Easy escrita por Jessica J Hana


Capítulo 1
Medo de amar


Notas iniciais do capítulo

Olá Sasusakus ♥

Faz tempo que não apareço por aqui, mas tive essa ideia a poucos dias atrás e eu tinha que escrevê-la.

Será uma short-fic de cinco capítulos, com um pouco de romance e drama, enfatizando o Natal.

A narração será alternada entre Sakura e Sasuke.



Boa leitura. ♥



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Sakura

Uma voz chorosa de fundo me despertou do meu profundo sono, me deixando relutante para levantar, mas ao levar a mão do meu lado vi que estava vazio, não havia o que fazer. Então meia sonolenta abri meus olhos e vi através da janela uma forte tempestade de neve. Olhei para o meu lado esquerdo da cama e suspirei fundo. Peguei meu celular no meu criado-mudo para ver a hora e já se passava das três da madrugada. De fato, deveria estar enchendo a cara por aí, enquanto eu morro de preocupação.

Fui tirada do meu devaneio quando ouço a voz da minha pequena chamando pelo pai. Minha princesa é muito apegada ao pai desnaturado que ela tem. Calcei minha pantufa e peguei o meu robe na ponte da cama e fui vestindo enquanto caminhava rapidamente até o seu quarto. A noite estava fria e parecia que a temperatura cairia ainda mais.

— Papai!  – ouvi uma profunda fungada. — Papai!  – a ouvi chamá-lo de novo, só que dessa vez bem baixinho.

Quando abri a porta do quarto a avistei praticamente toda descoberta e já adormecida, chamou tanto por ele que acabou dormindo. Me sentei ao seu lado e passei os meus dedos em seus fios negros – que puxou ao pai, ao contrário das minhas madeixas rosa – cantei bem baixinho para tranquilizar o seu sono.

 

Don't forget, my darling

You're my little girl

That's iluminate my day

Just close yours eyes, and see me by your side

Don't forget, my little darling

Mom always here

Doesn't matter what's happened, I'll always love you.

 

De repente senti uma presença a mais no quarto, me virei me deparando com um par de ônix me olhando escorado no batente da porta de braços cruzados. Sequei uma lágrima involuntária que percorreu a minha face e ajeitei o meu robe, me levantando da cama. Dei um beijo na testa da minha princesa e a cobri com a coberta.

Passei direto pelo meu querido marido e me direcionei até o quarto do meu pequeno homem grande. Meu filho mais velho – nem tão velho assim, pois ele já tem cinco anos, enquanto minha princesinha tinha três —, ele gostava quando eu chamava ele assim.

Ele também estava descoberto, fui rapidamente até ele e o cobri, para que não adoecesse. Novamente senti a sua presença naquele ambiente, mas apenas o ignorei. Dei um beijo no meu príncipe, cobri ele com a coberta e sai do quarto, sendo seguida por ele.

Já no quarto retirei o roupão e os chinelos e me deitei em meu macio colchão.

— Então é isso? – ele indagou de braços cruzados na minha frente.

— Isso o quê, Sasuke? – retruquei no mesmo tom.

— Me ignorar até se cansar e depois correr para os meus braços. – fiquei furiosa e me levantei rapidamente, sentindo o frio do clima nas minhas pernas.

— Mas como pode ser tão egocêntrico? – ele me deu um sorriso e permaneceu parado na minha frente. — Não vou nem questionar mais o porquê de sua demora, pois o cheiro de álcool o denuncia. – disse firme, ele deu um passo na minha direção, recuei outro. — Porque faz isso com o nosso casamento? Com os nossos filhos? – perguntei chateada.

— Nunca fui um cara sentimental e você sabia disso desde o primeiro instante em que quis ficar comigo. – retrucou áspero.

— Eu tinha esperanças de que um dia você me amasse e mudasse nem que fosse um pouco esse seu jeito frio e insensível de ser. Mas, pelo visto eu me enganei.

Droga! Meus olhos estão marejados, não posso lhe dar esse gosto.

— Ninguém muda o que é Sakura. Eu sou assim desde sempre. Saí do meu emprego cansado e quis me divertir num bar com os meus amigos, será que não posso?  – questionou visivelmente nervoso.

— Sim, claro que pode. Porém, a questão aqui é outra. Você não tem amigos Sasuke. O único que você tinha e fazia questão de enxotar, era o Naruto, que agora vive em Londres com sua esposa Hinata. Acredito que você continua mentindo, não é mesmo Uchiha?

— Tsc… Eu não sou obrigado a chegar essa hora da madrugada e ainda por cima ouvir os seus sermões. – dito isso ele me deixa sozinha e vai até a sutíte que tinha no nosso quarto. Fico à mercê do silêncio, na amargura da minha dor, incrédula com a sua atitude e palavras.

Deitei na cama e puxei o cobertor me cobrindo até à cabeça, fiquei fitando o seu travesseiro. Remexi em minhas memórias, tentando, me forçando a lembrar quando o Sasuke começou a ficar assim. Tudo bem que o nosso casamento não foi um conto de fadas e nem da forma que eu esperava, porém, eu o amava e me deixei levar por aquele sentimento que continha tão grande e firme, como no passado. Posso até ser louca e insana de dizer que o amo mais nos dias de hoje. Assim como digo que sou uma retardada apaixonada, tenho meus princípios e amor-próprio. Se até os dias de hoje estamos juntos, é por conta dos meus pequenos que sofreriam muito com uma separação.

E sem que eu percebesse ele já estava deitado ao meu lado, fitando os meus olhos marejados, vendo o quão estúpida e sensível sua esposa é. Ele levou o seu indicador em minha bochecha, limpando as minhas lágrimas.

— Já acabou por hoje? – ele falou num tom de voz baixo.

Nada lhe respondi, apenas fiquei a fitar a sua íris que me prendiam no seu olhar. Ficamos em silêncio, até que eu decidi me virar e ficar de costas para o mesmo. Não se passou nem cinco minutos e ele colou o seu corpo ao meu, me abraçando possessivamente por trás, pousando a sua cabeça na curvatura do meu pescoço.

— Adoro o seu cheiro. – ele sempre dizia isso quando queria sexo.

— Não vai rolar Sasuke. – respondi convicta.

Vendo a firmeza nas minhas palavras ele se soltou do meu corpo e se deitou afastado de mim. Respirei profundamente, engolindo o meu choro.

Tenho que ter uma boa noite de sono, pois amanhã é o dia de comprar os enfeites de Natal com os meus pequenos. Torço para que o Sasuke se faça mais presente. Amanhã é sábado, não terá desculpas. Pois, é somente nas sextas que ele chega tarde em casa e mesmo assim quando está se tranca no escritório e fica até tarde, quando as crianças enfim dormem, ele saí do seu “ninho”.

Fechei os meus olhos fortemente, numa tentativa de pregar os olhos, antes que eu acorde cheia de olheiras.

 

 

Sasuke

Cheguei tarde como todas as sextas-feiras, como de costume, pois já virou rotina e além de tudo tenho que ouvir sermões e birra da minha querida esposa Sakura.

Está certo, sou errado de sair as sextas e encher a cara e voltar de madrugada exigindo sexo dela. Sei disso e não tiro a sua razão.

Não sou um homem sentimental, que diz palavras bonitas, faz declarações e repete todo santo dia aquelas três palavras. Nunca! Jamais! Sasuke Uchiha nunca diria isso. Esse nosso casamento foi um erro, forçado pelos meus pais, não nesse sentido, mas meus pais certo dia praticamente me obrigou a tomar responsabilidades na vida. Meu pai vivia me dizendo o quão irresponsável eu era, que não dava a mínima para a empresa e que estava cansado de me flagrar com mulheres em meu quarto. Até que um dia recebi um ultimato do Sr. Fugaku. Case e tome sua responsabilidade na empresa, caso contrário irá se virar sozinho na vida. Então para tomar o controle da empresa e não por sua ameaça, optei por seguir o que me disse.

Não tive alternativa e procurei por minha noiva o quanto antes. Eu estava na faculdade, mas a conhecia desde criança. Naruto meu amigo, meu único amigo – como Sakura faz questão de enfatizar – era apaixonado por ela, porém, Sakura sempre foi apaixonada por mim e eu sabia disso. Claro que o loiro ficou uma fera comigo, mas logo ele começou a se envolver com uma amiga de Sakura chamada Hinata, da família Hyuga e acabou se esquecendo do que ocorreu.

Sim o que aconteceu, pedi Sakura em namoro e logo estávamos noivos. Minha família aprovou a minha escolha. Minha mãe adorava a Sakura e sempre estavam juntas fazendo os preparativos para o casamento.

Eu não estava preparado para me casar, eu não queria me casar. Gostaria de ter a minha vida de solteiro mais cobiçado de volta, porém não havia volta. Nos casamos e logo saímos em viagem de lua de mel. Não posso negar que o corpo da Sakura me atraía e muito, seus olhos verdes parecia duas pedras de esmeraldas, não só pela cor, mas também pelo brilho. Eu me perdia em seu olhar.

Os primeiros anos foram bons, me arrisco a dizer ótimos, no entanto tive a grande notícia. Iria ser pai.

Porra!

Fiquei sem ação.

Não sabia o que fazer, ou o que pensar. E como se não bastasse um, tive outro.

Não!

Definitivamente ser pai não é o meu forte. Não sei cuidar de uma criança e esse peso foi jogado todo nas costas da Sakura.

Nas madrugadas eu via o quão desgastante era para ela se levantar e amamentar nossos filhos. No outro dia ela estava bem cansada e cheia de olheiras. Após o nascimento dos meus filhos um sentimento começou a crescer dentro de mim e logo tratei de expurgá-los de minha vida.

Como se fosse possível!

Quando me casei com a Sakura eu não tinha nenhuma intenção de me apaixonar, apenas foder ela todas as noites e no outro dia ir trabalhar na empresa do meu pai, para no fim do mês eu ter uma gorda quantia na minha conta. Mas, não, a porra daquele sentimento começava a crescer dentro de mim.

Fiquei frustrado e irritado comigo mesmo, não queria me sentir dependente de outra pessoa, muito menos dela.

Rosada irritante!

Contudo eu sabia o porquê de a rejeitar e tentar mantê-la distante de mim, o motivo: medo.

Tenho medo de me entregar novamente a esse sentimento e o perder novamente, como aconteceu com o meu irmão mais velho Itachi, que faleceu em um acidente. Fiquei arrasado. É uma dor insuportável, por isso, desde então não sou mais o mesmo.

Decidi que estava muito próximo dela, queria me manter distante e quem sabe assim eu conseguiria esquecê-la. Chegava do trabalho e me trancava no escritório e só saía na hora de dormir. Nas sextas-feiras saía para um bar, ou balada qualquer e enchia a cara. Muitas mulheres me cobiçavam e eu tentava, juro que tentava, mas a todo instante aquele sorriso, aqueles olhos e aquela personalidade me vinham a mente e eu não conseguia traí-la.

Caralho!

O que está acontecendo com Sasuke Uchiha?

Cheguei hoje e a encontrei cantando para nossa pequena Sarada. Sua voz invadiu os meus sentidos e me embriaguei ao sentir o seu perfume quando ela passou por mim sem me olhar. Logo ela foi ao quarto do nosso filho mais velho, Sato. Novamente ela passou reto por mim, se dirigindo ao nosso quarto.

Discutimos como sempre e acabei me irritando e descontei nela, mas eu sabia que ela não tinha culpa, apesar disso o que eu poderia fazer? Me ajoelhar aos seus pés e implorar por perdão? Nunca! Jamais!

Tentei aproximar os nossos corpos, mas não deu outra ela me rejeitou. Ok! Tudo bem…. Eu não me importo em ficar uma noite sem sexo.

...

UM CARALHO! Estou irritado pra cacete.

 

 

 


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Notas finais do capítulo

Gente amei escrever essa fanfic, pois é uma leitura muito fácil e o casal também ajuda muito.

Próximo em breve.


Postarei todos os capítulos antes do dia 25/12.


Para aqueles que acompanham a minha fic Eu te amarei até o fim, eu não a abandonei em breve vou atualizá-la.


Até a próxima... Kisses da Julie'H ಌ



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