é do tipo que se faz de difícil... - Ele disse me encarando, sem fazer nenhum movimento.

— E o que que tem? - Eu pedi, dando outra lambida no sorvete, ele deu um sorriso lascivo.

— Que isso não vai me impedir de ficar com você... - ele disse dando um passo pra frente, opa opa! o cara é louco!

— Que?! - Eu falei surpresa, o cara só podia ser um miguezero psicopata! Caralho!

— Isso mesmo... - Ele falou calmo abrindo mais o sorriso e chegando mais perto, tipo perto demais.

— Você é louco! Não vou ficar com você! - Eu protestei dando um passo pra trás.

— Opa opa...calma ai. - Ele disse dando mais um passo tomando minha cintura, mas não de um jeito fofo e protetor, foi de um jeito maníaco e dolorido, e então o medo tomou conta de mim, ele fincou sua mão com tanta força que eu sabia que teria uma marca ali depois. - Você não vai fugir de mim. - Ele disse inalterável. Puta merdaaa! E eu ainda tô sozinha aqui, nem na praia da de ir mais! Olhei pra primeira coisa que passou na minha mente.

— Você é um filho da puta! - Eu gritei o acertando com a casquinha em minha mão, ele me soltou de repente.

— Você...sua..sua vadia! - Ele rosnou com a mão no rosto tentando tirar o sorvete que agora escorria até sua camiseta. - Agora você vai ver... - Ele disse agarrando meu braço de forma brutal que doeu e muito.

— EI VOCÊ! SAI DE CIMA DELA! - Alguém gritou atrás de nós, e antes que eu pudesse ver alguém já estava entre mim e o tal Viktor.

— Cara você vai se arrepender disso. - Viktor declarou claramente puto.

— Sai daqui Viktor! Vai arranjar outra em outro lugar! - Era Nathaniel gritando com todas as forças, ele parecia diferente da última vez que o vi em uma briga, mais precisamente com Castiel, ele apanhou feio...porém agora ele simplesmente sobrepunha a voz de Viktor com a sua.

— Que saco! Pode ficar calmo que eu não tava fazendo nada com ela... - Ele disse na maior cara dura, e com o rosto todo sujo de sorvete.

— Não é o que parece. - Nathaniel o contrariou. - Sai daqui! - Ele reforçou, e Viktor deu as costas com as mãos no rosto tentando limpa-lo.

Assim que Viktor se foi, Nathaniel se voltou pra mim, eu não falava com ele desde semana passada, quando tinha me pedido desculpas e estava em uma situação...digamos...lamentável, contudo hoje, ele estava totalmente diferente como se estivesse revigorado.

— Você está bem? - Ele perguntou com a voz suave.

— Graças a você, sim. - Eu falei dando os créditos a ele.

— Isso vai ficar por um tempo... - Ele disse apontando pras marcas vermelhas que as mãos pesadas de Viktor tinham deixado em meus braços.

— É... - Eu assenti. - Bem...obrigada, melhor eu ir. - Eu disse pronta pra sair.

— Espera, eu te levo. - Ele disse me chamando.

— Hum...não precisa. - Eu recusei.

— Vamos Sam, qual é o problema? - Ele alegou pacífico.

— (Ah só um namorado ruivo ciumento...) Ok. - Eu acenei com a cabeça.

Eu acompanhei Nathaniel até o carro dele, não falamos nada durante o caminho, e só então parei pra pensar no que tinha acontecido, revendo todos os momentos de novo...

— Você conhece aquele cara? - Eu pedi, lembrando que ele tinha o chamado pelo nome, mesmo sem ele ter dito.

— Bem..sim, digamos que ele tem uma certa fama. - Nathaniel explicou conforme entrávamos no hall do prédio.

— Entendendo. - Eu balancei a cabeça, chegando em frente ao elevador veio aquela coisa tipo "convido ou não convido pra subir?" Mas não tive tempo decidir já que a porta do elevador se abriu revelando a figura de um ruivo inquieto, que abriu a boca surpreso em me ver.

— Sam! Graças a Deus! - Suas palavras saíram carregadas de alívio.

POV. SAM OFF

POV CASTIEL ON

Eu já estava em cima da moto, quando ela deu seu último sorriso me fitando como se nada tivesse acontecido, como se eu não a visse há dois anos, como se o fato dela ter me traído não fizesse a menor diferença, como se tudo isso não importasse...

Coloquei meu capacete e pude vê-la caminhando sobre seus saltos um tanto quanto vulgares, ela tinha total noção de seu corpo e não media esforços para escolher as roupas que mais valorizavam suas curvas, seu objetivo era óbvio. Me voltei pra estrada e segui para dentro do tráfego, acelerei até que o mundo parecesse um borrão, não ligava para semáforos muito menos para placas de pare.

Eu dirigia em um modo automático, minha cabeça estava se afogando em pensamentos e teorias. Eu não me perdoaria se alguém magoasse a Sam, muito menos se esse alguém fosse eu, além disso eu acho que simplesmente não aguentaria perdê-la...mas ela tem feito tantas perguntas...e todas com a mesma resposta. Sim, eu não tinha contado toda a verdade, e sim, foi em uma tarde dessas no meio de um festival quando o até então desconhecido The Rapture começou a tocar sua mais pedida música How Deep Is Your Love, e enquanto as pessoas cantavam junto e algumas até esbarravam em nossos corpos pulando feito macacos, então foi quando Debrah finalmente disse o que sentia por mim...e foi quando eu me toquei que The Rapture era realmente uma banda boa, e foi quando eu parei pra pensar e vi o quanto estava calor naquela tarde, e então eu percebi que estava apaixonado, e sim, eu não toco naquele maldito show desde que Debrah tinha ido embora.

É isso o que eu devia ter contado? Eu só quero protegê-la, mas agora...eu simplesmente não sei...não sei o que fazer.

Entrei na escola com passos rápidos, tudo o que eu precisava era vê-la, saber que ainda era minha. Passei pelo pátio e nada, provavelmente o horário do almoço já teria acabado...olhei pelo vidro da porta da sala e aula, seu lugar de costume estava vazio. Droga! Pra onde ela teria ido? Pensei um pouco mais e fiz um som esclarecedor quando lembrei de um lugar...o porão! Atravessei o corredor com pressa e desci as velhas escadas, e o que encontrei lá? Só um monte de caixas e um palco velho que seria usado no show que aconteceria, além disso nada de Sam.

Fui pra casa frustrado e inquieto. Será que ela descobriu? Alguém teria contado pra ela? E se ela está fugindo de mim? Parei em frente a sua porta por alguns instantes, tentando controlar a respiração ofegante, pensando no que dizer... Deus eu nem tinha pensado nisso! O que eu diria pra ela?! Ahh foda-se!

Bati na porta e nada, esperei alguns minutos e tentei de novo, nada. Angustia tomou meu corpo, pensei em ir pro apartamento ao lado e espera-la, mas não...eu não conseguiria ficar ali sem ela. Corri de volta do pro elevador e quando ele voltou a abrir as portas uma sensação de alivio lavou toda a tensão do meu corpo.

— Sam! Graças a Deus! - Eu aleguei saindo rápido do elevador e a puxando em meus braços...mas perai...quem é esse do lado...não pode ser...

— Castiel... - Ela murmurou retribuindo o abraço na mesma intensidade. Sim, ela ainda era minha.

— O que ele está fazendo aqui? - Eu perguntei olhando pra Nathaniel.

— Ele me ajudou... - Ela começou e só então eu vi tinha marcas vermelhas em ambos os braços, o horror e a raiva tomaram conta, o que era aquilo?! Alguém tinha a machucado!

— O que é isso? - Eu a interrompi. - Se você tiver metido nisso...eu juro... - Eu declarei com os punhos cerrados encarando Nathaniel, que supreendentemente abria um sorriso vitorioso.

— Não, pelo contrário ele me salvou... - Ela disse defendendo o cara. O que?

— É isso mesmo Castiel, um cara praticamente a atacou na praia... - O representante fez questão de explicar, e a frase que ele havia dito ecoava em minha cabeça: "Eu não vou desistir de você" foi o que ele falou uma semana atrás.

— Como assim que cara? E por que você estava na praia? - Eu perguntei alinhando meus olhos aos dela.

— Foi um tal de Viktor... - Ela respondeu e meu corpo ficou tenso na hora, eu conhecia a reputação daquele cara, e não era nada boa.

— Não se preocupe, eu cheguei a tempo. - Nathaniel se gabou, ele estava esfregando na minha cara só faltava dizer: "Eu salvei sua namorada por você, de nada!"

— Nós podemos subir...por favor. - Ela pediu com o olhar cansado, como se já estivesse aborrecida com o assunto.

— Claro. - Se isso significasse que o representante daria o fora.

— Bem...até mais Nath e...obrigada. - Ela se despediu enquanto eu chamava o elevador.

— Até mais. - Ele disse saindo.

Fomos até o meu apartamento em silêncio, eu já estava mais do que acostumado com sua presença lá, era o que fazia aquele lugar se parecer mais com o nosso lugar, e não só com o meu lugar. Ela se sentou no sofá afundando com as almofadas, ela parecia abatida e angustiada, alguma coisa estava deixando ela daquele jeito...

— Você sumiu. - Eu falei me juntando a ela no sofá, a enrolando em meus braços.

— Eu? - Ela me olhou confusa. - Não, foi você que sumiu, saiu pra falar com a diretora e não voltou. - Aquelas palavras me atingiram como lâminas. - Eu vim pra cá, mas você não estava aqui, então sai meio sem rumo e cheguei até a praia... - Droga! Isso quer dizer que...se não fosse por mim nenhum estuprador maníaco teria a atacado, quer dizer que ela está assim por minha causa!

— Eu sinto muito... - Eu simplesmente não sabia o que dizer. - Eu voltei, te procurei no colégio até no porão, mas você também não estava lá então vim pra cá e não te achei no apartamento eu ia te procurar quando você apareceu... - Eu expliquei em um tom de lamento.

— Você estava fugindo de mim Castiel? - Ela perguntou como se tivesse guardado aquilo por muito tempo. O que?! O que deu nela?! Que pergunta é essa?

— O que? Não! - Eu indaguei. - Samantha, eu simplesmente não aguentaria ficar longe de você. - Eu disse fervorosamente. Eu nunca fugiria dela.

— É só que...sempre que algo acontece você sai, e eu não sei o que fazer... - Oh Sam se soubesse...

— Eu só não quero magoa-la. - Eu disse com sinceridade.

— Então não se afaste... - Ela pediu como que em uma súplica, Deus! Quem resiste a um pedido desse!

— Nunca. - Eu afirmei decidido, reivindicando sua boca em um beijo impetuoso.

— Eu sei... - Ela disse entre o beijo meio sem ar.

— O que? - Eu perguntei curioso.

— O show e a Debrah e How Deep Is Your Love... — Eu gelei.

— Como? - Foi a única coisa que eu consegui falar.

— Castiel, eu já disse...isso não importa, você namorou a Debrah, isso é um fato e sim eu tive náusea só por saber que você tinha passado por um momento com outra garota ao som dessa mesma música... - Eu estava em choque a encarando. - Mesmo assim...isso não muda nem um pouco o que eu sinto por você...além disso essa tal de Debrah nem está mais aqui neh.

POV CASTIEL OFF


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