League of Legends: A História Não Contada escrita por Gustavo3450


Capítulo 10
Arco II - Tryndamere - O Despertar




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Arco II - Tryndamere

Capítulo Final - O Despertar

 

Muitos anos haviam se passado, infelizmente, não foram o bastante para me fazerem esquecer da dor... E durante esse tempo que se passou, muita coisa aconteceu.

Eu encontrei e confrontei a herdeira de meu velho amigo Asmer, a Princesa Ashe de Avarosa, da tribo de Tundra.

E não só a encontrei, fugindo de sua tribo, como também a treinei e a ensinei o valor da espada... Pois os anos que passei sozinho em Sherwood, me mudaram de uma forma surpreendente.

E como Asmer, Ashe possuí um talento natural para o arqueirismo, por isso, treinei com ela para que se tornasse uma arqueira tão valente quanto seu pai havia sido. Não posso mudar o que aconteceu, mas posso garantir que Tundra não tenha outro rei perdido...

— Muito bom. Está aprendendo. – Tryndamere elogia a arqueira, que se curva sobre os joelhos e respira fundo.

— Aaah... Valeu... Ufa... – Arqueja.

Infelizmente, as coisas não eram tão belas assim... Pois algum tempo depois que Ashe havia ganhado seu professor, a tribo de Tundra havia sido atacada pela impiedosa Sejuani da tribo da Garra do Inverno.

E é claro que Tryndamere foi junto de sua discípula para salvar o vilarejo de seu velho amigo, mas um preço muito alto foi pago naquele dia pela proteção da vila... A mãe de Ashe, a rainha, havia sido morta por Sejuani.

O Bárbaro acreditava que sua aprendiz estaria pronta para seguir sozinha, pelo menos, por enquanto... Tryndamere disse a Ashe, que a morte de sua mãe seria a ultima, que ele retornaria ao seu antigo reino e conseguiria ajuda... A tribo da Lâmina Fria.

— Você já vai? Sabe que tem um lar aqui. – Diz Ashe dando-o um abraço muito forte, enquanto estavam no meio de um caminhava pela floresta que cerca a vila.

— Eu sei garotinha. Mas tenho que ir... Chega de fugir, meu povo precisa de mim. – Diz o homem que põe a mão sobre a cabeça da menina, enquanto seus olhares aflitos se cruzam.

— Do que você foge tanto? – Perguntou.

— Um dia saberá... Quem sabe... Mas qual é sua decisão? O que fará agora? – E Tryndamere vê Ashe olhando para seu povo, do alto daquela colina.

— Irei assumir as responsabilidades de meu reino... Irei me tornar rainha. – Diz com palavras frias.

— E se eles não te quiserem como rainha? Você os abandonou, lembra? – Pergunta.

— Então... Cuidarei para que a pessoa eleita rainha ou rei tenha total proteção... Não vou mais largar meu reino, não vou deixar Tundra sozinha novamente e não vou permitir que outro líder seja morto... – A grande mão de Tryndamere toca o ombro da pequena princesa, enquanto ela sente seu carinho.

— Boa sorte, Ashe. Que Avarosa proteja você. – Então ela ouve seus passos pesados se afundarem na neve, afastando-se pouco a pouco. Até ele colocar o capuz de seu manto e desaparecer floresta á dentro.

— Boa sorte, Tryn... Que Avarosa cuide de você também, meu bom amigo. –

E assim Tryndamere deixou as terras gélidas de Tundra, atravessou a floresta densa de Sherwood, cruzou de ponta a ponta, a Montanha Branca... O sol logo iria se por e Tryndamere estava exausto, após um dia inteiro de caminhada e longas semanas de intensa viagem.

— Acho que vou descansar por um ou dois dias nessa cidade. – E assim, o Bárbaro que nunca mais ouviu sua arma cantar, foi montanha a baixo rumo ao vilarejo.

Porem...

Um gigante salta caí sobre as costas do Bárbaro e o agarra com as duas mãos, como se fosse um brinquedo de criança, e o atira para o lado oposto ao do vilarejo.

— Aah...! Droga...! – Tryndamere caí de cara na neve e quando se ergue, já vai com a mão ao cabo da espada. – Eu não acredito... É você mesmo? –

— Você não é mais bem vindo, Pequenino! Volte! - Diz Braum com seu grande escudo posto a frente do corpo. – Desde que roubastes de nós, foi banido deste lar! –

— Braum, por favor, me ouça! Eu não sou a mesma pessoa que conheceu anos atrás... Eu dominei o poder do Dragão Negro e também... – Mas ele é obrigado a esquivar-se, quando Braum lança seu escudo que voa como um bumerangue e retorna para as mãos do gigante.

— Braum não escutar, Pequenino! Homem pequeno matou Asmer! – O Gigante encaixa o escudo em seu braço direito e avança furiosamente em direção ao Bárbaro, que é golpeado e arremessado alguns metros.

De repente, após Tryndamere parar de ser arrastado montanha a baixo, estando já em sua base e muito próximo do vilarejo, Gragas surge com um enorme barriu de vinho no alto de suas mãos.

— Gragas! PARE! – Gritou Tryndamere.

Mas o homem não o ouviu e desceu com o barriu em direção a sua cabeça, porem... Todo o vinho derramou sobre Gragas, quando Tryndamere saca sua espada amaldiçoada e corta o barriu em dois, ficando de pé entre os dois melhores amigos de Asmer.

— Eu não quero lutar com vocês! Eu sei que Asmer morreu por minha culpa, mas... É exatamente por isso, que quero vingá-lo! –

— Ooh! Pequenino reconhece teus pecados. Mas nós, Pequenino, é que iremos honrar a vosso amigo! – E nesse instante, Braum encaixou seu escudo no braço novamente e disparou de encontro ao seu inimigo.

— Eu vou quebrar seus ossos, Moleque!! Por Asmer!! – Berrou Gragas, correndo na direção do Bárbaro, em oposto ao seu amigo.

— Mas que droga! – Berrou Tryndamere, antes de começar a rodopiar com sua lâmina e se tornar um tornado, que foi capaz de jogar Gragas com alguns cortes para a direita, e parar sua lâmina contra o poderoso escudo de gelo.

— Arma alguma pode com Escudão! – Disse Braum, enquanto forçava seu escudo contra a lâmina do furioso guerreiro.

— Aaarg...!! Você é forte, Braum...! – Tryndamere começava a ser arrastado para trás. – Mas... – De repente, seus olhos entraram me chamas azuis e o fogo se espalhou pela neve aos seus pés, derretendo parte da neve do local. – Eu sou um Bárbaro Amaldiçoado!! – E com isso, Tryndamere deu um salto para trás e fez com que Braum avançasse involuntariamente, obtendo uma brecha em sua defesa e nesse momento, ele avança com sua lâmina.

Braum não viu quando Tryndamere avançou para dentro de sua defesa, mas uma coisa era certa, a vida do Gigante poderia ter terminado ali... Se o Bárbaro, não interrompesse seu golpe no ultimo minuto e ao invés de perfurar Braum, o desse um soco em seu queixo que o leva ao chão.

— Escutem aqui, os dois! – Gritou. – Eu não mandei Asmer me seguir. Mas mesmo assim, ele morreu por que eu fui incapaz de protegê-lo e por isso, quero conseguir proteger pelo menos, a única coisa que realmente importava para ele... Sua filha. Não sou inimigo de vocês, mas se tentarem me impedir de proteger aquela garota, mais uma vez, eu mato os dois! – E assim, o Bárbaro repõe a arma na bainha em suas costas e as chamas desaparecem de seus olhos.

E então, Tryndamere saí caminhando rumo ao vilarejo, deixando os dois guerreiros perplexos com as palavras que ouviram, permitindo com que ele entrasse em sua vila.

Dentro da vila, o Bárbaro encontrou-se com um velho companheiro do reino da Lâmina Fria e ele, o levou até o reino escoltado, como um prisioneiro.

E lá dentro, algemado e desarmado, Tryndamere foi colocado de joelhos diante do rei George, um homem que para o Bárbaro, só lhe restavam olhos frios de ódio.

— Ora, ora, ora... Vejam quem voltou para casa. Quantos anos faz? Tryndamere. Da ultima vez que o vi, você havia abandonado seus companheiros e deixado vários mortos no campo de batalha, antes de tomar o controle do exercito inimigo e se alto intitular-se “Rei”. – Disse o Rei George, enquanto havia uma frota de guardas em prontidão para atacar o prisioneiro, caso tentasse alguma coisa.

— Isso foi há muitos anos atrás... Eu já não sou o mesmo homem de antes, Rei George. – Disse o Bárbaro com um olhar desafiador.

— Muitos anos? Para alguns de meus homens e para mim, parece até ter sido ontem. Mas me diga, “Rei Tryndamere”, após tantos anos fugindo... Por que se entregou agora? – O homem estava sentado em um trono de ouro e usava em sua cabeça uma coroa mais reluzente ainda. E ao seu lado, havia um trono vazio... De sua falecida esposa.

— Rei George... Ao outro lado da Montanha Branca, no coração das terras de Freljord, existe um vilarejo chamado Tundra. E eu vim até o senhor, para fazer um pedido... Faça o que quiser de minha vida, mas peço que forme uma aliança com aquele reino. – E após suas palavras, os guardas ao redor começavam a cochichar coisas.

— Hm... Interessante esse seu pedido. Por que o interesse nesse vilarejo? O que o fez vir até mim, a ponto de entregar sua própria vida? –

— O Rei de lá... Era meu amigo... E por minha culpa, ele está morto. Agora sua herdeira, a princesa Ashe de Avarosa. Bom... Ela será a rainha e é precisará de um aliado poderoso ao seu lado, contra as forças inimigas. – Nesse momento, o Rei ergue-se de seu trono e caminha até o prisioneiro.

— Tryndamere... Está disposto a dar sua vida, por uma aliança incerta? – Nesse momento, o Bárbaro abaixa sua cabeça e fecha os olhos.

— É tudo que me importa, meu Senhor. Não ligo para minha vida, mas imploro que proteja aquele reino. – De repente, ele sente a mão do Rei tocar seu ombro e então ergue a cabeça e encara aqueles olhos índigos, como os seus.

— É preciso muita coragem para trair seu reino... Mas é preciso mais ainda para dar sua vida, a proteger alguém. Você mudou mesmo... Meu filho. Farei uma aliança com a Tundra, mas a responsabilidade da proteção deles, será sua. – Assim, o Rei retorna para seu trono.

— Pai... – Sussurrou Tryndamere, com lágrimas escorrendo por seu rosto.

— Essa é a ultima chance que você terá de conquistar minha confiança. Caso falhe, eu mesmo puxarei a corda de sua forca, Tryndamere: O Bárbaro. –

Algum tempo depois, Tryndamere voltou a se encontrar com Ashe, na casa de campo de Asmer em Sherwood. E lá, ela lhe contou sobre a proposta de uma aliança que recebeu da tribo da Lâmina Fria e em como ficou feliz ao descobrir, que seu mentor, havia conseguido o perdão real e ganhou a confiança de seus soldados, após arriscar tantas vezes sua vida para salvar outras.

E nesse mesmo dia, ao por do sol, Tryndamere puxou a Rainha Ashe pela cintura e beijou seus lábios frios, sentindo o calor de seu amor. Porem, as coisas entre eles não passaram de um único beijo... E com isso, eles se despediram e cada um retornou ao seu reino.

Mas algum tempo depois, Tryndamere e Ashe voltaram a se reencontrar na Montanha Branca, em um dia de primavera, quando o gelo já era quase todo derretido, a Rainha Ashe cavalgava para encontrar com a Rainha Sejuani em uma tentativa de formar uma aliança. E por garantia, levava seus olhos como proteção e um reforço extra do povo da Lâmina Fria, sendo comandados pelo capitão Bárbaro.

— Qual o plano se tudo sair errado? – Pegou Tryndamere, cavalgando montanha a baixo, com seus homens e os homens de Tundra, ao lado da Rainha.

— O plano? Hahahaha! Oh, meu amigo... Até parece que não me conhece. – Ela ria e sorria, carregando o lendário arco polar de Avarosa em suas costas.

— OH é claro! Como pude esquecer... Hehehe. – Ele ri e ambos gritam juntos. – Por Avarosa! – E em seguida, seus soldados gritam em euforia, repetindo o grito de guerra “Por Avarosa!”

E assim eles cavalgaram até o local combinado, nos limites do centro-oeste da Montanha Branca com a Garra do Inverno. E lá, encontraram cerca de trinta homens e mulheres muito bem armados, todos montados em cavalos brancos, enquanto ao centro deles havia uma mulher de pele branca, olhos cerúleos, trajada com uma belíssima armadura de prata e montada sobre um enorme Ronron, um topo de buffalo das terras de Freljord.

— Rainha Ashe... Há quanto tempo. Como vai sua mãe? – Perguntou Sejuani, com um olhar sarcástico e lábios azuis como seus olhos.

— Não me provoque, Rainha Sejuani. – Ashe desce de seu cavalo. – O intuito dessa reunião não é essa. – E logo em seguida, Tryndamere começa a observar cada soldado, tentando encontrar algum tipo de... Truque.

— Lembra-se de capitã? Safira. – E uma mulher muito parecida com Sejuani, dá um passo a frente, mas com olhos de ódio em cima de Ashe.

— Lembro... Olá Safira. – Diz Ashe entristecida, ao relembrar da traição daquela que era sua melhor amiga.

— Olá... “Rainha”. - Respondeu Safira em um tom irônico.

— Rainha Sejuani, do reino da Garra do Inverno, após ter recebido a proposta de acordo dada por mim, Rainha Ashe do reino de Tundra em aliança com o reino da Lâmina Fria, representado pelo capitão Tryndamere. Qual é a sua resposta? Dada as circunstancias tão... Peculiares aos quais nos encontramos. – E assim como Tryndamere estava fazendo, Ashe começou a reparar nos soldados atrás de Sejuani... E alguns deles, sorriram maliciosamente, como se, esperassem por algo...

— Sim... O acordo. Antes que eu dê minha resposta, Rainha Ashe, creio que deva-me desculpas. – E nesse momento, os olhos de Ashe se tornam raivosos diante o olhar sarcástico de Sejuani.

— Posso saber devido a qual motivo? – E então, Sejuani aponta para o Bárbaro.

— Ele. Você havia me dito, ou melhor, me acusou de ter assassinado o seu pai... Quando na verdade, seu pai, o antigo Rei Asmer, foi morto por causa desse homem! – E a rainha da Garra do Inverno, sorria malignamente.

— Tryn... Isso é verdade? – Ashe olha com melancolia para seu companheiro, que desce de sua montaria e a encara com desesperança.

— Eu sinto muito, mas... Sim, é verdade. Em minha jornada por vingança, seu pai, acabou morrendo diante de mim e eu não pude fazer nada para protegê-lo... Eu... Eu sinto muito. – E assim, ele desvia seu olhar.

Esperando que o caos se desencadeasse, a Rainha da Garra do Inverno quase deixou uma gargalhada escapar, quando seu sorriso desapareceu diante o olhar de ódio, ao ver Ashe perdoar o pobre Bárbaro e dizer-lhe que ventos passados, ficaram para trás.

— Ele é um assassino! – Berrou Sejuani. – Como posso me aliar a alguém que mantêm relação com um assassino?! –

— Ele não é assassino! – Gritou Ashe, sobrepondo a voz dela. – Ele é meu amigo e seu reino, meu aliado. Tryndamere errou, mas um erro não justifica outro. Você deveria saber bem disso, “Rainha”. Se alguém aqui é um assassino, é você! – E nesse momento, tanto os homens de Ashe quanto de Sejuani, se preparam para um confronto iminente.

— Como ousa! – Gritou Sejuani. – Rainha Ashe de Avarosa, a aliança entre Garra do Inverno e Tundra, não pode ser feita devido a sua acusação insolente contra minha pessoa. Portanto, se quiseres evitar a guerra entre nossos reinos, curve-se diante de mim e peça perdão! – Exclamou Sejuani, enquanto Safira deixava um leve risinho sarcástico escapar, juntamente aos seus homens.

— Ora sua...! – Disse Tryndamere, antes de Ashe por a mão a sua frente, bloqueando sua passagem.

— Tudo bem... – E todos se calam diante Ashe. – Eu faço. –

E então, todos viram a Rainha de Tundra se ajoelhar diante a Rainha da Garra do Inverno, pedindo por seu perdão e dizendo-lhe que é melhor manchar sua honra, do que causar a morte dos inocentes de seu vilarejo por conta de sua arrogância.

— Ashe... Jamais esperaria isso de você... – Sussurrou Sejuani, pasma.

— Sabe Sejuani... Uma hora precisamos crescer. E se eu quero tornar meu sonho realidade, tenho que botar as diferenças de lado e perdoar os erros do passado. – Ela se levanta e fica cara a cara com a Rainha. – Aliadas? – E Ashe estende a mão para sua maior inimiga.

— Minha Senhora... – Sussurrou Safira.

— Hm... – Suspirou Tryndamere, suspeitando de Sejuani.

Sejuani aperta a mão de Ashe com firmeza, enquanto elas trocam olhares e seus soldados ficam quietos, pois nada era certo.

Mas tudo se confirma, quando a Rainha da Garra do Inverno grita: “Hoje a aliança entre Tundra e Garra do Inverno, nasce!” E os soldados vibram em emoção, pelo menos, os do lado de Tundra.

— E hoje... Tundra morre! – De repente, Sejuani puxa Ashe pela mão, enquanto saca um cabo da cintura, com a mão esquerda, e ao estendê-lo para o alto, seu morningstar se ergue da neve e acerta o estomago de Ashe.

— ASHE!!! – Berrou Tryndamere sacando sua espada e correndo para cima de Sejuani, enquanto os homens de ambos os lados avançam uns contra os outros.

— Aaaaah....! – O pedaço de cristal preso na corrente do morningstar, rasga o estomago da Rainha de Tundra e faz um corte até o meio de seus seios, deixando-a inconsciente no chão.

Mas a passagem de Tryndamere é bloqueada pela lança de Safira, que tenta confrontá-lo, mas não demora a ser derrotada e o Bárbaro obter passagem para saltar sobre o corpo da rainha, e receber o próximo golpe da arma de Sejuani.

Porem... O Bárbaro não deixaria passar barato e logo, ergue-se furioso com sua espada, enquanto os olhos ardem em chamas... Mas um flash lhe ocorre e ao ver Sejuani ali, rindo euforicamente, ele vê Aatrox e o corpo de Asmer ao seu lado, enquanto o próprio ia para o combate.

— Não... Não dessa vez. – As chamas desaparecem dos olhos de Tryndamere. – RETIRADA!! – Ele berra, enquanto pega Ashe em seus braços e corre para seu cavalo, enquanto ganha cobertura dos soldados da Lâmina Fria e Tundra.

Tryndamere ignorou todos e pegou seu cavalo, por onde saiu em dispara rumo ao vilarejo próximo aos pés da Montanha Branca, porem... Ele era seguido por Safira e Sejuani, que não permitiram que Ashe escapasse com vida.

E por mais rápido que o cavalo fosse, o Ronron da Rainha era muito veloz em um território com neve e sua morningstar, acabou que por quebrar duas patas do cavalo e derrubar seus passageiros, que rolam montanha a baixo.

E quando Safira salta e rodopia sua lança no ar, pronta para perfurar o corpo de Tryndamere, um gigantesco escudo a acerta e joga a garota para perto de Sejuani.

— Safira! Querida! Ora, como ousam se intrometer em meus assuntos?! – Gritou Sejuani. Quando de repente, Braum caí à frente de Tryndamere, que se levanta apoiado em sua espada.

— Braum não gostar de moça do chicote. – Disse o Gigante que pega o escudo que retornou aos seus braços.

— Braum! A Ashe, ela...! – Mas quando Tryndamere olha para trás, vê Gragas pegando a garota.

— Eu vou cuidar dela, agora preciso que vocês dois cabeças de vento, segurem Sejuani por mim! – E assim, Gragas começou a correr montanha a baixo, rumo ao vilarejo, enquanto cobria o corpo de Ashe com seu casaco de pele de urso.

— Hm... Ela não vai escapar. Se não morrer por nós, morre pela perda de sangue. – Disse Sejuani.

— HAHAHAHA! Engraçada! – Gargalhou Braum, sorridente.

— Desculpe Braum... Mas dessa vez, vamos lutar juntos! – Disse Tryndamere, obtendo as chamas em seu olhar novamente.

E assim uma batalha se inicia entre Tryndamere e Braum contra Sejuani e Safira, que lutaram bravamente.

Porem, quando a lança de Safira colidiu contra o Escudo de Gelo de Braum e trincou-se, quebrando-se em pedaços, ela ficou indefesa a Espada do Dragão Negro de Tryndamere.

Safira foi queimada pelos cortes que sofreu da lâmina do Dragão e assim, enquanto as lágrimas escorriam por seu rosto pálido, Sejuani jurou vingança pela perda de sua amada herdeira e partiu em retirada.

Algum tempo havia se passado e graças ao reforço de Braum e Gragas, a Rainha Ashe sobreviveu e ganhou uma nova cicatriz. Onde, agradecida pela ajuda dos melhores amigos de seu pai... Ela os convidou a se juntarem com Tundra, porem, ambos recusaram e disseram que o lugar deles era na Montanha, protegendo os viajantes.

Tryndamere ficou feliz por tudo acabar bem, no fim das contas e mais ainda por conseguir retornar para casa com todos os homens vivos.

Porem... Quando chegou em Lâmina Fria...

— Não!! –

Seu reino havia sofrido um ataque e agora, se encontrava arruinado em chamas e mortos para todas as direções... E sob seus braços, o Rei George disse as ultimas palavras: “Proteja... Nosso... Reino.”

O rei morreu... E menos da metade dos homens sobreviveu ao ataque... E os que sobreviveram, disseram que tudo que viram, foi dois homens encapuzados chegarem com um exercito do qual, não tiveram a menor chance...

E assim, Tryndamere jurou encontrar os responsáveis pelo assassinato de seu pai e pela destruição do reino da Lâmina Fria.

Agora, Tryndamere não era um Ex-Rei Árabe ou um desertor, mas sim um Rei Bárbaro em busca de vingança e justiça, por Asmer, pela Lâmina e por si mesmo.

— Minha jornada... Ainda não acabou. Honrarei a todos que sacrificaram-se por mim, e farei aqueles que tiraram quem amo... Sentir o gosto do Inferno! – Disse Tryndamere, observando o por do sol, do alto de uma montanha, com sua espada cravada no chão.

— Juntos, Tryn. Honraremos a memória de todos que lutaram por nós... Sejuani ainda está por ai, assim como Aatrox. Nós vamos encontrar e quando esse dia chegar, lutaremos juntos. – Disse Ashe, ao lado de Tryndamere, com seu arco gélido sobre o cabo da espada amaldiçoada.

— Por Avarosa, vingaremos. – Disse Tryndamere, olhando toda a Freljord do alto da Montanha Branca.

— Por Avarosa, faremos justiça. – Disse Ashe, pegando seu arco e virando-se, e começando a caminhar para junto de seus aliados.

— Rainha Ashe, Rei Tryndamere... Prontos? – Disse Gragas, parado ao lado de Braum com seu gigantesco escudo e os cavalos logo atrás deles. Quatro cavalos para ser exato.

— Vamos. – Disse Tryndamere, sacando a Espada do Dragão Negro do chão e colocando sobre suas costas.

Os quatro montam em seus cavalos e agora começa a galopada rumo montanha a baixo, e enquanto quatro desciam rapidamente pelo pouco de gelo que resta quase no pico da montanha, uma ave cruza o céu como uma estrela cadente.

Muita coisa mudou... Muita coisa aconteceu. Eu me tornei um rei nobre e ao lado da rainha Ashe, nossos reinos cresceram e evoluíram.

Mas Aatrox ainda está por ai e eu irei encontrá-lo, vingarei Asmer, e encontrarei os responsáveis por mudar minha vida... Pois eu sou um vingador. Eu sou um bárbaro.


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Notas finais do capítulo

E aqui termina o arco de Tryndamere em League of Legends: A história não contada.



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