Partners escrita por Adri M


Capítulo 5
Verdades.


Notas iniciais do capítulo

Eu ia postar esse cap ontem, mas tive que escrever o ultimo de GC, então tive que deixar esse de lado, enfim ele é extenso, e espero que não tenha ficado cansativo para vocês. Agradeço ao carinho de vocês os comentários e a quem acompanha e fica escondido, e aos que favoritam. Boa leitura.



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DIGGLE

Esses dois já estão passando dos limites da ignorância, não a ignorância deles, mas sim com os sentimentos que um sente pelo outro, Oliver ontem não concordou, não queria de jeito algum que Felicity fosse a “isca” para prendermos o bandido. E ela, hoje o encontrou com uma mulher no quarto dele, isso pra mim é ciúmes de ambas as partes. E aqui estou eu, no meu dia de folga onde eu preferia estar com minha família, mas não, estou observando os dois em uma longa discussão.

– Acho melhor vocês irem tomar um ar. – Disse tentando amenizar o clima tenso que se instalava no local.

– Sabe Dig o Oliver se acha tão bom, mas quando era mais novo não sabia nem resolver a forma de bhaskara, que qualquer idiota sabe resolver. – Lançou um olhar furioso para Oliver. Que a encarou a altura. E deu um sorriso irônico.

– Sabe Dig quanto tempo a Felicity levou para acertar um tiro no alvo? Sendo que o professor era o melhor, ela era um desastre com uma arma na mão. – Felicity abaixou a cabeça, parecia estar contando até dez mentalmente. Realmente a forma de bhaskara não é tão difícil e atirar também não.

– Quer saber eu vou sair daqui, se vocês quiserem se matar, as armas estão ali, eu tenho uma família para visitar. – Sai do esconderijo e deixei os dois discutindo, eles vieram a viajem inteira em silencio, por que não permaneceram quietos como antes? Acham que o ouvido da gente é penico, por que não assumem logo o que sentem pelo outro? Vou ter que bancar o cupido agora? Palhaçada mesmo.

FELICITY.

Depois que Dig saiu Oliver e eu nos encaramos por um longo tempo, até que eu peguei minha bolsa e sai do esconderijo precisava de ar. Quando falei sobre a formula de bhaskara para Dig vi o mesmo olhar que vi a anos atrás em Oliver, e isso novamente fez-me sentir arrependida de ter tocado no assunto. E me fez lembrar-se da primeira vez que joguei isso na cara de Oliver.

8 anos atrás...

Alem de termos aulas de luta, manuseio de armas e essas coisas, somos obrigados a ir a escola da Cia, e escolhemos se queremos fazer a faculdade, as turmas são divididas por idades, 6 a 10 anos, 11 a 13 anos e 14 a 18 anos de idade. Como eu sempre tive sorte na vida eu estava na mesma turma de Oliver Queen, e eu já o aturo, há dois anos.

– Oliver querido. – A professora chama a atenção dele, porque ele estava conversando com os da turma do fundo, e isso se repete todo o dia. – Pode vir aqui e me ajudar com essa conta? – A professora pediu educadamente, mas já a conhecíamos a dois longos anos e sabíamos que aquilo era uma ordem. Oliver levantou e pegou o giz da mão da professora, olhou para o quadro, e eu vi que ele não sabia nada, que ele estava perdidinho.

– Professora! Acho que Oliver não sabe fazer isso. – Falei. – Uma coisa tão simples que qualquer idiota sabe fazer. Parabéns Oliver você é menor do que um idiota. – E a sala foi a loucura, riam de Oliver, mas eu não consegui, a cara vermelha e perdida dele Fez-me se arrepender de ter dito aquilo. Abaixei minha cabeça e fiquei em silencio o restante das aulas, sabia que Oliver me fuzilava com os olhos, mas depois de ter dito, não podia voltar atrás.

O sinal bateu e Oliver se enrolou para sair da sala, ele ainda estava envergonhado, e isso estava me deixando muito mal.

– Oliver! – Parei na frente da carteira dele, ele levantou o olhar para mim, mas abaixou a cabeça novamente.

– O que você quer quatro olhos? – É tão infantil os apelidos que ele me dá.

– Quero te ensinar a formula de Bhaskara e várias coisas relacionadas à matemática. – Não sei de onde saiu minha coragem, mas consegui falar.

– E quem disse que eu quero ter aulas particulares com você? – Me encarou. Odeio ficar presa aos olhos de Oliver, mas isso sempre acontece, ele tem um olhar forte, penetrante, intenso e profundo.

– Você sabe que para você continuar aqui, você não tem que ser bom apenas nas aulas físicas, mas também aqui, com matemática, português, história e as outras matérias, e você é muito ruim em matemática, você é péssimo. – Expliquei. Ele ficou calado. – Se você quiser minha ajuda, estarei no ginásio de esporte, hoje as 23:00 horas. – Dei as costas e sai.

O dia passou rápido, sempre passavam rápido devido o dia cheio de aulas, estava morta de cansada, querendo minha cama, mas as 23:00 estava no ginásio, minutos se passaram e Oliver não tinha aparecido, comecei a juntar minhas coisas, estava pronta para sair quando o vi entrar, ele se aproximou vagarosamente, até parar na minha frente.

– Ninguém precisa saber disso. – Não fazia questão mesmo.

– Para mim tanto faz. – Me sentei e ele fez o mesmo.

E assim foi durante três longos meses, eu dava aula de matemática para Oliver Queen todas as noites, não todas, mas quase todas. Esses três meses foram meus melhores momentos com ele. Até chegar ao fim. Depois da grande prova de matemática, ele pediu que eu fosse ao ginásio, não entendi o porquê, minhas aulas particulares a ele já tinham acabado eu não precisava ir lá, mas mesmo assim fui, pela primeira vez ele chegou primeiro do que eu, estava sentado em um banco olhando para o nada, eu me aproximei sem fazer barulho algum, quando abri a boca para falar ele se levantou e ficou muito próximo a mim, e sim aquilo estava me incomodando.

– Tem que aprender a dar passos leves Felicity. – Disse. Afastei seu corpo do meu com a minha mão, deixando bem claro que ele estava perto demais, e invadindo meu espaço pessoal.

– O que quer comigo Oliver? – Perguntei.

– Te agradecer. – Meu queixo caiu, eu simplesmente não podia acreditar que ele estava dizendo aquilo. – Você foi uma boa professora. – Me entregou um papel.

– A positivo. Para... – Antes de terminar a frase estava nos braços de Oliver e ele estava me girando no ar, sim aquilo foi estranho, muito estranho. – Me larga Oliver. – Senti meus pés no chão. – Parabéns Oliver! Fico muito feliz. – Sai o mais rápido possível do ginásio e entrei no meu quarto, nunca mais aulas particulares a Oliver nunca mais, entendeu Felicity?

[...]

OLIVER.

Lembrar de Felicity dando seu primeiro tiro foi hilário, ela era realmente muito ruim, lembro até hoje, ela deu um passo para frente, segurou uma arma enorme em suas pequenas e delicadas mãos e atirou, a arma quase voou da mão dela.

6 Anos atrás

Hoje vocês vão aprender a manusear uma arma. – Gordon andava de um lado para o outro. Ela nos ensinou todos os passos, como segurar, como mirar, destravá-la e atirar. Chegou minha vez, não foi o melhor tiro, mas acertou no alvo.

Alguns atiraram o centro do alvo de primeira outros erraram, mas Felicity foi um desastre.

– Sua vez Felicity. – Ela se posicionou na frente do alvo, segurava uma PT 100 PLUS, bem maior que a mão dela. – Preparada? – Gordon perguntou e ela assentiu. – Quando estiver pronta. – Felicity respirou fundo, olhou para o alvo, destravou a arma e apertou o gatilho, a sua mão subiu para cima e o tiro, atingiu um saco de pancada que estava a km do alvo. Alguns gritaram de susto e outros riram dela, que ficou igual um tomate.

– Dá próxima vez mira no saco ai talvez, mas talvez, você acerta o alvo. – Não ia perder essa oportunidade, todos riram. Ela ficou com as bochechas vermelhas, mas se manteve firme.

– Felicity! Acho melhor você dar um tempo. – Disse Gordon. Ela assentiu e saiu.

E muitas e muitas aulas se passaram e ela continuava ruim, muito ruim, eu já tinha passado por todos os estágios, enquanto ela ainda estava no primeiro.

– Pegue uma arma menor. – Disse depois que todos tinham saído do centro de treinamento, só restava ela e eu.

– O que está fazendo aqui Oliver? Vai fazer mais piadinhas? – Seus olhos continuavam fixos no alvo, e por mais que a minha vontade fosse fazer piadinhas com ela. Não era isso que queria fazer agora.

– Quero te ajudar. – Ela me fitou surpresa. – Vamos. Pegue uma arma menor. – Ela fez o que pedi. Aproximei-me dela e a ajudei ajeitar a postura da maneira certa. – Estique os braços. – Ela esticou, mas os braços estavam posicionados da forma errada. Parei atrás dela, muito próximo a ela, podia inalar seu adocicado perfume, o que era bom, muito bom.

– Oliver. – Chamou.

– Atire Felicity. – Não foi dos melhores, mas acertou no alvo, não no centro, mas no alvo. – Muito bom. – Acho que te ajudei. – Dei uma batidinha no ombro dela e sai.

[...]

Já estava tarde e o silencio no esconderijo estava me matando, eu sempre gostei do silencio, mas agora estava odiando, Felicity já tinha voltado e eu só seus dedos batendo no teclado do computador. Peguei minha jaqueta e a chave da minha moto e sai.

Dirigi até parar na frente de um restaurante italiano, estou devendo um almoço para ela, vou pagar com um jantar, entrei no restaurante e comprei dois pedaços de lasanha e um vinho. Recebi uma cantada do atendente, que me deu desconto. Voltei para o esconderijo e ela ainda estava sentada na frente dos computadores.

– Felicity. – Chamei descendo as escadas. Ela olhou para mim e as coisas na minha mão.

– O que é isso? – Tirei os dois pratos embalados e os abri, a lasanha ainda fumegava, peguei dois copos de plástico no bebedouro e abri a garrafa de vinho.

– Estou te devendo um almoço. – Ela abriu a boca para falar, mas a interrompi. – Sei que é um jantar. Mas considera? – Ela sorriu. E seu sorriso mexia comigo, não posso negar isso, estar perto dela me deixa com desejo, de beijá-la, tocá-la, mas é a mesma coisa que sinto por qualquer mulher bonita que encontro por ai, e que acabo indo para a cama, mas ela é minha parceira, não posso fazer isso com ela, e estragar nossa relação, que já não é das melhores.

– Ainda está me devendo um almoço Oliver. – Pegou o prato e começou a comer.

[...]

– Bom ver que os dois não se mataram. Pensei que ia encontrar muito sangue aqui. – Dig desceu as escadas do esconderijo e olhou para nós dois. – Temos uma missão. – Graças a Deus não agüentava mais ficar parado, sem adrenalina correndo em minhas veias.

– Qual o bandido da vez? – Felicity pergunta. Parece tão feliz quanto eu.

– É uma mulher. – Dig entregou o tablet para ela. – Inês Jones. Jovem 22 anos... – Fala todas as características da mulher. – Ela produz uma droga da verdade? Maluquice? Eu sei. Porém ela está na lista.

Me aproximo de Felicity e pego o tablet das mãos dela. - Sério mesmo? Isso existe? – Ela questiona.

– Ela tem um Q.I elevado e desde adolescente produz drogas, não podíamos prender ela antes, e ela fugiu do nosso raio, mas ao que tudo indica surgiu novamente com essa “droga da verdade” A droga não é tão perigosa em poucas doses, mas se a dose for grande pode até matar. – Explicou Dig.

– E como vamos conseguir pega-la? – Pergunto.

– Ela está vendendo a droga no Broklyn NY. Arrumem as malas novamente. – Nem desfazia a minha mesmo.

[...]

– Ela tem todos esses capangas? – Felicity dizia quando estávamos próximos ao galpão onde, Inês produzia a tal droga da verdade. – Parecia ser tão simples. – Não contávamos com todos aqueles brutamontes ao redor do galpão, quando planejamos um plano.

– Vocês vão invadir pela frente... – Dig nos passou todas as coordenadas. – Tenham cuidado.

A parte da frente estava mais vazia, tinha apenas dois capangas e foi fácil derrubá-los, Felicity avançou no maior, o que chegava ser engraçado quando ele tentava segura-la com aqueles braços enormes e mãos grandes, mas ela se livrou dele com uma joelhada que atingiu o seu nariz que escorreu litros de sangue, e outro soco no pescoço que o deixou grogue, deixou ele desacordado no chão com uma cotovelada na parte de trás do pescoço do home.

– Vou entrar. – A segurei pelo braço.

– A ultima vez que nós tivemos que entrar em um lugar a porta se fechou e eu quase. Eu vou. – Ela olhou por alguns minutos para a porta, e concordou.

Era uma porta enorme, a abrimos e eu entrei na frente, quando coloquei os pés dentro do galpão, vários lasers cobriram meu corpo.

– Eu sabia que tinha que redobrar minha segurança. – Uma mulher jovem parou na nossa frente, era ruiva e tinha um rosto angelical. – Largue a arma loirinha, não vai querer ver seu parceiro ser fuzilado. – Ela alargou um sorriso na cara, era uma maníaca vi isso dentro dos olhos negros e vazios dela. Olhei para Felicity que soltou a arma e ergueu as mãos para cima.

– O que fazemos com ela chefe? – Um homem enorme agarrou o braço de Felicity, ela fez uma carranca e tive certeza que o homem estava machucando ela.

– Coloque essa loirinha na maca. – Facilmente ele ergueu Felicity no ombro e andou em direção a uma maca que tinha no meio do galpão.

– O que vai fazer com ela? – Perguntei notei que o homem colocou ataduras nas mãos e nos pés de Felicity.

– Quero saber o que se passa na cabeça dela. Essa droga é ótima, ela vai revelar seus mais intensos pensamentos, não só revelar, vai fazer ela agir em relação a esses pensamentos. – Andou em direção a maca e pegou uma seringa com um liquido verde, aplicou na veia de Felicity. Ela começou a ter convulsões e gritar. – Calma querida dói só no inicio. – Felicity murmurou algumas palavras que não entendi. – Sei como é. É como se alguém estivesse tirando seu pulmão para fora do seu corpo sem anestesia. – Fechei meus olhos não consegui ver aquilo, mas ainda escutava e os gritos dela ecoavam na minha cabeça.

– Eu vou matar você sua desgraçada. – Esbravejei. Inês olhou para mim.

– Acho que você vai me agradecer. – Deu uma gargalhada. – Vamos antes que cheguem outros. – Inês saiu acompanhada dos seus capangas.

[...]

Minutos depois que Inês saiu os lasers apagaram. Felicity aos poucos se mexia, ela ainda estava amarrada, corri até ela, e tirei as ataduras de seus pulsos e das canelas.

– Felicity! Segurei em seu queixo e balancei seu corpo. – Acorda. – Gritei. Aos poucos os olhos dela se abriram, e quando abriram por completos ela deu um pulo e se afastou.

– O que aconteceu? – Dei alguns passos em direção a ela. – Não se aproxime. – Colocou a mão no meu peito. – Fica ai! – Fitou meu corpo inteiro, parecia estar em guerra com seus pensamentos.

– Você está bem? – Ela se afastou de mim cambaleando, ainda não estava bem. – Felicity?! – Segurei o braço dela, para que ela não caísse.

Ela apertou os olhos, tentando recompor-se, mas acabou cambaleando e caído nos meus braços.

– Uoou você é forte Oliver. – Começou a rir. – Tem uma pegada firme, eu gosto disso. Na verdade eu amo sentir seus braços ao redor de mim. – Eu queria escutar isso da boca dela a muito tempo. Mas ela estava sobre efeito de uma droga, e sei quais os efeitos. Sei que é verdade, mas algo ainda esta errado.

– Venha Felicity. – A ajudei a sentar-se na maca. – Fica ai. – Ela segurou minha mão.

– Não! Fica aqui. – Me puxou.

– O que está fazendo Felicity? – Ela está muito perto, perigosamente perto.

– Eu também não sei. – Roçou os lábios nos meus, me fazendo perder toda ação sobre o meu corpo. – Não consigo me controlar. – Sua mão estava na minha nuca e ela pressionou os lábios contra os meus, abri passagem para a língua dela. Nossas bocas se encaixaram perfeitamente, nossas línguas estavam sincronizadas. Afastei os lábios dos dela, conheço Felicity e sei que quando tudo isso passar ela vai querer me dar um tiro.

– Vamos sair daqui. – Peguei na mão dela, mas ela parecia estar plantada no chão.

– Não me deixe assim Oliver. – Passou a mão nos cabelos e eu tive certeza que ela estava guerrilhando contra a droga. – Eu não estou raciocinando direito. – Deu um grito. – Minha cabeça está queimando. – Outro grito ecoou no galpão, ela estava perdendo o equilíbrio de suas pernas.

Segurei em sua cintura, ela estava queimando, seu corpo estava quente, parecia estar padecendo.

– Temos que sair daqui. – Ela deu outro grito e caiu no chão.

– Não. – Começou a rir, eu estava entrando em desespero, não sabia quando ela estava sentindo dor, ou quando a droga estava tomando posse dela. – Você sempre se achou perfeito não é Oliver? Infelizmente você é. O que eu estou falando? – Agachei e segurei seu queixo.

– Acho melhor você não falar, isso é efeito da droga que aquela desgraçada injetou em você. – Falei com a voz serena e calma.

– Eu sei, o soro da verdade, eu quero ter controle, mas não consigo. Você acha que eu queria lhe beijar? Sim eu queria, quer dizer eu quero. – Ficou tão próxima que não tinha como eu resistir, eu não posso fazer isso, antes de falar algo ela já estava com o corpo sobre o meu, seus lábios roçavam nos meus novamente, e suas mãos apertavam a gola da minha camisa. – Me tira daqui Oliver. – A peguei em meus braços e sai do galpão, encontrei Dig desmaiado perto do furgão, coloque Felicity no banco do passageiro e acordei Dig, que estava confuso.

– O que aconteceu? – Perguntou.

– Depois te explico, vamos ela precisa de um hospital. – Entramos no furgão, e eu dirigi até o primeiro hospital que achei. Entrei com Felicity em meus braços e uma enfermeira correu ate a entrada com uma cadeira de rodas.

– O que aconteceu com ela? – Coloquei Felicity na cadeira.

– Injetaram uma droga nela. – Respondi. Não podia dar tantas informações sobre a droga

– A tal droga da verdade? – Assenti. – Ela precisa urgentemente do antídoto, ela pode morrer. – A enfermeira se dirigiu com Felicity até a u.t.i.

– O que ela disse Oliver? – John estava logo atrás de mim.

– Acho que Inês injetou grande quantidade da droga em Felicity. – Ele parecia tão perdido quanto eu. – O que faremos agora? – Sentei-me e afundei a cabeça nas mãos. Não era hora para pensar naquele beijo, mas ele voltou como um filme na minha cabeça, tudo que ela disse também, não podia pensar nisso, não enquanto ela está entre a vida e a morte.

Algumas horas se passaram e ainda não tínhamos nenhuma noticia sobre o quadro dela, estava entrando em desespero, sentia meus músculos tensos e não conseguia pensar em más noticias, precisava escutar que ela esta bem, preciso de alguém para dizer que tudo vai ficar bem. Preciso que ela me diga por que sente vontade de me beijar, e por que me beijou.

– Vocês são parentes de Meghan Johnson? – Levantei abruptamente.

– Ela esta bem doutor? – Ansiava por noticias. O Médico sorriu.

– Está. Conseguimos reverter o caso, com o antídoto que temos, ela tinha o triplo da quantidade no sangue, e ela poderia ter morrido se vocês não fossem rápidos. – Respirei aliviado, senti meu coração voltar ao normal, o médico olhou no prontuário. – Você deve ser o Oliver? – Esse era meu nome verdadeiro não podia revelá-lo, então neguei com a cabeça, o medico olhou para Dig que fez o mesmo. – Ela fica repetindo esse nome. – Por quê o meu nome? Ela me odeia.

– Podemos vê-la? – Era tudo que eu queria. Ter certeza que ela está mesmo bem.

– Ela está dormindo, é melhor vocês visitarem ela amanhã. – Concordei, mas ia passar a noite no hospital.

John estava ao meu lado, sua feição de preocupação se desfez e como eu ele relaxou. Será que eu gosto dela? É praticamente impossível, eu não sei desde quando gosto dela, mas sei que gosto.

– John. – Me aproximo dele. – Acho melhor você ir para um hotel e descansar, saber sobre Inês, eu vou ficar aqui. – Dig assentiu e saiu do hospital. O que me restava agora era esperar.

[...]

FELICITY.

Acordei e reconheci onde estava, era impossível não saber que estava em um quarto de hospital, pisquei os olhos para que os mesmos se acostumassem com a luz exageradamente clara, firmei os punhos na cama e me sentei.

Agora preciso me lembrar de tudo que aconteceu, as imagens da noite anterior passam como um filme na minha cabeça.

– Eu não fiz isso. – Não! Não eu não beijei Oliver, não pode ter acontecido isso, Porque ele se afastou? Eu sei que sempre quis beijá-lo, mas é um desejo guardado a sete chaves, eu não podia ter feito isso. Fecho os meus olhos e quando abro Oliver está na porta.

– Oi. – Fala um pouco hesitante, sinto minhas bochechas formigarem e desvio o olhar do dele.

– Oi. – Respondo. Ele se aproxima e para ao lado da cama. – O que aconteceu? Porque estou no hospital? – Ok fingir uma amnésia, não gosto disso, mas é uma escolha, eu não vou conseguir olhar para ele e fingir que nos beijamos, sei que é isso que ele vai fazer.

– Você não lembra de nada? – Por alguns segundo vejo decepção nos olhos de Oliver. Mas ele deve estar aliviado assim como eu. Eu sei que Oliver não gosta de mim, que ele me vê apenas como a parceira nerd dele, e eu não posso demonstrar o quanto esse beijo mexeu comigo.

– Não. – Minto descaradamente. Oliver me lança um sorriso fraco. – O que aconteceu? – Repito a pergunta.

– Inês injetou a droga em você, eu lhe trouxe no hospital, você estava entre a vida e a morte. Eles reverteram o quadro com um antídoto, e você dormiu a noite inteira. – Viu ele não fez questão de falar sobre o beijo, ele está tão aliviado quanto eu.

– Quero sair daqui. – Oliver me ajuda a levantar da cama, depois sai do quarto.

Confesso que tinha uma pontinha de certeza que ele ia falar sobre o beijo, mas não ele não falou, esse beijo idiota não significou nada para ele. E eu não consigo entender por que significou para mim. Vai lá Felicity se apaixona pelo cafajeste, que gosta de ficar com várias mulheres. Oliver nunca vai mudar, ele vai ser sempre aquele garoto que você conheceu a anos atrás.

[...]

Sai do hospital e Oliver me esperava, estava encostado no furgão, fiz um aceno com a cabeça e entrei no furgão. Tínhamos um esconderijo em NY também, e marcamos de encontrar Dig lá, fomos a viajem inteira em silencio, um silencio torturante. Oliver estava mais calado do que o normal. E eu não gostava daquele silencio, coloquei os fones de ouvido e dei graças quando chegamos no esconderijo, que era no porão de uma loja de eletrodomésticos.

Quando entrei vi que John não estava sozinho, ele estava acompanhado de uma mulher, muito bonita, diga-se de passagem.

– Shado?! - Oliver tinha um largo sorriso nos lábios, e a mulher quando o viu também abriu um “encantador” sorriso.

– Oliver! Quanto tempo. – Ele desce rapidamente as escada, eles se abraçaram, Oliver estava feliz em vê-la.

Cumprimentei a mulher e fui para os meus computadores, precisava achar Inês.

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Notas finais do capítulo

Ei gente esse cap preciso mesmo dos comentários e saber o que vocês acharam...Acharam que esse beijo foi muito rápido? Quando escrevi fiquei em duvidas, mas acabei gostando tanto que quis deixar, espero que tenham gostado, bjoos...e comentem por que amanha tem cap novo..