Entretenha-me, Sebastian escrita por Beilschmidt


Capítulo 16
Sechzehn


Notas iniciais do capítulo

Agora estou de férias e enfim tive coragem de terminar este capítulo. Porém eu acho que ficou meio disperso algumas coisas, mas seria trabalhoso apagar tudo e refazer de novo ;-;
Até porque eu tinha atrasado um pouco aqui, desculpem.
Agora voltarei a postagem normal de caps que eu tinha estipulado para a fic: de um cap por mês, e será a mesma coisa de antes.
Era isso :3 boa leitura!



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— Agni, estaremos deixando a ordem desta mansão em suas mãos. — Sebastian curvou-se.

— Obrigado pela escolha. — fez uma leve reverência — E voltem logo.

— Sim, voltem logo para o Agni preparar-nos um bom curry. — Soma praticamente gritou no ouvido de Ciel.

— Estamos bem avisados. — o garoto irritou-se e queria logo entrar na carruagem. Um dia aquele príncipe o botaria louco de tanto grude. — Por que ele simplesmente não volta para a mansão da cidade? — resmungou.

Sebastian entrou na carruagem e sentou-se ao lado de Ciel. Estes estavam de frente para Snake e Petrus. O mordomo arrumou a manga de seu casaco preto e olhou para o garoto.

— Desculpe por não ter arranjado uma carruagem maior, não tive tempo de organizar melhor o transporte pelo fato da urgência que me pediste.

— Não tem problema. Só vamos logo para que eu possa voltar cedo e tirar Soma de minha mansão. — pôs a sua cartola no colo de Sebastian e ajeitou-se no assento. Sentia um pouco de sono.

.x.

Ciel dormira antes de uma hora de viagem. O veículo balançava levemente, o corpo do garoto acabou caindo para o lado de Sebastian. Este o amparou nos braços e ajeitou melhor em seu lugar para que dormisse sossegado.

Snake se sentia meio incomodado com algo e ficava mexendo os dedos freneticamente. Petrus observou silencioso. Pegou o pequeno Dahn que estava nos cabelos do outro e o acarinhou. Este tomou um susto.

— Está com algum problema, Snake? — a pequena cobrinha deslizava pelos seus dedos em uma brincadeira.

— Bem, não consegui dormir direito e… nada.

Sebastian estava atento a tudo que se passava entre eles e sorriu. Snake sempre fora tímido, ainda mais agora com um completo desconhecido como o alemão. Esperava que pudessem se dar bem na missão de agora, já que seriam de grande ajuda.

.x.

Nas ruas frias de Londres, os becos escuros estavam ainda mais ocultados pela densa camada de neblina misturada com fumaça das grandes fábricas. Em um dos becos estavam os quatro, discutindo sobre detalhes do plano. Snake estava ao lado de Petrus; Oscar estava em seus ombros, Dahn no pescoço do alemão. Sebastian sorriu, parece que ambos tinham algo em comum…

— Bem, agora podemos explicar com mais calma sobre o conteúdo da carta.

Ciel estava apoiado em um muro ao lado do mordomo, usava um grosso casaco para cobrir suas roupas; as luvas de couro não eram suficientes para esquentar seus dedos, sentia-os ficar adormecidos.

— Foi-me informado que uma pequena seita que se reúne somente duas vezes pela semana, geralmente nos sábados… estavam a matar jovens como sacrifício para rituais de magia negra. — apertou os dedos, provavelmente Sebastian perceberia sua reação, mas não ligou — Como é algo pequeno, não havia necessidade alguma de me convocar para este serviço. Mas como a Rainha temia que esse tipo de reunião avançasse muito, achou melhor intervir.

Escorou-se no ombro do demônio, estava cansado, mas precisava executar a missão ainda aquela noite, para assim se ver livre pelo fim de semana.

— Então será assim… Snake, eu gostaria que suas cobras se infiltrassem no cômodo que se localiza na rua à frente. — inclinou a cabeça levemente indicando.

— Aquela casa parece normal em comparação com todas as outras desta rua. — Sebastian deu um passo à frente — De acordo com minhas análises, há uma parede falsa localizada na cozinha que leva a um túnel. Cinco metros abaixo, temos um pequeno porão onde são executadas as jovens para os sacrifícios.

— Podes rastrear alguém desta distância? — Ciel referiu-se a Snake.

— Sim, acabei de enviar Dahn para descobrir. Disse Oscar.

— Ótimo! — Petrus exclamou — Quando começaremos?

— Eu sinceramente estou achando estranho trabalhar com um professor. — resmungou o garoto.

— Logo irás te acostumar. — sorriu o outro.

.x.

Dahn estava todo enrolado em um cano escondido no teto do pequeno cômodo. O porão do subsolo era apertado o suficiente para caber bem acomodados cerca de vinte e cinco pessoas deitadas. Uma gaiola estava logo abaixo de sua posição atual, dentro dela havia duas garotas amarradas e completamente assustadas; seus trapos mal podiam cobrir a carne e suas feridas assim como várias queimaduras expostas ao frio.

Sebastian adentrou a casa e abriu a passagem para Ciel enquanto Snake ia à frente para o andar de cima junto de Petrus; havia descoberto o cheiro de cerca de pelo menos quinze pessoas. A missão era exterminar todos os praticantes da seita.

O garoto segurava sua pistola, escondida por baixo do casaco. Começaram a se dirigirem até a cozinha. Sebastian não notou nenhum tipo de armadilha no caminho.

— O próximo movimento será de Sr.Petrus e Snake. — Sebastian disse enquanto ficava alheio a cada passo que dava. Tinha de manter a segurança do Conde — Enquanto não temos o sinal teremos de nos infiltrar no subsolo.

— E como eles farão isso? Aliás… ainda não me contaste o que o professor tem de especial.

Ao chegarem à cozinha, Sebastian verificou a parede falsa. Havia um papel de parede novo que tinha forte contraste com o antigo e já bastante desbotado. Arrancou com um só puxão e pôde ver um tipo de quadrado com o símbolo, seria da seita, pressionou. Aos poucos a falsa parede foi se abrindo em dando lugar a uma escada em espiral; no fundo podia-se ver uma fraca luz.

Sebastian tu ainda não me respondeste. — resmungou Ciel.

— Bem, posso afirmar que ele tem um excelente poder telepático, jovem Mestre. — sorriu — Logo o seu sinal será enviado por nossas mentes e não de modo sonoro como pensaste. — descia as escadas sem fazer muito barulho — A partir de aqui temos de nos silenciar.

Ciel entendeu o recado e segurou firme sua arma. Ao chegarem ao fim da escada havia uma enorme estante que ocultava o salão à frente. Teriam de dar a volta no móvel para terminar o serviço.

O plano de Ciel era que Sebastian fosse a frente para que desse um fim no grupo que estaria no andar de cima, pois um possível ataque no subsolo haveria uma chance do grupo ter contato com os outros. Então seria um ataque silencioso, e nada mais que Sebastian para fazê-lo. Mas o mordomo sugeriu que Snake usasse suas cobras para paralisa-los e os executassem enquanto ele e Ciel seguiam ao subsolo. E quando tudo desse certo, Petrus os avisaria por telepatia. Seria rápido. Ciel analisou o plano que o mordomo adaptou e resolveu seguir sem mais questionamentos.

— Boa noite. — um homem de pelo menos quarenta e cinco anos aproximou-se da gaiola. As duas garotas que ali estavam mal conseguiam se mover, tremiam de frio e de dor. Algemadas pelos pés e mãos agora — Creio que esta noite o banquete será maior com as tuas almas.

Ciel a tudo observava de um ângulo por trás da estante que possuía uma fresta.

— Está quase na hora e nossos companheiros logo virão para começar o ritual. — juntou as mãos — Enfim poderemos ter a nossa tão esperada recompensa.


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Notas finais do capítulo

Irei programar as próximas duas postagens para que eu possa curtir a última semana de férias o3o beijos e até o próximo.



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