O Anjo sem Rosto escrita por CreepyLover


Capítulo 11
Capítulo 11


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem e por favor não esqueçam de deixar seus comentários. =)



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Elisa acordou pelo susto, o suor escorria de sua testa. Aquelas terríveis imagens ainda estavam na sua cabeça. Ela procurou por Lucy e a pequena dormia tranquilamente. Ainda estava tudo escuro e Elisa sentiu que não conseguiria mais dormir, passando todo o resto da noite em claro, perdida em seus próprios pensamentos.

No dia seguinte todos acordaram cedo para tomar café. Elisa reclamava bastante da tipoia que pinicava seu braço dando-lhe uma vontade quase irresistível de arranca-lo e começar a coçar o braço, alem de tudo era difícil para ela usar apenas uma das mãos.

Não se preocupe Elisa antes que você se dê conta estará tirando isso do braço.

– Mas isso incomoda demais pai.

– Bom, de qualquer forma, peguem suas coisas, já está na hora de irmos.

As garotas levantaram-se das cadeiras e foram pegar suas mochilas. Elisa evitava a todo custo olhar para Lucy, embora as duas não tenham trocado nenhuma palavra desde o incidente, ainda havia muita desconfiança por parte de Elisa, ela não sabia o que fazer, estava muito confusa.

Despediu-se da mãe e entrou no carro onde seu pai já estava esperando sentado no banco do motorista. Elisa observava pela janela Lucy despedir-se de sua mãe, ela não esboçou nenhuma reação quando a mãe a beijou e depois o beijo que Lucy deu de volta era frio e sem sentimento.

Quando chegaram na escola, a primeira coisa que Elisa fez foi procurar por Klaus. Ela o encontrou num corredor cheio de alunos rindo e falando alto, aproveitando os poucos minutos que restavam antes das aulas começarem.. Klaus estava perto de um bebedouro, bebendo água, quando terminou de beber, limpou a água que escorria de sua boca com a manga do uniforme, ele virou-se e viu Elisa parada na sua frente, ele já ia cumprimenta-la, mas assustou-se ao ver o braço dela.

Elisa! O que houve com seu braço?

– Foi a Lucy.- Falou sem rodeios.

Quê!?

Elisa explicou tudo o que aconteceu para Klaus, ate mesmo o pesadelo que tivera. Klaus parecia muito pensativo e preocupado. Os dois não puderam conversar mais, pois precisavam ir para a sala de aula. Klaus disse para Elisa que continuassem falando sobre isso no intervalo e longe dos colegas que curiosos e preocupados cercavam Elisa perguntando-lhe o que havia acontecido com o braço dela.

Enquanto isso Lucy estava sozinha no recreio, nem sua melhor amiga Rachael estava com ela, todos tinham medo dela, mas ela não se importava com isso, embora fosse solitário, ela poderia conversar tranquilamente com o Senhor Alto. Como sempre ela ia encontrar-se com ele naquele mesmo lugar onde se conheceram. Ela sentou-se no chão e ficou esperando por ele. Finalmente ela sentiu uma presença e uma movimentação entre as árvores, porem a figura que se aproximava não era o Senhor Alto, era alguém trajando um capuz preto e seu rosto estava coberto com uma mascara branca com uma espécie de bico cobrindo onde deveria ser o nariz e a boca, parecia querer representar uma ave com longo bico, o estilo lembrava bastante a mascara dos Plague Doctor da era medieval. Lucy ficou assustada e quis correr, porém a misteriosa figura levantou a mão, uma luva de couro a cobria e pediu para que ela se acalmasse.

Não te assustes, sou um mensageiro daquele que habita entre as árvores. Ouça! Você foi muito agraciada pelo nosso mestre, ele tem grandes planos para você. Muitos passaram por ele, porem poucos foram os escolhidos e você é uma desses poucos. Como já te foi dito antes, iremos busca-la hoje a noite, é bom que esteja pronta.

Pela voz parecia ser um homem, mas não um adulto devido ao tamanho, um garoto seria o mais provável, mas não havia como saber a idade dele, pois estava todo coberto. Embora parecesse estranho, Lucy resolveu aceitar o que o estranho lhe dissera.

Eu entendo, mas o que vai acontecer com minha família?

– Eles ficarão bem, mas só se se comportarem corretamente.

– E se não o fizerem?- Perguntou com um tom de preocupação.

– Nosso mestre não vai admitir falhas e qualquer um que ousar interromper pagara com a vida!

Lucy pensou imediatamente em Elisa, apesar de tudo que havia acontecido ela não queria que a irmã morresse.

Hum, posso pedir um favor?

– Qual?

– Podemos nos encontrar na floresta?

– Hm...Hm...Que peculiar seu pedido. Íamos busca-la na sua própria casa, mas já que prefere assim não iremos nos opor.

Lucy respirou aliviada, assim evitava mortes desnecessárias.

Devo ir agora. Esteja pronta!

O misterioso encapuzado sumiu sem deixar vestígios.

Klaus e Elisa aguardavam pacientemente a hora do intervalo chegar. Ele aproveitou o tempo que tinha para pensar direito em tudo que Elisa havia dito.

Ao final da aula, Klaus e Elisa foram para o pátio e sentaram-se em um banco para poderem conversar melhor.

Sabe Elisa, eu estive pensando em tudo isso e tenho uma pergunta a lhe fazer.

– Sim o que é?

– Mesmo depois de tudo que aconteceu, você ainda vai querer salvar a Lucy?

Elisa olhou surpresa para ele, ele havia tocado em um ponto muito delicado, algo que não saia de sua mente e até já teve um pesadelo com isso.

Olha Klaus, minha mente esta muito confusa, mas meu coração tem certeza de uma coisa.

– Sim o que é?

– Eu vou salva-la custe o que custar! Nós ainda somos irmãs! É aquele monstro que esta fazendo a cabeça dela.- Falou determinada.

Klaus sorriu.

– Fico feliz por isso Elisa e saiba que vou ajuda-la no que for preciso.

– Obrigada Klaus, eu realmente aprecio isso.

Os dois sorriram por um tempo, eles não tiravam os olhos um do outro, lentamente inclinaram as cabeças e foram se aproximando cada vez mais e mais ate que seus rostos ficaram colados um no outro e então...

Ah! Ainda bem que as férias estão bem perto!

Disse Elisa afastando-se nervosamente o rosto e cobrindo-o com a mão completamente envergonhada.

É! É mesmo...

Respondeu Klaus igualmente envergonhado.

Quando todas as aulas terminaram, Elisa foi pegar Lucy no lugar de sempre, Klaus ate havia perguntando se ela não queria que ele fosse junto, mas Elisa falou que isso era algo que ela precisava fazer sozinha .

Elisa encontrou Lucy sentada em um banco.

Lucy posso conversar com você?

– Sim.

– Posso me sentar?

Lucy afastou-se deixando um espaço para Elisa sentar e ela assim o fez.

Eu preciso saber de uma coisa. Você gosta de mim?

– Hum, sim.

– Gosta mesmo?

Indagou Elisa levantando o braço com a tipoia.

A culpa é sua! Você me provocou! Se não tivesse me atacado daquele jeito nada disso teria acontecido.

Elisa suspirou.

Mas você tem se comportado de forma estranha desde o dia que ganhou essa rosa, estou muito preocupada com você, esse ser que você chama de Senhor Alto, na verdade se chama der Großmann e não é nem um pouco agradável.

– O que é der Großmann?

– Hum, Klaus me disse que era algo como Slender Man.

– Ah! Eu prefiro Senhor Alto.

– Enfim...Ele é muito perigoso!

– Mas você nem o conhece.

– Lucy eu sou sua irmã! Sempre cuidei de você e sempre vou cuidar, você pode confiar em mim para tudo. Eu não tenho sido uma boa irmã para você que tenha de confiar mais em alguém que nem é humano?

Lucy baixou a cabeça.

Você sempre foi uma boa irmã.

– Então?

Lucy não falou nada, várias memórias passaram em sua mente, Elisa sempre cuidou dela, sempre a protegeu, não importava as circunstâncias, Elisa sempre estava lá para ela, sempre disposta a ser sua irmã querida. Imediatamente algumas lágrimas rolaram do rosto de Lucy, Elisa não pode deixar de reparar nisso.

Lucy?

– Elisa me perdoa!- Lágrimas de arrependimento não paravam de rolar.

Elisa deu um sorriso aliviado, aproximou-se mais dela e enxugou-lhe as lágrimas com a mão que estava boa.

Lucy eu sou sua irmã mais velha e as irmãs cuidam umas das outras, por isso saiba que eu sempre vou te amar.

Disse isso envolvendo a irmã num caloroso abraço.

– Eu também te amo maninha!

De repente a rosa branca que enfeitava o cabelo de Lucy começou a murchar e pétala por pétala, ela foi se desfazendo ate poucas restarem e depois caiu no chão.

Lucy a sua rosa!

Lucy sorriu.

Está tudo bem, eu tenho algo mais importante.

Elisa sorriu de volta.

Finalmente o pai das duas chega e alegremente elas entram no carro e vão para casa.

A rosa completamente murcha e com suas pétalas sendo espalhadas pelo vento permanecia imóvel no chão, ate que uma mão albina com dedos longos a pegou e nesse instante a rosa começou a pegar fogo ate restarem apenas as cinzas.


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Notas finais do capítulo

''A bela rosa jazia morta sob seus pés e quando ele a pegou, sabia que a havia perdido para sempre.''


As coisas parecem estar melhorando, não? =)

Ah! Proxies, finalmente eles estão aparecendo. O Slender não foi ver a Lucy pessoalmente então ele mandou um de seus lacaios ir falar com ela, pois ele estava muito ocupado com outros assuntos ou vai ver era só preguiça mesmo. rsrsrsrs


A imagem do Plague Doctor pertence a Reneks http://fav.me/d5b8nhc