O Anjo sem Rosto escrita por CreepyLover


Capítulo 5
Capítulo 5




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– Pronto chegamos!

O senhor Cantbell estacionou o carro na frente de casa. As garotas se despediram dele e foram ver a mãe. Elas a encontraram na cozinha preparando o almoço e ronronando nas pernas dela, estava o gato malhado Borris.

– Oi mãe, chegamos!

– Oi filhas, como foi a aula?

– Bem!

– Bom. Eu já estou quase terminando o almoço, vão se destrocar!

– Sim!

– Vem Borris!

– Miau!

Lucy pegou o gatinho e o levou para o quarto. Ela e sua irmã foram se vestir para almoçar. Lucy tirou a rosa do cabelo para poder tirar a blusa e assim que ficou terminou de se trocar, colocou-a de volta no cabelo.

– Você gosta mesmo dessa rosa, neah?

– Sim, ela é especial!

– Estou vendo.

– Miau!

O gato começou a arranhar a porta de madeira.

– Qual é o problema Borris?

Elisa abriu a porta e na mesma hora o gato saiu por ela.

– Ah Borris...

– Liga não, ele é assim mesmo, não gosta de ficar preso.

– Mas eu queria brincar um pouquinho com ele.

– Nada disso! Agora é hora de almoçar.

– Tá.

As duas desceram e já encontraram a mãe sentada esperando-as com o almoço pronto. Elas comeram e depois cada uma foi cuidar de seus afazares.

Elisa foi assistir ao jornal como sempre fazia, ela esperava por alguma noticia sobre o sequestrador, mas tudo que ela pode ver foram alguns avisos e cuidados que os pais deveriam ter com seus filhos. Sem mais o que fazer ela desligou a TV e subiu para seu quarto. Ela deitou-se na cama e ficou pensando sobre as coisas estranhas que estavam acontecendo com ela. De repente seus pensamentos foram interrompidos pelos chamados de Lucy.

– Maninha vem brincar comigo?

– Eu não estou com vontade agora.

– Mas você sempre brinca comigo.

– Só que agora eu não quero.

–...

Lucy saiu do quarto desanimada.

– Lucy filha, qual o problema?

– É a Elisa, ela não quer brincar comigo.

– Ah meu bem, ela só deve estar cansada da escola.

– É! Mas sabe, eu estou meio preocupada com ela.

– Por quê?

– Ela tem andado meio estranha, não sei como dizer.

– Não se preocupe, vai ficar tudo bem, esta certo?

– Sim.

Lucy deu um sorrisinho.

– Ah! A propósito.

A senhora Cantbell pediu para Lucy se aproximar e ajeitou a rosa que estava meio torta.

– Pronto! Agora ficou melhor.

– Ah! Obrigada mãe!

– Ficou muito bonita em você.

– Obrigada!

Lucy saiu para poder brincar, ela começou a procurar pelo seu gato.

– Borris! Cadê você?

Ela continuou procurando-o, de repente, ela sentiu como se alguém a estivesse chamando, olhou para os lados, mas não viu ninguém, então ela viu entre duas árvores meio escondido aquele homem que tinha lhe dado a rosa. Ela corre ate ele.

– Ah é você! O que faz aqui?

Ele não respondeu.

– Bem, não importa. Sabe minha irmã não quer brincar comigo e eu não consigo encontrar o Borris, então, quer brincar comigo?

Ele acenou positivamente a cabeça.

– Legal! Vamos brincar de esconde-esconde, mas você conta tá? Certo vou me esconder!

Lucy correu para tentar encontrar um bom esconderijo, ela sabia que não podia se afastar muito, por isso demorou algum tempo para poder se esconder, ela ficou preocupada imaginando se ele já havia saído para procura-la. Teve que pensar rápido, mas não sabia onde se esconder. Finalmente encontrou um tronco oco caído no meio da terra onde ela poderia se esconder, ela se sentiu um pouco desconfortável, mas não havia mais tempo para procurar outro lugar. Ela ficou bem quietinha, começou a ouvir sons de passos, era estranho, mas sentiu um pouco de medo. Por quê? Era apenas um jogo! Lucy tapou a boca com as mãos , quando viu os sapatos dele. Seu coração batia rápido, ela não podia fazer barulho, de forma alguma podia, apenas repetia em pensamentos.

'' É só um simples jogo. ''

– Lucy!

– Hã!?

Lucy saiu de seu esconderijo ao ouvir a voz da irmã a chamando.

– Maninha! O que faz aqui?

– Eu é quem pergunto o que faz aqui, a mãe tá doida te procurando!

– Mas já é tão tarde assim?

– Claro que é! O pai até já chegou em casa.

Só agora Lucy se deu conta do tão tarde que era, mas isso não fazia sentido para ela, porque fazia pouco tempo que havia saído de casa. Ela olhou para o céu e já estava quase escurecendo. Quanto tempo ela ficou brincando com ele?

– Desculpa Elisa, é que eu...

– Bem não importa, vamos voltar!

Ela segurou na mão da irmã e as duas voltaram juntas para casa. Lucy olhou para trás e viu aquele homem alto e magro observando as duas no meio das árvores. A pequena acenou alegremente para ele.

– Tchau!

– De quem você esta se despedindo?

– Do meu amigo.

– Amigo?

Elisa estava procurando outra criança, mas não encontrou.

– Não tem ninguém aqui!

– Ele é meio tímido, olha de novo!

Elisa procurou novamente e dessa vez viu um ser sem rosto e de terno observando-as, ela piscou e ele havia sumido. Elisa teve um mau pressentimento.


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Notas finais do capítulo

E pensar que eu estava me esquecendo de colocar o gato Borris na história, eu só fiz uma pequena menção sobre ele no Cap.1 e tava até pensando em tirar ele da história, mas já pensei em uma maneira dele servir para deixar a história mais interessante >=)