Partners escrita por Adri M


Capítulo 18
Eu não tinha outra saída.


Notas iniciais do capítulo

Oi Gente. Quero me desculpar pela demora. É que esse cap foi um pouco difícil de escrever por causa da ação, mas enfim acabei e corri postar. Espero que gostem.



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FELICITY.

Acordei no meio da madrugada, apalpei o outro lado da cama e Oliver não estava deitado. Firmei meus pulsos no colchão e me sentei na cama. O quarto estava escuro. Mas, pude ver Oliver sentado em uma poltrona na frente da cama.

Olhei para ele por um longo tempo, ele estava fitando o nada. Seus olhos estavam vazios e longes. Espero que ele não esteja pensando em se afastar novamente. Por achar que a mãe dele é a culpada pela morte dos meus pais.

Claro que essa possibilidade não sai da minha cabeça. Se Moira fez isso, entregar o próprio marido para a aliança, ela é um monstro. Ela não pensou em seu filho. Como ela consegue viver? Pois se ela fez isso, ela não matou só o marido, mas também, o filho. Será que ela se sente culpada? Ou algo do tipo? Ou ela é uma mulher seca e sem coração? Capaz de matar o próprio filho?

– Oliver! – o chamo. Ele olha para mim, seus olhos fitam os meus e ele sorri. Um sorriso fraco e sem vida. – Porque não está deitado? – indago.

Ele levanta-se e se aproxima, para ao lado da cama e olha para mim por alguns segundo. Até deitar-se ao meu lado. Coloco minha cabeça sobre seu peito e ficamos em silencio por um longo tempo.

– É sobre sua mãe, não é? Todo esse silencio, você está distante novamente, pensativo. – quebro o silencio. Ele respira fundo. Limpa a garganta.

– É impossível não pensar na minha mãe. Tudo isso que está acontecendo pode ser culpa dela. A morte do meu pai e dos seus pode ser culpa dela. A aliança ter nos encontrados pode ser culpa dela. Felicity minha mãe é um monstro. – diz com a voz carregada de ódio.

Não sei como Oliver deve estar se sentindo. Mas, sei que eu no lugar dele, me sentiria do mesmo jeito. Que mãe é capaz de fazer isso com o pai de seus filhos e até com o próprio filho. Não vou mentir que sinto ódio de Moira por pensar que ela é capaz de ter feito isso e também causado a morte dos meus pais.

– Eu sei. Passei o dia inteiro te falando para não se precipitar. Mas, a verdade é, pode sim ter sido sua mãe Oliver. E eu não te culpo. Não vou me afastar de você. E nem pedir para você odiar sua mãe. – Oliver envolve os braços nos meus ombros e me aperta.

– Eu queria estar lá. Queria confrontá-la. Escutar da boca dela. E se ela fez tudo isso, eu quero pedir o porquê. Porque ela faz parte de uma aliança criminosa? Porque ela entregou meu pai e os seus pais? – a voz de Oliver é falha. Ele parece estar engolindo o choro.

– Vamos estar lá então. Você tem esse direito. – murmuro.

– Você está falando sério? Quer mesmo desacatar uma ordem do general? – pergunta.

– Sim. – respondo.

– Então vamos estar lá. E minha mãe vai ter que me falar tudo. Eu não saio da casa dela, sem respostas. – diz convicto.

– Será mesmo que ela vai falar a verdade? – indago. – Podíamos ter uma dose do soro da Inês. Eu sabia que aquilo poderia ser útil um dia. – Oliver sorri.

– Você está certa. Aquele soro é muito bom. Quase fez você se declarar para mim. – diz divertido.

– Quase. – murmuro sentindo o sono tomar posse do meu corpo. – Eu sou dura na queda. – completo.

– Acho melhor, nós dormimos. Amanhã o dia vai ser exaustivo. – ele respira fundo. – E esclarecedor. – ergo minha cabeça e beijo o queixo dele.

– Você está certo. – fecho meus olhos. – Precisamos ser fortes. – algo dentro de mim grita para eu ser forte. E isso me faz temer. Temer, que algo ruim aconteça.

Oliver pousa os lábios no topo da minha cabeça e afaga minhas costas. Meu corpo está tão cansado que nem noto e acabo adormecendo.

[...]

Tento permanecer com os olhos fechados, mas a claridade do meu quarto não permite, me dou por vencida e abro os olhos, porém fecho-os e cubro minha cabeça depois que um raio de sol pega em cheio meus olhos.

Viro-me para o lado e Oliver ainda dorme tranquilamente. Não tenho vontade de sair de casa, entretanto Oliver e eu temos coisas inadiáveis para resolver. Investigamos uma aliança. Não um anel. E sim uma união de homens poderosos capazes de fazerem atrocidades por dinheiro e poder. Não é só composta de homens, tem uma mulher também, cuja mulher é a mãe do meu namorado. E se isso ainda não bastasse. Talvez a minha “sogra” seja a culpada da morte dos meus pais.

– Bom dia. – Oliver diz sorrindo e com os olhos fechados.

– Bom dia. – minha voz saiu doce demais e isso fez Oliver alargar ainda mais os lábios. – Vou fazer um café para nós.

– Não. – Oliver me segura e coloca o corpo sobre o meu. – Mereço um beijo antes. – seguro as bochechas de Oliver e aproximo nossas bocas ele sorri e sela nossos lábios em um beijo doce e ávido, nossas línguas se movimentam na mesma sincronia. Empurro Oliver para o lado e levanto, temos que sair do quarto. Temos coisas mais do que importantes para resolver. Levanto da cama e evito olhar para a cama, para não correr o risco de voltar.

Entro no banheiro, pego um elástico e prendo meus cabelos, faço minha higiene pessoal. Saio do banheiro e Oliver está arrumando a cama. Ignoro que ele está vestido com apenas a cueca e saio do quarto em silencio.

Entro na cozinha e abro a geladeira. Tiro pão, ovos e bacon. Não sou tão familiarizada com a cozinha, mas sei fritar um ovo...

OLIVER.

Fico junto à porta, observando Felicity quebrar o ovo e jogar na frigideira. Ela está se dando bem. Até tirando onda, dança e canta em volta do fogão. Só de pensar que depois que sairmos desse apartamento, vamos enfrentar tanta coisa. Isso me faz desejar ficar o dia todo trancado nesse apartamento com ela.

– Quer ajuda? – pergunto a fazendo dar um pulo. E isso é novidade, pois ela sempre está alerta. Ontem mesmo encostou o cano de uma Glock na minha testa e esses dias atrás encostou a lamina de uma adaga na minha garganta.

– Que susto Oliver! – exclama com a mão sobre o peito e ofegante.

– Pensei que estivesse alerta? – Digo me divertindo.

– E estou. – ela tira uma 1911 rain gun. Que estava presa em baixo do balcão da cozinha.

– É você está. – concordo. – quer ajuda? – aproximo-me dela e dou um beijo em seu ombro.

– Não. Já está tudo pronto. – coloca dois pratos com ovos e bacon em cima da mesa. – Só pega duas xícaras para mim. – ela aponta para onde estão as xícaras. Pego duas e coloco sobre a mesa ela enche de café.

– O cheiro está bom. – nos sentamos à mesa e tomamos café.

Olho para ela. Felicity consegue me fazer esquecer todas as tormentas que existem no nosso meio nesse momento. Quando olho dentro de seus lindos olhos azuis eu consigo ver só ela e eu, como se existisse só nós dois. E isso me faz desejar ter uma vida normal ao lado dela.

– Oliver! – estala os dedos na frente do meu rosto.

– O que? – pergunto prestando atenção nela.

– O jatinho do general sai daqui uma hora para Nova Iorque, temos que sair agora, para falar com ele, e ir com ele para Nova Iorque. – assinto.

Do apartamento de Felicity até o aeroporto são 25 minutos, isso nos dá tempo de tomar uma ducha. Juntos, é claro. Essa é uma ótima idéia.

– Hey! Vou tomar banho. – digo. Ela espalma a mão no meu peito.

– Eu vou Oliver. – Diz.

– Não temos tempo para os dois tomar banho. – espero colher maduro. Ela sorri.

– Posso tomar um banho rápido. – ela diz.

– Ou, podemos tomar banho juntos. – retruco.

– Daí, nós nos atrasamos, e muito.

– Então eu vou. – desvio do corpo dela e entro no banheiro.

– Vinte minutos Oliver. – ligo a ducha e sorrio vitorioso.

[...]

Quando chegamos ao aeroporto o jatinho já esta esperando o general. Ele chega praticamente junto com nós. Quando nos vê sua feição fica dura e severa, se aproxima de nós a passos largos.

– O que vocês dois estão fazendo aqui? – indaga furioso.

– Nós vamos junto. – Felicity responde com a voz firme.

– Não! Vocês vão ficar em Washington! – exclama.

– Eu tenho o direito de escutar o que minha mãe vai falar! – digo com a voz mais alta do que a do general.

– Hey. Calma. – diz Felicity. – Oliver tem o direito e eu também. Não vamos ficar em Washington. – o General bufa e pensa por alguns segundos.

– Ok! Mas, não deixem a emoção tomar conta da razão. ENTENDERAM?! – assentimos.

[...]

Quando chegamos em Nova Iorque dois carros grandes e pretos nos esperam. O general embarca em um deles, Felicity e eu em outro. Ela segura minha mão e aperta, acho que isso é tão importante para ela, quanto para mim.

Os carros estacionam em frente à casa da minha mãe. Desembarcamos do carro, e andamos até a porta da mansão. O General bate na porta e a empregada da minha mãe abre.

– Queremos falar com Moira Queen. – diz o general. A mulher assente e abre a porta. – Vocês dois fiquem aqui. – ordena aos seguranças, que também são agentes. Eles acatam a ordem e nós entramos.

– Ela está no escritório, eu vou chamá-la. – olho ao redor e vejo que nada mudou. Os objetos de decoração e quadros estão exatamente iguais. Olho para as escadas e Thea está com um largo sorriso nos lábios.

– Ollie?! – desce as escadas correndo e se joga nos meus braços, a aperto contra o meu e beijo sua testa. – Estava com saudades. – diz.

– Eu também. – digo.

– Hey. Meghan! Que bom ver você também. – abraça Felicity que retribui ao abraço.

– O que fazem aqui? – indaga.

– Viemos falar com a mamãe. – respondo.

– E quem é aquele? – murmura apontando para o general.

– Um amigo da mamãe. – ela sorri e me abraça novamente.

– Tenho que ir. Roy me convidou para almoçar. – assinto e dou outro beijo em sua testa. – Foi bom ver vocês. – dá um beijo na bochecha de Felicity e sai.

Olho para as escadas e lá está Moira Queen, com toda sua elegância. Ela sorri para mim, mas quando seus olhos encontram o general seu sorriso se desfaz.

– Oliver querido, o que faz aqui? – pergunta, demonstra surpresa.

– A aliança?! – digo sem pestanejar. Felicity puxa meu braço. Olho para minha mãe que tenta disfarçar, porem, eu vejo que ela esta nervosa.

– Do que está falando Oliver? – pergunta com desdém.

– Calma! Oliver. – o General dá um passo para frente. – A aliança, formada por Malcon Merlyn, Slade Wilson, Garfield Lynns, Floyd Lowton e você. – Moira dá de ombros.

– Do que vocês estão falando? – vira as costas.

– Estamos falando, mamãe! Dá aliança que matou meu pai, que matou os pais da Felicity. – ela vira-se novamente, seu olhar é confuso. – Não se faça de boba Moira Queen, nós sabemos. Eu só quero saber se você é a culpada da morte do meu pai. – ela abaixa a cabeça e ergue novamente, seus olhos estão cheios de lágrimas. – Eu não acredito! – exclamo.

– Donna Smoak e Alfred Smoak também? – Felicity pergunta.

– Não foi minha culpa. – ela maneia a cabeça, várias vezes e começa a chorar. – Eu nunca quis fazer parte dessa aliança, mas, seu avô me obrigou Oliver. – murmura com a voz alterada por causa do choro.

– Explique tudo Moira. – o General diz.

– A aliança foi criada há décadas atrás, pelo meu pai e outros. A liderança é composta de cinco membros, caso um morra seu filho mais velho fica em seu lugar. Caso isso não aconteça e o filho mais velho não tome seu lugar, ela paga a divida, com seu próprio sangue. Eu conheci Robert, não sabia que ele era um agente, me casei e mantive minha liderança na aliança. Engravidei de Oliver e depois de Thea. Vivíamos um casamento feliz. Até Malcon Merlyn dizer que Robert era um agente da Cia. Eu tentei manter seu pai longe das investigações, porem, não consegui. Meses depois, de ele iniciar a investigação contra a aliança, eu descobri sobre Donna e Alfred. Mas, não contei sobre eles para os lideres. Robert conseguiu um nome, eu tive que contar, antes que eles descobrissem sozinhos e matassem seu pai. Eu ainda tinha uma chance de salvar a vida dele, uma pequena chance. Eu não sabia que eles iam matar seu pai. E eles fizeram, eu vivi anos me culpando pela morte do seu pai e a sua. – ela cai no chão e chora.

– Donna e Alfred? Como a aliança, descobriu sobre eles? – o General pergunta.

– Eu falei. – olho para Felicity que engole o choro.

– Por quê?! – Felicity grita.

– Eles ameaçaram matar Thea. Eu apenas protegi minha filha. Não tinha outra saída. Mas o que você tem a ver com Donna e Alfred? – diz minha mãe tentando conter o choro.

– Eles são meus pais. – minha mãe fica pasma.

– Eles estão atrás de você. Sabem que você tem as provas contra todos. Você é a única capaz de acabar com a aliança. Sinto muito te dizer, você vai ser morta. – Felicity se aproxima da minha mãe.

– Como eles sabem sobre as provas? – indaga.

– Eles descobriram que você estava viva, e sabiam que no passado seus pais tinham provas contra eles. Ligaram os pontos, começaram a pesquisar no banco de dados da Cia. Meghan Johnson. A única que batia com a sua idade, desde o ano que seus pais morreram até agora. Entrou na escola de agentes no mesmo ano que Donna e Alfred morreram. Conseguiram uma foto sua de quando era pequena e fizeram um retrato, de como Meghan estaria agora. Nada para a aliança, é impossível. – diz um pouco convicta.

– Nós vamos parar essa maldita aliança. – digo. – Chega de maldades. – completo.

– Meu filho eu...

– Não me chame de seu filho. Você me matou, e aposto que se tiver mais uma oportunidade você fará o mesmo. Não ouse me chamar de seu filho! – exclamo.

– Oliver, você tem que entender. – o General para na minha frente.

– Moira você nos acompanhara até Washington. – diz.

– Vocês vão me algemar? – pergunta chocada.

– Não, isso não vai ser preciso. Não é? – Pergunta o General.

– Não! – ela responde.

Saímos da mansão e entramos no carro. Minha mãe e o general foram em um dos carros e Felicity e eu em outro.

Felicity engancha o braço no meu e segura minha mão. Deita a cabeça em meu braço a acaricia minha mão. Ficamos em silencio por alguns minutos. Sei que ela esta tão chocada quanto eu. Se isso foi difícil para mim, imagina para ela, escutar da boca da minha mãe, que foi ela quem entregou seus pais para a aliança.

– Ela fez para proteger sua irmã Oliver. – murmura.

– Como você pode não culpá-la? – ela sorri e aperta ainda mais minha mão.

– Oliver sua mãe ama vocês. Ela pode ter todos os defeitos possíveis. Mas ela ama você e Thea. Mães fazem de tudo para salvar seus filhos. Como ela disse, ela não teve escolhas. – acaricio seu queixo e abaixo minha cabeça, selo nossos lábios em um beijo casto e carinhoso.

– Ok. – olho para o motorista que muda a rota.

– O que está acontecendo? – indago.

– Mudança de rota. Parece que estamos sendo seguidos. – ele acelera o carro. E entra na ponte “Robert F. Kennedy Bridge”. Olho para trás e três motos pretas nos seguem. O motorista acelera. Porem, as motos atalham pelos outros carros e são mais rápidas. Uma das motos está do nosso lado, saca uma arma e atira. Atinge a cabeça do motorista.

Felicity abre a porta do carro, que se choca com a moto o motoqueiro perde o equilíbrio e cai.

– Pega o volante Felicity! – ela assente. Pula no banco da frente e abre a porta, joga o corpo do motorista para fora do carro e segura o volante. – Abra o teto solar! – tiro minha arma do coldre enquanto o teto se abre. Ergo-me e fico com metade do corpo para fora do carro. Restam duas motos. Miro em um dos carros a nossa traseira. Atiro e o tiro atinge a toda esquerda da frente, o carro freia e curva-se a moto se choca com o carro e o motorista é lançado para frente, um dos carros não consegue parar e atinge o motoqueiro em cheio.

Não sei de onde surgem mais duas motos. Eles atiram contra nós. Aperto o gatilho, o tiro atinge o peito de um dos motoqueiros. Descuido-me, e uma das motos está ao nosso lado, mira a arma na direção de Felicity, porém ela joga o carro para o lado e o motoqueiro é lançado para fora da ponte.

Resta apenas uma. Atiro, mas não tenho êxito. Atiro mais três vezes, e nada.

– Segure-se Oliver! – grita Felicity.

Faço o que ela manda. E ela freia o carro, fazendo a moto bater bruscamente na traseira do carro.

– OLIVER! – abaixo-me e ela está olhando para frente. O carro que o General e minha mãe estavam. Capota. Desembarcamos do carro e corremos.

Vejo quando o General levanta-se meio grogue. Olha para nós. Escuto um estouro e o general começa a balbuciar sangue. Cai no chão. Atrás dele, tem um carro preto e três homens parados.

– Não...Não...Não. – seguro Felicity pelo braço e nos abaixamos atrás do carro capotado. Eles atiram contra nós, não conseguimos nos defender, apenas permanecemos abaixados.

Os tiros cessam. Escuto o grito de pneus. Levanto-me e o carro foi embora. Procuro por minha mãe e ela não esta em lugar algum.

– Eles a levaram. – murmuro.

Olho para Felicity que está ajoelhada ao lado do corpo do General. Agacho ao lado dela.

– Temos que levá-lo para um hospital. – diz chorosa. Checo a pulsação dele e não á mais nada a ser feito. Maneio a cabeça. – Não. – aproximo-me dela e a envolvo em meus braços, ela começa a chorar, baixinho. Sei o que o General significava para ela. Ele também significava muito para mim.

FlashBack Onn.

– Hey garoto. O que faz ai? – olho para trás e o General adentra a sala de treinamentos.

– Eu nunca mais poderei ver minha mãe e minha irmã? – os dias estão tão difíceis, eu sinto tanta falta delas.

Ele para ao me lado e coloca a mão no meu ombro, respira fundo.

– Um dia. Quando você estiver adulto e toda essa tormenta ter passado, você vai poder Oliver. – ele aperta meu ombro.

– Que tal fazermos coisas que garotos comuns fazem? – pergunta.

– Tipo o que? – indago.

– Um passeio pelo museu, vídeo games, assistir um jogo de futebol? O que acha? – assinto com um largo sorriso no rosto.

– Então vai se arrumar, eu vou te esperar no estacionamento. – assinto e saio correndo.

FlashBack Off.

Ele sempre me tratou como um filho. Eu me sentia seguro quando estava com ele. Nunca pensei que perderia meu segundo pai. Perdi o homem que cuidou de mim e que me apoiou quando eu mais precisava.

– Vou ligar para o Dig. – ela assente.

FELICITY.

Não, isso não pode ser real. Ele não pode estar morto. Eu sempre pensei que ele fosse uma espécie de super homem. Sempre me defendeu e me protegeu, desde quando eu cheguei no alojamento da Cia.

FlashBack Onn.

– Felicity!? – o General entra na biblioteca com uma caixa na mão.

– Senhor. – paro o que estou fazendo. – Deseja algo? – pergunto.

– Sim. Vim te trazer isso. – ele me alcança a caixa. – É seu aniversário, não pode passar em branco. – diz sorrindo.

Abro a caixa e dentro dela tem chocolates.

– Fiquei em duvidas, então escolhi chocolates. – diz.

– Eu amo chocolate. – digo colocando um na boca.

– O que esta estudando? – pergunta olhando para os livros.

– Física. Energia cinética. – respondo.

– Era craque em física, quer ajuda? – assinto.

FlashBack Off.

Temos que ir Felicity. O jatinho está nos esperando. Uma equipe da Cia está encarregada de fazer a limpa aqui. – diz.

– Ok. - levanto-me. Oliver segura na minha mão. Andamos até o carro que estávamos antes. Oliver dirige até o aeroporto.

[...]

Descemos as escadas do covil. Vejo Dig, ele anda de um lado para o outro. Joe está mexendo nos computadores. Vejo Gordon, ela está sentada em uma cadeira ao lado de Joe, eles conversam sobre algo.

– Ellie?! – ela olha para mim e sorri. – O que faz aqui? – pergunto, no fim das escadas.

– Dig me ligou. Disse que o General morreu. – assinto. Ela contrai os lábios e respira fundo. – Estou no lugar dele agora. Precisamos parar essa aliança! – exclama com raiva.

– O que faremos agora? – indaga Oliver.

– Floyd Lawton. O comboio que está trazendo ele. Chega em 15 minutos. – Gordon parece um pouco nervosa. – Eu vou falar com a Isabel.

Seguro a mão de Oliver e o faço olhar dentro dos meus olhos. Ele não parece bem, veio a viajem inteira calado.

– Você está bem? – pergunto.

– Eles levaram minha mãe. – envolvo minhas mãos no pescoço dele e o abraço forte.

– Vamos achá-la e acabar com essa aliança. Chega de mortes a do General foi a ultima. – ele me aperta ainda mais contra seu corpo.

– Se não fosse você estaria perdido. – murmura. Ele se afasta e segura minha bochecha aproxima nossos lábios. – O General uma vez me disse que eu estava apaixonado por você. Ele me pegou te observando. Eu neguei tantas vezes isso para mim, para ele, que sempre teve certeza. Agora eu vejo o quanto eu estava me enganando, eu sempre fui, completamente apaixonado por você. – sela nossos lábios.

Eu também. – murmuro.

[...]

– O comboio chegou. – Dig desse as escadas correndo. Logo atrás dele entra Floyd Lawton, ele está algemado e dois agentes estão o segurando.

Descem arrastando ele escada abaixo e o levam para uma cela, ao lado da de Isabel. Os dois se olham e trocam sorrisos.

– Algo está errado. – Sussurro.

Antes mesmo de Lawton ser trancado na cela, algo atrás de nós explode. Olho para as escadas e a porta está aberta. Vários homens mascarados entram com armas. Pego Oliver e nos protegemos atrás de um pilar. Olho para o lado e Joe está abaixado em baixo de uma das mesas. Um dos homens o agarra e puxa ele. Miro a arma e atiro, o tiro atinge o ombro do homem. Ele me vê, e mira uma metralhadora na nossa direção, mas antes de começar a atirar Joe atinge o notebook na cabeça do homem.

Ele pega algo sobre a mesa e coloca na boca. Faz o sinal da cruz e engole. Corre na direção dos homens encapuzados. Um o agarra e sai da base. Tento ir atrás dele, porem Oliver me segura.

– Cadê Dig? – olho ao redor e o vejo quebrando o pescoço de um dos homens.

– Temos que fazer algo. – Oliver sai de trás do pilar. Mira a arma em dois homens que tentam pegar Lawton.

Gordon está do outro lado, luta com dois encapuzados. Saio de onde estou e sinto algo se chocar comigo. Um dos encapuzados me agarra, por trás. Jogo minha cabeça para trás e sinto o nariz do homem se chocar com a minha cabeça. Viro para trás e ele esta pronto para atirar, seguro seu braço e torço. Os tiros da metralhadora atingem três encapuzados que descem as escadas.

– Oliver atrás de você. – grito. Enquanto aperto o pescoço do homem até ele desmaiar. Oliver vira e segura o pescoço de um dos encapuzados. Lança a cabeça dele em um pilar. O homem cai desacordado.

Olho para Dig que luta com três, eles estão em vantagem e Dig está perdendo. Pego uma barra de ferro e corro até os quatros. Bato com a barra na lateral da cabeça de um dos homens e ele cai inconsciente.

Dig assente e se livra dos outros dois. Olho para as celas e um dos encapuzados soltou Isabel, ela pega uma arma e mira em Oliver, seguro a barra e lanço, a barra atinge a mão de Isabel, a arma cai das suas mãos, ela olha para mim e sorri. Começa a correr em direção as escadas, corro atrás dela e quando quase a pego algo segura meus cabelos e me puxa. É um encapuzado ele segura meu pescoço entre seu tronco e seu antebraço. Sinto-me quase sem ar quando escuto Gordon gritar. “Mantenha o equilíbrio e a força nas pernas” assinto. Jogo meu tronco para frente e o homem gira no ar, cai de costas no chão. Dou diversos chutes na cara dele, que acaba por desmaia.

Olho para Oliver que se livra de um encapuzado com uma joelhada no rosto do homem. Gordon se livra de outro, atira no peito do homem que cai no chão. Dig está olhando ao redor. Faço o mesmo que ele. Vejo dois agentes da Cia caídos no chão e muitos encapuzados junto. Olho para as celas, tanto Isabel, quanto Lawton fugiram.

– Você está bem? – escuto a voz de Oliver atrás de mim. Viro-me.

– Sim. – respondo.


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Notas finais do capítulo

Então não esqueçam de comentar, não custa nada. Bjooos.