Mais vale um pássaro na mão do que dois voando

— Quem morreu?

— Maxon — mal consegui falar, pronta para começar a chorar novamente.

Houve uma pausa.

— Ah é, ele não conseguiu resistir

Desabei nos braços de Aspen. Agora mais do que nunca precisava de um cavaleiro de armadura brilhante.

Eu mal conseguia processar tudo aquilo. Ainda juntava as peças quando a porta se abriu, interrompendo os murmúrios na ala. Uma garota preocupada inspecionou o lugar. Apesar da roupa rasgada e do cabelo caído no rosto, reconheci-a no ato.

Antes que pudesse abrir a boca, Aspen gritou:

— Lucy!

Olhei para os dois confusa.

— Aspen! — ela exclamou, e veio correndo em nossa direção, pulando sobre alguns pacientes quando necessário.

Quase sempre inconsolável após ataques rebeldes, Lucy parecia bastante focada agora, com toda a sua atenção voltada para Aspen. Entendi o que tinha acontecido ali

— Meri, espero que ainda possamos ser amigos

Olho para baixo envergonhada. Minha vontade é de bater na cara dos dois, mas me seguro.

— Claro

Saio da enfermaria, andando pelo palácio sem rumo. Perdi os dois homens da minha vida, em um dia só. Burra, burra, burra. Pedi mais tempo e não aproveitei o que tinha, agora estou sem nada. O governo deve me dar algum dinheiro, agora sou da casta três, provavelmente serei professora de música e seguirei com minha vida normal, com uma única exceção, não tenho mas Aspen, nem Maxon.

Encontro com Kriss no corredor.

— O que vai ser de nós agora? - Ela diz melancolicamente