Partners escrita por Adri M


Capítulo 6
Quero me ver livre de você.


Notas iniciais do capítulo

Gente eu ia postar o cap a tarde, mas ocorreu alguns pequenos problemas com minha saúde, enfim já estou bem. Quero agradecer a Rayssa, que se demonstrou uma maravilhosa leitora e puxou minha orelha, corrigiu o cap, e tals, Obrigada Rayssa.
Muito abrigada pelos comentários, vocês são os melhores leitores.



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Deixei os computadores rastreando Inês, precisava de um café, peguei minha bolsa e sai, Oliver e Shado estavam conversando animadamente do lado de fora do esconderijo, passei em linha reta, olhando para o nada.

– Felicity. – Oliver me chama e eu me obrigo olha para eles. – Aonde você vai? – Pergunta.

Não devo satisfações da minha vida a ele, por esses motivos, não preciso responder essa pergunta, mas meus princípios não me permitem ser mal educada.

– Comprar café. Querem? Talvez vocês precisem, sabe para ficar a noite inteira alerta. – Shado está rindo e Oliver também. Ok eu não preciso ficar aqui escutando os risinhos dos dois. – Vou entender como um não. – Digo. Dou as costas.

Entro no meu carro, saio o mais rápido possível.Paro na primeira cafeteria que vejo aberta, preciso de muitos cafés. Peço um puro, e outro com leite. Pago. E saio da cafeteria. Entro no meu carro novamente e fico olhando para o nada. Dou um gole e ele está forte o suficiente para me deixar ativa o resto da noite. Está na hora de voltar ao trabalho e achar Inês.

Estaciono o carro e desembarco olhando ao redor. Oliver e Shado não estão mais em meios a risinhos e conversas banais. Pensei que Oliver colocasse o trabalho em primeiro lugar, mas acho que pensei errado.

Estou descendo as escadas do covil, quando escuto alguns gemidos, e estrondos. Penso em dar meia volta e voltar e sair, não quero ver Oliver e Shado em posições constrangedoras tanto para mim, quanto para eles.

Giro meu corpo para a saída. Mas alguém toca meu ombro.

Não vou virar...Não vou virar!

Vai que esse alguém está pelado. Fecho os olhos, porém se for Oliver eu vou olhar, eu sei que vou, eu sou fraca.

– Felicity. – É a voz de Dig. – Abro apenas um olho e fixo nele.

– Graças a Deus está vestido. – Coloco a mão na cabeça quando percebo o que falei. – Digo Graças a Deus que é você. – John arqueia as sobrancelhas e reprime uma gargalhada.

– O que são esses gemidos? Estão matando alguém aqui? – Pergunto me dirigindo para o lado do barulho.

Solto um suspiro de alivio quando vejo Oliver e Shado treinando com duas barras de ferro. A luta é boa, mas Oliver acerta alguns golpes nela, assim como ela nele. Shado é muito boa, ela bate com a barra muitas vezes nas pernas e nas costelas de Oliver.

Desisto de ver aquilo e sento na frente dos meus computadores. Sinto minha língua coçar, minha vontade é de pedir o que ela esta fazendo aqui, contudo me seguro e guardo a pergunta só para mim.

Passar a noite em claro não é bem meu forte. O café ajudou um pouco, mas ainda sentia meus olhos pesarem, estavam quase fechando, quando Shado e Oliver passam por mim e vão em direção a entrada do esconderijo. Dig os segue e parece que eu sou a única excluída.

– Aonde vão. – Levanto abruptamente e me dirijo até os três.

– Shado está atrás de alguns traficantes de droga, pediu minha ajuda. – Claro que Oliver aceitou ajudá-la, ele é Oliver Queen um mulherengo barato.

– Eu vou junto Felicity, Fique aqui. – John diz, como se eu fosse uma criança que eles tinham que proteger. – Qualquer coisa sobre Inês. Me ligue, estarei aqui em um flash. – Os três saem porta afora e eu fico sozinha como se minha ajuda não importasse e pelo jeito não importa mesmo.

O que vai ser Felicity, vídeo game ou uma série? Já que estou sozinha posso fazer algo que gosto de fazer nos meus dias de folga.

[...]

Estava batendo o Record em um jogo de estratégia, quando meu computador começo a apitar constantemente e um ponto vermelho piscava na tela. É Inês! Ela esta na Times square? O que ela está fazendo ali?

Pego minha arma e coloco no coldre. Pego meu celular e disco o numero de Dig. E a ligação cai na caixa postal. Ligo novamente e cai de novo. Vou deixar um recado.

– Dig! Achei Inês. Ela está na time square. Estou indo para lá agora. – Desligo o celular e saio.

Entro no carro e dirijo em alta velocidade, em poucos minutos estou no local onde o computador indicou que Inês estaria. E esta lá mesmo, sozinha, sem seus capangas, brincando com algumas crianças.

– Ei parada. – Aponto a arma em sua direção. Algumas mães correm e pegam as crianças. Não queria apavorá-las, isso deve ser chocante para uma criança, enfim... – Mãos ao auto. – Receosa ela ergue as mãos, e um negocio cai no chão, causando uma fumaça escura.

Ela sai correndo e saio atrás dela.

Ela é rápida, mas eu sou mais. Tento alcançá-la sem êxito, ela prece ter um motorzinho nos tênis.

– Parada! Ou quando eu te pegar, vai ser pior. – Escuto uma gargalhada dela. Já estava com pouca paciência, depois disso não me resta nenhum pingo.

Ela entra na balsa e consigo entrar a tempo. Porem muitas pessoas tinham entrado na balsa, e isso me fez perde-la de vista. Olho detalhadamente para os lados, e lá esta ela, entrando em um corredor vazio.

A eu vou pegar você.

OLIVER.

Shado sempre foi uma ótima parceira, trabalhamos dois anos juntos em Londres, entretanto, depois disso, cada um seguiu um lado, ela foi para a China e eu continuei com Londres.

– Tem certeza que esse plano vai dar certo? – Pergunto, depois de escutar tudo com atenção.

– Precisamos chamar a atenção dele. – Ela diz.

‘Destruir a Ferrari do homem é mesmo necessário?’ Pergunto mentalmente. Shado pega um taco de beisebol e anda em direção ao carro. Ergue o taco, e eu logo escuto o barulho dos vidros se quebrando. As luzes da mansão se acendem, ela continua batendo sem piedade alguma. O carro já esta destruído quando o homem sai para fora da mansão.

– É nossa hora Dig. – Entramos, sem ser vistos, na casa.

Andamos pelos corredores escuros. Shado disse que as drogas só podem estar em um lugar, no porão.

– Achei. – Escuto Dig.

Ando em direção ao som da sua voz e ele entra em uma porta, que dá em uma enorme escada, fecho a porta e descemos. Acendo a luz e tudo a nossa volta está repleto de drogas, êxtases, pílulas coloridas, cocaína, entre outras. Com certeza esse cara vai ficar preso para o resto da vida.

– Temos que ligar para a narcóticos. – Digo.

Mas, antes de pegar o celular dois homens, vestidos em ternos, entram no porão, troco um olhar com Dig que entende que temos que entrar em ação.

Um dos homens vem para cima de mim, ele é o maior. Fede a wiscky barato e a cigarro. Tenta me acertar um soco, que por pouco não pega no meu rosto , consigo esquivar, agachando-me no chão. Estico a perna e dou uma rasteira. Ele cai, fazendo o chão tremer e ranger. Levanta rapidamente, só que já esta cambaleando. Dou um soco no meio da sua cara, e outros, repetidamente até ele cair no chão desmaiado.

Olho para John que está dando conta do recado, acertando uma cotovelada na parte de trás do pescoço do homem que cai desacordado no chão.

– Ótimo trabalho. – Solto um sorriso orgulhoso.

– Vamos temos que ligar para a narcóticos. – Saímos do porão e voltamos pelo mesmo corredor escuro.

Quando estamos do lado de fora da mansão, vejo Shado dando uma espécie de mata leão no dono do carro. Ela abre o porta malas do carro e tranca o homem ali, no espaço minúsculo.

Aproximo-me dela enquanto Dig faz a ligação para a narcóticos, o lado de fora da mansão era o único local que pegava sinal.

– Mandou bem. – Digo.

Shado me olha com um enorme sorriso no rosto. Vejo o quanto ela gosta da sensação de socar a cara de um homem até ele desmaiar, nesse caso, apertar o pescoço dele.

– Acharam as drogas? – Assenti. Ela aproximou o corpo do meu e ficou na ponta dos pés, ela é mais baixa que eu. Senti sua respiração calma e quente. – Que tal fazermos como antigamente? – Deixou o corpo ereto novamente e fitou meus olhos com expectativas.

– Já fizemos, acabamos de achar um grande traficante de drogas. – Ela sorri e olha para os lados, depois volta a me encarar.

– E o que fazíamos depois de pegar um criminoso, lembra? – Se aproxima novamente e roça os lábios nos meus. Pego em seus ombros e a afasto.

– Oliver! – Dig se aproxima com passos largos. – Felicity achou Inês e está indo pega-la sozinha. – Mas que droga. Ela nunca vai largar essa mania de querer resolver tudo sozinha? – Sabia que tinha que ter ficado. – Dig murmurava a caminho do furgão.

Isso não é culpa dele, nem de Shado e nem minha! É de Felicity que quer fazer tudo sozinha. Será que ela ainda não percebeu que somos um time? Será que sempre vai se meter em encrenca?

[...]

FELICITY

Entro no mesmo corredor que Inês entrou, uma luz fraca ilumina o corredor e volta e meia ela pisca, ando com cuidado, analisando cada canto, ela pode estar em qualquer lado e me pegar desprevenida. Inês não é burra, não posso subestimá-la.

Chego em uma parte do corredor que tem duas portas, uma do lado direito e outra do lado esquerdo, abro a do lado direito primeiro, mas cuido minha retaguarda, abro a outra e sinto algo se chocando com meu rosto, Inês acabou de me dar um soco, ela sai desajeitada pela porta, sinto um pisão na minha barriga e solto um grunhido. Consigo segurar a perna dela e ela se choca contra o chão. Levanto-me e ela também, minha arma esta caída mais longe dela. Tenta fugir, mas a seguro pela jaqueta, dou um puxão forte nela que cai no chão.

– Eu disse que quando eu te pegasse, ia ser pior. – Grito. Minha voz ecoa pelo corredor vazio.

Me aproximo dela e a ergo pela gola da camisa, dou um soco em seu rosto e vejo que ela já esta confusa, dou outro soco e ela solta um grunhido, seu nariz já jorra sangue. Isso é ótimo.

Pego minhas algemas e a algemo, junto minha arma e sem dificuldade a ergo, ela dá alguns passos grogues, mas logo está andando normal.

– Sua desgraçada. – Murmura. – Era para você estar morta com toda a quantidade de droga que injetei em você. – Continuo calada, não estou afim de trocar idéia com uma alucinada. – Mas é claro que o bonitão te salvou. E ai você aproveitou? – Fico confusa com a pergunta. – Vi pelas câmeras do galpão quando você o beijou, e o quanto você lutava desesperadamente contra a droga e sua vontade de se entregar para ele. – Meu sangue ferve e eu tenho vontade de bater ainda mais nela. – Não te julgo, não mesmo, com um bonitão daqueles de perder o ar. Mas, ao contrario de você eu o beijaria muito.

Conto, mentalmente, até dez para não socar a cara dela e a machucá-la ainda mais. O que ela pensa? Jamais aproveitaria uma droga para me entregar a Oliver, nunca vou me entregar a ele.

– Eu vi nos seus olhos o quanto você o deseja. O quanto você se sente eletrizada quando está perto dele, e eu vejo isso nele também. Vocês dois se sentem atraídos um pelo outro, por que não fazem sexo de uma vez. – Já chega! Ela testou todos os limites da minha paciência. Seguro em sua nunca, entrelaçando seus cabelos nos meus dedos, e lanço a cabeça dela contra a parede. – Aii, sua maluca!

– Ops. – Puxo sua cabeça novamente e ela se cala, definitivamente.

Espero durante todo o caminho de volta até Manhattan.

Arrasto-a até a times squere e me dirijo até meu carro. Coloco-a no banco de trás e entro no do motorista. Pego meu celular que tem duas chamadas perdidas de Dig. Não me importo em retornar, quando liguei para ele, não me atendeu.

Ligo o carro e dirijo até a base da Cia em NY. Entrego Inês e risco o nome dela do tablet, um bandido a menos.

[...]

Tenho que passar no esconderijo antes de ir para o hotel. Sinto-me exausta, preciso de um banho e minha cama, algumas horas de sono e estarei inteira.

Entro pela porta da frente e desço as escadas do esconderijo. Está tudo calmo e o silencio paira no lugar. Pego minhas coisas e me viro para sair, mas sou impedida por Oliver, Dig e Shado que descem as escadas como três furacões.

– Felicity, você está bem? – Dig pergunta.

Que bom, agora vou ter que responder um enorme questionário dos dois e, quem sabe até de Shado, já que eles acham que não sou capaz. Será que eles nunca viram meu histórico? Será que sempre vão pensar que sou fraca?

– Estou bem. – Respondo, caminhando até a entrada. – Vou ficar melhor quando estiver na minha confortável cama, dormindo o sono dos justos. Inês está pressa. Agora se me dão licença, tenho que ir. – Sinto uma mão envolver meu braço. Viro-me rapidamente e Oliver está me olhando com a cara de desaprovação. Ele olha rapidamente, para os outros dois.

– Vocês podem sair um pouco? – Ainda sinto sua mão em meu braço. Os dois saem do esconderijo e ficamos eu e ele sozinhos.

– O que foi em Oliver? – Puxo meu braço e recuo dois passos.

– O que foi? Você ainda pergunta? – Seus olhos contêm um misto de raiva e preocupação. Sinto-me feliz pela preocupação. Mas sei que ele vai me repreender.

Fico calado e cruzo os braços. – Você vai atrás de uma psicopata sozinha! Está maluca? Só pode. Não serviu de exemplo o que aconteceu da primeira vez? – Ele me encara e eu continuo em silencio. – Você não tem visão das coisas? Do que pode acontecer? Das proporções dos seus atos? – Seu tom de voz era alto e aquilo já estava me incomodando. Quem ele pensa que é? O senhor dono da verdade?

Dou dois passos a frente e fico a centímetros dele. Minha postura e ereta e eu ergo e queixo para poder olhar em seus olhos, porém a sua boca é o que consigo prestar atenção.

– Eu peguei Inês enquanto você estava se... – Cutuco a ponta do dedo no abdômen dele. – Enquanto você estava fazendo uma missão com outra pessoa. Ela estava perto e era uma chance, eu a usei e consegui. Não quero saber sua opinião e nem ouvir seus sermões, estou cansada de ver seus olhares de repreensão e sua falta de confiança comigo. Você não tem fé em mim, você não confia em mim e acha que não sou capaz. Nós deveríamos se um time. Você, Dig e eu. Só que, hoje, eu não sei o que somos. Você sabe que sou tão boa quanto você e quero acabar com essa lista de uma vez por todas e me ver livre de você. – Encaro-o. Ele engole em seco, seus olhos escurecem ao passar olhar para o nada. – Agora, se me der licença, preciso descansar.

Pego minhas coisas e saio a passos largos, não ia conseguir ficar o olhando por mais nenhum minuto. Se ele não tem fé em mim, vou mostrá-lo o quão boa sou.

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Notas finais do capítulo

Espero que vocês gostem, e também espero comentários, por favor comentem, se gostaram, se odiaram e essas coisas, bjooos.